História The War - 33

Nunca pensei que os corredores pudessem parecer tão longos. Essas paredes brancas estão começando a me fazer sentir sufocada. Eu não sei chegar no meu quarto. Por Deus, eu não sei onde estou indo.

 

Depois que eu me afastei de D.O. vi como seus olhos mostravam real arrependimento. Ele até tentou dizer mais alguma coisa mas ele sabia que nada mudaria o que eu estava sentindo.

 

Desde que entrei aqui passei por tantas coisas. Me colocaram na sala Power, fizeram diversos testes, não consegui entrar em Elyxion, enfrentei Kai possuído pela sombra e ainda lutei com Baekhyun até conseguir tirar seu colar. Eu superei. No meu estado o que mais poderia fazer? Estou num universo totalmente diferente do meu, eu posso lidar com algumas coisas por mais que elas me perturbem.

 

Mas o que aconteceu agora pouco foi como um balde de água fria. Eu confio tanto neles. Entregaria minha vida nas mãos dos guerreiros. Como puderam fazer isso? Como Baekhyun pode fazer isso comigo?

 

E ainda tem Suho. Sempre tão parcial, sério. Ele concordou com isso tudo? D.O. disse que não, mas ele não tentou impedir. Mal consigo me recordar de sua expressão quando passei por ele. Estava tão possessa, tão triste.

 

Lay – Para onde está indo? – sua voz chamou minha atenção. Parei de andar no mesmo instante e olhei para trás. Vendo meu estado ele franziu um pouco o cenho e deu pequenos passos mais a frente – Aconteceu alguma coisa?

 

Eu abaixei minha cabeça e fechei meus olhos enquanto assentia. Funguei baixinho e depois cobri meu rosto.

 

Lay – Ei.. – senti seus braços me rodearem – Está tudo bem. Eu não sei o que está acontecendo mas tudo vai ficar bem. 

 

S/N – Me desculpe – não sei se ele me entendeu. Mas eu não queria deixa-lo desconfortável por me ver assim.

 

Lay – Você não fez nada – ele segurou meus ombros e me fez encara-lo. – Vamos para meu quarto, okay?

 

(...)

 

Eu estava sentada em sua cama enquanto o observava andar de um lado para o outro. Essa imagem me lembrou de quando eu entrei na base e ele procurou um jeito de me tirar daqui. Uau, quem diria que se passariam tantas semanas depois daquilo.

 

Ele tentou me distrair de todas as maneiras possíveis e isso me deixou um pouco mais calma. Lay é uma ótima pessoa. Se eu pudesse ter um irmão mais velho adoraria que Lay o fosse.

 

Com certa dificuldade eu lhe contei o que tinha acontecido. A princípio ele ficou bem surpreso e não disse nada. Mas agora parece estar irritado e sem conseguir controlar sua ansiedade.

 

Lay – Eu juro que não os criei assim – resmungou baixinho. Era como se ele estivesse falando com seus pais. – Suho não fez nada?

 

S/N – D.O. me disse que ele não concordou – abracei meus braços – Mas eu não sei.. o vi lá em cima.

 

Lay – Não é muito do feitio de Suho fazer esse tipo de coisa – ele suspirou – Talvez ele apenas tenha chego na hora errada – sua teoria me tranquilizou um pouco. – Agora Chen e D.O. estão precisando de algumas horas limpando a base. Onde já se viu fazer experimentos desse tipo?! Ah, tão idiotas.

 

Lay – Baekhyun precisa de algumas horas limpando a cidade inteira, na verdade limpando a casa de cada Exol – seus passos estavam cada vez mais fortes – Nem dois dias – ele me olhou – Eles não tiraram nem dois dias de descanso e já estão achando problema.

 

Isso me fez sentir um pouco pior. A dois dias eu estava lutando contra Baekhyun e os outros guerreiros para pegar seus colares.

