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História The Wild - Solutions


Escrita por: maddox- e distritos

Notas do Autor


Notas finais sz

Capítulo 5 - Solutions


Fanfic / Fanfiction The Wild - Solutions

Justin

O vento bate contra o meu rosto, o cheiro de café que vinha da caneca em minhas mãos fez-me fechar os olhos e respirar muito fundo. Sinto os pelos das minhas costas se arrepiarem e a minha mente voltar ao meu passado. Acostumava acordar mais tarde do que antes, sempre tinha um dia pelo menos disponível a cada duas semanas, mas agora é acordar e só terminar de trabalhar quando estiver com a cabeça deitada no travesseiro.

Tomo o restante do café preto e deixo a caneca na pia da cozinha. Minha mãe ainda não havia acordado, mas hoje é dia de ir até a cidade e visitar a fábrica de vinhos. O sol brilhava as seis da manhã com uma ventania muito fresca. Precisava relaxar, tirar alguns dias de férias e deixar as coisas no comando com alguém. Mas quem poderia ficar no meu lugar? Exatamente, ninguém. Simplesmente não havia um igual a mim. É sempre eu.

Abro a porta da velha caminhonete e a escuto ranger. Merda, era só que o a minha linda precisava, óleo e uma boa restauração. Ou até melhor, uma nova caminhonete. Mas eu não tinha dinheiro o bastante para comprar uma nova no momento. Talvez eu converse muito com Will e convence-o a vender a dele para mim.

Quando dirigia sobre a estrada de terra, olho para os lados e vejo a grama alta, ela estava perdendo o seu brilho. Essa temporada de sol estava fazendo um péssimo para minha terra e era frustrante em pensar que terei que contratar alguém para instalar um regador... Talvez seja melhor eu instalar. Seria mais trabalho e menos dinheiro gasto. Pois é, melhor.

Assim como sempre, há essa hora ninguém dirigia nas ruas, mas quando desse sete horas com certeza isso já estaria um transito. Então o melhor horário que seria bom para sair da fábrica era a hora do almoço. Minha mãe irá me matar se eu chegasse atrasado. Ela sempre foi assim, não muitas vezes no jantar, mas na hora do almoço eu teria que estar dez minutos antes dela servir tudo.

Chego à fábrica e logo os portões são abertos, ao longe o porteiro reconheceu minha velha caminhonete. Aceno com a cabeça para o rapaz que gritou um "bom dia". Na frente da fábrica era decorada por madeiras velhas e barris gigantes foram colocados, deixando aquele mesmo ar de como a fábrica da minha família era. Deixei que a frente da fábrica ainda como nos primeiros anos da marca, mas quando se vai mais para o fundo era tudo do meu toque e do meu pai. Máquinas, ferros e mais máquinas. Nova era. Do nosso jeito, mas ainda tem o respiro da tradição.

Estaciono a caminhonete em uma das vagas privadas da fábrica e desço. Entro pelas portas do fundo e vejo alguns funcionários ainda se arrumando e outros ainda se ajeitando para dar início ao seu serviço. Diego caminha em minha direção com a sua velha prancheta em suas mãos, suas roupas formais e com uma expressão tensa espantada no rosto. Ele era o segundo no comando, já que uns anos pra cá, tive que sair da fábrica para dedicamos mais a minha fazenda, ocupando-me mais de que vinte quatro horas por dia. Levei meses pra achar a pessoa certa nessa fábrica para ficar no comando, e então, Diego apareceu. Sabendo algumas coisas mais do que eu mesmo.

— Senhor Bieber... — ele murmura e eu levanto a mão para que ele calasse a boca e fizesse o que era certo.

— Primeiro, bom dia, Diego.

— Oh, sim, claro. Bom dia. — ele faz um sinal com a cabeça e eu o correspondo, deixando-o continuar e o que ia falar. — Nessas últimas semanas tivemos um decaimento na de Gamay ¹, assim como as outras misturas antigas.

— Você está falando do vinho tinto? — perguntei realmente surpreso. Os vinhos tintos eram o que mais vendiam, acho que desde sempre.

— Sim, senhor... — murmura, folheando mais algumas coisas na sua prancheta. — E, hum... Vamos até a sua sala?

