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História The Walking Dead- A Fortaleza (Interativa) - 2x08- Deal price, parte 2


Escrita por: KamiCheney

Notas do Autor


Personagens e Photoplayers:
Sienna Clark (Natalie Imbruglia)
Slater Hunt (Clive Standen)
Bree Ramon (Phoebe Tonkin)
Éder "Babaca" Bryan (Luke Pasqualino)
Jane Albuquerque (Megan Charpentier)
Aruna Leal* (Vanessa Hudgens)
Shivani Abbas* (Simone Ashley)
Jonathan Lupin Lillon* (Cody Christian)
Gray Martinez* (Cole Sprouse)
Sebastien (Michael Rosenbaum)
Pete Sanchez (Armie Hammer)
Alex Yorick (Andy Samberg)
Isla Ohara (Jessica Marie Alba)
Nathaniel Allen* (Miles Mcmillan)
Kara Adams (Anna Friel)
Avery Gosselin (Leo Howard)
Tori Pulchra(Kelly Gale)
Cheley Stilinski* (Holland Roden)
Darwin Green Herman* (Logan Lerman)
Saul Relish (Charlie Hunnam)
Elise Axain* (Bianca Rinaldi)


Quem é vivo sempre aparece, não é mesmo?!
Gostaria de deixar claro que não desisti da fic, só estou bem atarefada ultimamente. Mas, logo que puder, irei atualizando as fics! ;)

Espero que gostem. Boa leitura!
P.s.: Cenas fortes.

Capítulo 22 - 2x08- Deal price, parte 2


Fanfic / Fanfiction The Walking Dead- A Fortaleza (Interativa) - 2x08- Deal price, parte 2

~Bree


Tive um sonho deveras interessante noite passada. Eu estava voando, com belas e enormes asas brancas. Voava no inferno. O chão era repleto de um líquido gosmento e flamejante, que queimava tudo o que tocava. Vez ou outra, quando me entediava, retirava algumas penas de minhas asas e as assistia caírem lentamente no chão. As assistia morrer, assim como todos que me seguiram lá pra baixo. Mas, na verdade, a parte mais interessante é que não acredito no inferno.

Caminho, todos os dias, dividindo espaço com aqueles que já se foram, mas cujos corpos permanecem. Esse é o verdadeiro inferno. Não ficamos em paz nem quando morremos. Às vezes, me pego pensando sobre o que minha Nick pensaria em meu lugar. Como sobreviveria a um mundo como esse. 

Normalmente, eu apenas agradeço por não tê-la visto morrer. Não ver minha doce cavaleira de armadura ser devorada, junto com toda a sua glória e espírito inabalável. Claro que ela lidaria com tudo isso muito melhor do que eu lido, mas, ainda assim, sei que ela sofreria com a solidão, algo que não me permito fazer. É por isso que, em dias cinzas e chuvosos como os de hoje, me pego pensando no quanto queria que tivesse sido eu no lugar dela.

Me afastando um pouco de sonhos e pensamentos antipáticos, finalmente, tomei coragem para me levantar da cama e colocar meus pés sobre o chão frio de meu quarto. Em uma próxima patrulha, eu deveria procurar por pantufas. Tentei caminhar nas pontas dos pés pelas madeiras do chão, tomando cuidado para não tropeçar em alguma tábua solta e, acidentalmente, acordar Jane. A pequena dormia como um anjinho, embora roncasse alto, e eu gostava de dormir com ela. Sentir que um ser frágil, que depende completamente de mim para sua proteção, repousa ao meu lado, me ajuda a ficar atenta. Me sinto mais forte.

Desci, rapidamente, para usar o banheiro antes do café da manhã. Por mais que esse mosteiro fosse perfeito, falhava miseravelmente na quantidade de banheiros. Haviam apenas dois; um deles se localizava no térreo ao lado do refeitório, e outro, infelizmente, ficava no corredor oeste do primeiro andar. Logo que nos estabelecemos, Alex conseguiu ocupar o quarto ao lado do sanitário. Agora, todas as manhãs, ele passa um longo tempo trancado lá dentro e, claro, depois que ele sai, fica completamente impossível de entrar.

