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História The Werewolf Curse - Second chance - 2


Escrita por: neocelest

Capítulo 3 - Second chance - 2


Fanfic / Fanfiction The Werewolf Curse - Second chance - 2

Jeno foi para o vestiário masculino após o que tinha acontecido ao lado de fora da escola. Ele estava desacreditado, com medo, ansioso e completamente desesperado. Qualquer um que olhasse em seus olhos conseguira ver o desespero estampado em seu rosto. 


O pai da garota que ele gostava era um caçador de lobisomens, ele é um lobisomem. O que ele deveria fazer com essa informação? O que ele faria agora? Eram às perguntas que rondavam em sua mente.


Jogava todo seu equipamento no chão de qualquer jeito ao retirar de seu corpo, encostou em seu armário e ficou olhando para um ponto fixo em sua frente. Taeyong iria passar direito por ele pois não havia o notado ali. Mas assim que o percebeu deu meia volta e se aproximou do amigo, também havia notado que ele não estava muito bem. 


– Pediu desculpas para a Yeeun? – perguntou apreensivo aguardando a resposta. 


– Sim – Jeno tinha respondido praticamente no automático. 


– Ela te deu uma segunda chance ou...


– Deu – ainda encarava o ponto fixo sem ânimo algum. 


– Certo. Esta tudo bem! – Taeyong pronunciou animado. Estava quase saindo do local para ir em direção do seu próprio armário, mas Jeno se pronunciou antes o impedindo de sair do lugar. 


– Não – Jeno não estava nenhum pouco animado. 


– Não? – o encarou confuso.


– Se lembra dos caçadores? O pai dela é um deles – Jeno estava quase chorando de desespero. 


– O pai dela? – Taeyong parecia ter entendido a gravidade da situação. 


– Atirou em mim e na Tori... 


– O pai da Yeeun? – Tae realmente havia entendido mas não queria acreditar naquilo. 


– Com arco e flecha – Jeno continuava falando como se Taeyong não o interrompesse a cada frase dita. 


O silêncio reinou por alguns segundos, nenhum dos dois sabia o que dizer. Aquela era uma situação muito complicada. 


– O pai da Yeeun? – Taeyong voltou a perguntar um pouco mais alto, ainda não acreditando no que acabara de ouvir.


– É, o pai dela – Jeno gritou já sem paciência enquanto respirava fundo – Ai meu Deus... Ai meu Deus – dizia desesperado, parecia prestes a ter um ataque de pânico. 


– Não. Jeno, para com isso. Está bem? – Tae disse ao dar leves tapinhas na cara do amigo – Calma, ele não reconheceu vocês certo?


– Não, acho que não – olhava para baixo tentando se lembrar. 


– E ela sabe o que ele faz? – Taeyong perguntava enquanto gesticulava com as mãos.


– Não sei. E se ela souber? Ele vai matar a gente – voltou a entrar em desespero. Ao fundo pode ser escutado o barulho do apito do treinador. 


– Tudo bem, se concentre no lacrosse ok? Jeno, pegue isso – Taeyong disse ao pegar os equipamentos do amigo que estava no chão o entregando. Jeno apenas segurou no automático – Só pegue isso e se concentre no lacrosse. É só o que tem que fazer no momento – tentava acalmar o garoto, não queria que ele perdesse o controle e se transformasse em lobisomem em um vestiário cheio de vítimas. 


– Lacrosse – Jeno repetia automaticamente. 


– Vamos lá – deu alguns tapas no ombro do amigo o incentivando. 


Já no campo pronto para mais um treino, Jeno tentava ao máximo se concentrar apenas no jogo e em mais nada. Tori estava sentada na arquibancada dessa vez, estava apreensiva como nunca. Não tinha a menor ideia do que fazer.


– Vamos! Um contra um para começar, Johnny – Treinador chamou a atenção de seu jogador que corria pelo campo – Pegue um taco comprido hoje – disse e o garoto logo obedeceu seu treinador – É isso aí!


Johnny se posicionou em meio ao campo esperando a partida começar, e o jogo se desenrolava do jeito que deveria ser. Alguns pontos eram marcados, jogadores eram jogados no chão por Johnny . Nada fora do normal. 

Treinador Heechul observava cada movimento feito em campo, queria levar seu time a perfeição, mas pra isso precisava da colaboração de todos eles. 


– É isso aí Johnny, é assim que se faz – dizia palavras de incentivo para o garoto que corria pelo campo enquanto derrubava alguns garotos que tentava acertar aquele gol – Joshua para o fundo – gritou para um dos garotos – Mais rápido Joshua, vamos lá – dizia firmemente. 


Jeno era o próximo da fila para fazer a jogada, mas sua cabeça estava nas nuvens. Não consegui parar de pensar no fato de que o pai da garota que gostava, era o cara que tentou matar ele e sua melhor amiga na noite passada. 


– Jeno, o que está esperando? – treinador gritou o garoto que logo voltou a realidade – Vai! – disse apontando em direção ao gol para o garoto fazer sua jogada. 


Johnny estava ainda no meio do campo esperando Jeno se mover para tentar o impedir de chegar ao gol. Lee assim que encarou Johnny ficou irritado, correu em direção ao Seo para o ultrapassar, mas foi impedido pelo mesmo que o segurou e o jogou no chão com um pouco mais de força que o normal. 


Taeyong e Tori que assistiam a cena fizeram uma careta ao ver o amigo ser jogado no chão com tanta brutalidade. 


– Ei, Lee – treinador dizia rindo enquanto se aproximava do garoto. 


– Tem certeza que ainda quer ser titular Jeno? – Johnny o perguntou também rindo e encarava o garoto ainda jogado no chão com uma expressão de dor estampada em seu rosto. Johnny logo se afastou voltando para sua posição. 


Jeno se levanta do chão, mas não consegue ficar ereto por conta da dor que sentia na barriga devido a forma violenta que Seo havia o derrubado. Se curvava enquanto segurava sua barriga com os dois braços procurando algum alívio. 


– Minha avó consegue se mover mais rápido que isso – o treinador disse a Lee assim que se aproximou – E ela está morta! Dá para ir mais rápido que o cadáver da minha avó morta? – pergunta próximo ao rosto do garoto.


– Sim treinador – Jeno o respondeu sem o olhar. 


– Eu não escutei. 


— Sim, treinador – Jeno falou mais alto e firme. Seus olhos foram alcançando a coloração dourada, suas presas estavam saindo para fora. A pulsação de Jeno estava fora de controle, e Tori da arquibancada conseguia sentir isso. 


– Merda Jeno – Tori disse baixo descendo da arquibancada. Quis se aproximar do amigo para impedir o mesmo de fazer alguma besteira mas não podia invadir o campo e abusar da paciência de Heechul. Então apenas ficou na beirada do campo atenta a qualquer movimento suspeito do amigo.


– Então tente de novo – treinador falou se referindo a jogada. Jeno voltou correndo pra o início da fila que os jogadores formavam – Lee vai tentar de novo – Heechul gritou para que todos pudessem escutar.


O ódio era estampado e visível no rosto de Jeno, qualquer um que o olhasse conseguiria ver aquilo. Johnny se preparou mais uma vez para defender o gol, Lee apenas aguardava o som do apito do treinador ser soado para iniciar sua jogada. E assim que o ouviu correu em direção a Johnny, o lobisomem corria tão rápido que até impressionava o pessoal que estava no local. 


Ao chegar em Johnny, Jeno o empurrou pelo o ombro. O baque tinha sido muito forte, Johnny gemia no chão devido a dor que sentia em seu ombro, todos correram em direção ao garoto jogado no solo para saber como ele estava. 


Jeno sentiu uma dor absurda em sua cabeça, se ajoelhou no chão enquanto segurava sua cabeça com as duas mãos. Ao perceber o que acontecia, Taeyong e Tori correram em direção ao amigo. 


– Jeno? – Taeyong chamou a atenção do mesmo enquanto o segurava pelos ombros. 


– Não posso controlar, está acontecendo – Nono disse, suas presas já tinham saído, suas unhas já haviam se transformado em garras e seus olhos brilhavam em dourado.


– O quê? Aqui? Agora? – Tori o perguntou preocupada, o garoto apenas concordo com a cabeça enquanto se contorcia com a dor – Ok levanta agora – Tori e Taeyong seguraram o amigo e o ajudaram a sair do campo. 


Enquanto isso, o resto do pessoal estava ao redor de Johnny vendo se o garoto tinha sofrido alguma lesão, então não perceberam os três adolescentes saírem correndo do local. 


Mas também o que os três não tinham percebido, era que Jaehyun estava ali o tempo todo, observando Jeno e Tori. Os três passaram correndo por ele, mas sequer notaram que era Jaehyun pois estavam desesperados para sair do lugar. 


Tori e Taeyong levaram o amigo para o vestiário masculino, Jeno respirava fundo tentando se controlar. Mas a dor que ele sentia não estava ajudando.


– Ei Jeno, você está bem? Jeno? – Tae tentava chamar a atenção do amigo. Mas tudo o que recebeu foi uma reação agressiva do garoto.


– Fique longe de mim! – Jeno gritou para Taeyong, sua voz era grossa e alta. Tae se assustou e acabou caindo para trás. Mas logo se levanta percebendo que Jeno iria avançar no mesmo.


Ele sequer olhou em direção a Tori. Por que ele não tentou atacar a garota que estava bem ao seu lado? Seria instinto? Sabia que Tori era igual a ele e não deveria atacar a mesma? Bom eram muitas perguntas sem respostas, e no momento Tori tinha que fazer alguma coisa para Jeno não matar seu outro amigo.