Franzi a testa. Ok... Não era sempre quando eu vinha aqui que Diego me chama parar ir à minha sala.

Ele fechou a porta e colocou sua prancheta na minha mesa enquanto eu me jogava na cadeira de couro grande giratória. Gostava dessa cadeira, dessa mesa e do meu escritório. Já passei momentos muito bons nessa sala.

— Senhor, eu realmente não sei o que está acontecendo. Os números das vendas então decaindo cada vez mais a cada semana. Máquinas estão quebrando com mais frequência do que nós esperaríamos e eu não tenho nehuma permissão em contratar alguém, ao não ser o senhor... — ele diz, vomitando cada palavra com desespero.

— Vá direto ao ponto, Diego. — faço um movimento, com certeza não é o tipo de conversar – ou reunião – para se começar um dia.

Diego respirou fundo, andou rapidamente até a mesa, folheando as páginas de sua prancheta, chegou a ultima folha de caderno com vários rabiscos.

— Ontem à noite eu tive a oportunidade de fazer os meus cálculos sobre as vendas e as despesas. E de acordo com eles — ele aponta para uns gráficos com linhas vermelhas indo só para baixo — O senhor só tem alguns meses, alguns vinhos novos poderão te salvar por mais algumas semanas, mas na verdade, isso não é cem por cento.

— Você está querendo dizer que eu posso estar falindo?

— Isso... — murmurou, com pena.

Ele sabia como eu me dediquei em ficar no lugar do meu pai para manter a marca de vinhos dos Bieber's na linha. Era o sonho do meu avô na Itália e assim essa paixão se passou para meu pai, e claro, para mim. E eu sinceramente, gostaria de passar isso para os meus filhos.

Mergulho meu rosto em minhas mãos. Merda! Por que tinha que acontecer isso? Eu pensava que esse ano seria bom para mim, que pelo menos não teria tantos problemas como antes, mas parece que as coisas só vão piorando cada vez mais. Isso era frustrante. Dedicar mais de uma vida por um negócio e ver que fazendo alguma coisa não está adiantando absolutamente nada, parecia que só piorava. Merda, de novo!

Olho para um retrato do meu pai comigo e minha mãe. Eu era pequeno naquela época, não tinha mais de sete anos. Estava sentado em um dos barríeis sorrindo e meus pais logo atrás de mim, segurando meus ombros. Tiramos essa foto quando oficialmente o meu pai foi dono da fábrica, quinze anos depois eu ocupei seu lugar. Assim como o meu avô, meu pai também tinha orgulho, e eu deveria levar orgulho comigo sempre.

Sem o que dizer, fiquei quieto. Diego me deixou sozinho com os meus pensamentos e lembranças nas fotos. O que eu poderia fazer? Vender minha fazenda e passar a ficar em uma menor? Vender os meus cavalos? Despedir todos os meus funcionários e passar a comandar a fazenda completamente sozinho e acabar contratando familiares com a metade de um salário?

Perguntas e mais perguntas passavam em minha cabeça e ideias absurdas, e todas sem respostas.

Olho para as paredes, vendo os troveis, medalhas de meu pai e minhas. Nossas fotos montados em bois e uma de nós dois em um cavalo quando eu era muito pequeno. Mas meus olhos de focam em um dos quadros em que eu montava, aquele dia foi a primeira vez em que eu havia ido a uma competição e ganhado em primeiro lugar.

Minha mente se clareia e talvez eu visse uma luz no fim do túnel.

Competições...

[...]

Arrumei o boné em minha cabeça, roçando a minha testa com o suor que se firmava em meu rosto todo. Esse ar seco poderia me trazer sérios problemas e ainda pior com esse sol. Os animais poderiam ficar doentes com o dia seco e a noite fria, e os remédios são caros. Lógico que sol sempre é importante, mas chover sempre será bem vinda para as plantações.

Estacionei a minha caminhonete entre a entrada da fazenda e o casarão. Ao longe se podia ver a cabeça loira - quase branca - de uma das cientistas. Qual é mesmo o nome dela? Rangel? Neguei com a cabeça. E eu lá me importo? Só quero que esses intrusos vão embora.