Por esse motivo, faço questão de acordar um pouco mais cedo todos os dias, para garantir que o sanitário estará limpinho e cheiroso quando for usá-lo. O banheiro de baixo também é muito melhor. É mais espaçoso, os vitrais permitem que a claridade entre por eles e ainda há um enorme espelho redondo acima da pia. Embora, nos últimos dias, eu tenha evitado olhar meu reflexo.

Já tive dias melhores. Minha aparência já foi completamente mais agradável. Houve uma época que não era possível enxergar minhas maçãs dos rosto tão definidas quanto agora, ou mesmo minha clavícula ou os nós de meus finos dedos. Eu costumava me alimentar melhor antes de tudo. Meu cabelo também era diferente, ainda que vivesse preso como agora, sinto que ele era mais liso e mais brilhoso. Bem, eu era mais brilhosa. É estranho olhar para mim e perceber que não tenho mais nada da antiga Bree.

"A ocasião faz o ladrão", não é?! Esse mundo muda a gente. Não só fisicamente, mas a personalidade também caminha lado a lado. Eu não costumava ser tão ranzinza ou agressiva, em contrapartida, eu só desejo socar a cara de qualquer um que fale comigo agora.

—Bree!— chamou Éder, pelo outro lado da porta. Francamente, não existe privacidade por aqui nem na hora de usar o sanitário— Eu sei que você está aí, me responde logo.

—Por que eu deveria?— perguntei, finalmente, me afastando do espelho e me sentando na privada.

—Quero falar com você— ele respondeu.

—Grande novidade!— disse, com sarcasmo. Por um minuto, lembrei-me de tudo que Éder já fizera por mim, quem sabe tenha sido apenas efeito de pensar na Bree do passado— Te encontro no refeitório— respondi. 

Tirei mais um breve instante para me olhar antes de dizer adeus ao espelho. Não gostaria de sair, apreciava meus poucos minutos sozinha e eu já imaginava que tipo de conversa o babaca gostaria de ter. Ele passou boa parte da noite com Shivani, provavelmente, devem ter conversado algo sobre uma prótese. A chegada de Elise, que não possui um dos braços deve ter o animado. Eu sei o quanto ele quer me ver bem, mas eu já não sou mais a mesma sem essa parte de meu corpo. Puxei, lentamente o tecido que segurava meu braço e o retirei de trás de meu pescoço. 

—Você consegue, Bree Ramon— eu disse a mim mesma, enquanto olhava para a latente diferença entre meus membros superiores e quão esquisita eu aparentava dessa forma— É só por um dia, você consegue. É só pro Éder calar a boca logo!— disse, respirando fundo e jogando a merda da tipóia dentro do cesto de lixo.

Saí de dentro do banheiro e caminhei pelo refeitório. Imaginei que haveriam mais pessoas por lá para verem minha bizarrice descoberta, mas fico feliz que não eram tantas. Apenas o grupo novo, a garota do bote, o garoto da distração e mais alguns de nossos alunos do mosteiro, não todos, Bastien e Alex não estavam por lá. Também não vi nem o rastro de Sienna ou de Slater.

—Bree!— chamou Éder, em uma das mesas isoladas, já com meu café da manhã e o dele— Você parece ótima.

—Onde está todo mundo?— perguntei, cortando-o— Pensei que a patrulha iria voltar durante a madrugada. 

—E voltaram, mas para buscar reforços— ele respondeu— tiveram um pequeno contra-tempo.

—E por que eu não estou por lá?— indaguei. Ainda que com um braço a menos, sou uma das mais experientes do lugar.

—Relaxa, não foi necessário— ele disse, desdobrando um papel branco que guardava no bolso de sua calça.

—Quem foi?— perguntei.

—Slater, Fjor, Alex e Lupin— ele disse— Nós temos uma tarefa hoje, precisamos dividir turnos e verificar as funções que o grupo novo vai exercer. 

—Não, não— eu o interrompi— Você precisa dividir turnos e verificar funções. Eu preciso terminar de desvendar um horripilante mistério.

—Não vai me ajudar?— ele insistiu.

—24 horas!— eu disse, deixando o refeitório apenas com minha lata de milho na mão.