Taeyong sai correndo entre os armários tentando se esconder do lobisomem que estava furioso, o coração do primeiro citado estava tão disparado que parecia que iria sair do peito a qualquer momento. O garoto tenta se esconder atrás de um dos armários mas Jeno acaba por subir em cima do mesmo. 


Tae estava desesperado, continuava correndo dentro do vestiário tentando fugir de Nono mas não era uma tarefa muito fácil. Tori correu em direção a Jeno e o empurra fortemente em uma das paredes, o que fez a mesma quebrar. Jeno o olha que certa raiva, levanta e passa por ela. Ele realmente não parecia disposto a machucar sua amiga, e ela tentava imaginar o porquê.


Antes que pudesse ir atrás de Nono novamente para o impedir de machucar Taeyong, ouviu um som, olhou para trás e viu Tae usar o extintor de incêndio em Jeno para tentar parar o mesmo, o que funcionou. Tori ficou desacreditada. 


Tae foi para fora do vestiário masculino, encostou em uma das paredes, abraçou o extintor que tinha nas mãos e respirava fundo tentando controlar seus batimentos cardíacos. 


Jeno que estava desnorteado, senta em um dos bancos que havia no local e coloca ambas as mãos sobe a cabeça e retira o capacete que ainda usava. Parecia que estava voltando a realidade. 


– Tori? Taeyong? – Jeno dizia baixo e ofegante.


Tae colocou só a cabeça para dentro do local, tentando ver se o amigo realmente já tinha se acalmado. Tori vai para perto de Jeno e vê que ele já tinha voltado ao normal. Soltou um suspiro alto e se sentou ao seu lado. Taeyong que ainda só observava da porta, respirava ofegante. 


– O que aconteceu? – Jeno pergunta. 


Taeyong joga o extintor no chão, o que causou um alto barulho. Retirou ambas as luvas do uniforme de suas mãos enquanto entrava no local novamente. 


– Você tentou me matar – disse bravo – Eu já te disse antes, é a raiva. A sua pulsação, é um gatilho – Tae se ajoelha frente aos amigos que ainda estavam sentados. 


– Mas o lacrosse é assim. É um jogo bem violento se ainda não repararam – Nono disse alternando o olhar entre os dois.


– Bom, será mais violento se você matar alguém em campo – Tori se pronuncia – Não pôde jogar no sábado. Terá que ficar de fora do jogo – A garota não queria que o amigo ficasse magoado, mas não tinha outra alternativa. 


– Mas eu sou titular – Jeno disse chateado. 


– Não é mais – Taeyong disse sério. 








Já em sua casa, Jeno entra em seu quarto e joga a mochila em qualquer canto. Se joga em sua cama de barriga para baixo e suspira alto. Tori que estava junto do menino entra no quarto e se dirige ao banheiro. A garota passava mais tempo na casa dos amigos do que em sua própria casa. 


Seu irmão estava no Afeganistão. Seus pais já tinham morrido a muito tempo. O pai de Taeyong e a mãe de Jeno cuidavam da garota como se fosse filha deles. E prometeram ao irmão da mesma que ficaria de olho nela o tempo todo. 


– Oi. Turno da noite de novo – Kahi, mãe de Jeno diz ao bater na porta. O garoto levanta a cabeça e encara a mesma – Mas vou tirar folga no sábado para ver seu primeiro jogo – fala animada. 


– Não mãe, não pode – Jeno diz baixo, mas alto o suficiente para sua mãe poder escutar. Tori sai do banheiro e se joga ao lado do garoto.


– Não só posso como vou – entra no quarto se aproximando da cama onde os adolescentes estavam deitados – Um turno a menos não faz diferença, não muita – diz já próxima – Ei, o que aconteceu com seus olhos? – pergunta encarando o rosto do filho. 


Jeno se levanta assustado, seus olhos estavam dourados novamente? 


– Parece que não dorme a dias, você também Tori – diz ao olhar para os dois preocupada.


– Ah não é nada. Só estresse – a garota diz dando de ombros. 


– Só estresse? Nada mais? – tenta tirar alguma coisa deles. 


– Tarefas de casa – Jeno tenta disfarçar.


– Não estão se drogando certo? – diz rindo fracamente, parecia ser mais uma risada de desespero. 


– Agora? – Tori.


– "Agora?" Desculpe, como assim "agora"? – pergunta brava mas meio confusa – Vocês já usaram drogas? 


– Você já? – Jeno pergunta sugestivo. 


Kahi ficou sem fala por um momento, olhava ao redor tentando pensar o que iria falar. Mas desiste e caminha em direção a porta. 


– Vão dormir – fala sem olhar para trás.


Jeno enfia a cara na cama resmungando novamente e Tori ri do amigo.


Escutam o notebook apitar, indicando que uma nova solicitação de ligação de vídeo era feita. Se sentam lado a lado em frente ao pequeno computador que estava em cima da mesa do quarto do garoto. 

Puderam ver Taeyong no outro lado da telinha enquanto tinha uma arma de brinquedo que fazia barulho na mão, apontando em direção a câmera. 


– O que descobriu? – Tori pergunta.


Bem, é péssimo . Johnny deslocou o ombro – Taeyong.


– Por minha causa? – Jeno pergunta aflito. 


Porque ele é um idiota – Tae fala sarcasticamente.


– Ele vai jogar? – Jeno. 


Não sabem ainda, agora estão contando com você no sábado – Taeyong disse desanimado.


Jeno suspira fundo, não tinha como fugir daquilo, ele machucou Johnny então tinha de lidar com as consequências. 


Taeyong do outro lado da tela começa a olhar fixamente para trás dos seus amigos. Ele tinha certeza de que estava enxergando alguma coisa, ou alguém atrás dos mesmo. Aproximava mais ainda seu rosto da tela tentando ter certeza do que via, o que deixou Tori e Jeno confusos com a atitude do amigo. 


– O que? – Tori pergunta ao garoto que continuava a fazer a mesma coisa.


Taeyong tinha uma expressão de medo no rosto, o que deixou os amigos mais preocupados ainda. Tae abaixa a cabeça e começa a digitar no chat. E então os outros dois começam a ler.


" Parece " foi a única coisa digitada por Taeyong no chat antes da chamada travar. 


– Parece o que? – Jeno disse confuso. 


A bolinha no meio da tela girava indicando que a conexão não estava muito boa e que estava tentando reconectar a chamada. Os amigos olhavam aquela bolinha em apreensão esperando a chamada voltar ao normal e Taeyong finalmente falar o que estava acontecendo. 


– Vamos, droga – Tori disse baixinho enquanto teclava em qualquer botão do notebook pra ver se finalmente destravava. 


E então a ligação finalmente destravou e a outra parte da mensagem chegado, Taeyong ainda estava sério enquanto olhava para o mesmo lugar. 


" Parece que tem alguém atrás de vocês


– O que? – Jeno sussurrou. Começou a dar zoom na imagem para tentar enxergar o que Taeyong enxergava, Tori queria olhar para trás, mas estava apreensiva.


Quando Jeno aumentou a tela onde mostrava ele e Tori, viu a sombra se aproximar. A pessoa puxou Jeno e o empurrou na porta do quarto o prensando. Os amigos só souberam gritar assustados.


– Vi você no campo – logo se deram conta de quem estava ali era Jaehyun. O mesmo continuava prensando Jeno na parede, parecia furioso. 


– Do que você está falando? – Jeno perguntou assustado.


– Você se transformou na frente de todo mundo – Jaehyun gritou – Se souberem de você, saberão da Tori, saberão de mim , sobre todos nós. E não serão só os caçadores atrás da gente, serão todos – disse um pouco mais baixo, mas ainda sim irritado. 


– Eles não viram nada Jaehyun, eu e o Taeyong o tiramos do campo antes de qualquer um perceber, agora solta ele – Tori falou irritada. 


– E não vão ver, por que se ele tentar jogar no sábado, eu vou mata-lo com as minhas próprias mãos – disse e finalmente soltou o garoto. 


Jaehyun se aproximou de Tori e parou em sua frente, a encarou por alguns segundos.


– Dos três, você é a que tem mais consciência, então convença seu amigo a não jogar no sábado. Eu não blefei quando disse que o mataria – continuou a encarando enquanto falava seriamente, em momento algum desviava o olhar. Tori o olhava do mesmo jeito, sentia um frio em sua barriga, mas resolveu ignorar esse detalhe – Faça a escolha certa – finalizou e foi em direção a janela, logo desaparecendo na escuridão. 


Tori soltou o ar que nem havia percebido que estava segurando. Jeno ainda tentava acalmar sua pulsação. E Taeyong, bom, a conexão tinha caído a um tempinho, então o garoto não viu o que aconteceu.


– Você está bem? – Tori puxou o amigo e fez o mesmo se sentar na cama. 


– Eu não posso simplesmente não jogar, eu desloquei o ombro de Johnny, o treinador não vai me deixar no banco depois de ter machucado o capitão do time dele – o garoto dizia afobado.


– Eu sei, não estou dizendo que concordo com Jaehyun. Mas Jeno, a gente ainda não sabe controlar isso, você quase matou o Taeyong hoje – a garota disse baixo, não queria que Jeno pensasse que ela o estava acusando, mas ele precisava ter consciência do que poderia ter acontecido ou até do que pode acontecer – Então até aprendermos a controlar isso, você precisa ficar fora do time, sei que é uma coisa importante pra você, mas também sei que você não quer machucar ninguém.


– Você tem razão, eu nem sei o que faria se eu tivesse machucado o Tae – disse enquanto brincava com os próprios dedos das mãos nervosamente.


