A guerra havia acabado há cerca de 3 anos, e Harry vinha fugindo há mais ou menos 6 meses. Desde o dia em que confrontou Dumbledore no ministério, os Weasley o tinham abandonado e o traído naquela noite, entregando a sua localização para os aurores, que estavam atrás dele em peso, alegando que não queriam um novo Lorde Das Trevas.
Ele estava no Largo Grimmauld, n°12 há quase duas semanas e sentia-se à beira da perda do resto de sanidade que lhe restava. Sair era muito perigoso, e Potter tinha completa ciência disso, mas não podia mais aguentar todos os gritos e reclamações de Walburga. Estava sendo demais para ele. Precisava espairecer um pouco.
Mesmo sendo arriscado, levantou-se do pequeno sofá que ficava aos pés da janela do quarto que outrora abrigou seu falecido padrinho. Harry sabia dos riscos, porém não havia saída senão enfrentá-los.
A parte mais difícil seria entrar em seu cofre em Gringotts. Há muito tempo não ia ao banco, utilizando sempre o seu anel de Senhorio Potter para pagar as coisas. Seu relacionamento com os duendes não era nada pacífico. Começou a repensar se valia a pena o risco.
Terminando de se vestir, concluiu que: sim, valia. Ainda um tanto pensativo atravessou o corredor precário de seu - nem tão - novo esconderijo. Lançou em si, um feitiço glamour, mudando seus olhos e escondendo sua cicatriz. Assim que chegou a sala, chamou por seu elfo:
— Monstro.
— Sim, Harry?
— Estou saindo. Não sei se vou voltar para o jantar. Lembre-se do nosso combinado caso alguém apareça — O moreno sabia que apenas pessoas de sangue Black poderiam entrar e que os que restaram não contaria nada a ninguém ou ao menos assim ele esperava, mas era melhor prevenir.
— Claro. Cuide-se, menino Potter — O mesmo apenas assentiu, aparatando num dos becos escuros do Diagon Alley.
Olhando em volta, para ver se alguém notou, concluiu que nem mesmo o olhavam, e suspirou aliviado. Não queria, mas necessitava ir ao banco, já que na noite de sua fuga, seu anel foi retirado por sua - considerada por ele - ex esposa.
Sabia que muito provavelmente, os aurores seriam chamados. Teria que ser esperto ou acabaria em Azkaban.
Começou a subir a escadaria branca onde a entrada do banco se encontrava, encarando temeroso as portas de bronze polido. Empurrou as portas com cuidado, vendo as outras portas de prata diversas. Se encaminhou a que sabia que teria acesso a Ragnok, o duende que cuidava de seus cofres.
— Olá — Se dirigiu a um dos trabalhadores que se encontravam ali.
— O que quer? — O pequeno ser perguntou ríspido.
— Eu gostaria de falar com o sr. Ragnok, por favor — Tentou ser respeitoso.
Não obteve resposta, apenas um gesto que indicava para que ele seguisse o - muito provavelmente mais velho. Foi levado até uma outra porta de prata. O menor bateu na porta, esperando autorização para a entrada dos visitantes. Assim que lhe foi dada, as portas foram empurradas e Potter seguiu o ser para dentro, sendo apresentado brevemente.
— Senhor, esse rapaz deseja falar com vossa pessoa — Disse rapidamente, se retirando logo depois.
— E quem seria você? — Perguntou, após indicar a cadeira para que o mais alto se sentasse.
— Sou Harry — Deixou o glamour cair, revelando-se — Harry Potter — Viu o olhar de Ragnok se tornar raivoso — Antes que chame aurores para me prender — Harry começou, sendo mais rápido que o outro em começar a falar — Deixe-me me desculpar. Nunca fui muito educado com nenhum de vocês. No ano da guerra, eu fiz uma coisa terrível aos seus olhos, roubei o banco. Porém lhe peço que entenda, eu precisava daquela taça e vocês nunca nos dariam permissão. Sei que errei e peço perdão, mas algumas coisas, eu faria novamente.
