História The War - 15

Eu não sei ao certo por quanto tempo corremos. Lay em nenhum momento soltou minha mão e admito que com ele me senti mais segura. Mas tudo isso não muda o fato de que ele saiu de Elyxion por mim. Eu sinceramente não quero que se arrisquem tanto, eu não sei como esse mundo funciona mas caso eu morrer eu posso voltar para a vida na terra e enquanto a eles? Se algo acontecer por minha causa eu não sei se me perdoaria.

Eu não reconheço este lugar. Acho que os meninos nunca me trouxeram aqui. É um pouco mais escuro do que o habitual e tem um cheirinho agradável. Okay eu não deveria estar pensando nisso com uma sombra maldita vindo atrás de mim.

Lay – Você está bem mesmo? – ele perguntou pela 5 vez antes de olhar ais uma vez pelo corredor e fechar a porta.

S/N – Eu estou bem Lay – minha tentativa de sorriso suavizou seu rosto – Um pouco assustada e com raiva, apenas isso.

Lay – Por que está com raiva? – ele riu e se sentou ao meu lado.

S/N – Porque me sinto indefesa e sem saber o que fazer, você está aqui por mim e poderia morrer por isso. Você é louco.

Lay – Eu achei injusto você ficar sozinha enquanto a base estava sendo atacada – ele suspirou e mordeu seus lábios – Não é assim que se trata os amigos.

S/N – Obrigada – pigarreei e me encolhi um pouco ao ouvir um estrando próximo. – Não tem medo?

Lay – Já me acostumei.

S/N – Mas por que decidiram se esconder e não lutar?

Lay – Nossas emoções ainda estão abaladas e isso afeta nossos poderes – ele brincou com os próprios pés. – Seria como entregar uma bandeira branca.

Abaixei meu olhar para minhas mãos. Elas ainda estavam vermelhas devido a força que apertei as mãos de Lay. Acredito que eles se sintam – de certa forma –do mesmo jeito que eu. Para eles deve ser horrível se esconder.

De repente minha visão começou a ficar um pouco turva. Olhei para Lay e ele ainda me encarava, desta vez com um semblante diferente.

Lay – S/N?

Grunhi alto com uma pontada que senti bem na parte superior da minha cabeça. O que é isso? Apoiei minhas mãos no chão e fechei meus olhos. Está dor está insuportável.

Lay – S/N o que está acontecendo? – Sua voz agora transmitia total desespero mas nem mesmo eu sei o que está acontecendo.

O ar estava difícil de sair. Era o mesmo sentimento de quando Suho me prendeu em sua bolha. Me assustei quando abri meus olhos e vi tudo preto.

S/N – Lay? – o chamei mas não ouve qualquer sinal de resposta. Olhei a minha volta e percebi que não estava mais naquela sala com ele. – Lay onde você está? – sentia minhas mãos tremerem. Inesperadamente uma porta apareceu ao fim de toda essa escuridão. Me abracei com um vento frio que veio. Olhei mais uma vez para os lados antes de dar os primeiros passos.

Quando toquei a maçaneta senti algo queimar dentro de mim. Seria certo eu abrir?

Como se fosse um eco, comecei a ouvir uma voz logo atrás de mim. Tomada pelo desespero eu abri a porta e a fechei sem antes olhar o que tinha dentro. Eu temia o que poderia ter aqui.

Encarei um pouco mais a pintura branca e virei-me. Involuntariamente gritei. Foi como se meu corpo perdesse força. Meu coração se acelerou e meus olhos se encheram de lágrimas. Eu não podia realmente estar vendo isso.

Seus corpos estavam espalhados pelo quarto. Eu via as manchas de sangue em suas camisas e os machucados em seus rostos. Desacreditada eu me aproximei de Baekhyun que estava caído bem rente a mim.

Toquei seu rosto com cuidado e aproximei minha orelha de seu peito. E foi um choque pior ainda quando eu comprovei que estava certa.

S/N – Vocês não podem estar mortos – disse já em lágrimas – Por favor, não façam isso comigo. – abracei o corpo de Baekhyun e chorei mais.

- Isso é apenas um aviso – uma voz desconhecida surgiu. Me soltei lentamente de seu corpo e procurei pelo som – Você deve ir embora.

S/N – Quem.. quem é você? – limpei meus olhos e tentei ver melhor a sombra que apareceu um pouco longe de mim.

- Cuidado com suas escolhas S/N – foi a última coisa que ouvi antes de sentir meu corpo cair inteiramente no chão.

Abri meus olhos quando senti alguém tocar meus ombros e me chacoalhar.

Kai – S/N .. – ele me chamava mas era como se sua voz estivesse longe – S/N está me ouvindo?

Quando recuperei minha consciência pisquei diversas vezes. Então quer dizer que a sombra entrou em minha mente?

Respirei fundo e levei meus olhos para Kai. Eu nem mesmo sei como ele apareceu aqui. Mas independente de tudo eu o abracei. Era bem melhor vê-lo aqui comigo do que morto.

Kai – Vai ficar tudo bem okay? Eles já foram embora – ele acariciou minhas costas – Mas onde está Lay? – quando ele perguntou isso me separei na hora.

S/N – Ele não estava aqui? – olhei para os lados e eu não estava mais naquela sala. – Kai, Lay estava comigo o tempo inteiro eu...

Kai – Você não sabe como veio para aqui?

S/N – Não – me levantei – Precisamos acha-lo Kai. – disse com medo em minha voz – Precisamos encontra-lo agora. – comecei a correr pelo corredor. Desta vez as portas que eu tentava abrir se abriam. Eu ainda sinto algo ruim em meu peito.

E novamente quando abri a última porta eu me surpreendi.

S/N – Não, não, não – corri até seu corpo que estava caído entre alguns destroços. – Lay por favor não.

- Encare isto como um aviso – novamente a voz surgiu em minha mente. Eu não acredito que a sombra realmente matou um deles.

Kai – S/N por que.. – sua expressão empaleceu-se ao me ver jogada no chão segurando a cabeça de Lay em meu colo. – Lay está..

Suho – O que está acontecendo? – ouvi sua voz surgir no corredor me abaixei ainda mais sobre o peito de Lay chorando descontroladamente. Eu não quis olhar para nenhum dos garotos que apareceram. Me sinto terrivelmente culpada.

S/N – Lay – toquei seu rosto com meu polegar – Você não pode fazer isso com seus irmãos, eles precisam de você – tentei engolir minhas lágrimas – Você não pode morrer assim, não por mim Lay. Não morra por minha causa. – o abracei e escondi meu rosto na curvatura de seu pescoço.

Sehun – S/N..

S/N – Me perdoem – desta vez olhei para a porta e vi todos os 8 ali, estáticos – Eu não queria, eu..... – passei a mão por meu rosto e pressionei minha testa. Olhei mais uma vez para Lay e toquei seu peito – Por Favor, eu preciso de você  – pressionei um pouco mais minha mão sobre seu peito ainda na esperança de sentir seu coração pulsar quando algo inesperado aconteceu.

Uma luz num tom amarelado alumbrava exatamente onde minha palma tocava. Olhei para os meninos procurando uma resposta mas todos pareciam ainda chocados com o que estavam vendo.

Lentamente retirei minha mão e vi aqueles olhos que eu tanto clamava se abrirem. Tapei minha boca incrédula.

Está foi minha primeira demonstração de poder. A Cura.