– Mas você não machucou, eu não deixaria. Jeno, eu tô aqui com você. Não vou deixar você fazer nada de errado – disse segurando as mãos do garoto – Vamos enfrentar isso juntos ok?


Jeno sorriu e abraçou sua melhor amiga, não podia ter pedido pessoas melhores que Tori e Taeyong para fazer parte de sua vida. E ele era grato por isso. 







– Como assim, não vai poder jogar amanhã? – Treinador Heechul perguntou a Jeno enquanto entrava em seu escritório sendo seguido pelo garoto. 


– Não vou poder jogar o jogo amanhã – disse o óbvio sem hesitar. 


– Você mal pode esperar para jogar amanhã? – Heechul arqueou uma de suas sobrancelhas, estava sentado em sua mesa enquanto tinha seus braços cruzados. 


– Não, treinador, não posso jogar amanhã – disse mais firme do que da primeira vez. 


– Não estou entendendo – o homem disse desconfiado. 


– Estou com alguns problemas pessoais – Jeno inventou uma desculpa, o que não era bem uma desculpa. Era verdade, ele só não podia dizer quais eram esses problemas. 


– Problemas com garota? 


– Não. 


– Com garoto? Você sabe, o goleiro Hendery é gay.


– Sim eu sei treinador, mas não é isso – Jeno tentava entender para onde o rumo daquela conversa estava indo. 


– Não acha que o Hendery é bonitão? – disse sugestivo. 


– Sim, ele é bonitão. Mas não é nada disso – Lee disse um pouco alterado. 


– São drogas? Está usando metanfetaminas? Eu tive um irmão viciado, precisava ver seus dentes. Estavam rachados e podres, era nojento – Jeno realmente tentava entender o rumo daquela conversa. 


– Meu Deus, o que aconteceu com ele? – pergunto curioso. 


– Ele colocou porcelana – disse como se fosse a coisa mais obvia do mundo. Jeno se perguntava que tipo de punição ele receberia se socasse seu treinador – É isso Lee? Está com medo de se machucar? 


– Não, estou tendo problemas de agressividade – o garoto parecia envergonhado. 


– Bom, aqui está a boa notícia. É por isso que joga lacrosse. Problema resolvido – disse querendo finalizar aquele assunto.


– Treinador, eu não posso jogar amanhã – Jeno continuou insistindo. 


– Escuta Lee. A responsabilidade de um titular é ser titular. Agora, se não pode assumir essa responsabilidade, ficará no banco até estar pronto – se levantou se aproximando do garoto. 


– Se eu não jogar não serei mais titular? – aquilo só podia ser brincadeira, Jeno não consegui acreditar. 


– Lee, jogue amanhã. 


Sem dizer mais nada, Jeno saiu da sala do treinador e logo saiu do vestiário. O que ele iria fazer? Jogar o jogo e correr o risco de matar alguém e ainda ser morto por Jaehyun. Ou, não jogaria e perderia a vaga de titular? 

Tinha muita coisa em jogo. E o garoto estava mais perdido do que nunca. 


Ouviu seu celular apitar, avisando a chegada de uma nova mensagem. 


" Mãe - Tirei a noite de folga! Vou ao jogo! Estou super empolgada


Mais problemas, Jeno queria morrer. 


– Oi – escutou alguém falar consigo, olhou para as escadas e viu Yeeun descer a mesma sorridente. 


– Oi – Jeno sorriu largamente, o que fez seus olhos se transformarem em pequenos riscos. Yeeun havia achado aquilo muito fofo. 


– Ocupado? – perguntou ao parar em sua frente. 


– Não, é só minha mãe. Ela não é nada – disse na emoção, sem pensar. Yeeun o olhou com um ponto de interrogação na cara – Digo, não é nada. Nunca estou ocupado para você.


– Adoro ouvir isso – sorriu mais ainda – Tenho aula de francês – disse como se tivesse acabado de lembrar – Mas vou ao jogo amanhã.


– Vai mesmo?


– E vamos todos sair depois. Você, eu, Doyoung e Johnny. Vai ser ótimo. Fale para a Tori e o Taeyong virem também, guardo seu lugar no almoço – após de terminar de falar, sai do local sem dar a chance de Jeno contestar.


– Meu Deus – o garoto realmente estava ferrado. 


O sinal tocou e todos foram em direção as suas devidas salas de aula. 


Yeeun foi em direção ao seu armário para poder pegar seu livro da próxima aula, ao abrir seu armário ficou em choque. O casaco que ela havia usado na festa estava ali dentro, mas não lembrava de o ter colocado ali. 


Pegou o objeto na mão enquanto o analisava, não parecia ter nada de diferente. Olhou ao redor para ver se tinha alguém por perto, talvez a pessoa que tinha colocado o casaco ali dentro. Mas não encontrou ninguém, o corredor estava vazio, só tinha ela no local. 

A garota se assustou quando o sinal tocou novamente, colocou seu casaco de volta no armário, pegou seu livro e foi em direção a sua sala. 


Todos estavam em suas devidas carteiras, Jeno e Doyoung estavam em frente ao quadro negro enquanto resolviam cada um, uma questão de matemática. 


– Tem um boato de que você não vai jogar amanhã –Doyoung disse baixo o suficiente para que só o garoto que estava ao seu lado escutasse. Mas Tori também escutava.


– É porque não vou – respondeu enquanto tentava resolver a questão da lousa. 


– Acho que vai. Principalmente porque machucou brutalmente meu namorado – pronunciou calmamente enquanto continuava escrevendo rapidamente em seu lado da lousa. 


– Ele se machucou brutalmente batendo em mim – olhou para o garoto.


– Johnny vai jogar amanhã. Mas ele não vai estar em forma perfeita – finalmente olhou para Jeno – E eu prefiro meu namorado em forma perfeita. 


– Certo – o garoto disse sem dar muita importância.


– Namoro o capitão do time de lacrosse, se começam a temporada perdendo, namoro o capitão do time perdedor. Não namoro perdedores – encarou o garoto novamente.


– Perder um jogo não mata ninguém – Jeno disse perdendo a paciência – Na verdade pode até salvar alguém – pronunciou baixo voltando sua atenção novamente ao quadro. 


– Tudo bem, não jogue. Vamos ganhar do mesmo jeito. E depois vamos sair como planejamos, e eu vou apresentar Yeeun a todos os gatos do time – falou afim de provocar o garoto – E Lee Jeno pode ficar em casa vendo pornô na internet – terminou de escrever a resposta da conta no quadro, deixou o giz no espaço que havia ali. Olhou para o garoto com deboche enquanto batia suas mãos uma na outra para tirar o excesso do pó. Se direcionou para sua mesa deixando um Lee Jeno totalmente pensativo e irritado ainda em frente ao quadro.


– Sr. Lee, não está nem perto de resolver o problema – o professor disse ao ver que o garoto não estava nem na metade da conta.


– Nem me fale – suspirou.







Após o fim da aula, como sempre Tori esperava Jeno pegar ou guardar seus materiais no armário enquanto também esperavam por Taeyong. Que acabara de chegar no local mais afobado do que nunca. 


– Venham aqui – o garoto puxou seus amigos para perto de uma das escadas da escola


– O que? – os dois perguntaram juntos. 


– O que eles estão falando? – Tae aponta em direção ao seu pai e ao diretor da escola que conversavam em um canto de um dos corredores – Conseguem ouvir? – Taeyong perguntou.


Tori e Jeno pediram para Tae ficar quieto e se concentraram na conversa. 


"Quero todos os menores em casa as 21:30. Vamos impor o toque de recolher imediatamente" O xerife dizia ao diretor. 


– É por causa do corpo – Jeno. 


– Inacreditável. Meu pai está atrás de um animal raivoso enquanto o babaca que matou a garota está livre, fazendo o que bem entende – Taeyong dizia furiosamente.


– Não pode contar a verdade sobre Jaehyun para o seu pai – Tori.


– Posso fazer algo – Taeyong. 


– O que? – Jeno.


– Achar a outra metade do corpo – da de ombros e começa a andar.


– Está brincando? – Tori pergunta não acreditando no que acabou de escutar. Mas Taeyong já tinha ido.


Jeno e Tori bufam, Taeyong era louco.


– Está é a Yeeun – ouviram a voz de Doyoung por perto. 


– Oi, prazer em conhecê-la – um garoto segura a mão de Yeeun a cumprimentando. 

Os três estavam no meio do corredor.


– É a garota nova. Acabou de se mudar – Doyoung diz ao garoto. 


Jeno começa a caminhar em direção aos três, Tori ficou com medo do amigo perder a cabeça e fazer besteira, então seguiu o mesmo. 


– Gosta daqui? – o garoto pergunta a Yeeun.


– Gosto – diz sorrindo minimamente.


– Bom foi um prazer, até mais. Estou indo para o jogo – o garoto diz e sai do local com Doyoung, que olha provocativamente para Jeno.


Tori percebeu que não precisaria tranquilizar o amigo, disse para o mesmo que iria atrás de Taeyong e deixou Jeno e Yeeun conversarem em particular. 


– Então o Doyoung está apresentando você a todos? – Jeno pergunta para a garota apreensivamente.


– Ele está sendo super legal comigo. 


– Por que será? – Lee pergunta desconfiado. 


– Talvez ele saiba como é chato ser a pessoa nova – fala inocentemente.


Jeno olha para as mãos da garota e vê o mesmo casaco que estava pendurado em uma árvore na noite de lua cheia. 


– Onde conseguiu isso? – a perguntou preocupado.


– Meu casaco? Estava no meu armário. Acho que o Doyoung pegou na festa, ele tem a senha... 


