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História The Way Back To You - Capítulo vinte e um


Escrita por: xmisfavs

Notas do Autor


Olá!

Espero que gostem do capítulo.

Boa leitura.

Capítulo 22 - Capítulo vinte e um


Se duas pessoas foram feitas para ficar juntas, eventualmente acharão o caminho de volta. 🍀


Um mês depois...

Os dias passaram rapidamente. Raphael voltou aos treinos de futebol e, ao contrário do que pensava, a criança não desaprendeu a jogar bola. Pelo contrário, mesmo sem praticar, o menino não perdeu condicionamento físico e a sua habilidade na hora da finalização permanecia perfeita.

Sentada na arquibancada, Regina aguardava o início da partida do filho acompanhada por Zelena, sua melhor amiga e madrinha da criança. Colter avistou Robin de longe, enquanto o loiro comprava duas garrafinhas de água na cantina próxima ao campo. Ele foi ao seu encontro, tomou-o pela mão e levou-o até a mãe.

– Mamãe, olha quem eu achei.

– Oi.

– Oi, Rob. Bom dia.

A advogada se levantou para cumprimentá-lo e o fotógrafo deu-lhe dois beijos no rosto. A ruiva procedeu da mesma forma.

– Obrigada pela água. Eu estava mesmo com sede.

– Não era pra você não, Zelena, mas tudo bem. Pode ficar com ela.

Os três riram. Robin estendeu a mão, dando a outra garrafa para Regina, que pegou e olhou para ele.

– Mas e você?

– Tô bem. – Robin tirou o celular do bolso – O regresso aos campos merece uma foto, não é? Rapha, dá um sorriso aí.

O menino assim o fez. Locksley o fotografou.

– Tio, tira foto minha fazendo embaixadinha?

– Claro. Vai.

O menino, que antes segurava a bola, pôs a bola nos pés e começou a treinar a manobra. O loiro tirou uma sequência de várias fotos, até que Mark gritou, chamando Raphael para o aquecimento – feito com regularidade antes de a partida começar. O telefone celular de Zelena começou a tocar e ela se levantou para atender a chamada e, pedindo licença, foi para um pouco mais longe a fim de ter privacidade. Dessa forma, Regina e Robin permaneceram sentados lado a lado na arquibancada.

– Falei com a Melissa ontem por telefone. Ela mandou um beijo pra você.

Robin sorriu.

– Obrigado.

– Fiquei feliz em saber que você abriu o seu coração pra ela. Mesmo. Vocês merecem reconstruir esse laço.

– Obrigado pelo apoio, Rê. De verdade.

– E como você tem se sentido?

– Mais leve.

Regina riu. O loiro completou:

– É sério. Não vamos recuperar o que foi perdido de um dia pro outro, mas...

– Como você mesmo me disse uma vez: um dia após o outro. Dê tempo ao tempo. Vocês vão ficar bem.

Robin sorriu em resposta.

O apito que sinalizava o início da partida os fez virar a cabeça em direção ao campo. Era o primeiro jogo de Colter desde que regressara aos treinos de futebol. A criança estava ansiosa e animada para saber como seria o seu retorno à modalidade, e este não poderia ter sido melhor: o menino marcou três gols em menos de quinze minutos. No último lance, Raphael finalizou executando uma bicicleta. Foi lindo e emocionante. Regina e Robin levantaram e, intempestivamente, se abraçaram em comemoração.

– Desculpa. – Robin se afastou.

– Desculpa também. Foi a emoção. – A morena corou.

– Tá sendo um retorno e tanto, hein? – Locksley aplaudiu – Ele é muito talentoso. Pra quem tava achando que desaprendeu a jogar...

Regina olhou para o loiro de soslaio e sorriu, cheia de orgulho de seu pequeno.

Eles se sentaram lado a lado novamente. O fotógrafo acompanhava Colter com o olhar enquanto o menino percorria o campo em velocidade. O loiro tocou o braço de Regina de maneira inocente e disse:

– Como estão os pesadelos? Ainda recorrentes?

Olhando para frente, a mulher respondeu:

– Eles vêm diminuindo com o passar do tempo. Às vezes são duas vezes por semana. Outras vezes apenas uma... Depende muito. A volta aos treinos ajudou bastante. Além de ficar mais cansado, ter a companhia do Mark e dos outros amiguinhos faz bem pra ele.