Quando desço da caminhonete, arrumando minhas calças e desejando tirar essa camiseta de meu corpo, sair da caminhonete com o ar-condicionado ligado e ir de cara para aquele sol foi horrível.

A loira sorri quando me vê, acenando delicadamente, movendo seus dedos. Eu apenas olho e vou a sua direção. Por favor, que sejam apenas orientações!

— Oi, senhor... — a garota sorri, deixando sua voz um tanto maliciosa e os olhos observando-me com atenção.

Sorrio sem mostrar os dentes e fecho os olhos respirando muito fundo.

Não tenho nada contra, mas eu nunca curtir muito uma mulher que fosse um tanto, fácil demais para mim. Houve mulheres desse jeito na minha vida durante algumas vezes depois de anos dolorosos, mas sempre as neguei. Não ligava sobre os comentários que eu ouvi de outros caras sobre a negação com elas, mas apenas não as querias. Porque aquilo não parecia ser o suficiente, e talvez, eu realmente não queria magoa-las, caso quisessem algo a mais.

— Queríamos saber se você tem alguma roupa para se usar aqui na fazenda, minhas botas estão me dando calos e esses mosquitos não estão me deixando de bom humor. — diz ela passando as mãos em seu corpo brilhante pelo suor.

Semicerrei os olhos, mosquitos? Com esse calor tenho certeza que todos eles foram queimados pelo sol. Mordi minha língua, quase tive vontade de ri. 

— Eu não sei. Se vocês sabiam que viriam para uma fazenda, então deveriam trazer roupas adequadas. E como são cientistas, acho que saberiam sobre o clima dessa área.

Nego com a cabeça, rindo pelo nariz. O que ela pensaria? Que teria tudo tem de bandeja e ainda com pés beijados? Não aqui, doce ilusão.

— Somos cientistas, não climatologista.

Seu tom saiu com tanto desgosto quanto quando escutei. Meus olhos voam rapidamente até a dona da voz. Cabelos escuros e com as mesmas típicas roupas claras. Claro... Melody. Já não havia tido uma manhã tão boa quanto eu gostaria, mas agora encarar esses cientistas novamente foi como se fosse gota d’água.

Ela colocou sua mão na cintura, limpado a testa do suor com as costas da mão com a outra. Com os cabelos presos em um coque, alguns fios rebeldes grudavam sem seu pescoço suado, fazendo com que os meus olhos ficassem presos ali. Suas bochechas tinham um leve tom de rosa e seus lábios pareciam ainda mais inchados. Respirei fundo o bastante para fazer o meu peito doer.

Ouço risos vindos de cima da escada do casarão, quando olho, Will e Theo riam da minha situação. Sim, chegava a ser engraçado, eu odiando esses cientistas e mesmo assim tinha que lidar com eles todos os dias.

Bufo cansado sentido todos os meus músculos do pescoço tensos. Passo minha mão lá e estralo. Roupas adequadas? Ok, acredito que terei que arranjar para os três, já que o cara que veio com elas estava de tênis de corrida.

Subo as escadas do casarão, empurrando Will e Theo para que entrassem e mandando-os acharem botas antigas de minha mãe. Quando volto para os cientistas, os três já tinham pegado as botas de minha mãe e eu um par velho meu. Os olhos dos cientistas ficaram atentos nas botas, a loira sorria, Melody estava fazendo uma cara estranha e Mark literalmente as estudava.

— Vamos usa-las? — a loira pergunta, alegre até de mais, pegando um dos pares. — E os chapéus?

— Precisa merecer para usar um desses — comento sorrindo um pouco de lado quando me lembrei da primeira fez que eu ganhado um chapéu de meu pai.

Melody olhou para o chão em direção aos seus pés que estava com uma sandália e fez uma coisa que me chocou... Ela fez bico. Normalmente, se uma garota fizesse bico pra mim, eu não iria me importar, porque não me fazia pensar que valia alguma coisa. Mas eu nunca tinha visto essa garota desse jeito. Nunca tinha visto seu lábio em um biquinho, e eu estava hipnotizado por isso. Do jeito de como seu lábio inferior grosso ficou mais cheio. Eu podia ver que ela estava usando algum tipo de batom sexy, que cometia os seus lábios parecerem implorar para serem puxados com meus dentes.

