Califórnia, Los Angeles.
Quarta- feira 27/08 de 2014
09:00
Justin Bieber P.O. V
— Bom dia! — Disse assim que entrei na cozinha. Todas as cortinas estavam fechadas e as luzes desligadas. Estava muito escuro e, se não fosse pela pouca luz dos abajures, eu não sei o que seria de mim.
— Bom dia? Ganhei na loteria? Caso não tenha ganhado, então não, não é um bom dia. — Disse Ryan.
— O que você tem? — Perguntei. Ryan estava de cabeça pra baixo todo de preto.
— Sou gótico agora, respeita meu momento nas trevas. — Respondeu ele, ainda de cabeça pra baixo. Respirei fundo e liguei a luz da cozinha e Ryan gritou.
— Lâmpada! Eu sou das trevas agora, eu sou emo gótico e vampiro, respeita. — gritou ele.
— O que é isso nos teus olhos? Lápis de olho?
— Não, isso é o sangue do demônio.
Meu Deus, o que deu nele? Será que finalmente ele ficou doido de vez?
Fui até a geladeira e peguei uma garrafa de água, preparei um sanduíche, sai da cozinha e desliguei as luzes. Peguei meu celular e assim que ia subindo as escadas Justin entrou pela porta.
— Por que as luzes estão desligadas? — Perguntou Justin.
— Ryan virou gótico. — Respondi, Justin riu.
— Acho melhor você levá-lo a um psicólogo, ele está doido.
— Isso passa. — Disse Justin ligando as luzes. — A Ana terminou com ele e ele ficou deprimido, isso sempre acontece. Você só tem que ter paciência.
— Ele me assusta às vezes. — Comentei, Justin riu e me beijou.
— Eu comprei coxinha. — Sussurrou ele em meu ouvido. Eu fiquei toda arrepiada.
— Isso foi sexy, repet.e — Pedi, ele riu e me pegou no colo, me prensou na parede e beijou meu pescoço.
— Eu comprei coxinha. — Sussurrou ele.
Caramba mano, quanto tesão.
Ele riu e me beijou mais um vez.
— Sua gorda, eu te amo.
Meta da vida: Namore alguém que te compre comida.
— Sabe que dia é hoje? — Perguntou ele, franzi a testa.
— Quarta?
—Também, mas hoje é o nosso aniversario de um mês de namoro. — Respondeu ele sorridente e foi naquele momento que eu me sentir a pior pessoa do mundo por não ter se lembrado do maldito aniversario de um mês de namoro. — Você se esqueceu não é?
Engoli o seco e ele bufou.
— Tudo bem!
Ótimo, agora é oficial, eu sou a pior pessoa desse mundo. A cara de triste que ele fez me deixou deprimida.
— Hey, eu estava brincando, é claro que eu lembrei. Como poderia esquecer? — Disse uma tremenda mentira, mas Justin sorriu e aquilo basta. O abracei e beijei-o... Pelo menos até Ryan aparecer e quebrar o clima com o seu jeito gótico e vampiro de ser.
— O amor de vocês é o câncer da minha alma. — Gritou Ryan, Justin riu e me levou até o quarto. Ele me deitou na cama e tirou o casaco e logo depois a blusa, deixando aquele lindo abdômen à mostra, e após alguns segundos me observando, ele tirou a calça e bagunçou o cabelo... Motivo? Desconhecido, só sei que aquilo sexy e que eu comeria ele todinho se isso não fosse canibalismo, é claro.
— O que tá esperando? — Perguntei, ele riu.
— Você fica tão linda vermelha. — murmurou ele.
Revirei os olhos.
— Nossa que gay.
Em toda relação que se preze, sempre haverá um alguém que dirá “Nossa que gay”. Pois é, eu sou aquela pessoa que estraga momentos românticos com um "nossa que gay". Sempre eu. Mas ao contrario do que eu esperava, ao invés do negocio dele broxar, ele fez foi se reerguer e isso me faz pensar na tamanha educação que o pênis do Justin com as mulheres, pois ele se levanta para que elas se sentem... Se é que me entende... Tudo bem foi sem graça, ok, parei.
— Vem cá. — E então ele me pegou no colo e me levou até o banheiro, beijou meu pescoço e me colocou em cima da tampa do vaso sanitário. Tirou meu vestido, o meu sutiã e a minha calcinha e então para deixar aquele momento mais agonizante e mais romântico, ele beijou minha barriga e me abraçou forte, tão forte ao ponto de me fazer suspirar, mas não tão forte ao ponto de me sufocar, estava perfeito, daquele jeito mesmo. Sem palavras ditas em voz alta, sem suspiros falsos ou beijos indesejados, ele estava me amando enquanto me abraçava e eu sentia isso, em algum lugar... Eu queria dizer algo, queria beijá-lo, eu queria olhar nos olhos dele e tentar sentir o que ele estava sentindo naquele momento, mas estava com medo de estragar aquele clima tão gostoso, mas antes que algo ou qualquer coisa acontecesse vindo de mim, ele tomou atitude, me pegou no colo e me colocou debaixo do chuveiro, trancou a porta e ligou o mesmo, deixando a água cair sobre os nossos corpos.
