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História The Way Back to Each Other - É Preciso Deixar Ir


Escrita por: Kim84

Notas do Autor


Esse capítulo com carinha de final.... é o penúltimo!! WBTO está chegando ao final, minha ideia desde o começo era dez ou doze, e vão ser treze e um extra!! Peço desculpas pela demora, minhas atividades do estágio voltaram e último ano de faculdade com TCC é difícil, mas agora, com meus horários mais regulados, não vou demorar até a próxima e quase última postagem. .

Capítulo 12 - É Preciso Deixar Ir


Os acontecimentos se desenrolaram de maneira caótica daquele momento para frente, ao conseguir movimentar as mãos, pegou a estela abandonada ao seu lado e consciente de que não conseguiria utilizar magia naquele momento, aproveitando a distração do homem ao seu lado ao ver os amigos entrarem na sala, impulsionou com a força que conseguiu reunir e perfurou a lateral do abdômen de Nate com o artefato.

_ VADIA!

O rapaz gritou devido a dor, focou os olhos em Amália e a puxou de forma rude colocando a sua frente servindo como escudo ao que Alexander realizou o primeiro passo visando um ataque. Como o esperado, os outros recuaram alguns passos, porém, era uma atitude bem previsível em uma situação como aquela, tendo a vantagem da proteção mas a desvantagem da mulher não conseguir se manter em pé, o forçando a realmente segurar ela em sua frente, mantendo todo o peso do corpo menor porém ainda pesado sozinho, o atrasando.

Jace aproveitou que o outro estava focado no grupo maior e silenciosamente como só ele conseguia, se esgueirou pela lateral, realizando um ataque rápido pelas costas, o que foi percebido de ultima hora, Nathanael jogou o corpo de Amália apoiando o peso em apenas um braço e retirando uma lâmina serafim conseguiu bloquear o avanço do loiro. Os outros observavam a cena procurando uma deixa para atacar de forma que não acabassem atingido a feiticeira, que estava quase inerte novamente.

Os dois homens continuavam no ciclo de ataque e defesa, ao que o mais novo mantinha os olhos no embate e no grupo divido pelo cômodo sempre que possível, temendo um segundo ataque que logo veio, porém, a lâmina de Isabelle passou raspando pela bochecha de Amália, ao que o rapaz a colocou na frente. Amava a mulher em seus braços, mas o ressentimento e a certeza de que o grupo não cometeria deslizes que a colocassem em risco o deixava confiante em usá-la como modo de proteção. Eles não eram do tipo que machucavam amigos, nem mesmo pelo dever.

Depois do susto com Izzy, o grupo resolveu dirigir as coisas com cautela, vendo que o conflito entre o irmão e o rapaz começava a se tornar mais intenso, e por vezes Jonathan quase atingiu a mulher, Alexander começou a insistir que o mesmo recuasse, porém não foi atendido. Ao tentar se aproximar e segurar o outro, sentiu Magnus sucintamente segurar seu pulso e olhar como quem queria falar alguma coisa, o deixando confuso.

O moreno de olhos azuis dividia o olhar entre o namorado e o irmão, se sentindo cada vez mais motivado a por um ponto final naquilo, Jace estava sendo imprudente e poderia machucar a garota atacando com tanta raiva assim, ele não estava sendo cuidadoso. Nathanael se esforçava ao máximo para bloquear o ataque, não conseguia mais atacar, o corpo pesava em seu braços e as investidas do rapaz se tornavam cada vez mais intensas, precisava fazer algo sobre aquilo.

Um movimento fez todos na sala ficarem boquiabertos, porém, o mesmo não partiu de nenhum dos dois rapazes envolvidos na luta, nem mesmo de Alexander que estava sendo praticamente segurado por Magnus. Em uma velocidade impressionante, a mulher que estava aparentemente inerte, em um momento de distração causado por Jace, firmou ambos os pés no chão e impulsionou, jogando o corpo de Nathanel por cima do próprio chocando com a mesa em que estava deitada anteriormente causando um belo estrago.