 

- Onde ela está? – ouvimos uma voz no corredor. Eu e Lay nos entreolhamos.

 

- Como eu poderia saber? Ela sumiu tem horas – outro respondeu. – Talvez esteja envergonhada demais por ter entrado no meu quarto.

 

Quase me escondi debaixo dos cobertores ao reconhecer ser Xiumin. Lay me olhou sem entender e mexeu os lábios perguntando o que eu tinha feito.

 

“Nada” respondi do mesmo jeito.

 

- Quando voltei para a sala Power, estava completamente vazia – a voz de Kai estava um pouco mais próxima. Ele não deve saber o que aconteceu. – O mais estranho é que tinha um metal todo amassado no meio dela.

 

Novamente Lay me olhou. Eu não lhe contei qual dominação tinha descoberto. Eu nem mesmo ME permiti pensar nisso.

 

Lay – Você descobriu a telecinese? – sentou-se do meu lado – Isso é... interessante. – ele colocou a mão no queixo enquanto pensava em algo – Não pensei que fosse possível.

 

S/N – Por que diz isso?

 

Lay – Apenas Luhan tinha esse poder. E bom... Luhan é um de nossos irmãos perdidos. Não pensei que você conseguiria alcançar essa dominação sem a esfera dele por aqui.

 

S/N – Eu estou começando a desistir de encontrar respostas – apoiei meu rosto em minhas mãos – É tudo tão confuso, Lay. Até hoje Chen não conseguiu mais informações sobre a terra. Apenas sabemos que ela foi dizimada a anos atrás e que pessoas como eu nem mesmo deveriam existir.

 

Lay – Algumas repostas tardam em vir, S/N. Seja paciente. Eu tenho certeza de que a sua vinda tem um propósito muito especial – sorriu e fez um sinal com os dedos – Acho que os meninos já foram embora. Quer me contar o que aconteceu no quarto do Xiumin?

 

S/N – Ah.. não? – peguei seu cobertor e coloquei até perto do meu queixo. – É um pouco ...embaraçoso.

 

Lay – Hum.. – ele assentiu a contra gosto – Então.. quer me dizer o que vai fazer em relação aos outros meninos?

 

S/N – Os malvados? – ele deveria estar se referindo a Suho, D.O., Chen e Baekhyun.

 

Lay – Sim, os malvados – ele continuou a sorrir, porém de um jeito triste. – Não estou do lado deles mas todos cometemos erros..

 

S/N – Eu sei.. – arrumei minha postura – Mas sabe, talvez eu deva seguir o que Baekhyun disse – ele arqueou as sobrancelhas – Ele afirmou que odiava o fato de eu perdoar alguém com tanta facilidade. Talvez eu deva fazê-lo esperar por um bom tempo.

 

Lay – E os outros? Eu sei que Baekhyun está numa situação pior mas..

 

S/N – Depende – suspirei – Ainda estou muito triste para concluir o que vou fazer. No momento eu só quero dormir e esquecer o que aconteceu.

 

Lay – Vai ficar aqui? – ele não perguntou como se quisesse que eu fosse embora. 

 

S/N – Não quero te deixar sem cama – sorri de lado e ele fez um som com a boca em forma de negação.

 

Lay - Eu posso me arranjar.

 

S/N – Obrigada – segurei sua mão e a acariciei com meu polegar – Mas eu quero ficar um pouco sozinha.

 

Ele me fitou por um tempo até seus ombros caírem e ele aceitar minha decisão. Lay se levantou e me puxou para fora da cama me entregando em seguida um tipo de livro. Ia lhe perguntar o que era mas ele se apressou em me interromper e pedir para que eu o abra quando estiver no meu quarto.

 

Lay – Não é nada demais, mas ás vezes isso pode te dar algumas respostas. – olhei para o livro e me vi tentada em abri-lo logo. Antes de ir embora eu o agradeci mais uma vez e tentei fazer como Kai me ensinou.