— Como terei certeza que você é de fato, Potter?
— Não sei, não conheço muito sobre mas, pode ter certeza, sou eu.
— Há duas formas, senhor Potter — Disse com desprezo — O me apresenta seu documento ou faça um teste — Sorriu mostrando seus dentes horripilantes.
— Que documento?
— Seu Registro Geral Bruxo — Seu tom diria que ele está falando com uma criança de 3 anos.
— Não tenho um — Tinha o cenho franzido. Nem mesmo sabia que aquilo existia. Aquela frase apenas fez o duende arquear a sobrancelha diante daquela declaração.
— Todos têm um. Se você não tem ou está mentindo ou sendo enganado — Harry deu de ombros, não sabendo muito o que fazer com aquela informação — Irá fazer o teste?
— Que teste é esse? — Quis saber.
— Através do seu sangue vamos saber tudo sobre você. Ou o suficiente. Fará ou não? — Seu tom ainda é levemente rude.
— Por mim tudo bem — Não havia nada a esconder.
Viu o mais baixo remover da gaveta de sua mesa um pergaminho e uma adaga. Ouvindo atentamente as instruções de um descrente Ragnok, furou seu dedo, deixando 3 gotas de seu sangue cair sobre o papel, vendo as letras se formarem lentamente. O goblin foi rápido em pegar o papel e começar a ler as informações contidas nele. Aqueles minutos foram alguns dos mais tensos da vida de Harry.
Assim que terminou de ler, o chocado duende passou o pergaminho para o mais novo para que ele mesmo visse do que se travava. Harry começou a ler se tornando mais incrédulo a cada linha. Se perdeu várias vezes, desistindo e então lendo em voz alta.
Nome: Harry James Potter
Nascimento: 31 de Julho de 1980
Sangue: Mestiço
Filiação: James Fleamont Potter (Morto), Lilian Potter-nee Evens (Morta)
Padrinho(s): Sirius Orion Black - Adoção de Sangue (Incapaz), Remus John Lupin (Incapaz), Tom Marvolo Riddle - Adoção de Sangue (alma vagante)
Madrinha(s): Marlene McKinnon (Morta), Bellatrix Lestrange-nee Black (status indefinido)
Avós: Fleamont Potter (Morto), Euphemia Potter (Morta)
Ligação de Alma: Remus John Lupin - Reconhecido como filhote (100% bloqueado por Albus Dumbledore); Tom Marvolo Riddle - Protegido e protetor (100% bloqueado por Albus Dumbledore); Edward Remus Lupin - Afilhado; Draco Lucius Malfoy - Parceiro veela - não reivindicado (100% bloqueado por Albus Dumbledore).
Títulos: Lorde Potter, Herdeiro Black, Lorde Peverell, Lorde Gryffindor, Lorde Slytherin, Lorde Gaunt, Senhor da Morte (100% bloqueado por Albus Dumbledore - 50% desbloqueado naturalmente), Lorde Le-Fay, Campeão Tribruxo.
Heranças: Potter: Joias, Galeões, Varinhas, Propriedades, Quadros, Animais.
Black: Joias, Galeões, Varinhas, Propriedades, Livros únicos, Quadros, Animais.
Gryffindor: Joias, Galeões, Varinhas, Propriedades, ¼ de Hogwarts, Livros únicos, Espada de Godric e Artefatos Mágicos Raros, Quadros, Animais.
Slytherin: Joias, Galeões, Varinhas, Propriedades, ¼ de Hogwarts, Câmara Secreta, Livros únicos e Artefatos Mágicos Raros, Quadros, Animais..
Gaunt: Joias, Galeões, Varinhas, Propriedades (Bruxas e Trouxas), Quadros, Animais..
Peverell: Galeões, Varinhas, Propriedades (Bruxas e Trouxas), Livros únicos.
Mortemis: Relíquias da morte, Livros Únicos.