– Ele disse que trouxe? Ou alguém deu o casaco pra ele? – interrompeu a garota.


– Quem por exemplo? – pergunta confusa.


– Jaehyun.


– Seu amigo?


– Ele não é meu amigo. Sobre o que conversaram quando ele a levou pra casa? 


– Nada demais – a garota ja estava desconfiada daquela conversa.


– O que você disse? – Jeno estava parecendo um interrogador e a garota ficou assustada com aquela série de perguntas estranhas.


– Tenho que ir pra aula... eu... – diz apontando pra trás e começa a andar pra longe de Jeno.


– Yeeun.... – tenta impedir a garota.


– Não. Eu tenho mesmo que ir – olha para trás e fala para o garoto em meio a uma risada nervosa.


Jeno via a garota se afastar, ele estava começando a ficar com raiva. Precisava tirar aquela história a limpo, e só tinha um lugar pra onde poderia ir.







Jeno pedalava pela floresta rapidamente a fim de chagar logo ao local. Ao avistar a casa queimada em sua frente largou sua bicicleta de qualquer jeito no chão, e caminhou pesadamente até a faixada da casa.


– Jaehyun! – gritou a todo pulmão. Jogou sua mochila no chão e continuou a gritar – Jaehyun!


Olhou em volta, e ao lado da casa viu um espaço no chão com terra revirada. Como se tivesse sido enterrado algo ali. 

Olhou para a frente da casa novamente e encontrou Jaehyun o encarando. 


– Fique longe dela, ela não sabe de nada– gritou mais uma vez.


– Mesmo? E se souber? – Jaehyun pergunta e se aproximava do mais novo – Acha que é só seu amigo Taeyong pesquisar " Lobisomem" no Google e já sabe todas as respostas. É isso? – pergunta – Ainda não entende, Jeno? Estou cuidando de você e de Tori. Pense no que pode acontecer, está no campo, a agressividade te domina e você se transforma na frente de todo mundo.


O garoto olhava furiosamente para Jaehyun. Jung olha para a bolsa do garoto no chão, pega o taco que ele usava para jogar e continua falando.


– Sua mãe, todos os seus amigos. Quando eles te virem – Jeno tenta pegar seu taco da mão de Jaehyun, mas não tem sucesso. Jaehyun usa suas unhas afiadas de lobisomem, e rasga a rede do taco – Vai tudo por água a baixo – encara o garoto novamente. 


Joga o taco pra cima, graças aos seus reflexos Jeno consegue pegar o mesmo no ar. Mas quando volta a olhar para frente percebe que Jaehyun não está mais ali.


Aquilo estava indo de mal a pior, e Jeno não sabia o que fazer. 







Taeyong entra correndo na casa de jeno, Tori o seguia preguiçosamente. Tudo bem que agora ela tinha uma velocidade invejável, mas preferia evitar à fadiga. 


– O que descobriu? Como? Onde? – escuta Taeyong perguntar apressadamente a Jeno assim que chega no quarto do último citado. 


Tori entra no quarto e se senta na cama como sempre. 


– Sim, tomei um monte de ritalina hoje. E ai? – antes que Jeno pudesse o julgar por estar acelerado demais, pronuncia.


– Descobri algo sobre Jung Jaehyun – Jeno diz encarando os amigos.


– Sério? O que descobriu? – Tori diz se aproximando.


– Tem algo enterrado lá. Senti cheiro de sangue.


– Isso é ótimo. Digo, é terrível. Sangue de quem? – Taeyong.


– Eu não sei – Jeno levanta da cadeira em que estava sentado ficando de frente para os amigos – Mas quando soubermos, seu pai vai prender o Jaehyun. Vocês tem que me ajudar a dar um jeito de jogar sem me transformar. Tenho que jogar essa partida de qualquer jeito – fala enquanto colocava a nova rede em seu taco e o joga na cama.


– E por que mudou de ideia? Sobre Jaehyun? – Tori pergunta.


– Nós não podemos deixar ele nos manipular, nem o conhecemos direito. Nem sabemos se ele realmente quer ajudar – Jeno.


– Você tem razão, mas Jeno, como vamos fazer isso sem a ajuda de um lobo experiente? – Tori estava com medo.


– Vai dar certo, porque somos uma ótima equipe. Nós três, sempre foi assim – Taeyong.


– Ok eu confio em vocês. E pra onde vamos agora? – Tori.


– Vamos ao hospital, preciso comparar o cheiro do sangue – Jeno.


Após isso, os três seguem em direção ao hospital da cidade, onde a mãe de Jeno trabalhava. Ao chegarem no local, viram que o mesmo estava movimentado como sempre. Precisavam fazer tudo com a maior cautela possível.


– Aqui – Taeyong aponta para uma porta onde estava escrito necrotério. 


– Tudo bem – Jeno diz e abre a porta, Tori segue o garoto.


– Boa sorte, eu acho – Tae diz aos amigos.


Sem muito o que fazer a não ser esperar, Taeyong decide andar pelo hospital. Ao virar um corredor vê uma pessoa familiar, e logo vê que se tratava de Doyoung. Passa as mãos nervosamente pelo rosto, tomando coragem de ir falar com o garoto. 


– Oi, Doyoung – diz se aproximando – Você não deve se lembrar de mim, eu sento atrás de você em biologia. 


O garoto que estava sentado olha para cima sem encarar o Lee, enrolava uma mecha de cabelo no dedo indicador enquanto fazia uma careta confusa.


– Enfim, estava pensando que temos uma conexão. Implícita, é claro. –Doyoung encara o garoto a sua frente enquanto sorria – Talvez fosse legal nos conhecermos melhor. 


– Espera, me de um segundo –Doyoung balança a cabeça em negação enquanto tirava o fone que estava em seu ouvido – Não entendi nada do que você falou. É importante? – pergunta a Taeyong sem emoção alguma.


Taeyong ficou envergonhado, queria enfiar sua cabeça no primeiro buraco que achasse. 


– Não, desculpe – tentou ao máximo não gaguejar. Virou as costas e se afastou do garoto – Vou me sentar. Não se importa? –Sentou ao banco que tinha no corredor ao lado, Doyoung apenas respondeu um "Tudo bem" e voltou a sua ligação.


Já Jeno e Tori caminhavam na área de necrotério, que também era um laboratório. Procuravam a sala em que podia estar a outra metade do corpo que foi achada. Um enfermeiro passou por eles, por um momento acharam que o plano havia ido por água a baixo, mas o homem passou reto e os ignorou. 


Entraram na sala com a plaquinha escrito "Necrotério" e fecharam a porta rapidamente.

A sala estava escura, haviam varias gavetas, onde eram colocados os corpos. Se aproximaram das mesma e Tori esperou Jeno localizar o cheiro.


– Esse lugar fede demais – Tori reclamou.


– Talvez sejam os corpos mortos – Jeno diz ironicamente.


– Ah não me diga senhor inteligente – Tori diz olhando as gavetas – Acho que deve ser essa – aponta para uma das gavetas, tinha uma etiqueta escrito "Desconhecida prova parcial policial" – Não poderia ser mais óbvio.


Jeno abre a porta lentamente, o cheiro tinha ficado mais forte. O garoto respirava profundamente devido ao nervosismo, puxou a maca com o corpo. Hesitou mas puxou um pouco do pano para cima, revelando dois pés. Tori fez uma careta e virou de costas. Jeno leu a etiqueta que estava presa no dedão da garota.  Não tinha nenhuma informação de diferente, como não aguentava mais o cheiro e também porque estava nervoso, empurrou a maca de volta para dentro da gaveta e fechou a porta da mesma. 


Taeyong que ainda esperava do lado de fora, fingia ler uma revista qualquer enquanto prestava atenção em Doyoung. Logo Johnny chega ao local massageando seu ombro deslocado. 


– Aplicou? –Doyoung se levanta e pergunta ao namorado. 


– Ele disse para não acostumar, mas uma dose de cortisona não mata – Johnny. 


– Devia tomar uma antes do jogo – o garoto sugere ao namorado – Os profissionais sempre fazem isso. Quer ser amador do colegial? – pergunta e cruza os braços o encarando seriamente – Ou, quer se tornar um profissional? – descruza os braços e se aproxima do mesmo, beija o garoto na frente de Taeyong que assistia todo aquele show.


Doyoung sai do local junto a Johnny, e Taeyong volta ao olhar para frente ao sentir alguém tirando a revista de sua mão rapidamente, o que fez ele se assustar. 


– Minha nossa – coloca a mão sob o peito.


– O cheiro era o mesmo – Jeno.


– Tem certeza? – pergunta se levantando do banco. 


– Sim – afirma.


– Ele enterrou a outra parte do corpo na propriedade – Tori.


– Podemos provar que ele matou a garota – Jeno diz determinado.


– Vamos usar isso – Taeyong.


– Como? – Tori pergunta aos amigos.


– Diga-me algo antes – Taeyong tinha começado a andar mas para e pergunta – Esta fazendo isso para deter o Jaehyun ou porque quer jogar e ele não deixou? – Tae pergunta diretamente a Jeno.


– Tem marca de mordida nas pernas Taeyong, mordidas – Jeno.


– Tudo bem, então vamos precisar cavar – diz determinado.


– Por favor me diz que isso é brincadeira? – Tori pergunta prestes a chorar de desespero.


– Vamos – Taeyong puxa a garota pela cintura a arrastando para fora do hospital. Jeno apenas os seguia.







Jaehyun sai da casa queimada e entra em seu Camaro preto, dando partida e saindo rapidamente do local. O que deu abertura para três adolescentes invadirem a propriedade atrás da metade do corpo que estava desaparecido, e eles tinham certeza de que estava por ali.