– Fico feliz por ele. É muito bom vê-lo assim tão animado.

Antes que Regina pudesse ter qualquer reação, Zelena voltou para perto deles e sentou-se ao lado de sua amiga.

– Desculpa, Rê.

– Aconteceu alguma coisa? – A morena perguntou.

– Problemas com uma funcionária. Sempre tem alguém pra me dar dor de cabeça naquela loja.

– Meu pai que o diga. A agência dele passa pelos mesmos problemas. – Robin disse.

– Pois é. – A ruiva tomou um gole de sua água – Vamos falar de coisa boa? – Green cruzou a perna – Como vai o trabalho, Rob?

– Bem. É bastante trabalho para o pouco tempo que fico em Nova York, mas não posso reclamar. É muito satisfatório.

– Imagino que seja mesmo. Trabalhar fotografando um monte de mulheres bonitas deve ser muito prazeroso. Você também fotografa homens?

Robin riu gostoso.

– Zelena! – A morena repreendeu a amiga – Desculpa, Robin. Ela só pode estar fora de si. – Sem graça, Regina corou. Ela disfarçou e sorriu.

– O quê? Desculpa? Não. Só tô curiosa. Tô sendo invasiva, Rob? – A ruiva virou a cabeça para Regina – Ele pode não responder se quiser.

Locksley sorriu e balançou a cabeça negativamente.

– Depende muito, Zel. A maioria são mulheres, mas às vezes tem homens também.

– Mas a revista é feminina, certo?

– Certo.

– Imagino que você tinha uma vida bem agitada. Se é que você me entende. – A ruiva riu e levantou as sobrancelhas, enquanto levava a garrafa de água à boca.

Robin respondeu com um sorriso, entendendo o que ela quis dizer.

– Você sente falta de viver lá? – Regina perguntou, entrando na conversa.

– Não tem como comparar com Storybrooke. São duas cidades muito diferentes. Sinto falta da energia de lá. É diferente, sabe? Não que a daqui seja ruim. Não é isso. Desde que voltei me sinto bem, mas parece que falta alguma coisa. Não sei explicar.

– Você sente falta de estar sempre com a sua namorada? – Zelena indagou.

Robin franziu o cenho. A ruiva continuou:

– A modelo. Aquela loira que tava com você no aniversário da Grace. Como é o nome dela mesmo?

– A Victoria? A gente não namora, não.

O apito que sinalizava o intervalo os interrompeu. Desconcertada, Regina limpou a garganta.

– Acho que vou pegar um café.

– Posso pegar pra você. Quer?

– Deixa que eu...

– Não tem problema. – Ele a interrompeu – Agora me deu sede. Vou pegar uma água pra mim, já que roubaram a minha. – Locksley riu gostoso e se levantou – Café puro?

– Sim. Com adoçante. Obrigada, Rob. – Ela sorriu.

O fotógrafo acenou com a cabeça e rumou em direção à cantina. Zelena cutucou a perna da amiga e apontou para o loiro discretamente.

– E aí, Rê? O que você acha?

– De quê?

– Ele tá solteiro. Tá sempre perto de você. Bônus: ele adora o seu filho e é recíproco.

– Zelena Green, você bebeu? Você tá fora de si.

– Por quê? Amiga, tá na cara que ele quer ficar com você.

– Posso ser sincera?

– Claro.

– É muito recente, Zel. Eu não posso. Sinto-me péssima só de pensar nessa possibilidade, porque é como se eu tivesse traindo o Dani. A gente é só amigo. Ele faz muito bem pro Rapha e eu fico muito feliz por tê-lo por perto.

– Ele faz bem pra você também.

– Como eu disse, a gente é amigo.

– Rê, foi um acidente. Você precisa parar de se culpar. – Regina fez menção de falar alguma coisa, mas a amiga a interrompeu – Mas eu te entendo. Desculpa. Eu sei que você precisa de tempo. É o melhor remédio, sabia? O tempo cura tudo.

Novamente, o apito se fez presente. Colter retornou ao campo para o segundo tempo da partida e Robin logo regressou à arquibancada com o café que a advogada pedira e uma garrafa de água nas mãos. O menino marcou mais dois gols e dois outros coleguinhas marcaram mais dois. O placar final do jogo foi sete a quatro.