Le-Fay: Joias, Galeões, Varinhas, Propriedades, Livros únicos, Artefatos Mágicos Raros, Quadros e Animais.
Bloqueios:
Bloqueio de Ofidioglossia (95%) (5% desbloqueado naturalmente) - Por Albus Dumbledore.
Bloqueio de Magia Oculista (Ocultista - Sem Varinha) (75%) (10% desbloqueado naturalmente) - Por Albus Dumbledore.
Bloqueio de Núcleo Mágico Geral (65%) - Por Albus Dumbledore.
Bloqueio de Magia Curativa (Natural) (100%) - Por Albus Dumbledore.
Bloqueio a Mediunidade (100%) - Por Albus Dumbledore.
Bloqueio de Animagia (Natural) (100%) - Por Albus Dumbledore.
Bloqueio de Oclumência (Natural) (95%) - Por Albus Dumbledore.
Bloqueio de Legilimência (Natural) (95%) - Por Albus Dumbledore.
Bloqueio a Memória Eidética (100%) - Por Albus Dumbledore.
Poções e Feitiços:
Ódio à: Slytherin, Lorde das Trevas - Tom Marvolo Riddle, Família Malfoy, Severus Snape e Comensais da Morte. - Por Albus Dumbledore.
Desconfiança à: Família Malfoy, Severus Snape, Comensais da Morte e Artes das trevas - Por Albus Dumbledore.
Lealdade à: Gryffindor, Albus Dumbledore, Ordem da Fênix e Família Weasley. - Por Albus Dumbledore.
Amortência e Contrato de Casamento: Harry J. Potter e Ginevra M. Weasley - Por Albus Dumbledore e Molly Weasley.
Feitiço Glamour - Por Albus Dumbledore.
Feitiço de Personalidade - Por Albus Dumbledore.
Alteração de QI - Por Albus Dumbledore.
Alteração de Cheiro e Marca Mágica - Por Albus Dumbledore.
Feitiço de Alteração Ocular - Por Albus Dumbledore.
Feitiço de Memória - Por Albus Dumbledore.
Maus tratos: Permitidos por Albus Dumbledore.
Guardião Mágico: Sirius O. Black (Bloqueado por Albus Dumbledore) e Albus Dumbledore.
Harry estava estupefato. Cada linha, cada palavra o surpreendeu de maneira extraordinária e uma dor o atingiu. Não física, mas emocional.
Sua mente está à beira de um colapso. Esses bloqueios, poções e feitiços feitos por quem ele mais confiava. Seus padrinhos - no plural - estão incapazes e não mortos. Ele tem uma madrinha. O Lorde das Trevas o tinha como um protegido.
Sua cabeça estava rodando. Nem mesmo notou a lágrima solitária que escorreu em sua bochecha. Era tudo uma mentira e ele estava de fato, só. Foi removido de seus devaneios por um balanço em seu corpo, que o assustou.
— ...Senhor Potter — Ouviu a exclamação do duende que parecia lhe chamar há algum tempo — Precisamos resolver essa situação, remover essas coisas, o senhor aprova?
— Sim, sim — Respondeu parecendo ainda perdido.
— Certo. Uli! — Chamou, e em segundos uma duende surgiu diante deles, cumprimentando-os depressa — senhor Potter, esta é minha filha, Uli e ela cuidará de tudo o que você precisar.
— É um prazer conhecê-la, Uli.
— Digo o mesmo. Agora, por favor siga-me — Atravessando a sala de Ragnok, chegou a um enorme quarto branco uma maca no centro e logo a pequena duende começou novamente a falar: — Aqui nesta sala retirarei seus bloqueios, feitiços e poções. Há muito o que tirar e pode ser demorado e um pouco doloroso. Pode ser que, depois que acabarmos, sua aparência mude e que ganhe traços provenientes de suas adoções de sangue. Contratos feitos sem seu consentimento ainda não serão quebrados, isso você fará com Ragnok. Tudo o que foi adicionado e não apareceu no teste também será removido. E todas as suas memórias retornaram - até as que foram apagadas - e as que foram alteradas, serão retomadas como novas. Entendeu? — O moreno apenas assentiu — Agora, deite-se naquela maca, remova seus óculos e beba aquela poção. Preciso que se mantenha o mais focado em sua mente vazia e o mais relaxado possível.