Taeyong deixa seu Jeep estacionado de qualquer jeito em frente a grande casa, os três amigos descem do carro com lanternas e pás para começar a procura. Se aproximam do local onde Jeno tinha visto terra revirada mais cedo. 


– Espere, tem algo diferente – Jeno.


– Diferente como? – Taeyong apontava sua lanterna para todos os lados possíveis.


– Eu não sei – Jeno diz baixo.


– Só vamos terminar logo com isso – Tori estava impaciente.


Largam suas mochilas no chão e começam a escavação, aquilo pra Jeno e Tori não era tão cansativo, mas Taeyong sentia seus braços pedirem arrego. Ficaram longos minutos naquilo, sem dizer uma palavra sequer. Queriam acabar logo com aquilo, se Jaehyun voltasse estavam mortos. 


– Está demorando demais – Jeno diz já ofegante.


– Não parem – Taeyong mesmo que morrendo de cansaço, ainda estava determinado. 


– E se ele voltar? – Tori pergunta enquanto continuava a cavar.


– Damos o fora daqui – Taeyong.


– E se ele nos pegar? – Jeno pergunta preocupado.


– Tenho um plano pra isso – Taeyong.


– Que seria? – Jeno para por uma momento para encarar o amigo, mas logo volta ao trabalho. 


– Cada um corre para um lado. Quem ele pegar antes, azar – dessa vez Taeyong que para de cavar para explicar seu plano mirabolante.


– Odiei esse plano – Tori disse, queria pegar aquela pá que segurava e dar na cabeça de seu amigo.


– Certo. Parem! – Tae diz rapidamente impedindo que seus amigos continuassem a cavar. Ele havia batido em alguma coisa, tinha certeza de que era o corpo. 


Os três se agacharam e começaram a tirar o excesso de terra com as mãos, encontraram um saco que estava enrolado com cordas. 


– Rápido – Jeno.


– Estou tentando. Ele tinha que amarrar com 900 nós? – Taeyong estava indignado. 


Tentavam tirar os nós no desespero, o que não ajudava em muita coisa. Mas depois de alguns minutos conseguiram desfazer todos. Puxaram o saco cada um de um lado para abrir o mesmo, ao abrirem se depararam com a metade de um corpo, mas não o da garota, e sim de um lobo preto. 


Se assustaram com a figura e gritaram feito loucos, se levantaram rapidamente e saíram do buraco. 


– Que porra é essa? – Taeyong gritou apavorado. 


– É um lobo – Jeno constata o óbvio.


– Estamos vendo – Tori grita também – Pensei que tinha dito cheiro de sangue humano – encara o amigo.


– Eu disse que algo estava diferente – se defende. 


– Não faz sentido – Taeyong tentava pensar em uma resposta convincente para aquilo, por que teria metade de um lobo enterrado no terreno de Jaehyun?


– Temos que sair daqui – Tori.


– Sim. Me ajudem a cobrir isso – Taeyong pede aos amigos. Começam a jogar a terra novamente no buraco, mas Taeyong para do nada e começa a encarar um ponto fixo no chão logo a sua frente. 


– Qual o problema – Jeno o encara.


– Estão vendo aquela flor? – aponta para a pequena planta da coloração roxa. 


– O que tem ela? – Tori pergunta ao visualizar a flor.


– Acho que é um acônito – diz pensativo.


– O que é isso? – Jeno pergunta confuso. 


– Nunca viu O lobisomem? – Taeyong pergunta indignado ao amigo. 


– Não – Jeno.


– Cara, é o clássico original dos filmes de lobisomem – Taeyong diz desacreditado com a falta de cultura do amigo que agora era um lobisomem. 


– Não, e daí? – Jeno pergunta já sem paciência. 


– Está tão despreparado pra isso – Taeyong levanta e vai em direção a planta.


– Citar um filme que seu amigo nunca viu, não vai ajudar em nada Taeyong – Tori se levanta também e vai em direção da planta junto ao amigo – Parece que tem alguma coisa em baixo dela – aponta.


Taeyong pega a planta pela raiz e a puxa pra cima lentamente, revelando uma corda presa ali. Tae puxava a corda enquanto andava em círculos ao pequeno túmulo. Tori e Jeno olhavam atentamente. 


Depois de um tempo puxando aquela corda, que parecia não dar em nada. Jeno olha para dentro do túmulo e se levanta assustado. Tori estranha a atitude do amigo e decidi olhar também no local, e logo se assustou. 


– Taeyong – Tori o chama enquanto ela e Jeno ainda olhavam para dentro do buraco. 


Taeyong se aproxima com a corda ainda em mãos e olha também para o buraco, solta um "ow" assustado. Dentro daquele buraco, onde tinha a metade do lobo preto, agora tinha a metade do corpo da garota. A mesma metade que Jeno e Tori haviam achado na floresta. 

Exatamente do mesmo jeito. 


Eles se encaram assustados, mas também confiantes. Pois finalmente tinham encontrado a prova que precisavam para incriminar Jaehyun. Como a noite ja tinha passado, decidiram ligar anonimamente para o pai de Taeyong para que o mesmo pudesse ir ao local junto a outros policiais. 


Tori e Jeno estava encostados no capo do Jeep de Tae enquanto assistiam a polícia levar Jaehyun em direção a viatura. Jaehyun olha para os dois com uma cara não muito amigável. Estava indignado que aqueles garotos realmente tinham feito isso, pois tinha certeza de que eles precisariam de sua ajuda, e ele não estaria ali para ajudar. 


O local estava cercado de policiais e legistas, aquela área agora era uma cena de crime. Restrita a qualquer pessoa. 


– Ele vai matar a gente se sair da cadeia, não vai? – Jeno pergunta a amiga. 


– Provavelmente. Só vamos torcer pra que isso não aconteça – diz e ficam em silêncio por alguns minutos, logo puderam ver a figura de Taeyong se aproximando sorrateiramente da viatura policiar – Ah não – Tori se desencosta do Jeep.


Taeyong olha para os amigos, que negam com a cabeça pedindo para ele não fazer o que estava prestes a fazer. Mas ele apenas ignora e entra no banco do passageiro da viatura. Tori e Jeno viram de costas e reclamam baixinho. 


Dentro do veículo, Taeyong vira para trás e vê Jaehyun sentado com a cabeça baixa. Quase ficou com dó, mas lembrou que ele matou a garota e transformou seus amigos em lobisomens e viu que ele merecia aquilo e muito mais. 


– Saiba que eu não tenho medo de você – o garoto diz firme ao lobisomem. Jaehyun o olha como se fosse o matar a qualquer momento, o que faz Taeyong recuar um pouco – Tudo bem, talvez eu tenha. Não importa. Só quero saber uma coisa – olha para os lados para ver se alguém se aproximava, mas não viu ninguém. Jaehyun ainda o olhava do mesmo jeito – A garota que você matou era um lobisomem. Ela era diferente, não era? Podia se transformar numa loba de verdade e eu sei que Tori e Jeno não podem. Por isso você a matou? 


– Por que está preocupado comigo, se são seus amigos que tem problemas? Quando Jeno se transformar no campo, ou a Tori em qualquer outro lugar, o que acha que farão? – pergunta com sangue nos olhos de tanta raiva que sentia – Acha que as pessoas ficarão na torcida? Não posso impedi-lo de jogar, mas você e Tori podem. E acredite – diz e se aproxima da grade que existia no carro para os prisioneiros não conseguirem ir para a parte da frente – É a melhor coisa – Taeyong sentia um frio na barriga, não sabia dizer se era de um jeito bom ou de um jeito péssimo.


Assim que Jaehyun termina de falar, a porta do lado do passageiro é aberta e Taeyong e puxado para fora do veículo pelo seu pai. Xerife Lee o afasta da viatura com os nervos a flor da pele. 


– Muito bem, fique aí – diz e solta o filho, após suspirar volta a falar – O que acha que está fazendo? 


– Tentando ajudar. 


– Que tal ajudar me falando como chegou aqui? – gesticula. 


– Estávamos procurando a bombinha do Jeno – inventa uma desculpa qualquer. 


– Quando ele a perdeu? 


– Noite passada – da de ombros. 


– Quando estava procurando pelo corpo? – joga um verde. 


– Sim – Taeyong diz sem perceber que acabara de fazer uma grande burrada. 


– A noite que você me disse que estava sozinho, enquanto eles estavam na casa de Jeno? 


– Sim – diz novamente sendo impulsivo – Não, droga – finalmente percebe o que fez. 


– Mentiu para mim – xerife diz decepcionado. 


– Depende de como define mentir – tenta reverter a situação. 


– Não contar a verdade. E como você define? – pergunta ao filho. 


– Atuar para manter a linha – tenta soar convincente. 


– Se manda – o Lee mais velho perde a paciência e expulsa o filho do local. 


– Beleza – Taeyong coça a cabeça envergonhado e sai do local. 


Já dentro do carro saindo da floresta, Taeyong dirigia, Jeno estava no banco de carona e Tori como sempre sentada na parte de trás. Era quase como um ritual. 


– Não encontrei nada sobre o acônito sendo usado em enterros – Jeno dizia ao tirar os olhos do seu celular frustado. 


– Continue procurando – Taeyong. 


– Talvez seja um ritual para enterrar uma pessoa como lobo – Tori se pronuncia – Ou talvez seja uma habilidade, algo que lobisomens conseguem fazer. Algo que talvez possamos aprender futuramente.


– Está na minha lista de afazeres – Jeno diz e continua focado no celular – Depois de "achar um jeito de jogar hoje".


– Pode ser diferente para meninas – Taeyong.


