História The Vow - Segundo primeiro encontro Part.1

Califórnia, Los Angeles.

Sexta-feira 29/ 05 de 2014. 02:18 A.M

Summer Collins P.O.V

— Você tem uma tatuagem de um raio na bunda? Por quê?

Ele riu.

— Ryan apostou comigo que eu não conseguiria levar a garota mais popular da faculdade para o baile de formatura. Se eu perdesse, teria que tatuar algo na minha bunda.

— Pelo jeito você perdeu.

Ele sorriu e voltou a me beijar, enquanto eu tirava a camisa dele.

— Eu era fã do Harry Potter na época — comentou ele.

— Você também era gay? — perguntei, enquanto íamos direto para o meu quarto.

— Harry Potter não tem nada de gay — exclamou Justin meio bravo com a minha pergunta, eu apenas ri e continuei o beijando.

“Ui! Parece que achei o ponto fraco dele” pensei.

Após alguns minutos já estávamos pelados um em cima do outro, como um sapo fica quando vai acasalar com a sapa... Okay, é uma definição meio bosta, mas era exatamente como estávamos. Transando. Mas o clima acabou quando ele pulou pra fora da cama e entrou correndo no banheiro. Não entendi porra nenhuma.

— Você vai cagar? — perguntei, me levantando.

— Não, eu bebi muito suco de melancia — gritou ele.

Bufei e me sentei. Eu tinha apenas 2 horas de sexo e ele inventa de ir no banheiro no meio do ‘vamos ver’, super broxante? Sim, super broxante.

— Está fazendo o que?

— Já tentou urinar com o pênis duro? É horrível! — resmungou ele — É a mesma coisa que tentar controlar o vento com um mata mosquito.

Dei de ombros e respirei fundo. Minutos depois, após entrar no quarto, encontro Justin sentado no vaso todo vermelho e suado, ou eu estava enganada, ou ele estava cagando.

— Tá fazendo cocô? — perguntei incrédula.

— Não! — gritou ele.

— Então por que está sentado?

— É mais fácil de controlar a porra do meu pênis... — ele soltou um grito de dor — Merda!

— O que foi?

— Está doendo. Quando você me depilou, rasgou um pedaço do meu pênis e, agora sempre que vou urinar, ele dói. Obrigado, Summer, por cortar o meu pênis!

Eu ri alto com aquilo.

— Desculpe!

— Sua idiota!

O som alto veio do banheiro, achei que ele estivesse cagando, realmente achei isso, mas quando fui ver o que era, ele estava mijando. Estranho ver um homem mijando sentado.

Ri daquela imagem dele mijando sentado e me joguei na cama o esperando. Minutos depois Justin voltou com um sorriso grande no rosto.

— Espero que tenha lavado as mãos — disse, ele bufou e deu meia volta.

X X X

— Aaaaawnn — gemi — J-Justin.

— Oi?

— Minha bunda.

— O que?

— Minha bunda tá doendo — disse e ele olhou pra mim confuso — Deu cãibra.

Ele bufou.

— Fala sério!

— Estou falando sério!

Invertemos a posição. Agora eu estava em cima dele, me senti um pouco melhor. Porém, minha bunda ainda estava doendo.

— Não gosto quando as mulheres ficam no comando. É estranho! Eu me sinto menos homem... — comentou ele revirando os olhos.

— Menos homem? Uma mulher nua está em cima de você e você se sente menos homem?

— Um pouco.

Respirei fundo.

— Então como iremos fazer? Minha bunda ainda dói...

— Que tal fazermos isso em pé? Vi no filme pornô ontem que dá pra transar em pé. Ou então podemos transar com você no meu colo, que tal?

Dei de ombros.

— Posso comer uma banana antes? Estou com fome — disse, eu realmente estava com fome.

— Tem certeza que quer transar enquanto come uma banana?