Após ouvir tudo atentamente, Harry bebeu a poção, se sentindo um pouco mais relaxado e calmo. Deitou-se sobre a maca, limpando sua mente e tentando relaxar. Não sentia mais controle sobre seu corpo. Viu o vislumbre de uma varinha apontada para si e uma suave melodia cantada começar. Uli não estava mentindo, se tornou um pouco doloroso e desconfortável, sua mente estava querendo entrar em pane e seu corpo formigar de maneira insana. Perdeu-se no tempo e na melodia, pareciam apenas minutos e então achou que estava caindo na inconsciência, tentou resistir mas era impossível, e então quando achou estar desmaiando imagens começaram a passar em sua mente e ele reconheceu como memórias, pareciam de outra vida e de fato eram. Harry viu suas vidas passadas, e se sentiu atordoado com tudo o que viu. E surpreendentemente, até mesmo sendo um aborto em uma delas, lutou por um certo e errado com um velho manipulador por perto para acabar com tudo e lhe enganar. Haviam, de fato, muitas similaridades em todas as suas vidas.
Logo chegou em sua atual vida, e o que viu no inicio era lindo Sirius e Remus eram um casal e tios incríveis, seus pais eram adoráveis e carinhosos, a melancolia o atingiu em cheio, mas aí, suas memórias do fatídico dia chegaram e ele se forçou a prestar atenção.
{...}
Lily e James estavam na sala brincando com o bebê, e as proteções da casa vacilaram e o Lorde entrou.
ㅡ Vocês precisam ir, agora! ㅡ Tom dizia exasperado. ㅡ Vamos, não fiquem me olhando com essas caras, tirem Harry daqui!
ㅡ Por que Marvolo? Se estam- ㅡ As proteções vacilaram de novo e a ruiva pegou a pequena criança no colo, enquanto tom sibilava irritado.
ㅡ Leve-o daqui ruiva, vá para a Malfoy Manor, Bella e Narcisa estão lá. Vá!
Marvolo sequer terminou de falar e a porta foi aberta por um alohomora, e um senhor com aparência gentil passou por ela. James e Tom empunharam as varinhas e Lily ficou paralisada.
ㅡ Oh, que linda reunião temos aqui! Olá Tom, quanto tempo! James, Lily ㅡ Saudou-os como uma olhar gentil que enganaria qualquer um menos os presentes. Durante o discurso o Lorde olhou para trás e se irritou ainda mais com o que viu.
ㅡ Corra, Lily! O que ainda está fazendo aí?
A mulher correu escada acima enquanto uma batalha começava. Trancou-se no quarto de seu pequeno, tentando se distrair dos sons de feitiços no andar inferior. Quando os sons pararam e o baque de um corpo foi ouvido, Lily começou a chorar e colocou o bebê no berço, e um Stupefy foi ouvido, outro baque.
Logo passos eram ouvidos e a porta foi aberta pelo homem de aparencia senil que tinha um sorriso adornando seu rosto, Lilly se pôs em frente ao berço.
ㅡ Oh Lily querida, sai da frente, sim?
ㅡ Nunca!
ㅡ Vamos garota tola! Deixe-me chegar à criança!
ㅡ Você não toca nele seu maldito!
ㅡ Veremos ㅡ Seu sorriso aumentou e Lily se deu conta que estava sem varinha. Ouviu passos, mas seu coração não se acalmou.
ㅡ Expelliarmus ㅡ O homem que havia acabado de entrar, entonou. Mas Dumbledore era ágil e desviou.