– Tudo bem, pare – Jeno diz nervoso.


– Parar o quê? – Taeyong o pergunta.


– Pare de falar de lobisomem. Pare de curtir demais – Jeno diz exaltado.


– Você está bem? – Tori pergunta ao amigo preocupada. 


– Não, não estou. Estou longe de estar bem – diz se contorcendo um pouco. 


– Terá que aceitar isso Jeno. Cedo ou tarde – Taeyong diz simplista.


– Não posso. 


– Mas tem que aceitar. Pare de falar essas coisas como se fosse só você que está passando por isso. Todos nós temos problemas Jeno, você não é o exclusivo – Tori se exalta também, sentia o ar sumir de seus pulmões. Começou a sentir dor assim como Jeno. Se os dois se transformassem ali poderiam matar Taeyong. 


– Não! Não consigo respirar – o garoto se contorcia de dor. Bate a mão fortemente no teto do carro assustando seus amigos. Tori solta um grunhido baixo enquanto tentava se controlar. 


– Merda – Taeyong quase perdeu o controle do carro com o susto repentino, mas conseguiu manter o veículo. 


– Encoste – Jeno pede desesperado. 


– Por que? O que está acontecendo? 


Tori mexe na bolsa de Taeyong e encontra a corda que estava presa na flor de acônito. 


– Você ficou com isso? – Tori grita com o amigo. 


– O que deveria fazer? – Taeyong acaba por se exaltar também. 


– Para a merda do carro – Tori e Jeno gritam juntos com a voz completamente rouca. Seus olhos ja brilhavam em dourado. 


Taeyong pisou fortemente no freio assustado, Jeno e Tori seguravam fortemente a cabeça devida a dor que sentiam. 


Tae desce do veículo rapidamente com sua mochila em mãos, corre um pouco para longe de seu carro e joga a bolsa longe. Respira fundo e se vira em direção ao carro. 


– Certo, esta tudo bem. Vocês... – o garoto olha para dentro do carro, Jeno não estava mais ali, e Tori estava desmaiada no banco de trás – Jeno? – chama o amigo em um tom baixo, obviamente não recebendo nenhuma resposta. 


Entra no carro rapidamente e começa a dirigir pelas trilhas da floresta, quando percebeu ja ligava na delegacia atrás de seu pai.


Taeyong, não pode ligar na central quando estou trabalhando – Donghae dizia do outro lado da linha. 


– Só preciso saber se recebeu alguma ligação estranha – diz alterado. 


Estranha como? 


Uma pessoa estranha ou um tipo de cachorro á solta. 


Eu vou desligar – xerife diz ja cansado das palhaçadas de seu filho. 


– Não! Espere! – Taeyong grita. 


Tchau – Donghae desliga o telefone. Taeyong joga furiosamente o aparelho no banco de carona, onde havia uma foto de um lobisomem segurando uma mulher. Então já imaginava para onde Jeno iria. 


– Mas que merda aconteceu? – pergunta Tori ao acordar no banco de trás. A dor em sua cabeça era tanta que achou que iria explodir.


– Ai graças a Deus – Taeyong suspira em alívio – Você está bem? – pergunta preocupado.


– Acho que sim. Cadê o Jeno? – olha para o banco da frente em que o outro amigo deveria estar. 


– Bom, ele fugiu – diz sem rodeios. Tori arqueia uma de suas sobrancelhas e passa para o banco da frente sem dificuldades.


– Como assim ele fugiu?


– O acônito deixou vocês loucos, você acabou desmaiando. Mas Jeno saiu do carro – dirigia focado. 


– E você sabe pra onde ele foi? 


– Tenho uma ideia – olha a amiga por alguns segundos.


– Então dirige mais rápido. 







Yeeun estava sentada de frente a pequena mesinha que tinha em seu quarto, ajeitava alguns papéis enquanto arrumava as coisas da mudança. Do lado de fora, em cima do telhado estava Jeno andando sorrateiramente. O garoto estava transformado em lobisomem, não tinha consciência do que fazia. 


Se aproximava lentamente da janela da garota, observou que a mesma sorria enquanto olhava algumas fotos, tendo lembranças de momentos que gostaria de vivenciar novamente. Yeeun larga as fotos em cima da mesa e vai em direção ao espelho que tinha ao lado de sua janela. Se olha por um momento e depois fecha a cortina da janela, Jeno se assusta ao ver seu reflexo no vidro que agora estava tampado pelo lado de dentro. 


Aquele era ele? Estava prestes a machucar a garota que gostava por um maldito instinto. Correu em cima do telhado se aproximando da borda do mesmo, salta de lá de cima fazendo um ótimo pouso assim que chega ao chão. Percebeu que estava na frente da residência, então decide correr antes que alguém o visse. Mas antes de sequer sair da propriedade, é atropelado por um carro que acabara de chegar no local. 


O garoto solta um grunhido de dor assim que cai no chão, o motorista freia e sai rapidamente do carro indo em direção ao garoto. 


– Minha nossa – Hae-in, pai de Yeeun diz ao se aproximar de Jeno. 


– Pai? – Yeeun ao ouvir a barulheira do lado de fora, decide sair de casa para ver o que acontecia. Presencia a cena de Jeno jogado no chão e seu pai tentando ajudar o garoto a levantar – O que diabos você está fazendo? 


– Ele apareceu do nada, Yeeun –Hae-in diz assustado tentando se defender. 


– Está tentando matá-lo? – a garota corre em direção a Jeno que ainda estava jogado no chão.


– Não, claro que não. Ele apareceu aqui do nada – diz, ficava insultado por sua filha pensar que ele atropelaria o garoto por querer. 


– Sinto muito. A culpa é minha. Desculpe – Jeno dizia com um pouco de dificuldade por estar sem ar, e também pela dor que sentia.


– Você está bem? – Yeeun pergunta mais uma vez para ter certeza de que o garoto estava bem, assim poderia ficar mais tranquila.


– Sim, estou bem. Eu juro – olhou diretamente para a garota, Yeeun fazia um singelo carinho na cabeça de Jeno – Desculpe, bati no seu carro. Só dei uma passada para te ver – primeiramente se desculpa com Hae-in e depois olha para a garota e sorri fraco. 


Hae-in percebe o clima que surgiu entre sua filha e o garoto, olhou desconfiado para a mesma, mas tenta deixar essa situação de lado por um momento.


– Tem certeza que está bem? Se precisar te levo no hospital – Hae insiste na pergunta. 


– Tenho. Estou muito bem – Diz o garoto ao ser levantado do chão pelo pai e filha. Sente seu celular vibrar no bolso, nele tinhas várias mensagens e chamadas perdidas de Tori e Taeyong – Tenho que ir. Tenho um jogo de lacrosse, você vai? – Jeno pergunta a Yeeun. 


Hae estava incomodando com aquela aproximação entre os mais novos, olhava tudo atentamente para não perder nenhum detalhe. 


– Claro que vou – Yeeun fala próxima de Jeno enquanto sorria abertamente. Os dois adolescentes ficaram se olhando enquanto sorriam abobados como dois idiotas apaixonados. 


– Também vou – Hae diz cortando o clima dos mais novos e deu dois tapinhas no ombro de Jeno. O que fez o sorriso dos mesmos sumir.







Jeno estava no vestiário masculino enquanto se preparava para o jogo que aconteceria em alguns minutos. Os garotos no local estavam nervosos e ansiosos, Jeno conseguia sentir todo aquele estresse. Também conseguia ouvir cada som naquele ambiente, as portas dos armários sendo fechados em baques incomodavam o ouvido sensível do garoto. Fechava os olhos com força tentando suportar aquilo. 


– Só para mim... 


Jeno escutou a voz de Johnny, olhou para o mesmo que sussurrava com alguns outros jogadores. 


Como o som dos armários sendo fechados estava muito alto, Jeno não consegui escutar a conversa toda. Mas deduziu com o "Só pra mim" que Johnny pedia aos colegas para que a bola do jogo só fosse passada para ele. E Jeno não gostou daquilo. 


Enquanto terminava de se arrumar viu Taeyong entrar no local e logo indo em sua direção. 


– Vai tentar me convencer a não jogar? – amarrava o cadarço de seu sapato.


– Espero que saiba o que está fazendo – disse Taeyong aflito. 


– Se eu não jogar, não serei titular e perco a Yeeun – disse sem olhar para o amigo.


– Yeeun não vai te largar! E não precisa jogar hoje.


– Eu quero jogar! – olhou para Taeyong – Quero estar no time, quero namorar a Yeeun. Eu quero uma vida seminormal. Entende isso?


– Entendo – disse baixo e se sentou ao lado de Jeno – Tente não se preocupar em campo. Nem ficar bravo. 


– Tudo bem. 


– Ou estressado.


– Já entendi – continuou afirmando. 


– Não pense em Yeeun na arquibancada, nem no pai dela tentando matar você e Tori caso ele descubra tudo. Ou Jaehyun tentando matar a gente por tê-lo mandado para a cadeia. Ou na garota que ele matou. Ou que você e a Tori possam matar alguém – Jeno o olha apavorado – Se um caçador não matar vocês antes. Foi mal, vou parar – parou de falar rapidamente depois de ter visto o olhar de Jeno apavorado e indignado em sua direção – Boa sorte – suspirou. 


No campo os jogadores terminavam de colocar seus equipamentos e começavam a se aquecer, enquanto os treinadores conversavam com o juiz, o público chegava aos poucos . Jeno andava ao lado de Taeyong em direção aos bancos de reservas. 