— Você está bem? — Perguntei, num tom baixo. Ele olhou para mim, sorriu e beijou minha testa.
Ele estava diferente, calado e triste, mas feliz ao mesmo tempo... Isso faz sentido?
— Justin? O que foi?
Ele sorriu — Deu vontade de te amar.
Sorri — Caramba! Isso foi tão bom e tão profundo que deu vontade de chorar. Andou visitando o Tumblr foi? Porra, que lindo.
Rimos e então ele beijou meu ombro e em seguida meus lábios, colocou-me entre sua cintura e me prensou na parede molhada do Box e entrelaçou nossas mãos, me penetrando devagar, me fazendo soltar suspiros e gemidos abafados por todo banheiro. Eu o abracei, arranhei suas costas e o beijei enquanto o sentia dentro de mim, eu sentia cada parte do meu corpo ferver, queimar e ao invés de pensar nele algo me veio à cabeça. Comida.
O que será que irei comer hoje? O de sempre com fritas ou sem fritas? E antes que o resultado viesse a minha cabeça, senti um líquido quente escorrer pela minha perna. Não estava saindo de mim, eu tenho certeza.
— Tão rápido? — Perguntei. Ele ficou sério, mas o engraçado é que, enquanto ele tentava ficar serio, as suas bochechas ficavam cada vez mais vermelhas. Sorri e olhei para o chão, um líquido amarelo aparece e foi aí que eu me dei conta de que ele havia acabado de fazer xixi. — Justin, tu fez xixi em mim seu puto filho de uma mãe?
Ele ficou ainda mais vermelho. Se é que isso é possível.
— Não creio que tu urinou em mim seu quengo filho da mãe, Justin, que porra.
X X X
Após uma hora gritando, xingando e aturando a cara dele de envergonhado e me desinfetando, finalmente me acalmei. Foram basicamente duas horas dentro do quarto surtando porque ele havia urinado em mim enquanto estávamos transando. Dá pra acreditar? A indignação me consumiu. Foram horas, HORAS e eu ainda não acredito no que aconteceu, mas no final de tudo eu ri, eu ri muito, tipo, quase tive um infarto de tanto ri daquela situação. E Justin, como ele está? Bom, ele ainda está vermelho de vergonha.
— Para de rir porra, isso não é nada engraçado. Não foi culpa minha, é culpa do suco de melancia que eu tomei. — Murmurou ele baixinho. Continuei rindo. — Summer!
Respirei fundo.
— Ok! Desculpa.
Ele suspirou e vestiu a camisa.
— Você vai me zua pelo resto da vida, não é? — Perguntou ele. Eu ri.
— Sou sua namorada, é minha obrigação. — Respondi, ele revirou os olhos.
— Sua idiota!
— Eu sou a idiota? Sério? Fui eu que fiz xixi enquanto transava? Cara, quem faz isso?
Ele bufou e saiu do quarto pisando duro. Ri por alguns segundos daquela situação, coloquei meu vestido e desci as escadas. Entrei na cozinha e adivinha quem estava lá? As lésbicas mais doidas do mundo. Minha avó com a avó do Justin se beijando em cima da mesa.
— Meu Deus, vó, para. — Pedi, ela apenas me mostrou o dedo do meio e continuou beijando a outra velha. O négocio foi ficou tão quente entre as duas que a minha avó chegou a enfiar a mão enrugada dela na calça da outra velha. Algo bem nojento, devo admitir. — Vão para um quarto, sei lá.
Elas pararam de se beijar, aleluia.
— Justin, querido, como você consegue beijar esse ser tão chato e desprezível? — Perguntou minha avó a Justin, ele riu.
— O sexo é bom. — Murmurou Justin baixinho, ele chegou a piscar para minha avó fazendo ela e a namorada rirem.
— Ele deve ter uma vagina mágica, só pode pra você aguentar esse mau caráter como namorada, só o sexo sendo bom mesmo. — Disse minha avó, Justin riu. Apenas revirei os olhos mesmo, pois o uso de arma é ilegal ainda.
— Não judiem dela, Summer é uma boa pessoa. — Disse Justin, me abraçando por trás.
— Você diz isso porque trepa com essa mau caráter, mas se soubesse o quanto horrível e gananciosa ela é, nem chegaria perto. Essa menina não presta, ela é uma cobra, ela nasceu de olho junto. — Disse minha avó, tosca como sempre. Acho que nunca vou entender o motivo dela ser tão má comigo.
— Dá pra falar logo o que você quer? — Perguntei furiosa.
— Viemos pegar um pacote com o Ryan, apenas isso. — Respondeu a avó do Justin.
— Que paco... — Ryan entrou na cozinha e com ele, um saco cheio de maconha nas mãos. — Que porra, de onde você tirou isso? — Perguntou Justin, indignado.