ㅡ Tom, Tom, Tom... Isso só tem um fim e você sabe disso. Você não pode salvá-los ㅡ E antes que Marvolo pudesse fazer qualquer coisa, o homem continuou ㅡ Vamos Sra. Potter afaste-se! ㅡ A ruiva negou de novo e então tudo foi muito rápido ㅡ Avada Kedavra! ㅡ Um Expelliarmus também foi ouvido mas não foi forte o suficiente.
Lily estava morta.
Voldemort viu vermelho e uma longa batalha começou, a criança presente gargalhava com as luzes de feitiços até ser removida do berço.
Dumbledore o usou como escudo, Tom se distraiu e não conseguiu fugir do ricocheteio, se desfazendo em pó e culpa. Harry sentiu uma dor lancinante e tudo se apagou.
{...}
As outras memórias se passaram rapidamente, pois já eram conhecidas. Não sabia quanto havia se passado e acordou sendo cutucado. Ele ainda estava no mesmo lugar.
ㅡ Oh Merlin! Finalmente! ㅡ A goblin exclamou parecendo alarmada.
ㅡ Por quant- ㅡ O moreno parou sua garganta arranhava e se sentia estranho, seu corpo não parecia o mesmo mas isso, não era de longe o pior. Potter se forçou a engolir seco e continuar ㅡ Por quanto tempo eu estive apagado?
ㅡ Por volta de 3 horas após o fim do feitiço. Você gritou bastante, beba ㅡ Disse a ele, lhe entregando um copo d'água.
ㅡ Tudo bem ㅡ Harry pigarreou. ㅡ Você conseguiu tirar tudo?
A duende apenas acenou e fez um gesto para que ele se levantasse e apontou para o espelho que o garoto sequer tinha notado existir ali. Ficou chocado antes mesmo de chegar até ele pois conseguia enxergar completamente bem.
Ao se olhar no espelho, se assustou ainda mais. Sua pele que era levemente dourada se tornou ainda mais radiante, seus cabelos sem definição e bagunçados se tornaram mais harmoniosos e encaracolados como o de seus padrinhos, seus traços se tornaram mais definidos. Seus olhos ficaram ainda mais verdes com algumas manchinhas azuis. Apesar de ainda ser baixo, havia, nitidamente, crescido alguns centímetros.
Tudo isso o deixou completamente boquiaberto. Harry foi encaminhado por Uli para a sala de Ragnok novamente. Sua mente tinha inúmeras perguntas e ele se sentia um tanto tonto. Sua mente mergulhada em dúvidas.
Mecanicamente, se sentou frente ao duende, que o encarava apreensivo. Provavelmente tão assustado e horrorizado quanto ele. Potter foi tirado de seus pensamentos quando uma voz chegou a seus ouvidos.
ㅡ Como se sente Sr. Potter? Creio que deva ter dúvidas, não é?
ㅡ Estou melhor o que em muito tempo, obrigado por perguntar ㅡ Manter a educação era crucial, ele sabia ㅡ Sim, tenho muitas.
ㅡ Existem diversas maneiras de contornar essa situação. Mas creio que antes de tudo devemos quebrar contratos feitos sem sua permissão e depois pensar no que fazer ㅡ O mais novo concordou ㅡ Enquanto você estava desacordado, eu procurei por contratos em seu nome e com sua assinatura, eu achei 4. O primeiro, dizia que, o senhor concordava em deixar Sirius Orion Black sob os cuidados de Albus Dumbledore, e o segundo dizia o mesmo porém era sobre Remus John Lupin, o senhor gostaria de quebrar esses contratos e deixá-los arquivados como ilegais?
ㅡ Sim.
ㅡ Assine aqui ㅡ Ele indicou um documento, Potter leu antes de assinar, terminando por colocar sua rubrica em dois documentos ㅡ O terceiro é o seu contrato de casamento, que autoriza Ginevra Molly Weasley mexer em suas contas e fazer o que quiser com todos os seus bens, dando completa liberdade e controle a ela. O senhor deseja quebra-lo e arquiva-lo como ilegal também?
ㅡ Sim ㅡ O moreno respondeu e o processo se repetiu.