Jeno viu sua mãe chegar no local e acenar para si, enquanto sorria alegremente por finalmente poder ver seu filho jogar. Também viu Yeeun e seu pai chegarem no local e se sentando em uma das arquibancadas. 


– Jeno! – o garoto foi puxado pelo uniforme por Doyoung – Só quero que se lembre de uma coisa esta noite – Taeyong viu a proximidade do amigo e de Doyoung, olhou indignado e foi se sentar em um dos bancos. 


– Vencer não é tudo? – tentou adivinhar.


Doyoung riu baixo e ajeitou o uniforme de Lee. 


– Ninguém gosta de um perdedor – deu dois tapinhas no peito dele e foi em direção a Yeeun para se sentar do lado dela. 


Antes que Jeno pudesse ir para perto de Taeyong no banco, foi impedido por Tori que parou em sua frente, a garota o encarava seriamente. Jeno sentia que viria um sermão por ai.


– Tudo bem, pode começar – disse para sua amiga.


– Não vou te dar um sermão. Não sou sua mãe Jeno.


– Mas é a mais responsável de nós três, você sabe disso.


– Eu sei. Mas não é isso – o olhou com sinceridade – Só quero que saiba que independente do que acontecer, eu vou estar do seu lado. Sempre! Não vou tentar te impedir de jogar, porque eu sei que não vai ser desse jeito que as coisas vão se resolver. Só tente não sentir muita raiva ok? – disse e abraçou fortemente o melhor amigo, e foi retribuída da mesma forma.


– Vai ficar tudo bem, eu prometo – Jeno sorriu – Qualquer coisa quebrada um dos meus braços. 


– Eu vou é quebrar a sua cara palhaço – riu a garota dando um soco leve no braço do amigo – Boa sorte – recebeu um "obrigado" do garoto e foi se sentar ao lado de Kahi. 


– Como está seu ombro? – Treinador Heechul perguntou baixinho para Johnny assim que se sentou ao seu lado. 


– Está bem. 


– Está doendo? 


– Não – mentiu. 


– E se eu te desse um soco? – perguntou divertidamente – Iria doer? 


– Talvez – respondeu sinceramente dessa vez. 


– Ouça, entre em campo e dê o melhor de si. Se sentir dor, você... 


– Continuo jogando? – perguntou confuso. 


– Esse é o meu garoto – respondeu sorrindo. 


Ouviram o apito do juiz ser soado, os titulares correram em direção ao campo para dar inicio ao jogo. Taeyong que não era titular, estava sentado enquanto ruía suas unhas das mãos nervosamente. Cada jogador foi para sua posição designada. 


– Por favor, que fique tudo bem. Por favor – Jeno sussurrava para si mesmo. 


– Oi garoto – Donghae chegou por trás de seu filho colocando sua mão em um de seus ombros. 


– Oi – Tae olhou rapidamente para o pai mas logo voltou sua atenção para o campo. 


– Acha que vai ter ação hoje? – pergunta se referindo ao jogo. 


– Ação? Talvez – disse tentando não soar preocupado. 


E então o jogo se inicia e Jeno ainda tentava se acalmar. 


Os jogadores nas laterais competiam pela posse da bola, enquanto os demais jogadores permaneciam parados em suas áreas até que uma das equipes tivesse a posse da bola ou que a bola cruzasse uma das linhas restritas da área. Assim que o time da casa tomou posse da bola, os jogadores começaram a correr pelo campo em busca de fazer o gol. 


Jeno que estava livre próximo ao gol, pede para um de seus colegas de time o passar a bola, mas é completamente ignorado. A bola é passada para vários jogadores do decorrer do primeiro tempo. Mas ninguém chegou a marcar o gol. 


Jeno vê que a bola caiu no chão e ninguém havia percebido, corre em direção a mesma, mas antes que pudesse chegar até ela é impedido por Johnny que o empurra fortemente no chão. À plateia ficou com pontos de interrogação estampados em seus rostos, até porque não tinha sentido um garoto do mesmo time derrubar seu colega para o impedir de fazer um ponto.


Johnny pega a bola do chão com seu taco, corre em direção ao gol, e marca o ponto sem nenhuma dificuldade. O público comemora enquanto gritavam e batiam palmas. Os amigos de Jeno e sua mãe ficaram indignados com aquela jogada. 


– É isso aí Johnny! Manda ver – Heechul gritou animado para o garoto que comemora o gol com os amigos.


Johnny olhava debochadamente para Jeno. Todos no local comemoravam, com exceção de Tori, Taeyong, Jeno e Kahi. E para piorar as coisas, Doyoung fez Yeeun o ajudar a levantar um cartaz que dizia "Nós te amamos Johnny".

Os três melhores amigos perceberam o cartaz , Jeno ficou arrasado por Yeeun estar torcendo por Johnny, Tori e Taeyong sabiam que aquilo não era nada bom. 


Jeno ficou com raiva. Aquilo não iria terminar bem. 


– Só para mim – Johnny sussurrou novamente para seus colegas de time, Jeno e Tori conseguiam ouvir claramente. 


– E se ele estiver livre? – um dos garotos perguntou. 


– Quem é o capitão? Eu ou você? – Johnny.


– Johnny qual é? Só quero ganhar – Hendery disse ao melhor amigo. 


– Vamos ganhar – disse Johnny firme.


– Mas...


– O que eu disse? – Johnny pergunta exaltado a Hendery. 


– Não passe para o Jeno – Hendery respondeu derrotado. 


Ao escutar aquela conversa, Jeno já sentia o ódio se instaurando dentro de si. Não percebeu, mas seus olhos piscaram em um dourado brilhante. 


Os jogadores voltaram para suas posições iniciais aguardando o último tempo começar. Jeno rosnava baixinho enquanto respirava pesadamente. Tori da arquibancada sabia o que estava acontecendo, só torcia para que não precisasse invadir aquele campo e lutasse com Jeno para o tirar a força dali. Seria estranho. 


– Está bem garoto? – o juiz perguntou a Jeno quando o viu curvado achando aquilo estranho. 


Jeno só afirmou com a cabeça devagar. 


Todos perceberam a aura pesada que se instalou no campo, alguns olhavam Jeno estranho. Um jogador que estava atrás de si se afastou lentamente com medo, só não sabia do que. 


– Qual deles é o Jeno? – Hae-in perguntou para a filha. 


– Número 11 – Doyoung respondeu por ela – Também conhecido como o único que não pegou na bola o jogo inteiro. 


– Espero que ele esteja bem – Yeeun disse preocupada. 


– Espero que estejamos bem – Doyoung. 


O placar estava da seguinte forma:

1:29 - quarto tempo

Casa: 3 - visitante: 5 


Faltavam exatos um minuto e trinta segundos para eles virarem aquele placar.


– Precisamos ganhar – Doyoung diz para a amiga e levanta do banco, pega o cartaz e olha para a garota – Yeeun? Vai me ajudar? – pergunta chamando sua atenção, Yeeun olha hesitante para o amigo e logo após para o cartaz que dessa vez dizia "Johnny é o número #1". Mas logo levanta e o ajuda a levantar o cartaz sem ânimo algum.


Jeno mais uma vez percebeu o cartaz, e não ficou nenhum pouco contente com aquilo. 


O juiz finalmente apita, e o time visitante consegue sair com a bola. Um dos garoto da casa tenta tomar a bola do mesmo, o que faz a bola ser jogada para o alto. Jeno vê ali uma oportunidade de pegar a mesma, da um grande salto - nenhum pouco normal - e pega a pequena bola com seu taco. Corre pelo campo rapidamente, desviando de vários jogadores com seus reflexos incríveis, e consegue marcar aquele gol com 1:05 faltando para finalizar o jogo. 


A plateia foi a loucura com aquele lance, Tori e Taeyong, mesmo apreensivos conseguiram comemorar por seu amigo. 


– Para o Lee! Passem para o Lee! – Heechul gritava para seus jogadores. 


Johnny estava tremendo de ódio. 


Um dos garotos do time rival estava com a posse da bola, olhou para o lado e viu Jeno o encarando. Jeno tinha seus olhos em dourado e sua presas para fora, o garoto pensou ser uma alucinação mas decidiu não arriscar, simplesmente passou a bola para Jeno sem hesitar. 


– O time adversário nos passou a bola intencionalmente? – Heechul perguntou a Taeyong - que mordia sua luva devido ao nervosismo - assim que sentou ao seu lado no banco de reservas. 


– Sim, creio que sim treinador – responde com os olhos focados no campo. 


– Interessante.


Após correr por todo campo, Jeno conseguiu marcar mais um ponto perfeito. E devo acrescentar, que assim que lançou a bola, a força usada foi tanta que conseguiu rasgar a malha do taco do goleiro. Sendo assim, restavam 39 segundos e 1 ponto para vencerem. 


A plateia ficou impressionada com aquele lance, como aquele garoto conseguiu realizar aquela proeza de rasgar a malha do taco do goleiro? Aquele garoto era um talento nato.


– Como ele conseguiu fazer isso? – Kahi pergunta a Tori. 


– Ele é muito bom no lacrosse – Tori disfarça sorrindo pequeno.


Tori conseguia enxergar la de cima os olhos brilhantes do amigo. 


– Muito bem Lee! O que? A bola está na rede – Heechul começa a discutir com o treinador do outro time, que não aceitou aquela jogada. Mas o juiz interrompeu e informou que o lance havia valido, o que faz Heechul comemorar. 


A ultima jogada seria feita para decidir o vencedor, Johnny estava no meio do campo com um jogador adversário esperando o juiz liberar o jogo.


– Cara, o que há de errado com o seu parceiro? – o garoto pergunta cara a cara com Johnny – O que ele tomou?