Ouvir pessoas falando e anotar tudo não é algo para mim. Não mais. Costumava fazer isso quando era garçonete e, honestamente, não sei como eu conseguia. Eu só queria aproveitar o tempo que metade das pessoas estava fora, inclusive Fjor, para relaxar e me divertir um pouco. Subi correndo as escadarias e parei à frente do quarto do rapaz, tentei de muitas vezes abrir a porta, mas havia algo bloqueando a maçaneta, possivelmente, uma cadeira.

—Então, acha mesmo que isso vai me parar?— eu perguntei em voz alta. E, em seguida, empurrei meu tronco contra a porta, umas 3 vezes, até que a força aplicada fora o bastante para abrí-la— Bom dia, Katrina!— exclamei para uma porquinha carismática que brincava com a roupa de cama.

Saltitando, Katrina veio até mim. Sentei-me no chão para acariciar a porquinha rapidamente, com toda a certeza, isso melhorava meu dia em 200%. Ela rapidamente notou a lata de milho que eu havia deixado sobre o chão, e, claro, deixei que ela comesse um pouco. 

—Então, vamos lá, Katrina— eu disse. Por mais que eu soubesse que a porquinha não me responderia, falar em voz alta me ajudaria a pensar— Vamos do início, o nome de quem escreveu é Maitê Ezekwesili. Há mais alguns nomes citados no bilhete, mas nada que seja possível conectar ao restante, não por agora. Voltando à Maitê, provavelmente é uma mulher, embora na carta não haja quaisquer indícios disso, não há substantivos que se refiram a ela— eu disse, ainda um pouco pensativa. Katrina soltou um pequeno grunhido, olhando para mim— Como eu sei que é uma mulher, então?! É fácil, eu tenho um radar pra isso. É quase como um super poder lésbico.

—Carambolas, que super poder!— exclamou Aruna, atrás de mim. Caçoando completamente de minha fala.

—Perdeu alguma coisa?— perguntei.

—Por enquanto, não. Deixei os bilhetes com Éder, eles estavam me dando dor de cabeça.

—Tudo bem— respondi. Katrina estava me olhando com uma cara duvidosa— O que foi?— perguntei— Ainda não gosto dela. E isso não é da sua conta— o porquinho abaixou suas orelhas— De qualquer forma, o que importa é que Maitê não é a mesma pessoa que escreveu a carta de suicídio que encontramos quando chegamos. Ela vivia aqui e saiu, provavelmente, com mais gente— fiz uma pausa por um breve instante para repensar minha colocação— E, muito provavelmente, ela está envolvida com as atrocidades que vimos. "Corpos caídos pela casa", "gritos desesperados por misericórdia" e "pessoas injetando o próprio veneno" são passagens do texto que se referem aos mortos no porão, aos transformados na igreja e às pessoas da eutanásia, respectivamente. É assustador, não é, Katrina?— perguntei, segurando a porca gordinha com meu único braço— Podemos ser os próximos a qualquer momento. Os próximos a virar um errante, ou, no seu caso, bacon. 

—Você sabe que pode contar comigo— dizia uma voz suave e carismática, passando pelo corredor— pode me contar o que há de errado, Saul.

—Não, não posso— respondeu uma voz masculina em um tom mais grave e baixo— mas obrigado, Chel.

Provavelmente, eram as pessoas novas do grupo que encontramos. Haviam umas 8 pessoas no grupo, e, infelizmente, não consigo me recordar do nome de nenhuma delas. Me pergunto se alguma delas fazia parte desse lugar, o que não me surpreenderia nada. Por algum motivo, não sinto uma boa energia vindo dessas pessoas, nem mesmo das crianças. 

Coloquei Katrina embaixo do braço e desci para a sala de teatro. Decidi que ajudaria Éder com as funções, mas apenas para verificar os nomes dos membros eram compatíveis com os do bilhete. E, claro, a porquinha viria comigo. 

—Ei, olha só quem deu o ar da graça!— exclamou Éder, puxando uma cadeira para que eu me sentasse. 

—Cale a boca!— disse— Me dê a droga dos bilhetes, preciso ver uma coisa.

