História The Walking Dead - (Naruto) - Ser fraco não é mais uma opção

Atualmente 

A caminhada era longa mas o dia estava clareando, se tivermos sorte suficiente de encontrar algum lugar a gente não morre ou morre por não conseguir comida, a situação era complicada mas graças a Kakashi eu ainda estou firme, nesses últimos meses ele foi o meu parceiro e a gente começou a se ajudar em tudo, não temos mais nada a perder então se arriscamos um pelo outro várias vezes, eu já desisti de ter esperanças nesse mundo

— Pensativo outra vez? — Calmo lendo um de seus livros ele perguntou como sempre fazia quando tudo ficava mais silencioso, na verdade a maioria do tempo o silêncio se manifestava, as vezes não sei o porquê mas parecia o incomodar

— Só to preocupado porque a gente tá saindo da cidade e eu não faço a mínima ideia do que podemos encontrar no caminho, a comida também é necessária e nem um carro a gente tem mais —  comentei frustado lembrando do meu carro perdido na rua sem bateria e do carro da delegacia pegando fogo 

—  Acha que vai ter muitos zumbis?  — calmo ele perguntou  

— Eu não sei, pode ser que sim mas também há possibilidades de encontrarmos grupos de pessoas não confiáveis, canibais ou seja lá mais o que pode se existir  — respondi bebericando um pouco da água que ainda restava 

— Ninguém disse que seria fácil – Disse o platinado fechando o livro substituindo-o por um martelo ao avistar o bando de zumbis 

— E ninguém disse porque quase ninguém sobreviveu – de cabeça erguida fiz o mesmo que ele, pegando a pistola com silenciador na mão direita e a faca na esquerda enquanto me recordava do que aconteceu  

3 meses atrás quando tudo começou 

— Pai... Mãe...  — Susurrei perto ao chão coberto de sangue segurando os corpos quase sem vida em minha frente, eles conseguiam me ouvir, o olhar de cada um era de partir o coração, eu me sentia um completo inútil por não saber o que fazer naquela situação de merda, não dava para aceitar

— Quem fez isso? — Perguntei com um  enorme ódio, eu quero matar a pessoa desgraçada que fez isso

Fugaku estava muito pior e nem conseguia se mexer, mas mesmo tossindo sangue e pela dificuldade de soltar as palavras, a voz serena de Mikoto pronunciou, 

— Ita...chi — E naquele momento eu não conseguia pensar em mais nada, ela estaria delirando? 

— Itachi fez isso mãe? — Eu nunca chorava, mas aquilo era demais para um dia só, foi uma tempestade de puro desastre atrás de desastre, criaturas sobrenaturais, meus pais mortos e agora essa descoberta.

Era muito para processar 

Ela então fechou os olhos rapidamente confirmando com a cabeça enquanto as lágrimas escorriam, e antes de partir ela pronunciou suas últimas palavras se esforçando para manter o toque de seus dedos em meu rosto 

— Amo...vo...cê — Sorriu fraco não demorando muito para que seu braço caísse até o chão, meus olhos queimavam por raiva e as lágrimas não paravam

— E no dia que der de cara com ele me vingarei por isso meus amados pais — me levantei saindo daquele lugar que não era mais nada além de pedaços de madeiras ensangüentados e destruídos, mas antes mesmo de me retirar caminhei até a cozinha pegando a maior das facas que tinha. Depois disso fui até a delegacia que ainda estava intacta pegando o quanto de arma que dava pra levar comigo, encontrei Kakashi lá, ele era meu colega de trabalhado mas nunca fomos próximos e como não tinha mais pra onde ir e nem a quem proteger quis seguir a caminhada comigo, de começo eu não aceitei, quanto menos pessoas no meu caminho era melhor. E como esperado ele não me escutou e mesmo assim me seguiu, e naquele dia salvou a minha vida e era é óbvio que ele iria continuar a me seguir então acabei aceitando sua companhia 

Atualmente 

E de costas um para o outro conseguimos acertar o bando inteiro, mas o que não estávamos preparados era que aquilo era uma pequena parte do bando

— Tem milhões de zumbis aqui Kakashi  — apavorado eu disse tentando avistar qualquer maneira de escapar

—  Vamos por ali — Apontou para o beco com a caçamba de lixo fechada e correndo conseguimos subir nela enquanto Kakashi tentava ao máximo atrasar os que estavam quase tocando nossos pés e eu ajudava atirando com a pistola os mais distantes

— Não era assim que eu pensei que seria — confessei puto da vida sem nenhum bala com os únicos pensamentos de que era o nosso fim

— Agora é esperar por um milagre — E como se fosse uma coisa do destino, um homem apareceu e começou a chamar a atenção dos zumbis como se não fosse nada demais, então assim ele deu início a uma correria rápida para fora do beco virando à esquerda me fazendo perder visão do mesmo conseguindo atrair todo o bando 

— Venham comigo rapazes — Disse a mulher com uma blusa de frio lilás com o capuz tampando seu cabelo e parte do rosto 