– Não sei, ainda. 


E o juiz liberou a última jogada, o time adversário conseguiu sair com a bola mas Jeno logo conseguiu pega-lá. Jeno estava fora de si, não sabia exatamente pra onde ir ou o que fazer. Encarava os jogadores no campo tentando decidir o que fazer. 


– Não Jeno, não – Tori disse baixinho. 


A torcida estava apreensiva, restavam 18 segundos para o fim de jogo, e Jeno não parecia disposto a marcar o gol. 


– Você consegue Jeno, você consegue – o garoto escutou Yeeun falar baixinho. Sentiu aquela voz lhe acalmar um pouco, e aquilo deu determinação a Jeno. 


Encarou o goleiro que estava bem a sua frente, e olhou para os jogadores que estavam um de cada lado de seu corpo, ele estava literalmente no meio deles. Os dois jogadores correram ao mesmo tempo em direção a Jeno, mas antes que eles pudessem sequer chegar perto do garoto, o mesmo lançou a bola ferozmente em direção ao gol. Marcando assim, o último gol. O gol da vitória. 


Era possível ouvir a algazarra que a torcida fazia, gritavam, pulavam e comemoravam a vitória de seus jogadores. Os melhores amigos de Jeno, sua mãe e sua futura namorada vibravam em alegria. 


– É isso ai! Minha nossa – Taeyong suspirava aliviado. 


Jeno ainda em campo, um pouco afastado dos demais, tira suas luvas e percebe que suas garras estavam expostas. Entrou em desespero, não podia permanecer ali. Saiu correndo do local sem sequer olhar para trás. 


Yeeun que descia da arquibancada para ir de encontro ao garoto, vê o garoto correr em direção a escola. O que achou estranho. 

Seu pai que observava também achou. 

A garota corre atrás de Jeno tentando o alcancar. 


Tori diz a Kahi que logo voltava e corre da arquibancada em direção a Taeyong que ainda estava sentado no banco de reservas. 


– Pai, o que houve? – assim que se aproximou, a garota ouviu Taeyong perguntar ao pai. 


O xerife pede um momento para o filho e foca no telefone. 


– Tae – Tori chamou o amigo um pouco desesperada.


– O que foi? Ta tudo bem? – pergunta preocupado. 


– O Jeno saiu correndo, eu não vi pra onde ele foi. A gente tem que achar ele. 


– Espera só um pouco. Quero saber o motivo de meu pai estar preocupado daquele jeito – a garota assente com a cabeça. 


Dentro da escola, Jeno andava com dificuldade até o vestiário masculino. Sentia aquela mesma dor absurda que sempre sentia ao se transformar em lobisomem. Tirou o capacete da cabeça e o jogou no chão do corredor. Yeeun que passava ali procurando por Jeno, vai em direção ao vestiário.


Jeno se aproxima de um dos pequenos espelhos que tinha no local, se olha no mesmo enquanto respirava pesado. Em um surto de ódio da um soco no objeto que se estraçalha caindo ao chão. 


– Jeno? Está aqui? – Yeeun entra relutante no local. 


A garota olhava para todos os lados do ambiente escuro tentando localizar Jeno. A sua frente enxerga pedaços de vidro no chão, do espelho que Jeno tinha quebrado a um minuto atrás. Ela estava assustada. 


Estava "sozinha" naquele vestiário, Jeno havia quebrado aquele espelho? 


Atrás da garota, em cima de uma viga do teto estava Jeno. Ele a olhava minuciosamente, parecia pronto para atacar sua presa que estava completamente distraída. 


Yeeun tirou os olhos do vidro quando pensou ter ouvido algo, olhou em volta tentando achar alguma coisa. Jeno começou a andar pelas vigas, a garota sentia que tinha alguém ali junto com ela. 


Andou devagar até um dos armários se escondendo atrás do mesmo, enquanto tentava não emitir nenhum som. Mas acabou desistindo e começou a chamar por Jeno.


– Jeno? – pronunciou baixo. 


Saiu de trás dos armários e começou a andar lentamente até a parte do vestiário onde ficavam os chuveiros. 


– Jeno? – chamou novamente com a voz trêmula. 


Ao chegar lá, viu Jeno com os braços e a cabeça encostados na parede, não conseguia enxergar seu rosto.


– Você está bem? – perguntou calmamente ao garoto, encostando sua mão em um dos ombros do mesmo para chamar sua atenção.


Jeno vira rapidamente para trás, mas ja tinha voltado ao normal. Não tinha mais os olhos dourados, as orelhas grandes, as presas, ou qualquer outra característica de um lobisomem. 


– Fiquei assustada. Está tudo bem? – Yeeun perguntou mais uma vez. 


– Está. Desculpe, tive uma tontura passageira – disse um pouco confuso. 


– Talvez seja a adrenalina. Você foi incrível no campo – sorriu. 


– Desculpe por agir estranho hoje. 


– Tudo bem. Sei lidar com gente estranha – sorriu mais uma vez. 


– Para ser completamente sincero, você me deixa um pouco nervoso.


– Deixo?


– Bem nervoso – Jeno riu fazendo Yeeun rir também – Eu só... Quero ter certeza que tenho uma segunda chance. 


– Tem sim. Só estou esperando por você – Yeeun falou e se encostou em uma das paredes. 


– Talvez eu precise aprender a arriscar mais – disse o garoto se aproximando dela. 


– Talvez. 


Jeno se aproxima mais um pouco e a beija. O beijo era calmo, os dois não tinham nenhuma pressa e exploravam a boca um do outro. Podiam jurar que era a melhor sensação que já sentiram na vida, se pudessem ficariam nesse momento para sempre. Jeno segurava a cintura da garota firmemente a puxando para mais perto, ambos podiam sentir o calor que seus corpos exalavam, a sensação era gostosa demais. Yeeun puxava os cabelos da nuca de seu parceiro fortemente, o que fez o mesmo soltar um suspiro pesado. O beijo se intensifica cada vez mais, Jeno pede passagem com a língua e Yeeun logo cede. Suas línguas dançavam em busca de espaço, a sensação era tão boa que a garota deixa leves arranhões na nuca alheia.


Tori e Taeyong chegaram ao local, Tori estava tão afobada que nem tinha ouvido o que acontecia ali. Quando se deu conta, puxou Taeyong para se esconderem atrás dos armários enquanto assistiam o garoto beijar Yeeun como se fosse a última coisa que fizesse na vida. 


Após finalizarem o beijo sorriram um para o outro, suas testas permaneciam unidas enquanto aproveitavam aquele momento. 


– Tenho que ir com o meu pai – a garota riu fraco se afastando um pouco de Jeno. 


O garoto assente todo bobo com a cabeça, Yeeun achou sua atitude fofa, deu um selinho no mesmo e se virou para sair do local. 


– Oi Tori. Oi Taeyong – a garota sorriu sem graça ao perceber os dois ali, logo saindo apressada. 


Jeno se aproximando todo sorridente dos amigos, o que fez os outros dois rirem. 


– Eu a beijei – Jeno.


– Nós vimos – Tori disse ainda rindo. 


– Ela me beijou – Jeno ainda sorria igual um idiota. 


– Vimos isso também – Taeyong – É fantástico não é?


– Não sei como, mas consegui controlar, segurei – disse se referindo ao fato de ter virado um lobisomem no meio do jogo – Acho que sei controlar. Talvez não seja tão ruim. 


– Sim. Falamos com você mais tarde – Taeyong disse, se virou junto de Tori para sairem do local mas Jeno os parou.


– O quê? 


Os dois se viraram para Jeno novamente, meio relutantes. Pareciam aflitos com algo.


– Examinaram a outra parte do corpo que encontramos – Taeyong disse em um tom preocupado. 


– E dai? – Jeno estava confuso. 


– Vou explicar – Tori fala – O legista constatou que a morte foi causada por animal e não por humano. Jaehyun é humano, não um animal. Jaehyun não é o assassino e está livre – a garota disse pausadamente e apreensiva.


– Estão brincando? – Jeno estava em choque. 


– Não, e agora vem a melhor parte. Meu pai identificou a garota morta. O nome dela era Jung Joy. 


– Jung? – Jeno.


– A irmã do Jaehyun – Tori.







No campo completamente vazio, Johnny andava em direção a luva de Jeno. A luva que o garoto tinha abandonado ali após o jogo. 

Pegou a mesma do chão e viu que ela tinha pequenos furos nas pontas dos dedos. Se perguntava como diabos Jeno havia furado aquilo.


O garoto sentiu um arrepio na nuca, olhou para trás e viu um cara parado, completamente imóvel no meio do campo. Tinha as mãos nos bolsos enquanto encarava o mais novo. Era Jung Jaehyun, mas o garoto não sabia disso. 


Após Jaehyun não encontrar quem procurava ali, virou as costas e foi embora. Mas descobriu por aquela luva que o garoto tinha em mãos que Jeno havia o desobedecido, tinha jogado o jogo. 


E ele ficou furioso.


Notas Finais


Ok vamos lá, no capítulo anterior eu tinha dito que não sabia se alguém leria essa história. Quando eu comecei a escrever já tinha essa dúvida e fiquei pensando se realmente devia continuar escrevendo ou não.

Mas eu queria e quero continuar, porque é um tipo de fanfic que eu sempre quis ler e é divertido fazer ela. Independente de ter ou não alguém lendo eu vou continuar, mas obviamente se tiver algum público não vai ser como uma "recompensa", e sim como um bônus.

Mas se alguém realmente ler, espero que você esteja gostando, mesmo que não fique do jeito que eu imaginei ou que você imaginou.
Mas é isso, até o próximo capítulo <3


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