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História The Walking Dead: Path Of Death (S-1) - Problemas na Vizinhança


Escrita por: Emanoell115

Capítulo 2 - Problemas na Vizinhança


Fanfic / Fanfiction The Walking Dead: Path Of Death (S-1) - Problemas na Vizinhança

A andadura morta e fria de Nicole e Jake Ross, assombravam o assoalho acima da cabeça de Samuel Ross, um homem no auge de seus 60 anos que havia passado a viver encafuado no porão de sua casa. Sentado na velha poltrona malhada amarronzada quase completamente desgastada e com as mãos tremendo enquanto segurava sua espingarda, sem coragem de subir e dar um fim a sua amada família. 

Os Ross e os Davis sempre foram muito próximos, Samuel e Arthur eram melhores amigos e seus filhos, Jake e Olivia, chegaram a namorar durante a adolescência, porém os laços entre as duas famílias foram cortados após apocalipse, gerando traumas fazendo-o se distanciar de todos. Sua esposa e filho haviam se transformado a poucos dias, Jake foi mordido enquanto saia para procurar por suprimentos e minutos após perder totalmente sua humanidade mordeu a progenitora, Nicole, que logo retornaria como caminhante forçando seu pai Samuel a se trancafiar no porão da casa longe de qualquer probabilidade de salvação. 

Com os suprimentos se esgotando e o tempo passando, Samuel começou a ficar sem opções. Tudo o que restava, além da espingarda, era uma picape estacionada na garagem ao lado da porta do porão na cozinha e um pouco de coragem.

(...)

No outro lado da rua todos estavam apressados, recolhendo e guardando o restante dos suprimentos em suas mochilas, porém ainda havia um problema a ser resolvido.

— Certo, nós separamos tudo. Como vamos chegar até a praça principal sem chamar atenção daquelas aberrações? - Indagou Arthur enquanto fechava sua mochila terminando de colocar duas garrafas d'água dentro enquanto ainda pensava se deveria colocar mais.

— Nós vamos com os Ross, eles têm uma picape pelo que me lembro. - Respondeu Olivia enquanto colocava as 3 mochilas perto da porta já se preparando para sair.

— Como vamos usar a picape deles, Liv? Não sabemos nem se ela está lá, ou se ainda estão vivos. - Retrucou Emma cruzando os braços.

— Está vendo ali? - Olivia a puxou até a brecha de madeira que cobria a janela onde apontou para a garagem do outro lado da rua com a picape estacionada. — Ainda está na garagem, talvez ainda estejam em casa, vou limpar o caminho até lá e quando estiver tudo pronto vou buzinar e vocês vão bem rápido.

— Já falamos sobre isso Olivia! Não vou deixar você fazer isso sozinha, me deixe ajudar porra. - Emma esbraveja olhando para a mais velha que apenas retirou os olhos em desgosto.

— Tudo bem, mas fique perto de mim, me cubra que eu cubro você. Aqui, pega isso. - Olivia, mesmo contra sua vontade, entregou para Emma um pé de cabra enferrujado que antes ficava jogado no quintal.

— Tomem cuidado, meninas, estarei aqui dentro esperando. - Disse Arthur enquanto empunhava uma faca em caso de qualquer coisa acontecer.

Olivia e Emma saíram de casa já se depararam com um grupo de 5 errantes ao redor da rua, quase espontaneamente as irmãs se juntaram, uma de costas para a outra com Olivia empunhando sua machete e Emma seu pé de cabra. O mais próximo vai na direção de Olivia, era um homem de 1,75 de altura, aparentemente teria uns 40 e poucos anos antes de morrer e vestia um suéter azul surrado com uma mordida na região do peito esquerdo, sua barriga estava dilacerada e podre, expondo os poucos órgãos que ali restavam. Segurante firmemente no cabo da arma empunhava, Olivia  desliza a lâmina da sua machete com velocidade sobre a cabeça da criatura, deixando um enorme buraco sobre o crânio rígido fazendo-o excretar um líquido escuro e viscoso. 

Emma, com os olhos arregalados e a respiração afoita, se preparava para acertar o que está mais próximo dela. Era uma mulher de 1,60 de altura, que estava nos meados dos seus 20 anos e vestia um vestido vermelho desgastado, sujo e rasgado, seu pescoço estava desfigurado com os seus ossos expostos após ter sido devorado. A ponta do pé de cabra acertou a criatura errante na cabeça na altura do seu olho direito causando a ruptura do seu crânio e perfurando o cérebro gelatinoso. Olivia executa os outros dois andarilhos e Emma o último quando ouviram um estrondoso barulho de tiros vindos direto da casa dos Ross.

— Mas que diabos foi isso? - Questionou Emma enquanto retirava o seu pé de cabra do crânio da criatura que havia matado.

— Parecem tiros de espingarda, vamos logo antes que apareçam mais. - Respondeu Olivia que começará a correr junto de sua irmã até a casa do outro lado da rua.

O portão da garagem estava aberto como visto antes e sem perder tempo Olivia tentou abrir a porta do carro sem muito sucesso e percebendo que precisava achar a chave, abriu a porta que dava na cozinha um dia muito frequentada. Junto de Emma, elas encontram a porta do porão escancarada e sendo levadas pela curiosidade, desceram as escadas de madeira envelhecida pela umidade e se deparam com os corpos de Jake e Nicole no chão, ensanguentados e com buracos de bala atravessados na cabeça, enquanto Samuel estava sentado em sua poltrona com a espingarda em mãos e olhos marejados encarando o que um dia haviam sido as pessoas mais preciosas de sua vida.

— Samuel… Samuel, me escute, podemos sair daqui. Existe um lugar seguro, você pode ir conosco. - Dizia Olivia enquanto tentava se aproximar do ex-sogro com calma enquanto tremia e começava a suar frio assustada com todo a situação, a todo custo continuava tentando não gravar na mente aquele momento.

— Eu não posso, nem mesmo se quisesse, meu lugar agora é aqui. - Responde Samuel que mostra para Olivia e Emma a mordida em seu ombro causada pelo embate entre ele e sua família na tentativa de matá-los. — Meu fim chegou, me juntarei a eles, meninas. - Ele sorriu tristemente deixando que uma lágrima solitária caísse. — Tentei enfrenta-los, mas não fui forte o bastante quando vi meu menino e então veio pra cima de mim, me jogando contra a poltrona enquanto eu colocava a espingarda entre nós e foi quando me mordeu, depois disso as senhoritas sabem o que aconteceu. - Diz Samuel, enquanto vislumbrava as meninas já se permitindo chorar. — Aqui, pegue as chaves do carro e vão, digam pro Arthur que eu mandei um abraço. - Samuel retirou as chaves do bolso e as arremessa para Olivia que as pega imediatamente. 

Sem pensar duas vezes, Olivia e Emma saem do porão e correm em direção a garagem. Assim que a mais velha ligou o motor, Emma sentou-se logo ao seu lado no banco do carona e toca a mão trêmula de sua irmã numa tentativa de reconforta-la. Olivia, quase sem piscar ou ao menos controlar o peso do pé no acelerador saiu da garagem. Segundos após buzinar para o seu pai já em frente de casa, Arthur, que vem correndo com o amontoado de mochila, senta-se logo atrás. Tentou inocentemente saber onde e como os antigos vizinhos estavam, porém o silêncio que se instalou no carro junto as mínimas lágrimas que Liv tenta controlar já diziam por aí só o que havia acontecido. Sem olhar para trás, Liv acelerou o máximo que pode para sair daquele lugar e enfim a viagem tinha começado.


Notas Finais


Betado por @killC.


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