— Minha mãe dizia que banana ajuda quando estamos com cãibra — disse, ele fez uma careta e depois riu.

— Sério?

— Sério!

Me levantei.

— Então tá. Quando for pegar uma banana, pega uma maçã pra mim. Eu não jantei hoje.

Assenti e fui até a cozinha pegar a minha banana e a maçã do Justin. Quando voltei, encontrei-o no banheiro de novo.

— De novo? Fala sério! A gente não ia transar?

— Acho que o queijo não me fez bem — comentou ele.

— Se vai cagar, fecha a porta pra não feder.

Ele fechou a porta. Me sentei na cama e liguei a TV.

Ainda tínhamos 20 minutos de folga. Bom, pelo menos eu tinha.

X X X

— Você não entende, vocês são perfeitos — disse Patrícia, revirei os olhos. Aquela conversa estava me deixando enjoada.

— Justin não faz o meu tipo. Além do mais, ele é alto e mais velho do que eu... — disse, Patrícia riu.

— Você sempre faz isso. Sempre trata mal quem você gosta, sempre acha defeitos em todo mundo. Eu saio com caras que tem problemas de verdade. Caras que roubam meu cartão de credito e depois dizem que eu sou a culpada, pois eu não guardei direito. Você costuma sair com caras perfeitos. Você começa a gosta deles e, para destruir um possível relacionamento sério, você começa a ofendê-los, os trata mal ou nega qualquer aproximação que seja além de sexo casual. Depois diz: “nunca vai dar certo, ele é feliz demais” ou “o cabelo dele é preto demais”. Justin é ótimo, um dia antes de vocês irem jantar juntos pela primeira vez, ele me ligou às três horas da manhã apenas para saber o teu gosto musical, a tua comida preferida e o que tu gostava de fazer quando era pequena. Ele é perfeito.

Revirei os olhos.

— Olha, eu sei que deveria estar em uma relação, mas eu não estou afim de me apegar a alguém, entende? Sabe, ele é legal, mas... Não rola. Ele não faz meu tipo... — disse, meu celular vibrou.

Havia chegado uma mensagem do Justin, ri com a baboseira que ele havia me enviado e respondi.

— Vamos sair hoje? — perguntou Finn entrando em nossa frente.

— Iiih! Não rola! Tenho coisas para fazer. A Srª. Wen precisa de observação, caso algo aconteça — disse, estava esperançosa que ele esquecesse essa coisa de sair.

— Relaxa, já resolvi isso. Hoje à noite, a Drª. Izzy ficará de olho nela. Não se preocupe, ela ficará bem. Então... vamos sair?

— Por mim, tudo bem... — disse Patrícia.

Bufei.

— Tudo bem, eu vou.

Ele soltou um gritinho agudo. Pois é, Finn é gay.

— Noite do karaokê – disse ele todo animado.

Sorri sem mostrar os dentes.

X X X

- Oh baby, baby. How was I supposed to know, that something wasn't right here, oh baby, baby. I shouldn't have let you go and now you're out of sight, yeah.Show me how you want it to be , tell me baby 'cause I need to know nowo, oh because — cantava Patricia e Finn no palco. Era muito engraçado vê-los cantando Britney Spears.- My loneliness is killing me, and I. I must confess, I still believe, still believe.

— Oi.

Rapidamente me levantei vendo que Justin estava em minha frente. Me senti um pouco surpresa e desconfortável.

— Olá, o que faz aqui?

— Patrícia me convidou — respondeu ele, logo depois dois caras se aproximaram juntamente de Rico, que parecia um cafetão com aquela roupa altamente chamativa com cordões de ouro, e obviamente, eram falsos — Quero lhe apresentar meus amigos, Brian e Ryan, o Rico você já conhece.

— Ryan? — perguntei, caso esteja errada, ele era o mesmo ‘Ryan’ em que eu passei trote na noite em que Justin e eu jantamos juntos pela primeira vez. Pela cara dele quando me viu, parece que era ele mesmo.

