História The Vírus - Imagine Park Jimin - Epílogo

— CAPÍTULO 21 —

— EPÍLOGO —

Eu literalmente estava achando que Matt iria socar minha cara, mas ele apenas ficou me olhando calado. Acho que o mesmo estava calculando o que eu havia dito para ele. Olhei para o lado e vi S/n fazendo uma cara de medo.

— Então, vai me bater? Se for, pode ser nesse lado do rosto? — Aponto — não é um ângulo muito favorável meu mesmo.

— O que? — Ele ri levemente. — Não... Olha Jimin, eu só estava processando isso. Eu não posso ficar bravo por você estar namorando minha filha. Você é um bom rapaz e sei que vai cuidar muito bem dela.

Dei um sorriso largo e peguei a mão de S/n, entrelaçando nossos dedos.

— Que bom papai, fico feliz em saber que concorda com nosso namoro.

— Eu fico feliz por vocês estarem felizes. — Ele afagou nossos cabelos e começou a andar.

Olhei para S/n e lhe dei um selinho longo. Levantei minha mão e passei a ponta dos dedos em seu rosto, tirando os pequenos fios de cabelo de seu rosto.

— Está tudo dando certo, aos poucos, vamos ter um final feliz. Falta pouco para tudo voltar ao normal e eu te prometo, que vou te levar para um encontro descente! — Prometi, olhando no fundo dos olhos de S/n, que me deu um dos sorrisos mais doces que eu já vi.

— Promessa é dívida! — Estendeu o dedo mindinho para mim. — Então jura juradinho?

Sorrio e entrelaço nossos dedinhos e lhe dou um selar.

— Juro juradinho.

[...]

Agora todos nós estávamos dentro do avião, nos preparando para finalmente soltar o antivírus pelas cidades infectadas. É uma tarefa difícil e temos que fazer isso com muito cuidado, para todos consigam sobreviver.

— Ali, tem bastante zumbis! Vamos soltar o antivírus aqui? — S/n falou.

— Pode ser, mas tem um porém; com o antivírus, eles vão se tornar humanos novamente e podem estar bastante feridos. Lembram quando curamos Hyungwon e ele permaneceu com as feridas que tinha, enquanto era zumbi? — Informei, me encostando na janela. — Eles podem morrer pela perda de sangue e o antivírus não iria ser de nada, iríamos perder diversas pessoas.

— Ele tem razão. — Matt falou, gesticulando com a mão. — Temos que fazer alguma coisa para ajudar os feridos.

— Okay, mas o que? — Taehyung questionou.

— Podemos mandar médicos para cá! Tem um rádio comunicador aqui e vários países não foram infectados com isso. Japão por exemplo! Tenho certeza que pra ajudar, eles iriam vir. — Jeongguk sugeriu, enquanto pilotava o avião.

— Iria demorar quanto tempo para eles virem?

— No máximo dois dias. — Taehyung respondeu-me. — Temos que pelo menos tentar. Eles iriam cuidar dos feridos e aos poucos, tudo ia se normalizar.

— Vamos tentar então.

Matt pegou o rádio comunicador e tentou falar com alguém, demorou bastante para alguém enfim atender. Foram minutos longos de conversas com dezenas de pessoas, mas finalmente conseguimos a ajuda que precisamos.

— Certo... Obrigado, estamos no aguardo. — Matt desligou. — Então enviando cerca de cem médicos para cá! Isso é ótimo, eles vão nos ajudar!

— Que bom! Isso é maravilhoso. — S/n pulou de alegria.

— Agora vamos esperar... Dois dias.

[...]

As horas pareciam que não passavam, estávamos no avião ainda, parados em algum lugar da pequena cidade. Dois dias já se passaram e nós estávamos tão ansiosos que não dormimos nada.

— Eu tô com fome. — Jin reclamou lá no fundo, me fazendo rir. Era a milésima vez que ele reclama disso.

— Acho que tem bolinhos no baú, só não sei se estão bons.

— Ah que saudades de uma comida italiana, uma macarronada recheada de carne, isso era tudo que eu queria.

— Cala boca Jin, vai me fazer ficar com vontade. — S/n jogou um papelzinho em Jin, que gargalhou.

Passo a mão em meus cabelos e vejo Taehyung olhando pra janela atento, apertando os olhos enquanto olhava um ponto fixo.

— O que há?

— Mano... Eles chegaram! Estão pousando agora! — Taehyung anunciou eufórico.

Todos nós saímos do avião de supetão, vendo o avião enorme pousar no gramado seco. Nos aproximamos do avião aos poucos e diversos médicos desceram do avião, e nos olharam.

— Céus, vocês vieram mesmo!

— Claro. Não podemos deixar uma civilização desamparada. Somos profissionais e não queremos que nada aconteça com essas pessoas. — Uma mulher falou, cruzando os braços. — Então, estamos aqui. Qual é o plano soldados?

— Narrativa —

Após uma grande explicação, os médicos estavam se espalhando pelo local, com cuidado para que nenhum zumbi os pegue. Os mesmos se instalaram em locais seguros, prontos para receberem as pessoas e deram os devidos cuidados.

Jimin e os demais voltaram para o avião, com o objetivo de soltar finalmente o antivírus pelas cidades de Daegu. Eles se olharam com esperança e apertaram juntos o botão para liberar o antivírus.