Para negar tal ação, coloquei as botas perto dela.

— Use-as, caso queria se sentir confortável.

Ela me deu um meio sorriso significativo. Eu percebi que havia mais para aquele sorriso que ela estava mostrando, mas eu resolvi deixá-lo ir.

[...]

Pouco tempo depois, mando Will acompanhar os cientistas a área que estavam trabalhando e vou para dentro do casarão, contar a minha mãe sobre a fábrica. Tiro o boné, pondo-o em uma das estantes da cozinha e vou até a minha mãe que preparava o almoço.

— Justin. — ela sorri, muito feliz em comparação aos últimos dias. Beija o meu rosto e logo põe sua mão em minha testa. — Meu Deus, Justin! Você está fervendo! Esqueceu o que eu lhe pedi? Sempre andar com uma garrafinha d'água por perto. — lá vem o lado dela de mãe super protetora.

Puxo uma das cadeiras de madeira, sento-me sentido minha perna direita doer. De longe poderia se ver que a minha mãe estava mais feliz do que nos últimos dias, e eu não sabia se deveria contar sobre a fábrica. Talvez ela ficasse mais sentida do que eu sobre a notícia, mas eu não queria que isso ficasse escondido por causa dela, que até porque, minha mãe estava mais envolvida na fábrica do que eu.

Batuco os meus dedos na mesa de madeira, decidindo ainda sobre contar ou não. Minha mãe me olha, limpando dos dedos sujos de farinha em um pano de prato velho.

— O que houve? — cruzou os braços.

Respiro, ela é minha mãe, me conhece melhor do que ninguém e logo saberia que eu estava escondendo as coisas dela.

— Diego disse que a fábrica está falindo. E que teremos no máximo alguns meses com as vendas...

Ela tenta sorri, mas seu rosto se forma em uma careta. Seus olhos brilham, minha mãe vira as costas para mim e começa a lavar alguns copos da pia. Chocado, acabo não sabendo o que fazer. Logico que a minha mãe iria ficar chateada com a noticia, mas já fazia tempo que eu não a via chorando por algumas coisas.

— Mãe, me desculpa...

— Eu já esperava por isso. — ela me interrompe, limpando o nariz e seca novamente as mãos no pano. — E também sei que você vai conseguir dar um jeito nisso. Você é bom nessas coisas — elogia e passa suas mãos em meu cabelo, colocando-os paro lado, igual quando eu era criança.

Dona Pattie pegou meu chapéu que eu havia deixado na mesa de jantar da casa ontem à noite, passou o mano úmido no chapéu preto, limpando algumas manchinhas sujas. Colocou em minha cabeça e sorriu.

— Bom, não importa como as coisas sejam... — ajeitou o chapéu — Seu pai estaria com orgulho de você. 


Notas Finais


Gamay ¹ = A Gamay é uma uva tinta da família das Vitis vinifera cujo nome completo é Gamay Noir à Jus Blanc.
OPA! Maddox aqui o/
Bom, não vamos dar aquela desculpa sobre a falta de tempo (mesmo que seja) sobre a demora por postar o capítulo... é que a gente esqueceu o dia de postagem. Legal, não? o/ Desculpinhas xoxo Mas sim, os dias estão corridos, tanto pra mim quanto pra Ciara por esta no 3 ano. Então né, foco nos estudos u-u E não, isso não vai interferir em nada sobre o prazo de postagens, ainda vamos continuar todas as segundas!
Enfim... Eu particularmente, amei esse capítulo sz E continuo amando cada vez mais escrever com a Ciara e desenvolver esse enredo <3 adoron. Queria agradecer todos que estão lendo, comentando e favoritando! E espero que vocês gostem szszsz

Falem comigo (Maddox): http://ask.fm/thataloppes
Falem comigo com a Ciara: http://ask.fm/whatflyer

Nossas outras fics, se quiserem ler: https://spiritfanfics.com/historia/speak-now-6367201
https://spiritfanfics.com/historia/out-of-bounds-3423455
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https://spiritfanfics.com/historia/good-luck-3742316

Vejam o trailer (HD): https://www.youtube.com/watch?v=zme-gas2_iI

Beijos e mais beijossss xoxo amamos vocês sz


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