— Você parece super legal, mas o trote que você me passou naquela noite foi o maior susto da minha vida — disse ele com cara feia, o tal Brian, Justin e eu rimos.

— Desculpa, mas o trote foi ideia do Justin e não minha.

— Eu sei gata — disse ele sorrindo — E aí? Você e Justin estão mesmo tendo uma “amizade colorida”? — pois é, ele usou as aspas. Não entendi o motivo, mas concordei, mesmo tendo me lembrado de ter falando com Justin sobre isso.

— Bom... — Justin me interrompeu.

— Podemos conversar?

Olhei pra ele e assenti.

— Usem camisinha crianças, o titio Ryan não quer pirralhos atormentando a vida dele — disse Ryan e Brian riu, percebi que Justin ficou vermelho.

Fomos direto para o banheiro, ele estava praticamente me arrastando.

— Sei que não deveria ter contado sobre nós a ninguém, mas eles me drogaram e me ameaçaram — disse Justin, ele estava falando tão rápido que mal deu pra entender o que ele estava tentando dizer. Ele estava nervoso.

— Por que está nervoso? — perguntei, eu precisava me aproveitar daquele momento.

— Não estou nervoso... — sussurrou ele, ergui as sobrancelhas e ele bufou — Tudo bem, um pouco...

— Por que está nervoso? — perguntei novamente.

— Não sei — ele respondeu.

Peguei em seu queixo e o beijei. Porém, nosso beijo foi interrompido quando Patrícia entrou no banheiro completamente bêbada.

— Oh meu deus, vocês estavam... — a interrompi.

— Não aconteceu nada.

— Oh, bom, é sua vez de cantar — me avisou Patrícia, assenti e sai do banheiro.

X X X

— Você cantou muito bem — disse Justin sentando-se em nossa frente.

Eu sabia que ele estava mentindo. Eu fui péssima, a minha pontuação foi 20. Como posso ter ido bem com a pontuação 20?

— E você mente be, — disse, ele riu — Olha sobre o lance lá no banheiro... — o amigo dele me interrompeu sentando-se ao nosso lado.

Já estava quase passando das duas da manhã e eu ainda não estava bêbada, droga!

— Olá, Summer!

Eu sorri.

— Olá, Ryan.

— O que vocês dois fazem parados aqui conversando? Vamos cantar.

— Estou bem aqui, Summer, você dizia... — quando eu ia continuando o que eu ia falar antes do Ryan vir, ele nos interrompeu novamente.

— Summer, precisamos conversar.

Bebi um pouco da minha cerveja.

— O que é?

— Posso lhe fazer uma pergunta?

Tecnicamente ele já estava fazendo uma pergunta, mas eu o deixei continuar.

— Por que você não gosta de namora?

Olhei para Justin, ele contou. Merda!

— Eu gosto, só não quero agora... — expliquei tentando pôr um ponto final naquela conversa que, mal começou, e já me deixou desconfortável.

— Você é lésbica? — perguntou Ryan.

— Não, só não gosto de relacionamentos. Gosto de ficar sozinha, de viver minha vida sem ter alguém para me encher o saco. Para que sofrer por relacionamento? Eles só destroem amizades e confundem a cabeça das pessoas.

— Você não acredita no amor? — perguntou Justin. Fiquei surpresa com a pergunta vindo dele, confesso.

— Amor? — eu ri — O amor não existe e, se existe, não dura pra sempre. E, se não dura pra sempre, não é amor. Pois nada dura pra sempre. O que é realmente o amor? Ninguém sabe, algumas pessoas afirmam ter sentido o amor, mas o amor não paga conta, não compra comida e nem paga a gasolina. Fala sério! Se um dia eu afirmar que eu amo alguém, tenha certeza que essa pessoa não sou eu. O amor é apenas uma ficção, uma ficção hollywoodiana que foi feita para iludir mulheres dramáticas e melancólicas. Ele faz as pessoas ficarem doentiamente paranóicas, as deixam ciumentas e esquecem do mundo em que vivem, elas esquecem do mais importante da vida... — Justin me interrompeu.