Ele me passou o papel amassado e eu comparei a lista de nomes do mosteiro com a lista do bilhete. Nele, tínhamos: Maitê, Thomas, Lana, Justin, Mark, Erick e Hugo. Quanto ao novo grupo que acabara de chegar: Cheley, Darwin, Elise, Ferdinando, Lola, Matheo, Saul e Tori. 

Nenhuma semelhança, nem mesmo apelidos que pudessem ter sido formados a partir de um dos nomes. 

—Nada— eu disse, colocando o bilhete no bolso e preparando-me para deixar o lugar.

—Por que não para de pensar um pouco nesses bilhetes?— sugeriu Éder, segurando-me pelo pulso.

—Porque eu só tenho 24 horas— disse.

—Então, me dá 15 minutos— ele respondeu, sorrindo. Em seguida, retirou os bilhetes de minha mão e os guardou em um pequeno móvel de madeira— encontrei algo que você vai curtir.

Eu segui Éder pelo mosteiro, enquanto as pessoas restantes se preparavam para uma ducha fria antes do jantar. Nem havia me dado conta de que já estava escurecendo. Acredito que a janta atrasaria um pouco, afinal, mais da metade de nossos membros estava fora. Confesso que fico um pouco preocupada com o grupo, eles passaram a madrugada toda fora e ainda não voltaram e, claro, para piorar o cenário, ainda há uma chuva que não cessa. Ao menos, os trovões pararam.

Caminhamos pelo corredor leste até o último quarto do mesmo, cuja porta estava um pouco emperrada. Éder conseguiu abrí-la, revelando um enfeitado e empoeirado quarto infantil com dois berços e alguns brinquedos sobrepostos no tapete felpudo do centro. Haviam também algumas ilustrações feitas com giz de cera nas paredes.

—Uau, um quarto de bebê! Tudo o que eu queria!— disse, caçoando-o.

—Cale a boca!— ele respondeu, enquanto esforçava-se para empurrar uma grande estante de madeira com livros infantis, revelando uma enorme enorme passagem atrás dela.

[...]

~Éder


Aquela era a cara que eu precisava ver! Bree Ramon completamente perplexa com o que encontrara. Se meus olhos não me enganam, até a porca ficou de queixo caído.

—Isso devia ser um crime no mundo de antes!— exclamou ela, dirigindo-se até uma das prateleiras.

—Eu disse que era algo bom!

—Não estou surpresa que alguém como você encontrou esse lugar— disse Bree, caçoando de meu amor por bebidas— Por que diabos monges teriam adegas escondidas?

—Nunca se sabe, talvez, até monges precisem desestressar às vezes— eu disse.

—Ah, claro!— ela respondeu, com um sorriso sarcástico no rosto—  Porque meditar e usar roupas largas o dia todo deve ser muito estressante!

—Se, para você, ler bilhetes está sendo, então...— Não consegui completar a frase, ver o olhar de Bree, com sua famosa sobrancelha arqueada, pairando sobre mim, me fizera soltar uma longa gargalhada.

Caminhei até uma das longas prateleiras e peguei o primeiro vinho que avistei. Sentei-me, então, sobre um longo e empoeirado tapete de veludo. Eu não gostaria de perder meu tempo de distribuição de funções ali, por mais tedioso que fosse, mas alguém precisava ouvir o que tanto atormentava nossa marruda. Após um longo gole, estiquei meu braço com a garrafa na mão, oferecendo à Bree. Logo, ela se sentou ao meu lado com a porquinha sobre seu colo.

—O que tá rolando?— perguntei.

—O quê?— respondeu.

—Você tá mudada, tá sobrecarregada com um mero bilhete e 24 horas de dedução— disse. Ela fingiu que não era com ela, e voltou a acariciar a porca— Do que está com medo?

—De que seja um deles— ela respondeu, olhando no fundo de meus olhos— Ou melhor, um de nós. Eu já fui traída por meu próprio grupo uma vez, não quero que isso aconteça de novo.

—Não vou deixar que nada aconteça com você, briguenta— eu disse, socando-a no ombro. 