— Lembra-se da viagem que a gente fez e eu gastei todo o nosso dinheiro com drogas? Bom, como você pode ver, eu não consegui usar tudo, então estou vendendo. — Explicou Ryan.
— Isso não é ilegal? — Perguntei.
— Vadiazinha, estamos na Califórnia, nada é ilegal. — Respondeu minha avó.
Por que ela não pode ser uma velhinha que faz tricô e dá comida pra pombos? Por que ela tem que ser uma idosa rapariga que se veste como uma prostituta dos anos 90? Por que meu Deus?
— Então, e aí, trouxe o dinheiro que eu pedi? — Perguntou Ryan, ele parecia um traficante. Um traficante gótico das trevas.
— Com certeza. — Respondeu a avó do Justin, ela pegou sua bolsa que estava no chão e tirou uma sacola cheia de notas de 100 dólares. Era tanto que eu fiquei vidrada na sacola.
— Puta merda! — Murmurou Justin. — Quanto tem aí?
— Um pouco mais de dois mil dólares. — Respondeu Ryan. — Por quê?
— Dois mil dólares em maconha? Vocês são loucas?
— Querido, sempre fomos. — Respondeu minha avó. — Mas enfim, temos que ir.
Sorri — Vá com Deus...
— Olhe pra mim, a última coisa que eu quero é que Deus vá comigo, sua estúpida. — Retrucou minha avó.
— Então vá com o diabo, sua demônia. — Disse Justin começou a gargalha.
As duas idosas finalmente se foram e eu fui preparar algo para comer enquanto Justin jogava vídeo game.
Ultimamente tudo tem me enjoado, até mesmo o cheiro da água que agora tem cheiro de vômito... Se é que antes a água tinha cheiro, mas enfim, esses enjôos não são recentes, eu venho sentindo eles há algumas semanas, uma ou duas talvez, e como agora o que eu mais quero é sair correndo e vomitar até a minha alma sair pelo meu cu. Mas me segurei, terminei meu sanduíche e o meu suco de manga que agora tem cheiro de vômito de cachorro e fui me sentar ao lado do Justin que ainda estava jogando vídeo game.
Ele ainda não sabe sobre os enjôos, tonturas e vômitos e não acho que seja algo relevante, quero dizer, não deve ser nada, certo?
— Me dá um pedaço? — Perguntou ele enquanto jogava, bufei.
— Não! — Respondi.
Não sou do tipo que divide comida.
— Só uma mordida. — Insistiu ele.
— Eu já disse, não!
Ele pausou o jogo e tentou pegar o sanduíche da minha mão e em um movimento esperto e infantil, lambe o sanduíche todo. Justin fez cara de nojo e riu.
— Infantil!
— Eu posso dividir meu pulmão, mas nunca, nunca irei dividir comida. — Disse, ele riu. — E aí, me conta o que vamos fazer hoje? Jantar romântico?
— Oh, é. Como você sabia? — Perguntou ele.
— Típico. — Respondi. — Todo casal faz isso no aniversário de um mês de namoro.
— Clichê?
Sorri — Sim, clichê. Mas relaxa, vai ser divertido.
— O que você comprou pra mim? — Perguntou ele.
— Eu sou o presente amor, existe presente melhor do que eu na sua vida?
Ele riu — Existe, uma suruba louca entre mim, Nicki Minaj e Beyoncé.
Eu ri.
— Isso jamais acontecerá.
Ele suspirou — Eu sei, mas sonhar é de graça.
Eu ri daquilo, ri feito uma louca. Eu tive que respirar fundo antes de comer para não me engasgar e, quando fui comer, o cheiro do bacon com queijo foi tão enjoativo que eu coloquei tudo pra fora, aposto que até minha vontade de viver se foi também. Mas por sorte tive tempo de pegar a primeira coisa que vi pela frente, como o querido e preferido vaso de flores do Justin. Ele ficou mais bravo que preocupado comigo por ter vomitado. Em que mundo vivemos?
— Logo nesse vaso? Por que não pegou outro vaso? Sabe quanto essa porra custou?
Revirei os olhos e antes que eu pudesse responder, voltei a vomitar. Vomitei tanto que acho que possivelmente meu fígado foi vomitado também, juntamente do meu pulmão e tripas por que puta merda. como alguém consegue vomitar tanto? Justin segurou meu cabelo enquanto eu vomitava no vaso e após terminar ele pegou um copo d’água pra mim.
— Acho melhor você ir se consultar. — Sugeriu ele. — Já é a sétima vez essa semana, isso não é normal.
— Não deve ser nada. — Disse, após beber o copo d’água. — Estou bem, eu prometo.
— Você sempre diz que está bem e sempre é mentira. Eu vou levar você ao medico, posso cancelar as reservas do encontro... — Disse ele.
— Não, não. — Disse. — Sou médica, esqueceu? Devo está com o açúcar baixo ou algo do tipo, nada muito sério. Acredite em mim, não há necessidades disso.
Ele suspirou e me abraçou.