ㅡ O quarto dizia que o senhor autorizava Albus Dumbledore a mexer em tudo o que é seu, inclusive manter a posse das relíquias da morte, ele autoriza também que ele use seu nome para contratos e coisas legais. O senhor deseja quebra-lo e arquiva-lo como ilegal também?
ㅡ Sim ㅡ O moreno respondeu e o processo se repetiu pela quarta e última vez.
ㅡ Além de obviamente assumir seus títulos, reivindicar seus anéis e familiares, a partir de agora, o senhor quem deverá escolher qual caminho seguir. Podendo abrir um processo contra Dumbledore, reencontrando seus parentes, checando cofres, entre outras coisas.
ㅡ Podemos primeiramente reivindicar meus títulos, anéis e essa coisa toda? Eu não sei nada sobre o assunto.
ㅡ Sim, claro ㅡ Com um aceno de mãos, oito caixinhas surgiram diante de si ㅡ Você deve colocá-lo em seu dedo, você saberá se foi aceito ou não. Esses anéis impediram que mais bloqueios, poções e encantamentos sejam postos sobre você, evitam a legilimency, e eles serviram também para pagamentos de contas como já deve saber.
Abrindo a primeira que tinha o mesmo símbolo da casa de Gryffindor, um leão, encontrou um lindo anel de ouro com um lindo rubi incrustado em cima, colocando em seu dedo, sentiu um leve formigamento e uma sensação boa. Havia sido aceito. Abriu a próxima, com o símbolo azul, vermelho e dourado da família Potter, pegando o anel também de ouro e pedras azuis que se pareciam com quartzo, colocou em seu dedo tendo a mesma sensação. Na terceira caixa havia um brasão com serpentes e folhas, o qual ele não soube identificar, ao abrir o pequeno estojo ofegou ao perceber de qual família era. Era o anel dos Gaunt, inteirinho. Ele ergueu os olhos ao duende que estava a sua frente e o mesmo o encarava quase com deboche. Colocou em seu dedo e a situação anterior se repetiu.
A quinta arca exibia um desenho já conhecido por si, era o brasão Black, dentro tinha um lindo anel de prata com uma linda obsidiana no topo, deixando-o com um ar majestoso. Não perdeu tempo, colocando em seu dedo, sendo aceito imediatamente. Na sexta, havia um símbolo dourado e vermelho, com uma coroa, aquele era desconhecido para si, mas ao abrir logo situou-se, era um anel lindo, de ouro com um topázio imperial sobre ele. Era delicado e tinha um ar de simplicidade, apesar de tudo. Na antepenúltima caixa, de símbolo delicado com pequenos desenhos de pássaros, encontrava-se um anel de ouro reluzente com turmalinas roxas cravadas em si, o anel Le-Fay era sem dúvidas, um dos mais bonitos. Na penúltima arca, com um símbolo muito bem conhecido por si, encontrava-se um anel de prata, com duas cobras enroladas segurando uma linda esmeralda, tão reluzente quanto seus próprios olhos. Foi orientado a colocá-lo no mesmo dedo que o anel de Gryffindor, e assim que o fez, sentiu a mesma sensação, dessa vez porém, os anéis de juntaram, formando meio símbolo de Hogwarts. Era lindo.
Havia ainda uma última caixa, sendo ela inteiramente preta sem símbolos ou indicadores. Harry se assustou quando a abriu e viu um lindo e majestoso anel de prata com um diamante negro incrustado nele. Era o anel de senhor da morte. Ele não poderia ser mais bonito. Suspirou, erguendo-o. Colocou em seu dedo após admirá-lo por alguns segundos, sentindo imediatamente magia forte circulando. Era poderosa e opressora, entretanto confortável. Ao terminar, Potter olhou para sua mão e o anel ainda estava lá, havia sido aceito novamente.
ㅡ Uau ㅡ Ouviu a exclamação baixinha do outro ocupante da sala. Era, de fato, chocante.
