1. Spirit Fanfics >
  2. The Walking Dead: O Inferno Na Terra - Segunda Temporada >
  3. Perdido

História The Walking Dead: O Inferno Na Terra - Segunda Temporada - Perdido


Escrita por: Um_Negan

Capítulo 7 - Perdido


Fanfic / Fanfiction The Walking Dead: O Inferno Na Terra - Segunda Temporada - Perdido

Carlos segue a estrada em direção a não-se-sabe-onde, tenso.  Sua mão sangrava, molhando todo o volante, então, encostou o carro e tirou a água do radiador de uma moto para conseguir limpar o sangue e usou uma das ataduras que pegou no hospital para enfaixar o corte não mão.

Calmamente, volta para o carro e seca o rosto e o pescoço de suor. Devem estar fazendo uns 32 graus. Ele não tem a mínima idéia de onde está. Ele estava em uma cidade quando foi apagado pelos homens, e agora, nem sinal de prédios há. Ele tem um pequeno mapa com a localização do abrigo dos caras, mas ele não tem nem noção de onde ELE está.

 A estrada é calma e quieta, há poucos carros largados a seu redor. Um ou outro morto-vivo perambula pelo caminho, mas nada muito constante. Carlos aperta o volante com força enquanto tenta achar um jeito de encontrar o caminho para onde ele estava.

Após algum tempo, ele tem uma breve noção de onde ele está no mapa, só não tem idéia, de onde fica o abrigo que ele estava antes. Decidiu, então, seguir em direção ao abrigo dos homens que tentaram o sequestrar. O dia aos poucos vai acabando quando Carlos percebe que já está bem perto do tal abrigo deles. Com um certo receio , passa para a pista do lado, que foi subindo um morro. Ele para o carro, no acostamento e sai do carro, e vai em direção a divisão que separa o acostamento do começo do barranco.

Lá no fundo, Carlos vê um grande mercado, com o estacionamento cercado por sacos de areia e algumas pessoas dentro. Ele não consegue identificar muito bem ninguém, está muito longe.

- Então os desgraçados vieram daí – Carlos fala para si mesmo, enquanto observa o local.

O dia já está começando a acabar, e um por do sol ilumina o horizonte. Carlos terá que achar algum local para passar a noite, mas nem cogita se aproximar daquele lugar. Ele volta para o carro e encontra os fuzis usados no assalto dentro do porta-malas. Ele abre um sorriso e deixa um no banco de trás. A mochila dos rapazes está cheia carne enlatada e garrafas de água. Carlos vai no meio do mato para mijar, e quando volta, vê uma coisa que faz seu coração quase parar. Um carro todo acabado para na frente do refúgio, e dois homens saem de dentro. São os assaltantes. Eles conseguiram voltar, e estão bem nervosos enquanto entram no local.

Porra... – Carlos diz enquanto volta para dentro do carro.

Os homens com certeza vão tentar vir atrás dele. Ele da partida no carro e segue pela a estrada, tenso. Segundo o mapa, a suposta direção para voltar para o abrigo dele, era rumar para Sul. Mas por quanto tempo? Carlos espera reconhecer algum lugar mais para frente. Em um certo momento, vê um errante esmagado por um carro, bem em um poste de luz. Ele sai do carro e caminha até a coisa, que rosna, presa entre a lataria e o concreto. Aquele que um dia foi um homem de meia idade, balança os braços tentando agarrar Carlos, que finca a faca em sua cabeça. E então, usando o sangue do morto, escreve no vidro do carro.

CARLOS TORRES

Só um pequeno aviso, caso alguém de seu grupo passe por ai. Devem estar o procurando, com certeza. E como não disse o nome para nenhum dos assaltantes, não se preocupada com nada. Então, calmamente, ele volta para o carro.

Após alguns minutos, ele passa por estradinhas de terra, com várias casinhas ao redor.O lugar quase não tem nenhum errante, poucos perambulam pela estrada, que agora na escuridão, é iluminada pelos faróis do carro. Ele para o carro por um momento, na frente de uma casa. Ele pega o fuzil e caminha para o local.

 A porta está aberta, e o vidro tem marcas de bala. Carlos pega a lanterna e se aproxima. Ao entrar, um odor de carne podre sobe na hora. No sofá, um homem com aparência de uns cinquenta anos se levanta, babando e rosnando. Ao seu lado, parada de frente para a estante, uma garota de uns sete anos, com metade do corpo comido, se vira para Carlos, grunhindo.

 Ele atira no homem sem hesitar, mas quando a pequena garota morta-viva se aproxima dele, ele se vê com uma certa dificuldade.

Mordendo os lábios e balançando a cabeça, ele ergue a .38 e atira em sua cabeça. Respirando fundo, ele coloca os dois corpos para fora, e volta para a residência. A geladeira fede a alimentos apodrecidos, e quase tudo na casa, está impossível de comer.

 Carlos encontra umas barras de cereal no armário e come quatro. Dentro da geladeira, uma garrafa de dois litros de coca está cheia de água, pela metade. Carlos bebe boa parte do conteúdo e usa o restante para lavar o rosto. Ele vasculha pelos quartos e encontra roupas que lhe servem.

Uma camiseta verde e um par de jeans azul escuro, juntamente com um tênis preto, formam a atual vestimenta de Carlos. Ele prende o coldre e o resto dos acessórios na calça e deita no sofá, respirando fundo.

 Ele olha para fora, preocupado, e tenta não pensar muito nos homens. Por segurança, ele arrasta o outro sofá para a porta, bloqueando a passagem. Se acontecer algo, ele terá um certo tempo.

 A escuridão da noite predomina lá fora, enquanto o ambiente só iluminado com quatro velas. Com a arma pronta para ser sacada a qualquer momento, Carlos fecha os olhos, tentando dormir. As imagens da mutilação de Pablo estão grudadas em seus olhos, que tentam o máximo possível ficar fechados. Essa porra toda da fodendo seu psicológico. 



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...