— Vou ligar pra Patrícia e pedir para que ela me traga alguns remédios, tudo bem? — Disse, ele sorriu e assentiu. Respirei fundo e peguei meu celular, disquei o numero da Patrícia e após dois toques, ela atendeu.
— Alô!
Levantei-me e sai da cozinha.
— Oi, é a Summer. Patrícia eu preciso que faça algo para mim, tudo bem? Não se assuste, não é nada grave, tudo bem?
— Eu não estava, mas agora estou. O que você quer? — Perguntou ela.
— Preciso que você vá a uma farmácia e compre remédios pra mim. Eu estou enjoada e tonta ultimamente e tenho vomitado sempre que vejo comida, então acho que você sabe o que comprar. Talvez alguns remédios para acabar com os enjôos. Talvez seja a falta de açúcar no sangue quem sabe, ou talvez... — Ela me interrompeu.
— Ou talvez você esteja grávida né sua louca. — Disse ela, arregalei os olhos. — Desde quando enjôos e tontura está incluso nos sintomas de falta de açúcar no sangue, Summer?
— Não estou grávida. — Disse baixinho para que o Justin não ouvisse.
— Como você sabe? Você andou usando camisinha ou remédios para não engravidar?
Fiquei em silêncio.
— Summer?
Continuei em silêncio.
Porra, as pílulas.
— MERDA, VOCÊ ESTÁ GRÁVIDA? PUTA MERDA EU NÃO ACREDITO.
Respirei fundo.
— Só compre os remédios para enjôo, por favor.
Desliguei.
Sem chance. SEM CHANCE. Eu não estava grávida, deve ser algo momentâneo... Eu acho, mas não iria supor nada, eu aceito fatos e não teorias, então, apenas respirei fundo e voltei para a cozinha. Justin estava parado na porta, sorridente.
— Tudo bem? Você parece assustada. — Disse ele.
Sorri amarelo — Impressão sua. Você ouviu minha conversa com a Patrícia no telefone?
Ele deu de ombros.
— Só a última parte quando você pediu que ela lhe comprasse remédios para enjôos, por quê? Algo sério? — Perguntou ele.
Suspirei e ri — Não! Nada demais...
Ele sorriu, beijou minha testa e calçou os sapatos.
— Aonde vai? — Perguntei.
— Preciso pegar algo na casa do Brian. — Respondeu ele.
— Oh, tudo bem.
Ele me deu um selinho demorado e saiu, suspirei.
Entrei no corredor e bati na porta do quarto dele, ele não abriu e com receio de ver algo anormal tipo uma capivara fazendo malabarismo com pênis de borracha, eu entrei. O quarto estava vazio e... Limpo? Sim, limpo, o quarto do Ryan estava limpo... Algo bem impressionante, devo acrescentar. Fui até o banheiro após ouvir alguns ruídos vindos do mesmo, bati na porta e depois de alguns segundos Ryan abriu, os rosto dele estava todo manchado de maquiagem e para completar aquela tragédia ele estava pelado e nossa... Como é esquisito. Por que a cor das bolas dele é mais escura que a cor do pênis dele?
— O que você quer? — Perguntou ele, arqueei as sobrancelhas.
— Você pode se vestir, por favor? — Pedi, ele deu de ombros.
— Você está no meu quarto e ainda quer manda em mim, sério?
Revirei os olhos. O pênis dele era tão esquisito que acabei esquecendo o real motivo de ter vindo aqui...
— Seu grosso. — Disse, ele sorriu. — É serio, tem como vestir uma roupa? Eu estou me segurando para não rir de você e desse teu pedaço de caroço de milho. Será que tem como aumentar um pouquinho?
— Summer vai embora. — Pediu ele, irritado.
— É o frio ou é desse tamanho? Hoje tá frio, então deve ser isso. Ryan é normal ficar desse tamanho no frio?
Eu sei, é maldade zuar um cara por causa do tamanho do pênis dele, mas aquilo estava se tornando divertindo, tipo, muito.
— O importante é trabalhar, né? E não o tamanho, certo? — E ainda acrescentei. — É bonitinho, você não precisa ficar com vergonha, ok? É fofinho, dá vontade de guarda dentro de um pote pequeno e guarda no museu da fofura.
Eu juro, eu estava me segurando para não rir dele. Ryan estava tão vermelho, tão constrangido que sempre que tentava falar algo, ele gaguejava.
— Nossa, realmente, olhando daqui é muito pequeno né? É muito mesmo, é diferente.
— S-S-Summer... — o interrompe.
— Que tal darmos um nome pra ele? Eu tenho uma idéia, que tal... Pequeno Frodo? É legal e tem tudo haver com esse pequeno... Dedinho.
Assim que eu comecei a rir ele fechou a porta com força na minha cara.
— Agora sei o porquê você pega prostituta. — Gritei, ele berrou.
Após alguns segundos rindo daquilo, sai do quarto e a campainha tocou.
Fui até a mesma e a abri, advinha? Patrícia está lá e com os remédios.
— Demorei? — Perguntou ela, sorridente.
— Um pouco. Você comprou os remédios pros enjôos que eu te pedi? — Perguntei.