Sim, Zelena tinha razão. Regina precisava de tempo: tempo para ela mesma, tempo para seu filho, tempo para entender, tempo para aceitar, tempo para curar, tempo para respirar, tempo para reviver, tempo para recomeçar.

***

Timing Is Everything – Garrett Hedlund

When the stars line up

And you catch a good break

People think you're lucky

But you know it's grace

It can happen so fast

Or a little bit late

Timing is everything

 

You know I've had close calls

When it could've been me

I was young when I learned

Just how fragile life can be

I lost friends of mine

I guess it wasn't my time

Timing is everything

 

And I could've been a child that God took home

And I would've been one more unfinished song

And when it seems the rhyme is hard to find

That's when one comes along just in time

 

Well I remember that day

when our eyes first met

You ran into the building to get out of the rain

'Cause you were soaking wet

And as I held the door

You wanted to know my name

Timing is everything

 

And I could've been another minute late

And you never would've crossed my path that day

And when it seems true love is hard to find

That's when love comes along just in time

 

Well you can call it fate or destiny

Sometimes it really seems like it's a mystery

'Cause you can be hurt by love

Or healed by the same

Timing is everything

 

And it can happen so fast

Or a little bit late

Timing is everything

 

O Tempo É Tudo – Garrett Hedlund

Quando as estrelas se alinham

E você tem um tempo pra você

As pessoas acham que você tem sorte

Mas você sabe que é graça

Pode acontecer tão rápido

Ou um pouco tarde

O tempo é tudo

 

Você sabe que eu já estive por um triz

Quando poderia ter sido eu

Eu era jovem quando aprendi

O quanto a vida pode ser frágil

Eu perdi amigos meus

Acho que não era minha hora

O tempo é tudo

 

E eu poderia ter sido uma criança que Deus levou embora

E eu seria mais uma música inacabada

E quando parece que é difícil encontrar uma rima

É aí que aparece uma, bem na hora

 

Bem, eu me lembro daquele dia

Quando nossos olhos se encontraram pela primeira vez

Você correu pra dentro do prédio pra fugir da chuva

Porque você estava encharcada

E quando eu segurei a porta

Você quis saber meu nome

O tempo é tudo

 

E eu poderia estar mais um minuto atrasado

E você nunca teria cruzado meu caminho aquele dia

E quando parece que é difícil encontrar um verdadeiro amor

É aí que aparece um, bem na hora

 

Bem, você pode chamar de sorte ou destino

Às vezes parece que é mesmo um mistério

Pois você pode ser ferido pelo amor

Ou curado pelo mesmo

O tempo é tudo

 

E pode acontecer tão rápido

Ou um pouco tarde

O tempo é tudo

***

Um ano depois...

Naquele dia ensolarado de verão, a praia de Storybrooke não estava cheia, mas algumas pessoas desfrutavam a tarde ali, incluindo Regina, Robin e Raphael, que se divertiam curtindo um a companhia do outro, num clima leve e descontraído.

Sentada a certa distância, a morena tinha uma visão privilegiada de Raphael e Robin enquanto jogavam futebol. A mulher contemplava-os com o olhar e sua mente começou a trabalhar livremente.

Locksley continuou ao lado dos Colter, acompanhando-os como um grande amigo da família, o que de fato se tornara. Eles se encontravam sempre que podiam e aquilo acabou virando um hábito. O fotógrafo gostava da companhia de Regina e de seu filho e, quando tinha que viajar a trabalho, as ligações por vídeo se faziam presentes porque sentiam falta um do outro.

Era muito bom ver Raphael feliz e o quanto adorava brincar de bola com Robin. Regina não pôde conter um sorriso. Ter o loiro por perto era muito bom; ele deixava o seu menino contente e, com isso, a ela também. Os sorrisos genuínos que trocavam demonstravam a bela relação que fora construída ali. Com o tempo, a conexão que já existia entre Colter e Locksley ficou ainda mais forte.

Regina pegou o celular dentro da bolsa e checou as suas redes sociais e algumas mensagens, constatando que ali não havia nada de interessante e nenhuma notificação importante. Uma gargalhada de Robin a fez levantar a cabeça. Dessa forma, ela viu Raphael fazendo embaixadinhas e contando em voz alta. O loiro fez uma manobra e conseguiu roubar a bola do menino, iniciando as embaixadinhas como o menino havia feito.