 

Fechei meus olhos e pensei apenas em meu quarto. Eu tinha medo de cometer algum erro e aparecer novamente em um lugar inusitado. A última coisa que eu queria era aparecer no quarto de Baekhyun.

 

Para meu alivio, quando abri meus olhos eu não estava em nenhum outro quarto. Respirei fundo e coloquei o livro em cima da cama enquanto ia em direção ao banheiro. Fechei a porta e me encarei um pouco no espelho. Meus olhos estavam em seu tom normal.

 

Pensamentos sobre os irmãos perdidos começaram a me assombrar. Como eu poderia ter o poder desse tal Luhan? Seria ele o garoto loiro que eu vi no castelo?

 

Lavei meu rosto e quando voltei para o quarto me assustei ao ver Suho sentado na minha cama folheando o livro que Lay me emprestou. Ao me ver, ele o fechou rapidamente e se levantou. Vi como ele fechou suas mãos e como seu peito subia e descia de um jeito rápido. Ele estava nervoso.

 

Suho – Oi- ele disse mas logo pareceu se arrepender. Não respondi. Permaneci parada o observando. – Eu.. eu acho que nada do que eu disser vai te fazer sentir melhor mas eu sinto muito – deu alguns passos mais a frente – Eu nunca disse a eles que estava a favor dessa ideia, eu sabia que isso te magoaria eu.. me sinto uma fraude. – bufou alto e depois passou a mão por seu cabelo – Eu prometi que não deixaria nada te machucar, que te protegeria. Me desculpe, eu não pensei que os próprios guerreiros pudessem cometer tal erro. Eles.. eles não pensaram nos efeitos que suas atitudes poderiam causar. – ele voltou a se distanciar e eu comecei a me aproximar. – Quando eu cheguei na sala Power vocês já estavam lá embaixo, não tive tempo para fazer nada. Eu realmente sinto muito – me olhou no fundo dos olhos e cortou nossa distancia agarrando minhas duas mãos – Você chorou? – eu pisquei repetidas vezes com sua pergunta tão de repente. Meio desconfortável eu assenti – É minha culpa – ele colocou uma mecha do meu cabelo atrás de minha orelha – Deveria ser um líder melhor, meu pai estaria desapontado comigo.

 

S/N – Ei –lhe chamei atenção – Isso não é verdade. Seu pai estaria orgulhoso de tudo que fez e faz pelos guerreiros.

 

Suho – Mas e pelo o que eu faço por você? – me pegou desprevenida novamente. Ele nos puxou para cama e sentamos lado a lado com ele ainda segurando minha mão -  Sinto que estou apenas fracassando em te ajudar.

 

S/N – Suho existem situações que você não consegue ter o controle, não é como se você tivesse olhos por todos os cantos da base e pudesse ver tudo o que fazemos.

 

Suho – Por favor não.. não tente me fazer sentir melhor – ele abaixou sua cabeça – Se estiver com vontade de gritar eu peço para que grite.

 

S/N – Eu não vou gritar com você – seus olhos voltaram a se encontrar com os meus. Sua boca curvou-se por alguns segundos e ele continuou a me fitar de um jeito diferente. Senti meu coração bater um pouco mais rápido quando ele se aproximou um pouco mais.

 

Sua mão encontrou meu rosto e ele o acariciou com o polegar. Involuntariamente eu também me aproximei e quando dei por mim já estávamos com as testas coladas. Ele respirou fundo e mordeu seu lábio.

 

Suho – Eu não deveria fazer isso – sussurrou e antes que eu lhe respondesse ele me puxou e me beijou. Diferente da outra vez em que estivemos nessa mesma situação eu percebi que ele estava diferente, seus lábios estavam diferentes e seus sentimentos também.

 

Ele aprofundou um pouco mais o beijo quando passou mão por minha nuca. Seus lábios pareciam se conectar tão bem com os meus.