— Melhor, eu comprei bombons de menta, remédios pra enjôos e sete testes de gravidez.
Ergui as sobrancelhas.
— Testes de gravidez? Pra que? Eu não estou grávida. — Disse, ela deu de ombros.
— Talvez sim... Talvez não, você saberá se testar.
Bufei.
— Faço isso outra hora. — Murmurei.
— Justin sabe que você está grávida?
— Não estou grávida, porra e não, ele não sabe de nada, ele nem desconfia. — Respondi.
— E se por acaso você estiver, qual vai ser o nome? A filha de vocês vai ser linda, maravilhosa.
— Filha? Que filha?
— A Alice, a futuro filha de vocês. — Respondeu Patrícia. Às vezes ela passa dos limites.
— Não estou grávida, já disse. Isso é impossível.
— Vocês usam camisinha quando vão transar? —Perguntou ela.
Suspirei.
— Não, quero dizer, de vez enquanto. Eu odeio fazer sexo com camisinha, mas eu tomo pílulas.
— Qual foi a última vez que você tomou? — Perguntou ela.
— Sei lá, faz um tempo já. — Respondi.
— Então você parou? — os olhos dela se arregalaram.
— Sim, mas não faz mal, não estou grávida.
— Por que você parou de usar?
— Porque ela engorda. — Respondi, ela riu.
— E ao invés de engordar você prefere engravidar? Tá doida?
Revirei os olhos.
— É claro, eu preferi isso. — Disse irônica. Ela riu.
— Quando Justin descobrir que é pai ele vai surtar. — Comentou Patrícia.
— Eu não estou grávida porra, não! — Gritei, ela sorriu.
— Tanto faz, mas o que acontece se você estiver?
Suspirei — Simples, eu aborto.
Ela ficou pasma.
— Aborto Summer? Você não teria coragem, você não chega ser tão cruel assim a esse ponto.
— Se eu engravidar justo agora, sim, eu tenho coragem. Não vou ter um filho agora, isso estragaria tudo, inclusive minha relação com o Justin. — Disse.
— E quando você irá fazer o teste? — Perguntou Patrícia.
— Hoje a noite, assim que eu chegar do encontro. Mas provavelmente eu não estou, então, irá ficar tudo bem. Certo?
Ela deu de ombros.
— Não faço idéia. — Respondeu ela. — Mas boa sorte!
Sorri.
X X X
Justin Bieber P.O. V
Mais uma noite perfeita. Clima e músicas perfeitas, estava tudo indo muito bem, tão bem que cheguei a estranhar.
— Como está o salmão? — Perguntei, ela sorriu. Ela estava radiante essa noite de quarta-feira. Vestido bem colado, longo e vermelho, cabelos soltos com as pontas enroladas e os lábios tão vermelhos que me faziam cada vez mais me segurar para não pular em cima dela e beijá-la até a morte. Ela estava linda.
— Está ótimo! — Respondeu ela. — Esse restaurante é muito romântico.
— Fico feliz que tenha gostado.
— Já esteve aqui antes? — Perguntou ela arqueando as sobrancelhas.
— Não. — Respondi sério, então ela levantou um poucos os ombros e torceu os lábios. Odeio quando ela faz isso, é como se ela adivinhasse que eu estava mentindo. —Sim... Bem, duas vezes. — E para piorar a situação, ela lambeu os lábios. Muitos não entenderiam aquilo, mas aquilo que ela estava fazendo era pior que ser torturado por um negão cujo pênis parece o tronco de uma arvore. — Ok, bastante.
— Sei que namorou outras mulheres. Por que mentir?
— Por... Sobrevivência. — Respondi. Ela riu.
— Então, sobre o que mais você mentiu? — Perguntou ela.
— Bom, quando eu era mais novo, um primo meu foi convidado à primeira festa dele e lá ele perderia o BV, e então ele pediu ajuda de mim. — Disse, Summer começou a ri. — Eu não sabia nada sobre beijo, o que eu sabia era como os cachorros se beijavam, então eu sugeri a ele que para beijar uma garota de língua, ele teria que cuspir na boca dela e depois lamber.
— Que louco. — Comentou ela ainda rindo. — Conte-me, mais... Sobre o que mais você mentiu.
— Bom, não sei. O que mais você não acreditou? — Perguntei, ela sorriu.
— Você é terrível. — Disse ela.
Voltamos a comer, minutos depois, para quebrar o silêncio, perguntei.
— E aí, ainda se sente enjoada e tonta?
Ela bufou.
— Para ser sincera, cada vez mais. Acho que estou com o açúcar baixo, o estranho é que minha menstruação está atrasada e eu estou começando a me preocupar. — Disse ela, cabisbaixa. — Acho que deveria ir ao hospital.
— Summer, você é médica. Por que precisa ir ao médico se você é uma? Não faz sentido.
Ela revirou os olhos — Eu preciso ser examinada, Justin.
— Besteira, você está bem, tenho certeza disso. — Disse.