– Ei! Isso não vale, tio Robin.

– Por quê? Vem. Rouba a bola de mim.

– Me dá! Me dá!

A criança ria, fazendo o loiro rir também, e batia o seu pequeno corpo no de Robin, a fim de que ele conseguisse roubar a bola do adulto a sua frente. O fotógrafo se divertia enquanto se esquivava do menino sem deixar que a bola caísse na areia.

Regina abriu o aplicativo da câmera de seu celular e começou a fotografá-los. Ela sorriu bem na hora que o olhar do loiro encontrou o seu e isso o fez perder a bola para Colter.

– Não acredito.

– Bem feito!

Eles riram e Raphael começou a brincar distraidamente com a bola. Robin se aproximou de onde Regina estava para beber água e respirar um pouco. Ele sentou ao lado dela na canga.

– Tá cansado, é?

– Tô exausto. Tô velho.

Ela gargalhou.

– Realmente, não dá pra comparar com o fôlego que ele tem. Pensa bem: ele tem quase oito anos.

Locksley sorriu e levou a garrafa de água à boca.

– Deixa eu ver as fotos nossas que você tava tirando.

– Eu? Tirando fotos suas? – Ela tentou disfarçar – Pra que eu tiraria fotos suas? Por favor, Locksley. – Em tom de brincadeira, Regina fazia pouco caso dele.

– Então você não tirou? Nem umazinha?

– Não.

– Sei. Vou fingir que acredito.

– Tô falando sério.

– Sei. – Ele repetiu.

Locksley tocou delicadamente a mão de Regina que segurava o aparelho celular. A morena sentiu uma pontada no estômago quando Locksley a tocou. Apesar de ser um toque inocente, o contato mexeu com ela. A viúva abaixou o olhar, mas rapidamente voltou a encarar os oceanos do homem à sua frente. O loiro acariciou a mão da advogada e disse:

– Deixa eu ver...

Ela sorriu genuinamente e balançou a cabeça negativamente. Involuntariamente, o olhar de Robin se abaixou e o loiro se pegou encarando a boca de Regina. A mulher molhou o lábio inferior com a língua ao perceber o transe em que o fotógrafo se encontrava. O momento foi interrompido por Raphael, que gritou:

– Ei, tio Robin, vem roubar a bola de mim. Duvido você conseguir.

– É um desafio, Colter? – Robin respondeu no mesmo tom e se levantou. O homem olhou para trás e sorriu para Regina ao vê-la pegar novamente o telefone celular para voltar a fotografá-los – Não gosto de ser desafiado, rapazinho. – Aproximando-se da criança, eles voltaram a brincar juntos.

A advogada sorria sem parar assistindo à interação descontraída dos dois e a brincadeira divertida que os unia. Ela voltou a tirar fotos e, quando Raphael estava com a bola, a morena se viu fazendo alguns registros de Robin sozinho.

À noite, após jantarem, Colter dormiu rapidamente. A criança estava exausta de tanto brincar. Regina estava na sala vendo TV enquanto esperava o ar condicionado de seu quarto gelar. O calor era tanto que seria impossível dormir sem o conforto que o objeto a proporcionava. Ela bebericava um suco de laranja e, pegando o celular com a mão livre, encaminhou a Robin as fotos que havia tirado mais cedo.

“Eu sabia! Tá vendo? Quando eu digo...”

“Não resisti.”

“Não sabia que você tinha virado paparazzi.”

“Adorei essa.”

A mulher se referia a uma imagem de Robin e Raphael disputando a bola e sorrindo genuinamente um para o outro.

“Eu também. Obrigado pelas fotos, Rê. É muito bom passar o tempo ao lado de vocês.”

“Obrigada pela companhia. Boa noite, Rob.”

Quando a morena percebeu, estava sorrindo para o aparelho em suas mãos. O ritmo acelerado em que seu coração batia a fazia sentir borboletas no estômago. A advogada mal podia esperar para encontrar Robin mais uma vez. Ela inspirou profundamente e, encostando a cabeça no sofá, fechou os olhos.


Notas Finais


E a protagonista sorri para o celular kkkk sinônimo de paixão pra mim. Amo!!!!

Espero que tenham gostado. Esse capítulo é menorzinho porque os mimos tão chegando. Prometo compensá-las nos outros.

Até semana que vem.

Um beijo.


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