 

Mas então tudo parou. Algo como um choque de realidade nos atingiu e nós dois nos separamos ao mesmo tempo. Ainda estávamos próximos mas a consciência começou a pesar. O que estamos realmente fazendo?

 

Ele me pegou de surpresa quando deu um beijo na palma da minha mão e se levantou.

 

Suho  Eu sinto muito – disse sem me olhar –  Eu vim aqui com um propósito e..

 

S/N – Está tudo bem..  – disse um pouco envergonhada. Estou mesmo bem?

 

Suho – Não – me olhou – Você não entende.. eu não posso fazer isso, sinto muito, S/N. – ele começou a caminhar até a porta

 

S/N -  Suho, espere – me levantei e tentei e aproximar mas já era tarde. A porta havia se fechado e eu permaneci sozinha no meu quarto. – Bom, pelo menos dessa vez ele não me molhou.

 

Um tempo antes de Suho ir para o quarto de S/N

 

Suho – Qual o problema de vocês? Eu deixei bem claro que não queria que fizessem esse tipo de teste – a veia de seu pescoço saltava.

 

Chen – Não pensamos que ela fosse reagir assim – se encolheu um pouco – Ela é sempre tão doce e quieta, nem pensamos que isso realmente ia levar a algum lugar.

 

Suho – Se pensavam isso por que fizeram? – ele bateu em sua mesa e encarou D.O. – E você?

 

D.O. – Eu não tenho nada a dizer, Suho. Já te disse que me sinto mal o suficiente.

 

Suho – Não, não é o suficiente. Você pediu desculpas?

 

D.O. – Sim, eu pedi – respondeu baixinho. Ele até não podia demonstrar mas estava muito triste. Não consegue esquecer o olhar que S/N lhe mandou.

 

Chen – Nós sentimos muito, Suho – ele que se considera tão inteligente estava sentindo-se um completo idiota. Como ele não pensou nos efeitos? Seus cálculos não foram exatos, Chen.

 

Suho – Não é a mim que você deve dizer isso – respirou fundo e olhou para o canto mais escuro de sua sala. Baekhyun estava encostado na parede prestando atenção a tudo em silêncio. – Vai ficar ai por quanto tempo?

 

Baekhyun – Pelo visto até você terminar seu sermão. – resmungou alto. Seus nervos estavam a flor da pele.

 

Suho – Saiam – ele disse para Chen e D.O. que não perderam nem mesmo um segundo e levantaram-se correndo em direção a saída.

 

Assim que a porta se fechou, Suho respirou fundo encarando seu irmão. Desde quando Baekhyun tornou-se tão imaturo? Ele que sempre foi seu braço direito parece estar se perdendo em meio as novas situações vividas na base.

 

Suho – Sente-se ali – ele apontou para a famosa cadeira de emoções. Baekhyun lhe lançou um olhar de “Você está falando sério?” – Eu quero saber seus reais sentimentos.

 

Baekhyun – Isso é ridículo – mesmo sem querer ele sentou-se na cadeira. Seu coração batia rapidamente e ele tentou não ver a reação de Suho. Baekhyun sabia o que estava sentindo, mas não queria que mais ninguém soubesse.

 

Suho – Por que está escondendo suas emoções? – perguntou, desta vez, calmamente. Brigar mais uma vez com Baekhyun não iria leva-los a lugar algum.

 

Baekhyun – Talvez porque sejam algo pessoal? – sua pergunta retórica não abalou a calma de Suho.

 

Suho – Sinceramente eu não te entendo. Me diga, Baekhyun. Por que concordar com algo tão estupido? Você sabia o que isso iria desencadear. Sabia que a afetaria. Você é inteligente o suficiente para saber usar as palavras na hora certa, por que fazer tudo aquilo de propósito? Você por acaso quer afastá-la de você? – Baekhyun mexeu-se um pouco incomodado. Não olhou para Suho e permaneceu em silêncio – É isso? Você não a quer por perto?

