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História The Walking Dead: O Inferno Na Terra - Primeira Temporada - Dia 6


Escrita por: Um_Negan

Capítulo 2 - Dia 6


Não fui trabalhar desde o incidente, entro no meu facebook e todos estão falando sobre o assunto. Imagens e até vídeos são postados. Assisto um que é praticamente igual ao que aconteceu com Sara. Policiais tentam e tentam matar um homem, mas só conseguem quando atiram na cabeça.

 Ligo a televisão e no noticiário e vejo o repórter falar sobre o assunto.

-...mas o que recomendamos é que fiquem seguros e liguem para as autoridades se virem as pessoas com as descrições que falamos. Não se aproxime delas e fiquem o máximo possível em casa.

 Ouço aquela noticia mas fico muito irritado, pois eles não falam para as pessoas o que realmente está acontecendo. Na mesma hora penso em meu irmão e ligo para ele. A chamada cai na caixa postal.

  Saio de casa chamo um taxi. Preciso ir na casa dele, ver se está bem.O taxi chega e liga o rádio. A mesma baboseira que o noticiário esta falando. O trânsito em São Paulo hoje está bem ruim. Chegamos em uma parte em que está tudo parado, e há uma gritaria logo a frente. Vejo luzes vermelhas piscando e saio do carro para ver o que está havendo.

 -Eiii, não vai pagar? – Gritou o taxista -  Cuzão!!!

Corro até a frente entre os carros e no caminho ouço tiros, tomo um susto e me deparo de novo. Uma daquelas coisas esta na rua, os policias atiram e não acontece nada. Pego meu celular e começo a filmar, como a maioria das pessoas .

 - Atira na cabeça!! – Gritam.

 O policial pareceu ouvir e atirou. O homem caiu morto no chão na hora. A confusão é muito grande e  todos gritam. Reparo num outro corpo ao lado do homem que acabou de morrer, com a barriga toda aberta. Os paramédicos chegam em seguida para recolher os corpos. Mas do nada o corpo do outro homem supostamente morto começa a se mexer.

-Ele está vivo – Um dos  paramédicos grita para os outros, e logo em seguida checa o pulso do homem. Nada. E então, coloca o ouvido em seu peito para escutar as batidas.

- Mas.... não ouço nada, como...-O paramédico é interrompido pelo homem em que escuta o coração, que agarra seu  ombro e morde seu pescoço.

 Todos gritam mais do que já gritavam e um policial tenta separa-los mas não consegue. Então da um tiro na cabeça do homem, que tomba no chão sem vida.

 O paramédico urra de dor enquanto é socorrido pelos outros, mais ambulâncias chegam e levam os dois corpos. Corro para fora da multidão e sento na calçada.

 -Mas que merda... O que ta acontecendo... – Ponho a mão no rosto – Não... Não...

 Aquilo não podia ser real, aquele homem... Não era possível... Ele estava morto. Não tinha batimentos. Meu coração estava muito acelerado. Merda. Merda. Merda.

Levanto e corro a casa meu irmão, que já estava a umas duas quadras.Bato na porta e nada.

- Porra...... Pedro!?? – Continuo batendo na porta, até que finalmente abre.

-Calma cara...- Dizia Pedro surpreso

- Você já ta sabendo não é? – Perguntei  enquanto entrava e fechava a porta.

- É...Já, claro que já. Só se fala disso não é?

-Cara, aqui do lado agora, no trânsito, aconteceu, eu filmei, olha só.

 Abro a galeria do meu celular e mostro para meu irmão, que parece meio confuso. O vídeo mostra o homem tomando diversos tiros no peito e nem caía no chão. Logo depois com o na cabeça ele morria.

- Não, você deve estar me zuando, né? Acredita em tudo isso mesmo?

-Eu vi, com meus próprios olhos, sei que parece impossível mas...

-Não sei cara... Mas até que faz sentido, vi uma mulher bem parecida com esse cara ai na rua, debaixo da ponte. Devia ser mendiga por isso não liguei pra aparência dela.

- Não sei o que é isso. Essas coisas. Como elas podem acordar depois que morrem?

 Pedro não disse nada, só mexeu a cabeça fazendo sinal de não entender, coçou o queixo e suspirou.

- Olha, o que acha de ir pra minha casa uns dias? Só até resolverem isso?  Você mora bem no meio da cidade, acho meio perigoso

-Tem certeza? Bem, acho que vão resolver isso logo né?

- Espero que sim, topa ir comigo então?

Pedro parecia não concordar muito com a ideia. Mas assente com a cabeça.

- Vou com você, mas olha... Não to botando muita fé nessa besteira não

- Tanto faz então, mas vamos.

 Espero Pedro na sala, sentado no sofá, e em dez minutos ele volta com sua mala de roupas.

 - Como vamos? – Ele pergunta.

- Pegamos um ônibus , sei lá. – Respondo, mesmo considerando ser meio arriscado.

-Bem..OK então, vamos.

 Saímos de sua casa e andamos até o ponto de ônibus. As ruas estão bem cheias, muitas pessoas andam preocupadas, ou até chorando.

 Após quase dez minutos de espera, nada... mais vinte, trinta... o ônibus não chega. Algo está bem errado... até os transportes públicos pararam. O jeito é ir a pé. Reparo que no caminho passam muitas ambulâncias. Contei mais de 15. Parece que a situação está ficando bem feia, e já estou meio preocupado.

  Chegamos em casa depois de um tempo, entramos na rua e me deparo com o lugar que aconteceu o incidente da Sara.

-Foi aqui – Digo – Que aconteceu com minha vizinha

-Sério? –Pedro pergunta olhando para o local que apontei. Nem se deram o trabalho de limpar o sangue que espirrou no chão. Agora só há uma mancha escura no asfalto.

-É, ela tava meio estranha e tentou me atacar. Então liguei para polícia, ela veio e aconteceu a mesma coisa que te mostrei no vídeo.

Pedro só olha para o chão e não fala nada. Entramos dentro de casa, e já tranco a porta.

-Depois pego o colchão pra você. – Falo enquanto ele colocava sua mochila no sofá.

- Não precisa não – Ele diz – Durmo no sofá mesmo, relaxa .

- Tudo bem, como quiser – Digo pendurando minhas chaves no chaveiro na parede.- Vou tomar um banho, ok?

- Beleza. – ele responde. – Tem um cigarro?

Aponto para a estante indicando os cigarros para ele. Vou até o quarto e pego meu roupão =, e vou para o banheiro. Tiro minhas roupas e entro no chuveiro.

 Enquanto a água cai sob meu rosto, minha cabeça enche de pensamentos.Aquilo que aconteceu hoje na rua, nada parecia real, era como se tudo fosse um sonho para mim. Será que o governo resolveria tudo mesmo? E se não resolvesse? Isso realmente é muita coisa para minha cabeça. Me sinto culpado por não ter ido trabalhar, mas acho que com tudo isso acontecendo não devo ter sido o único a não ter ido ao trabalho.

 Penso nessas pessoas que devem estar morrendo nesse momento. Penso que elas “voltam” depois. Será que deve haver um tipo de tratamento psicológico para deixar elas normais de novo?

 Termino meu banho e me troco, Pedro me ajuda a fazer uns lanches para comermos. Não como desde ontem de tarde. Com tanta preocupação na cabeça nem tive tempo de pensar em comer. Preciso relaxar um pouco. Pegamos então umas latas de cerveja na geladeira para relaxar. Porque sinceramente... Estou precisando  me acalmar.



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