Antes que pudesse falar algo, o grau do ambiente parecia ter caído no mínimo 15 graus e uma voz sombria e reconfortante soou em seus ouvidos, o cumprimentando:
ㅡ \Olá, meu pequeno. É um prazer poder finalmente falar com você.\
ㅡ \Quem é você?\
ㅡ \Prazer, meu nome é Morte.\
ㅡ \E eu posso falar com você?\
ㅡ \Você já tem feito isso há algum tempo na verdade. Através de sonhos. Você não havia percebido, mas o que você chamava de sonhos malucos era você tendo um vislumbre do que eu faço. Nós ainda não podíamos conversar dessa forma, pois, havia runas poderosas em você, uma das poucas ou se não a única que pode me parar. Você provavelmente está bem confuso agora, por isso, vamos conversar quando você entender algumas coisas. Adeus pequeno.\
Harry estava atônito. Tinha conversado com a morte. Abriu os olhos que nem notou ter fechado e viu a expressão chocada que o duende não conseguiu esconder. Não podia julgá-lo, no entanto.
ㅡ Acho que, fui aceito por todos ㅡ O de olhos verdes falou, querendo quebrar aquele encanto que pareceu congelar Ragnok.
ㅡ Acho que sim, senhor Potter. Agora deixe-me ver se tem algum familiar para reivindicar. Só um instante ㅡ Disse rapidamente, não gostando de ter sido pego tão admirado ㅡ Você tem familiares em suas propriedades, e nós não temos o direito de removê-los de lá. Você poderá reivindicá-los quando for visitar esses locais.
ㅡ Sobre essas propriedades, como posso achá-las?
ㅡ Aqui está uma lista, com endereço Flu e endereço de aparatação. O senhor deve saber também que, para que a entrada de outras pessoas sejam barradas, devem haver mudanças nas proteções da casa, isso pode ser feito por aqui ou no ministério. Atualmente, algumas de suas propriedades têm sido usadas, então sugiro que faça isso logo.
ㅡ Posso fazer agora?
ㅡ É necessária uma solicitação, podemos marcar ㅡ O moreno assentiu, perguntando se havia algo a mais que ele devesse saber ㅡ Seus registros bancários. Esses são os registros de todas as suas contas desde o seu nascimento. Houve roubo, dessa forma o senhor pode solicitar um reembolso e assim como fez com os contratos arquivar para um possível processo jurídico.
ㅡ Faça, por favor ㅡ Murmurou. Harry estava sentindo-se um completo idiota ao passar os olhos por aqueles papeis ㅡ Como tenho acesso à eles? Os meus cofres, digo.
ㅡ Para alguns são usados chaves, mas não se preocupe, as existentes estão sendo destruídas e novas estão sendo fabricadas. Assim, só você e quem você desejar poderá os acessar.
ㅡ Acha que isso é tudo? ㅡ Perguntou, recebendo um aceno positivo e uma cobrança, obviamente. Se levantou após pedir para remover o dinheiro do cofre Potter, preparando-se para se retirar, mas lembrou-se de algo ㅡ Quando cheguei me perguntou se eu tinha um Registro Geral Bruxo, o que é isso?
ㅡ É um documento pequeno com suas informações mais relevantes. Solicitei um para você, deve chegar aqui em breve. Mandarei junto com a carta com a data para a verificação de enfermarias.
ㅡ Muito bem. Obrigado, Ragnok.
ㅡ Não de que, Lorde Potter. Nos vemos em breve ㅡ Após essa frase, o citado se retirou com um aceno de cabeça.
Antes de de fato sair da sala do goblin, lançou sobre si novamente, o feitiço glamour, escondendo novamente sua cicatriz e deixando seus olhos negros. Mesmo que ele estivesse diferente, seus olhos verdes e cicatriz eram marcantes. Agradeceu por não precisar usar mais, os seus também marcantes óculos redondos.
Do lado de fora, viu que o crepúsculo já começava a cair. Havia ainda muito o que fazer.
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