— Vamos, eles estão nos salvando — Disse Kakashi ao ver minha cara de desconfiança sobre aquela situação, seguimos então encontrando poucos dos mortos-vivos ao caminho e num prédio mais distante podia-se ver a escada grudada na lateral do mesmo

— Precisamos subir agora — Disse a mulher apressada indo na nossa frente, a seguimos e ela parecia preocupada pois não parava de olhar para todos os lados do chão distante 

— Estou preocupada com meu marido, ele já deveria estar aqui 

— Eu estou aqui — Disse o homem calmo com um sorriso enorme em direção a aquela mulher indo até a mesma transferindo um beijo em sua bochecha e em seguida nos olhando ainda sorrindo 

— Sou Naruto Uzumaki o presidente do nosso país antes disso tudo acontecer, essa é Hinata e esses são meus filhos Boruto e Himawari — Disse ele pegando a menina no colo tentando acalma-lós junto com sua esposa, agora tudo estava mais claro sobre quando pensei em conhecê-lo 

— Sasuke e esse é Kakashi, éramos polícias — O cumprimentei de volta observando o bando se afastar aos poucos do prédio que estamos

— Por quê arriscou a sua vida para salvar duas pessoas desconhecidas? — Perguntou Kakashi que estava calado desde a caçamba 

— Estávamos perto procurando comida, tinha escutado os tiros e então decidimos ajudar quando vi a situação desagradável de vocês 

— Vocês não podem ser tão inocentes ao ponto de arriscar a vida por alguém que não conhecem, e se fôssemos pessoas más que depois disso iríamos roubar o que possuem? — Perguntei calmo tentando entender o cérebro pequeno que essa família tinha, o loiro suspirou triste e então disse 

— Eu sei que o mundo mudou, mas ainda existe gente boa Sasuke e a minha intuição dizia que era o certo ajudá-los — Disse e então pegou uma sacola retirando frutas de lá oferencendo gentilmente

— Obrigado por salvar a nossa vida e pelo alimento, estávamos necessitando — Agradeceu Kakashi pegando duas maçãs se sentando, eu não precisei agradecer por palavras já que o olhar que transmiti deu a entender o quando estava grato, fiz o mesmo que Kakashi sentando ao seu lado sendo acompanhado por aquelas pessoas boas e começamos a conversar 

Sakura 

Continuação de quanto tudo começou 

Um sótão cheio de vários tipos de armas é bastante estranho vindo de uma das mais incríveis cirurgiãs do estado e até mesmo do país

— Eu não sei se fico com medo de você ou daqueles bichos — comentou Ino observando Tsunade pegar um pano e começar a limpar os objetos de defesa que estavam cobertos de sangue preto devido ao recente acontecimento no hospital. A loira então acabou o que estava fazendo direcionando o olhar para Ino, dando um suspiro ela disse

— Meu pai era caçador e gostava de colecionar quanto é tipo de arma, quando ele se foi me deixou a chave e desde então só eu entro aqui e nunca mostrei a ninguém 

— Então por quê está  mostrando agora? — Perguntou Karin com a expressão de desconfiança 

— Ela quer entregar as armas para usarmos como defesa física Karin — sem dar tempo de Tsunade responder me intrometi na possível resposta, já que isso era a única explicação lógica. Tsunade apenas me olhou orgulhosa caminhando para específica arma, na verdade duas Katanas grandes 

— Sakura você está certa sobre o que disse, essa Katana pode ser super delicada e bonita mas ao ver com outros olhos ela é forte e é capaz de coisas inacreditáveis — Comentou ela voltando até mim com as duas Katanas lindas e afiadas, ela as esticou em minha direção e eu rapidamente as peguei  sentindo um pequeno peso ao segura-las.

E então ela continuou a entregar para cada uma o que parecia ser o mais adequado, cada uma recebeu diversas shuriken para serem colocas na bolsa, é uma arma com quatro lâminas e pode ser lançada de grandes distâncias. Ino recebeu um arco e flecha junto com aian Nakkuru que é semelhante a um soco-inglês com lâminas em uma das extrêmidades, são feitas para combate a curta distância. Já Karin recebeu uma Kunai de três pontas sendo a do meio a maior, suas pontas menores funcionam como a guarda-mão das espadas.

Tsunade foi bem clara em toda a explicação e ainda acrescentou todas as dicas sobre armas e que como prioridade vem a arma mais silenciosa, elas não chamam a atenção de ninguém, ela comentou também sobre as partes do corpo que deveriam ser golpeadas caso alguma criatura daquelas conseguisse te pegar, que seria chutes no joelho e até mesmo amputar as pernas e braços, mas o que salvaria mesmo seria um ataque direto no cérebro e na minha opinião meio que isso não faz o menor sentido já que estão mortos e mesmo assim se locomovem, fico me perguntando se eles conseguem entender.