— E qual a importância da vida? v perguntou ele, eu sorri e peguei em suas mãos.

— Viver, como se nada mais importasse. Nascemos, crescemos, envelhecemos e morremos sozinhos, por que eu gostaria de me apegar em alguém? Da vida nada se leva, não podemos levar uma possível “paixão” conosco. Eu afirmo o amor não existe.

Ryan começou a bater palmas como se eu tivesse feito um espetáculo. Eu ri, mas Justin parecia meio pra baixo.

— Você é homem?

— Não! Não sou homem — disse rindo, parece que o amigo do Justin está realmente bêbado.

— Okay, você fez todo esse discurso e blá, mas, o que acontece se por um acaso você se apaixonar?

— Impossível!

— Impossível? Nada é impossível.

— Já tive muitos relacionamentos e nunca senti esse ‘amor’ em que os filmes e casais melosos dizem existir. É besteira!

— Está errada — disse ele sorrindo, eu ri — Amor existe!

— Sério? E como você sabe?

— Eu não sei, mas não é por que você nunca sentiu, viu ou pegou que não exista. Você não precisa... Mas quando você se apaixonar, vai saber na hora.

Torci os lábios.

— Talvez sim... — sorri — Talvez não.

— CASEM-SE! — gritou Patrícia no palco.

Justin riu e passou os dedos entre os cabelos, o bagunçando.

E, de repente, o assunto acabou. Ryan saiu e sentou-se ao meu lado.

— Você já ouviu falar de sexo em 3D? — sussurrou ele.

Eu rir.

— O que?

— Sexo em 3D

— Não!

— Quer tentar?

Eu ri.

— Quando e onde?

X X X

- OH MEU DEUS! QUE LOUCO, PARECE QUE ESTÁ VINDO PRA CIMA DE MIM — gritei, era realmente incrível — Onde você descobriu isso?

— Filme pornô!

Eu ri.

— Incrível! Precisamos fazer isso mais vezes.

— Concordo!

X X X

— Mete no buraco direito, porra! De novo, Justin.

— Meti direito, porra!

— Tem o pênis torto é?

— Cala a boca.

X X X

Estava quase amanhecendo, Justin e eu estávamos apenas deitados sem falar nada. Bom, até ele começar a falar.

— Que tal se tivéssemos um segundo primeiro encontro, como amigos.

— Que?

— Sair. Se divertir. Passa trote feito retardados. Vamos sair só nós dois...

— Não dá!

— Qual é! É só por uma noite. Não vou estuprar você, só quero que sejamos amigos...

Sorri.

— Pra que? Pra mim eu usar maquiagem, vestido, salto alto e fingir ser a garota mais perfeita e feliz do mundo? Não, obrigada.

— É! Eu vou buscar você. Vamos a um restaurante e você vai pagar a conta.

— Por que eu?

— Não somos namorados, somos amigos. Amigos pagam a conta, namoradas não. E depooois... Depois que terminarmos, você irá me recompensar passando as mãos por cima do meu jeans. Como um encontro de verdade, só que você vai pagar, não eu.

— Você deve estar brincando.

— Não estou brincando, estou falando sério. Quero ter o nosso segundo primeiro encontro.

Eu ri. Essa poderia ser a pior decisão que já tomei desde que eu resolvi me depilar pela primeira vez, mas...

— Eu aceito.

— Que?

— Eu topo sair com você — disse e ele sorriu — Mas nada de flores ou corações...

— Tudo bem!

Eu ri e o beijei.

— Você é louco — disse e Justin riu.

— Obrigado!

— Não foi um elogio.

— Eu sei, mas obrigado!