— Besteira ou não, eu preciso. — Ela se levantou. — Com licença, preciso ir ao banheiro antes que eu vomite todo o camarão aqui mesmo.
Eu ri e ela saiu indo direto ao banheiro feminino.
— Bobby. — Chamei o garçom. Ele virou-se e caminhou até mim.
— Tudo bem Sr. Bieber? — Perguntou ele.
— Sim, sim, estou ótimo. — Disse. — Minha namorada está no banheiro e eu preciso que você me faça um favor.
Ele sorriu de orelha a orelha — Sem problemas, vou pedir ao manobrista que leve seu carro até o beco, então eu abrirei a janela do banheiro masculino para que possa escapar. E então terá um taxi esperando o senhor para levar a moça para casa com um tradicional suflê de chocolate.
Eu ri, era uma boa idéia.
— Não, não vou terminar com ela. — Expliquei. — Vou dar a ela uma aliança de compromisso.
Ele franziu a testa. — Está bêbado? Vai pedi-la em casamento?
— Não, casamento não, é apenas uma aliança de casamento. — respondi.
— E qual a diferença?
Bufei.
— Eu preciso que você me traga uma garrafa de champanhe, encha as taças e a distraia para que eu possa colocar o anel dentro da taça, entendeu?
Ele assentiu — Certamente, romântico senhor.
Desviei o olhar para a entrada do banheiro e vi que Summer estava quase saindo.
— Ela está vindo, vá busca o champanhe. — pedi, ele bufou.
— Vou deixar a janela do banheiro aberta, só para garantir. — Disse o garçom antes de sair e logo após Summer sentou-se.
— Estava chorando? — Perguntei, os olhos dela estavam lagrimejando, o nariz dela estava vermelho e a boca muito molhada, resumindo: ela estava chorando.
— Não. — Ela soltou uma risadinha sem graça e sorriu. — Por que eu estaria chorando?
— Não sei me diga isso você. Por que estava chorando?
— É o colírio. — disse ela, estava na cara que ela estava mentindo, ela nunca usa colírio.
— Mentirosa, eu conheço você, sei quando você chora. — Disse, ela revirou os olhos e limpou a lágrima que caiu.
— É que eu estou feliz. Eu amo tanto você, estou feliz por finalmente estarmos juntos, é inacreditável e eu não consigo segurar a emoção.
Sorri e segurei sua mão.
— Oh, entendi.
Ela sorriu e beijou minha bochecha.
— Justin, eu te amo! — Sussurrou ela.
Sorri — Não, eu amo você.
— Eu amo mais. — sussurrou ela de volta.
— Não, Summer Collins, eu amo você.
— Ok! Vamos parar de viadagem e mimi e vamos comer.
Eu ri.
X X X
Sempre que eu penso "agora vai" nada vai. Eu estou nervoso e com medo. Merda! Deu até vontade de cagar, peidar, arrotar e socar a minha alma até eu criar coragem e parar de ser uma bixona loira.
— Animada para a mudança? — Perguntei. Eu nem queria tocar nesse assunto, mas estava sem criatividade para não deixa o clima mais tenso e vazio, então...
Ela sorriu de orelha a orelha — Animação é pouco. Vai ser incrível ter uma casa só pra mim. Vai ser meio solitário porque não vai ter ninguém pra eu conversar, mas mesmo assim, vai ser incrível.
— Que bom!
Conversar sobre a mudança dela sempre me deixa pra baixo.
— Você pode ir me visitar quando quiser, a gente pode ficar conversando pelo telefone ou Skype, vai ser legal. — Disse ela, sorri.
— Se você diz... — O garçom finalmente chegou com o champanhe.
— Champanhe? Alguma ocasião especial? — Perguntou ela.
— Estamos completando um mês de namoro, esqueceu?
Ela riu.
— Oh, é mesmo.
Bobby encheu a taça dela e depois a minha, sussurrou algo como: “o taxi está a sua espera senhor” e piscou pra mim, se posicionou ao lado da Summer e então começou a fazer cena para que eu colocasse o anel na taça.
— Oh Deus, espero que eu não esteja tendo um ataque fulminante. — Disse ele, chamando a atenção da Summer.
— Você está bem? — Perguntou Summer ao garçom.
— Eu não tenho certe... — Ele olhou pra mim e assim que terminei de fazer o que deveria, fiz um sinal com as mãos. — Estou bem!
Revirei os olhos. Acho que ele é o único garçom em Los Angeles que não é ator, até porque se ele fosse, morreria de fome.
— Acho que ele não está bem... — Murmurou Summer.
Dei de ombros — Esqueça ele e vamos brindar, tudo bem?
Ela sorriu e ergueu a taça.
— A nós! — E então brindamos e ela bebeu o champanhe de uma vez. O que ela achava que fosse? Água? Suco de maracujá com leite? Que porra.
— O que diabos eu acabei de engolir? — Perguntou ela enquanto torcia.
Eu estava de boca aberta. Ela engoliu o anel de diamantes que custa mais caro que a minha casa e o meu carro juntos.
— Meu Deus! — Murmurei ainda pasmo com o que eu acabei de ver.