Assim que o rapaz caiu, Jace e Isabelle avançaram apontando suas lâminas para o mesmo, enquanto Clary que amparava Samantha permaneceu longe até ter certeza que era seguro, e Helena que ficou responsável por fazer a segurança das duas, já que a menina não conseguia se manter em pé por muito tempo devido o longo período de jejum. Amália se aproximou dele com um sorriso de escárnio, pisando sobre a área que havia perfurado com a estela mais cedo.

_ Você pode ter arquitetado um bom plano até agora, mas o seu excesso de confiança foi o que acabou com você. – suspirou. – Sem capangas? Mal armado? Achou realmente que ninguém encontraria você aqui? É muita presunção da sua parte.

_ Não sou tão presunçoso, eu sabia que Alec desconfiava de mim, e se não fosse por você, a desconfiança teria morrido com ele na boate.

Apenas viram um vulto antes de um chute ser acertado na barriga e na cabeça do homem jogado ao chão, Magnus bufava de raiva enquanto Alexander se adiantou e segurou o outro, no final o rapaz ainda era um shadowhunter e não seria bem visto que acabassem matando ele.

_ Você comeu e dormiu em baixo do meu teto!! – o feiticeiro estava furioso. – E ainda tem coragem de admitir que tentou matar o meu homem!! – Se soltou do namorado e desferiu outro chute.

_ MAGNUS PARA! – Para surpresa, quem interferiu foi Amália. – Não se complique, quem vai resolver isso sou eu.

_ Você não pode fazer isso, é uma submundana, vai cair nas suas costas. – Nate deu um riso debochado.

_ Eu já matei um shadowhunter e estou aqui agora, não é? – Amália deixou um sorriso presunçoso adornar seus lábios. – Você e Benedict são idênticos, e isso não vai me dar nem um pingo de remorso.

Ninguém demonstrou surpresa, já conheciam a história e os motivos que a levaram a agir assim, e defender a própria vida era um motivo além de adequado para isso. Porém, preferindo evitar tumultos, apesar da recusa inicial, Jace e Clary conseguiram a convencer a entrega-lo para clave como um dos seguidores de Camille, o que garantiria a sua execução de forma fácil.

 Após resolverem tudo que era necessário, todos estavam de volta ao loft do feiticeiro, Samantha havia feito seu depoimento o que quase resultou em Amália e Helena indo realizar a execução do rapaz com as próprias mãos, a garota havia passado por inúmeros dias de jejum devido apenas a servirem com comida apodrecida, então quando não aguentava mais ela ingeria o que era dado para não morrer de fome.

Estavam aproveitando o tempo para descansarem do susto e dos acontecimentos recentes, as duas mulheres haviam tomado um soro confeccionado no instituto para limpar os efeitos da substância criada por Nathanael que deixava o corpo para cortar a indisposição posterior aos efeitos. O grupo estava aproveitando para conhecer melhor a garota por quem Amália dedicou a vida, e entendiam o motivo disso.

Samantha era inexplicavelmente doce e simpática, apesar da baixa estatura era forte e inteligente, o olhar e a postura observadora além de outros aspectos refletiam Amália, porém, a personalidade calma e não arredia as diferenciava. Apesar de tudo o que passou a menina não parecia muito abalada e conversava de forma animada, por um momento, a feiticeira se afastou, e estranhando o comportamento da amiga, Magnus logo foi ao encontro da mulher, que observava a todos pelo balcão da cozinha.

_ Posso saber o que preocupa a sua cabecinha? – perguntou em um tom gentil.

_ Ainda estou colocando as coisas no lugar.

_ Espero que no lugar certo, e não se enchendo de paranóias.

_ Estou fazendo meu máximo, mas algumas coisas não podemos negar.

_ Por exemplo?

_ Ela não teria passado por isso se não fosse por mim.

_ Ela não teria uma casa, um lugar para voltar, conforto, amor, proteção se não fosse por você, não saberia o que é ter uma família e alguém disposto a fazer o possível e impossível por ela.

Um sorriso melancólico se desenhou nos lábio dela.

_ E eu não teria Alexander novamente se não fosse por você.

_ Um amor como o de vocês sempre encontra seu caminho de volta, Mags. – Sorriu verdadeiramente dessa vez.

_ Você foi o nosso caminho, devo isso a você.- Passou o braço por cima dos ombros da mulher, a abraçando com carinho.

_ Será que agora vamos conseguir sossegar?