Já era noite e tudo já estava um pouco mais calmo, mais cedo fechamos todas as janelas e colocamos coisas na frente da porta

— Acha que eles estão bem? — Perguntei me sentando ao lado de Tsunade observando Karin e Ino dormindo no sofá gigante, estavam exaustas 

— Eu não sei Sakura, a maioria das casas foram destruídas e muitos já morreram, até poderíamos procurá-los mas não podemos sair agora sinto muito — Respondeu ela com o olhar triste olhando também as meninas e completou a sua resposta 

— Pelo menos você ainda tem elas

— E você tem a gente — Disse dando um sorrisinho a abraçando de lado vendo sua expressão mudar para uma bem melhor 

— Vamos dormir, amanhã é um longo dia — Disse ela indo se deitar, mas naquela noite o sono não chegou nem perto graças aos meus pensamentos paranóicos com negatividade sobre tudo que estava acontecendo e o que poderia ter acontecido com meus pais e até mesmo a Sasori 

3 meses depois 

Foi difícil de lidar no começo e mesmo não sendo nada comprovado tínhamos em mente que a família inteira não sobreviveu, no segundo dia fomos procurar todos, a situação era bem crítica já que a nossa casa estava vazia e destrancada, a igreja pegava fogo e nenhum sinal deles. Um mês tinha se passado e aquela tortura não acabava, sem esperanças decidi que o melhor a se fazer era seguir em frente e todas concordaram.

Hoje em dia estamos bem treinadas e unidas, enfrentamos muitas coisas e em pouco tempo já estávamos experientes no uso das armas e até Karin sendo mais nova sabia se defender muito bem

— Precisamos encontrar gasolina pro carro — Avisou Ino que estava dirigindo

— Se eu me lembro bem tem um posto aqui perto, só seguir em frente ele fica na parte direita da rua — Comentou Tsunade amarrando seu cabelo os partindo no meio 

E realmente por ser perto não demorou muito mas ainda assim tínhamos a companhia desagradável das criaturas, tinha quatro deles

— Eu cuido disso — Disse saindo do carro com a Katana que antes era limpa agora toda suja, chegando bem perto dos mesmos com um golpe acertei a cabeça de dois as partindo, logo então enfiando no olho do terceiro e por fim arrancando o braço de um que estava quase perto e em seguida arrancando completamente sua cabeça enfiando a faca na mesma após a queda.

Antes que permitisse a sairem do carro fiz um sinal de espera pois foi impossível não ouvir o barulho dentro do estabelecimento pequeno que fica ao lado do posto, devagar fui até ele entrando rápido no mesmo estando atenta em posição de ataque com as Katanas em mãos, dando de cara com um senhor de idade mirando a espingarda em minha direção

— Eu só vou te machucar se você der mais um paço lindinha  — Disse ele olhando descaradamente para meu corpo, que nojo 

—  Tem mais alguém com você? — Perguntou se aproximando e eu neguei rapidamente olhando ao redor, tinha muita comida. 

Ele então passou por mim fechando a porta não deixando de apontar a arma

— Larga as Katanas mocinha — Mandou, eu não queria cooperar mas larguei uma delas correndo para um dos corredores daquele estabelecimento pequeno provocando um grito de raiva no velho fazendo-o atirar sem sucesso ao conseguir o que queria, ele se recompôs e continuou a falar 

— Sabia que eu gosto mais das que me desafiam? São tão excitantes — Disse malicioso andando devagar, me concentrei em ficar calma e controlar a respiração já que eu estava desesperada de medo, precisava ser mais forte que isso

— Quando eu te achar você vai se arrepender tanto — Disse ele já com a voz quase perto de onde eu estava e na mesma hora que estava preparada para atacar a porta se abriu causando o barulhinho do sino, aproveitei a chance acertando a katana no seu peito fazendo com que o mesmo largasse a arma 

— Sua putinha desgraçada — Girando a Katana em seu coração o fiz gritar e antes mesmo de morrer não contive a raiva e o nojo

— Homens como você deveriam morrer de uma forma bem pior, vá para outro inferno — E assim o mesmo tossiu sangue e se foi, ele era a primeira pessoa que eu tinha matado e sinceramente não me sentia mal por ter matado um merda desse.

Fui rapidamente ver quem teria entrado naquela hora vendo Karin chorando correndo até mim 

— Que bom que esta bem, escutamos o tiro — Disse ela ao me abraçar forte 

— Eu falei para esperarem no carro — Briguei enquanto acariciava seus cabelos vermelhos olhando Ino e Tsunade 

— E se a gente não tivesse chegado talvez você não estivesse abraçando ela agora — Pronunciou Tsunade chateada com a minha ignorância 

— Vocês tem razão, mas da próxima vez eu quero que independe de qualquer barulho ou situação vocês não se arrisquem como agora, não quero perder vocês  — Disse me soltando de Karin pegando a minha outra katana que estava no chão, a espingarda do velho e começando a pegar o máximo de alimento com elas. 

Eu sabia que todas eram capazes de se defenderem sozinhas, mas algo dentro de mim dizia que precisaria cuidar delas, mesmo Tsunade sendo mais experiente nesse tipo de coisa ela preferiu que eu comandasse mesmo já que de qualquer forma Karin e Ino teriam mais confiança e diz ela que sou mais forte do que imagina.

Eu vou me dedicar mais a cada dia