 

Baekhyun – Se você já sabe a resposta por que está me perguntando?

 

Suho – Por que eu quero te entender, irmão. Vamos, desabafe. Me diga o que realmente está acontecendo com você. – ele andou até perto do dominador da luz. – Antes dela chegar você não era assim. Sempre foi festeiro e fazia a todos rir no café, no almoço e na janta. – parou bem em frente a Baekhyun que lentamente o encarou. – O que ela está despertando em você para que fique desse jeito?

 

Baekhyun sentiu algo no peito. O que S/N está despertando nele? Ele a quer longe mas também tem medo de que ela se vá. Não gosta do jeito que ela o olha, queria mudar a situação mas ao mesmo tempo adoraria não ter que encara-la nunca mais. Sente inveja por ela não sorrir para ele como faz para os outros. Desde o início ela o tratou diferente. Ou foi ele quem a tratou diferente? A culpa é dele?

Não, não poderia ser sua culpa. O que ele fez de tão mal? Antes dos acontecidos no castelo das bruxas ele nunca a tratou de mal jeito. Ou tratou? Ele está tão confuso agora. Ele sente uma pressão horrível ao ver Suho lhe encarar dessa forma. Odeia a sensação que está transmitindo a seu irmão. Não quer decepciona-lo.

 

Suho sentiu todo seu corpo ficar tenso. Após sua pergunta ele esperou pacientemente pela resposta de Baekhyun. E mesmo com o silêncio de Baekhyun, Suho conseguiu encontrar uma resposta. A cadeira havia mudado de cor. Estava rosa. Todos sabem o que o rosa significa. Mas, por que? Ou melhor, como?

 

Suho apertou sua mão e endireitou sua postura. Baekhyun lhe olhou um pouco curioso mas não fez nenhuma menção de dizer algo. Suho respirou fundo sentindo como se tivesse sido apunhalado no estômago.

 

Seu irmão gosta tanto de S/N que isso lhe faz sentir raiva. Por mais sem sentido que seja, Baekhyun não está conseguindo lidar com a luta de sentimentos em seu coração. Ele gosta dela, e ele odeia isso. Odeia ela.

 

O que Suho poderia fazer depois de saber isso? Ele sempre tenta manter a melhor postura e não trazer mais problemas, mas o que ele faria em relação a ela? Se ele se sentasse na cadeira, agora mesmo, a cadeira também ficaria rosa?

 

Não, ele não pode fazer isso. Ele não pode saber. Caso tenha resposta ele tem medo de que possa arruinar certas coisas.

 

Pelo bem da base e de seus irmãos ele vai manter a ordem.

 

Mesmo que isso lhe parta o coração.

 

 

No quarto de S/N

 

Ainda sentada na cama pensando em tudo o que aconteceu. Ao menos sua mente não está centrada apenas no que os meninos fizeram. O beijo foi algo bom. Ou não? Eu não sei a melhor resposta. Suho parecia um pouco estranho.

 

Peguei o livro que Lay tinha me emprestado e respirei fundo antes de folheá-lo. Não era um livro qualquer, era um álbum. Fotos de Suho praticando com a água, fotos de Lay sendo entregue ao seu pai, fotos de Sehun e Chanyeol brincando com a luz. Fotos de D.O. e Chen na cidade. A cidade que eu nunca fui.

 

Sorri ao vê-los tão pequenininhos. Passei mais uma folha e arregalei meus olhos ao encontrar uma foto de três pessoas. Seriam eles? Me aproximei um pouco mais. Sim, esse é o garoto loiro que vi no castelo.

 

Mas, o que ele está fazendo com a sombra? Como ele poderia entrar na minha mente sendo que está desaparecido por tanto tempo? Ah não ser que...

 

Sehun – S/N – ele entrou no meu quarto sem bater. Parecia ansioso.– Eu descobri por que a sala explodiu.