_ Melhor perguntar, por quanto tempo vamos conseguir sossegar. – Riu.

 

Magnus olhava o rosto do rapaz deitado em seu colo, prestando tanta atenção que quem olhasse de longe, com certeza afirmaria que ele estava decorando cada mínimo traço do moreno de olhos azuis. Seus dedos percorriam carinhosamente os fios negros enquanto a outra estava entrelaçada com a semelhante do outro rapaz. Era incrível como quando ambos estavam assim, sentiam que o mundo poderia parar e eles não se importariam de ficarem presos naquele momento por todo o sempre.

Sempre.

Era uma palavra que a muito preocupou e distanciou os dois homens que compartilhavam o sofá na sala daquele excêntrico loft em um dos bairros de Nova York, saber que, você partiria, enquanto a pessoa amada permaneceria do mesmo jeito e teria uma longa vida pela frente, era assustador, mas saber que veria o seu amor envelhecer e partir sem poder fazer nada para inverter tal fato também tirava o sono do feiticeiro inúmeras vezes.

Porém, se havia algo que os dois aprenderam nesse tempo era que sempre era uma palavra relativa, podia significar a eternidade em si, assim, como poderia se referir a um pequeno espaço de tempo, mas que era tão grandioso em importância, que seria seu sempre particular, e foi assim que resolveram levar o relacionamento adiante, construindo o melhor sempre que poderiam ter, pois quando deixasse essa vida, a lembrança do amor de Magnus era o que Alexander levaria, e o mesmo, era o que incentivaria o feiticeiro a seguir em frente e confortaria seu coração, sabendo que construíram a história de amor mais bonita que conseguiram e aproveitaram o máximo enquanto foi permitido.

Sentiu o mais alto se remexer em seu colo.

_ Amor...

_ Diga, garoto bonito.

_ Você acha, que se não fosse essa confusão toda, nós teríamos reconciliado? Apesar de lamentar muito a situação que ela passou, não consigo deixar de agradecer pelo dia que vocês apareceram no meu escritório.

_ Amália me disse uma coisa hoje, que você já havia falado uma vez, e acho que é uma das poucas certezas que tenho na vida. – o outro se virou com uma expressão curiosa, ficando de frente para sua barriga com a cabeça levantada, olhando em seus olhos. – Que nós sempre encontramos o nosso caminho novamente um para os braços do outro.

Alexander sorriu envergonhado se lembrando do ocorrido, quando falou essas mesmas palavras para o feiticeiro, após uma das brigas mais acaloradas entre os dois.

_ Mas também não deixo de ser grato a ela por ter aparecido na minha porta, mesmo que com aquela cobra a tira colo.

_ Como alguém consegue fazer isso com a pessoa que diz amar?

_ Nem todo mundo sabe amar, infelizmente.

_ Ainda bem que eu tenho você. – O sorriso de Alec era uma das paisagens mais bonitas que Magnus já viu.

_ Acho bom, viu. – riu. - Tenho que concordar, garoto bonito. – Ele finalmente entendia o ponto de vista de seu amigo. – Eu nunca mais quero outro amor, Alexander.

_ Olha, acho que não deveríamos ir pro quarto comemorar que temos pontos de vista idênticos, senhor Bane.

_ Com certeza diretor Lightwood.

Sorriram cúmplices enquanto se levantavam aos tropeços do sofá e seguiam em direção ao cômodo que novamente, era o quarto de duas pessoas, não mais apenas do feiticeiro e seu coração amargurado. Agora, não havia espaço para tristeza, naquele lugar apenas o amor ocupava cada canto e parede.

 

 

Estavam no lugar onde tudo começou, desta vez o cenário era completamente diferente. Alec estava sentado em sua cadeira no escritório da diretoria, com Isabelle ao seu lado, Jace, Clary e Simon estavam pelo instituto fazendo um tour com Samantha, Magnus e Amália, novamente, estavam ocupando os dois assentos a sua frente a diferença é que Helena estava presente no lugar de Nathanael.

_ Bom, não posso deixar de me sentir nervosa com as lembranças que esse momento me traz, então poderíamos ir direto ao assunto? – Izzy se pronunciou incomodada com o silêncio prolongado.