— O quê? — Perguntou ela.
— Eu coloquei um anel de diamantes na sua taça. — Respondi, ela arregalou os olhos.
— Que? Por quê?
— Como assim “por quê”? Era uma aliança de compromisso de diamantes, Summer, e você a engoliu. Eu não sabia que iria virar o copo de uma vez.
— Então eu engoli um anel? — Perguntou Summer. Ela estava começando a ficar desesperada, talvez até mais que eu.
— Quem bebe champanhe assim? O que achou que isso fosse? Vitamina de abacate?
Ela revirou os olhos.
— Eu estava com sede, não grite comigo seu filho da mãe. — Resmungou ela.
— Em nome de Deus, como engoliu tão facilmente? — Perguntei furioso.
— Essa é uma das coisas que você ama em mim, lembra? — Ela revirou os olhos e se levantou.
— Onde pensa que vai? — Perguntei.
— Hospital, idiota. — Respondeu ela.
— Por quê?
— Porque tem um anel no meu estômago.
Revirei os olhos.
— Não precisa, sente-se e coma. Você ficará bem. — disse, ela ergueu as sobrancelhas.
— Como sabe?
— Uma vez engoli um punhado de moedas. Nada de mais aconteceu. Você só precisa tomar algumas xícaras de café pela manhã e tudo resolvido — Expliquei, ela riu.
— Acho bom isso acontecer.
— Confie em mim. — Disse, ela respirou fundo e se sentou, logo depois caiu na risada.
— Porque esse tipo de coisa só acontece comigo? — Perguntou ela ainda rindo. — Qual a probabilidade desse tipo de coisa acontecer com alguém normal?
— Faz parte. Vem com o pacote de se namora comigo. — Disse, ela riu ainda mais.
— Isso foi insano. — Murmurou ela. — Esse tipo de coisa só acontece em comedias românticas. — Ela respirou fundo após alguns minutos rindo e segurou minha mão. — Essa noite só fica mais romântica a cada segundo... E inacreditável também.
E foi então que o clima agradável se foi e Summer e eu ficamos em silêncio. Ela comia, bebia e olhava para as próprias mãos e de vez enquanto, sorria pra mim e abaixava a cabeça. Ela parecia triste, bem triste mesmo e eu percebi isso, pois quando ela olhava em meus olhos eu via o tamanho do esforço que ela estava fazendo para não chorar e ao invés de chorar, ela apenas sorria e olhava pras próprias mãos... Que pelo visto não paravam de tremer.
— Você está bem? — Perguntei preocupado enquanto bebia meu champanhe, ela sorriu.
— Por que não estaria?
— Você parece triste, aconteceu algo? Está se sentindo bem? — Perguntei, ela respirou fundo.
— Vou sentir sua falta. — Respondeu ela. — Faltam só dois dias...
— Tudo bem, vamos continuar nos falando, não é? Não precisa ficar triste por isso. — Disse, ela sorriu e apertou minha mão. — Vai querer mais alguma coisa? Um suco ou algo a mais? — ela negou com a cabeça. — Então vamos para casa?
— Oh, sim! —Respondeu ela, sorri e nos levantamos.
Finalizamos o pagamento e fomos para o carro e ela continuava quieta, de vez enquanto ela soltava suspiros e sorria pra mim, mas nada além disso, até que eu liguei o som e coloquei a musica que ela adora. Ela é viciada naquela música e sempre que eu a coloco ela se anima, mas ao contrário dos outros dias, ao invés dela rir, ela desabou. — Justin? Pode me levar para o meu apartamento? Eu preciso mesmo ir para a minha casa.
— Por quê? Aconteceu algo, não é? E você não quer me contar, não é mesmo? Que porra! Eu quero saber, você está me deixando preocupado. — Disse, bravo.
— Só me leve pra casa. — Pediu ela, com a voz baixa. — Quando eu me sentir melhor, conto tudo a você, mas nesse momento só me leve para casa.
Respirei fundo o mais fundo possível para não acabar brigando com ela e dei a volta com o carro. Eu odeio suspense. Mas se ela quis assim, tudo bem, não vou força a barra. Desliguei a música e assim que chegamos a frente ao apartamento dela, desci do carro e fui abrir a porta pra ela e ela me abraçou forte, muito forte.
— Tem certeza que não quer me contar o que houve? — Insiste, ela sorriu e me beijou.
— Não. — Respondeu ela.
— Quer que eu venha aqui amanhã? Para gente conversar? — Perguntei.
— Vejo você no aeroporto, tudo bem?
Respirei fundo e ela beijou minha bochecha e então passou pela portaria e sumiu.
Tenho certeza que algo aconteceu.
X X X
03:12
Acordei no meio da madrugada com os gemidos da prostituta que pelo o que eu ouvi falar é três pernas, desci para toma um copo d’água e eu confesso que de certa forma eu ainda estava preocupado com Summer, pois até agora sem ligações e talvez seja idiotice. Mas a cada três minutos eu ia ao WhatsApp ver se ela estava online, ia ao Facebook para ver quando foi a última vez que ela ficou online e pelo o que eu percebi ela não entra em nenhum dos dois a dois dias inteiros. Minha preocupação só aumentava.