—Já aconteceu— ela respondeu, com seus olhos começando a encher-se com lágrimas— Não existe lugar seguro. Não existe segurança. A tal da Maitê foi embora por isso. Não importa o quão trancafiados estejamos, os inimigos continuam a surgir por detrás das muralhas. E, muitas vezes, nós nos afogamos no caos que nossas batalhas criam— ela suspirou, deixando que as lágrimas caíssem— mas elas nunca têm fim, não é?!

—Hey —eu disse, secando-as com a manga de minha blusa— a gente vai encontrar uma saída. O que aconteceu aqui antes, não vai acontecer conosco.

—Você não sabe— ela murmurou.

—Eu prometo!— insisti, levantando o queixo de Bree para que olhasse para mim— Não vou deixar que nada aconteça com ninguém aqui dentro. Não vou deixar que nada aconteça com você!

Por um momento, um breve momento, eu senti que havia dito algo útil. Confesso que me senti um pouco menos babaca. Aos poucos, Bree foi se recompondo, sem desviar os olhos dos meus. Eu nunca havia notado, mas os olhos dela são de um castanho, tão intenso e singelo, que chegam a ser quase dourados. 

Delicadamente, posicionei minha mão sobre a dela, logo, Bree esboçou um sorriso e entrelaçou seus dedos com os meus. Sem desviar os olhares, me aproximei lentamente de seu rosto, com a intenção de beijá-la.

—Desculpa, eu não consigo— ela disse, abaixando a cabeça e puxando sua mão de volta— Eu queria… eu juro que queria que fosse você, mas...— ela voltou a olhar para mim, enquanto as lágrimas voltavam a escorrer por seu rosto e ela, soluçando, tentava completar a frase— eu… eu não consigo— ela disse, em seguida, levantou-se e me deixou, sem olhar para trás. Katrina logo a seguiu escadaria a baixo. 

[...]

~Bree


Pensando no que havia acontecido, acabei abaixando a guarda. E, quando me dei conta, já estava caída sobre o chão com uma forte figura acima de meu corpo, socando-me o rosto com toda a força que tinha.

Katrina, logo após o primeiro soco, havia saído correndo e grunhindo pelo mosteiro. Aos poucos, fui recuperando a visão e conseguindo identificar o que me atingia. Era um homem loiro, olhos azuis e um boné preto de baseball. Logo eu o reconheci, havia visto o jovem descer as escadas com uma ruiva pela manhã.

Por algum motivo, não cansava de me socar, e eu mal conseguia reagir. Tentei empurrá-lo com minha mão, mas é nesse momento que um segundo braço faz tanta falta. Eu não havia força para tirá-lo de cima de mim.

Lembrei-me de uma faca que carrego na lateral de meu sutiã e, logo, a empunhei. Tentei cravá-la em seu pescoço, mas ele segurou meu punho. Com sorte, consegui fincá-la em sua mão direita, e tentei afundá-la o máximo que pude. Quem sabe até arrancar alguns dedos. 

Mas, como nada é tão fácil, o cabo da mesma quebrou em minha mão, permanecendo com sua lâmina sob o domínio do rapaz. Ele me atingiu no ombro com a mão ferida, fazendo-me gritar de dor.

—Acabe logo isso!— disse uma voz firme e decidida, que se destacava sobre o som da chuva. Eu não havia notado, mas a jovem negra da patrulha passada estava do outro lado da sala. 

O rapaz, então, levou as mãos ao meu pescoço e apertou. Forte. Muito forte. Eu não conseguia mais respirar, tudo o que eu tinha era o ar restante em meus pulmões. E que me deixava… aos poucos.

—Bree!— gritou Éder, passando pelo corredor e vindo em minha direção. "Não, Éder.", pensei, "Você não viu a Pulchra do outro lado do salão". 

Assim como a tarântula que seu nome leva, a Pulchra não hesitou em apontar a arma contra Éder. E, então, puxar o gatilho. 

Aos poucos, seu sangue foi se misturando ao meu no assoalho, e tornando impossível distinguir de quem era. Pobre, Éder. Assim como eu, foi apenas mais uma presa na armadilha da aranha.


Notas Finais


Continua no próximo capítulo, ainda sem data ou título previstos, mas juro que continua.


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