_ Vamos logo mesmo, pois dessa vez nem eu sei do que se trata. – Magnus estava visivelmente agitado.

_ Então. – Amália trocou olhares com a sua agora “quase esposa”. – Eu sei que deve ser repentino, e que vão achar que eu fiquei louca, mas antes mesmo de encontrar a Sam, eu estava ponderando sobre isso, na verdade, nós estávamos. – Segurou a mão de Helena. – Já deixei evidente a minha confiança e admiração por vocês dois, o quanto considero como um exemplo a se seguir, para as duas classes aqui presentes. – Os homens lhe sorriram em agradecimento. – E pude perceber o quanto também estão rodeados de pessoas incríveis que construirão um meio melhor para os filhos dos anjos, do que o que eu nasci, cresci e quase morri. Tenho motivos o suficiente para ser desconfiada, mas são pessoas assim que me fazem não perder a esperança, e é em alguém assim que eu quero que a Samantha se transforme.

_ Para mim foi difícil aceitar o que estava sentindo, na verdade, por quem estava sentindo, assim como sei que para você também foi. – Helena se dirigiu a Alec. – E ver que aqueles que estão a sua volta não recriminam a sua escolha, me dá forças para levantar a minha cabeça e ser quem eu sou, amar quem eu amo. Quando conheci a Samantha, ela não entendia o nosso receio, pois não conseguia compreender o que havia de errado em um shadowhunter e um submundano estarem juntos, e assim fomos aprendendo que na verdade não existe nada de errado, que ela estava certa o tempo todo, e queremos que ela cresça como pessoa, em um lugar que irão expandir esse ideal nela, e não, colocar impedimentos e ensiná-la a enxergar algo ruim que não existe.

_ O que aconteceu, com certeza a culpa majoritária foi do Nathanael, porém eu também tenho a minha parcela. – Os dois a olharam sem entender, porém antes que retrucassem ela continuou. – Samantha tem sangue de guerreira correndo nas veias, e por medo, eu a criei isolada de tudo, para que os estilhaços do meu passado e dos nossos mundos não respingassem nela, mas não dá para viver em uma bolha, inocência e alienação são inimigos também, e por isso, ela não soube como reagir ou talvez pudesse ter evitado toda a situação. Ela é muito forte e pode evoluir muito e quem a colocou em uma caixa, presa, fui eu. Eu a tornei fraca e incapaz de se proteger, a coloquei em risco por zelar demais, e não acho mais que isso seja o ideal. – Suspirou. – E é por isso, que, com muito carinho, respeito, admiração, e dor no coração e ainda receio, eu confesso, eu entrego o que eu tenho de mais precioso na minha vida, na sua mão Alexander. – Os dois homens a olharam surpresos.

_ Eu não tenho palavras...

_ Nosso plano sempre foi que Helena treinasse ela, mas nós duas sabemos que tudo que vamos fazer é ainda deixar ela de baixo das nossas asas, e sei que você vai desenvolvê-la e transformar na melhor versão possível, sem deixar de prezar pelo bem estar dela. Eu e Hel, queremos com todo nosso coração, que Samantha possa ingressar no instituto de Nova York.

_ Tudo que eu posso te dizer é que vou fazer o meu melhor, não tenho motivos para não aceitar, além do instituto estar sempre de portas abertas para os filhos dos anjos, Samantha é uma garota incrível, o esperado pela mulher que a criou. – Alexander a olhou nos olhos. – Ela é mais que bem vinda aqui, e te prometo que vamos protege-la e orientá-la, como família.

Amália se levantou e sem se segurar passou os braços em torno do caçador em um abraço carinhoso, sussurrando um obrigada abafado, ele apenas alisou a suas costas, sabia o quanto era difícil para ela fazer isso, mas as vezes, era preciso deixar ir, seja temporariamente, como ela e Samantha, ou para sempre, como ele e Max. Cada pessoa teria seu destino a cumprir, e não podiam impedir, por mais que doesse. E muita coisa para ela, ainda iria doer.


Notas Finais


O universo de WBTO ainda tem outros enredos a serem contados, com o tempo, irei escrevendo cada um com carinho. Assim como virei com outros projetos, e assim, começo a me despedir da minha primeira fanfic Malec. agradeço a cada um que está comigo nessa caminhada!!


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