Enquanto eu tentava terminar um trabalho que era para ser entregue ao domingo de manhã, recebi uma mensagem da Patrícia: “Está acordado? Summer precisa de você. Venha o mais rápido que puder”.
E aí, acha que eu perdi tempo? Claro que não, em menos de dez minutos eu já estava lá, subindo o elevador e assim que entrei no apartamento, de longe já se ouvia o som alto da musica, Tragedy da Christina Perri, era uma das músicas que ela ouvia quando estava deprimida. O problema dessa música é que ela me lembra muito Game of Thrones e eu não gosto de Game of Thrones.
Bati na porta algumas vezes e entrei, Summer estava sentada na frente da televisão de cabeça baixa, provavelmente chorando. Aproximei-me do som e mudei a musica triste, ela virou-se pra mim com a maquiagem toda borrada e ainda vestida no mesmo vestido que ela usou no encontro. Coloquei a música mais animada que ela tinha e beijei sua testa e então comecei o show. Enquanto tocava 22 da Taylor Swift, que no caso é a musica em que ela mais odeia, comecei a dança para fazer-la ri.
Qual é? O que eu poderia fazer? Abraçá-la e espera ela vira um poço de lágrimas? NÃO! Quando uma pessoa chora, você tem que fazê-la ri e existe coisa mais engraçada que eu dançando 22 da Taylor Swift? Só falta a fantasia de banana pra isso aqui vira um circo.
— Estou fazendo você se sentir melhor? — Perguntei enquanto tentava sensualizar com o... Vaso de flores, sim isso mesmo, um vaso de flores.
Ela só chorou mais e em uma tentativa frustrada de meter os pés pelas mãos enquanto eu dançava e sensualizava com vaso de flores, eu cai.
— Eu só quero ouvir minhas músicas sozinha. — Choramingou ela.
Só para você ter uma idéia, eu tentei a dança da galinha enquanto tocava Taylor Swift para fazê-la ri e ela só acabou chorando mais e mais.
— Justin, por favor. Eu quero ficar sozinha.
Ignorei-a e continuei dançando a dança da foca com convulsão anal... Se é que isso é possível.
— Eu me sinto horrível... — disse ela enquanto chorava.
— Ok! — Respirei fundo e mudei de musica, a mais triste que achei e me sentei ao lado dela para obter aquele momento romântico e triste que demonstram nos filmes, sabe? Aqueles que fazem você suspirar e solta um gemido fofo: “Aaaawn”. — Summer, posso lhe dar um conselho que não irá servir para nada?
— Não! — Respondeu ela, ainda chorando. Eu a ignorei, óbvio.
— Bom, eu não faço idéia o porquê disso tudo, quero dizer, eu estou preocupado, mas você precisa me contar o que está acontecendo. Não sou apenas o teu namorado, eu sou o teu melhor amigo e melhores amigos contam uma coisa uns para os outros, certo?
Ela respirou fundo, pegou a minha mão e me arrastou até o quarto dela. Por alguns segundos eu pensei que a gente fosse transar, mas não disse nada com medo de ser inconveniente. Então ela me empurrou pra dentro do banheiro, pediu que eu visse o que havia dentro da pia e sentou-se na cama.
Confesso que eu estava com medo de chegar perto da pia e uma cobra pular na minha cara e me atar ou então a garota do filme exorcista aparecer e eu me cagar de medo, mas assim que eu cheguei perto, me deparei com sete testes de gravidez sobre a mesma, SETE TESTES DE GRAVIDEZ.
— Summer! — A chamei, eu estava pálido, eu senti meu suor frio escorrer quando eu vi aquilo e então, quando me virei, lá estava Summer, chorando. — Patrícia está grávida?
Ela riu e sentou-se no chão, perto da porta do banheiro.
— Não, ela não está grávida. —Respondeu Summer.
— Ok! Se Patrícia não está gravida e Finn é gay, então quem está grávida?
Ela riu.
— Eu, eu estou grávida.
Ok... Tontura chegando, vomitando caminhando e desmaio vindo, acho que vou desmaiar.
— Você? Mentira! Caralho, eu vou ser pai? — Gritei.
Apesar de ser algo inesperado, eu senti algo enorme dentro de mim e não, não era um pênis e eu não sei o nome, mas eu só sei que a única coisa que eu consegui fazer foi chorar gritar, ri e pular, mas ao contrário de mim, Summer não estava nem um pouco feliz.
— Você não vai ser pai, Justin.
Ao ouvir aquilo meu mundo parou.
— Como assim? — Perguntei.
— Você não vai ser pai e não vou ser mãe porque eu vou abortar essa criança. Marquei uma consulta para amanhã. — Respondeu ela, seria.
— Você o quê?
— Não vamos ter um filho, Justin. — Disse ela. — Eu não vou ser mãe. Sinto muito!
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