A chuva rasa do antivírus percorreu as ruas aos poucos, os zumbis que ali estavam, sentiam as pequenas gotículas caírem em sua pele aos poucos. Todos eles pararam em um completo transe, enquanto o sangue de suas veias voltaram a circular, seus corações voltaram a bater, seus olhos voltaram para as tonalidades verdadeiras. Eles estavam voltando a se sentir finalmente vivos. Suas mentes estavam embaralhadas, eles não sabiam o que havia acontecido, não sabiam como chegaram ali. Parecia um milagre, um grande milagre.

“Aqui quem fala é o cientista Kim Namjoon! Vocês foram infectados pelo vírus e agora, com a nossa ajuda, estão voltando ao normal. Sei que estão confusos, com machucados, mas tudo irá se resolver. Há uma bandeira dos médicos em alguns pontos, sigam e vocês receberam os devidos cuidados, comida e eles lhe darão auxilio.” — Essa era a mensagem que era repetida diversos vezes pelos megafones, que estavam espalhados pelas praças e ruas do local.

As pessoas que estavam curadas escutaram a mensagem e foram até os médicos, que ajudaram com os machucados e lhe deram a devida atenção. Aos poucos, as ruas de Daegu voltaram a ter apenas humanos, não zumbis.

 Os dias foram passando, a quantidade de zumbis era escasso, havia vários humanos recuperados ajudando os restantes e isso era incrível. Não dava para acreditar que tudo estava se recuperando e dando certo. Lógico, algumas pessoas perderam algum parente permanente, mas estão felizes que a maioria das pessoas foram salvas.

— Parece mentira... — S/n falou chorosa ao ver crianças recuperadas, ao lado de seus pais. — Tudo está voltando ao normal.

— Sim, eu prometi que tudo iria se resolver e olha... Tudo está se resolvendo. — Jimin secou as lágrimas de S/n e lhe deu um beijo caloroso.

Voltou a olhar ao redor, vendo pessoas conversando e perguntando sobre diversas coisas para os meninos e os médicos. Eles estavam muito confusos e queriam saber onde iriam ficar, já que suas casas, foram arrombadas e destruídas por zumbis. Todos iriam ficar num local seguro, segundo Kim Seokjin, iriam ficar num pavilhão para sobreviventes, enquanto suas moradias eram reformadas com o dinheiro de Jin e Namjoon, que não hesitaram em doar a quantia que fosse, para ajudar os moradores.

— Park Jimin – Semanas depois —

Eu estava a tão feliz em ver todos se recuperando e salvos desse vírus horrível. Ver crianças brincando novamente. Respirar fundo e sentir um ar fresco que as árvores davam, ver as ruas com vida novamente. É tão surreal. Parece que tudo aquilo que passamos foi um enorme pesadelo.

Bem, os soldados que estavam contra nós acabaram numa penitenciária, julgados a vários anos de cadeia, inclusive Yoongi. Eu falei com os superiores e eles nos deram uma medalha de reconhecimento por salvar todos e eles que colocaram os soldados lá. Eu estou tão feliz, tão eufórico.

— Oh, pintou os cabelos novamente. Ah, você nunca vai mudar esse vermelho não é? — Jeongguk tocou meus ombros, puxando uma mecha do meu cabelo.

Olhei para o mesmo com um bico e o vi sem a farda, ele estava usando roupas casuais também. Vê-lo tão saudável e feliz me enche de alegria. Estávamos na casa de S/n, na nova casa de S/n.

Namjoon e Jin viajaram para trabalhar em outros projetos científicos. Taehyung e Jeongguk estavam morando no mesmo apartamento no centro. Eles decidiram dar uma folga nesse lance de soldados e eu apoio, eles precisam mesmo de descanso, umas férias para esfriar a cabeça. E eu, bem, eu estava morando com S/n e Matt, já que minha casa estava muito longe e a S/n não queria me deixar ir.

E eu nem queria mesmo.

Mas eu pretendo comprar uma casa para mim nesses arredores, para ficar próximo da S/n.

— Me deixa mano, eu gosto desta cor e a S/n também. Aliás, o que está fazendo aqui? — olhei Jeongguk com uma das sobrancelhas arqueadas.

— Vim roubar seu sogro pra irmos num bar. Iai, gostou? Seu sogro gosta mais de mim do que de você. — se gabou, me fazendo rir levemente. — E é ele que chega nas mina sabe?

— Céus e o Taehyung?

— Ele tá... Sei lá, deve estar refletindo sobre a existência da humanidade. — gargalhou. — Vou lá, você está bastante ocupado né?

Ele balançou a cabeça e eu me virei, vendo S/n descer as escadas com um vestido vermelho. Tão linda.

— Oiê. — sorri.

— Olá.

— Eu vim te convidar para um encontro, na melhor cafeteria; que inaugurou essa semana inclusive! — estendo a mão. — Promessa e dívida, lembra?

— Claro que sim. Eu te amo Park Jimin. — ignorou minha mão, abraçando meu pescoço fortemente.

— Eu também te amo S/n. Aceitar o pedido do seu pai, foi a melhor escolha da minha vida. Te salvar diversas vezes... eu faria tudo de novo. — olhei para a mesma, vendo em seus olhos que ela é a pessoa mais especial do mundo para mim. — Então vamos para a cafeteria? Quero te namorar certo agora. Mudar meu status de relacionamento no Facebook, esse dia finalmente chegou.

— Aí meu Deus, vamos!

| The End |