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História The Winds of Rage and Love - Capítulo XIII - Problemas


Escrita por: FuckMeanGirl

Notas do Autor


Oie!
Aproveitando o feriado para escrever e atualizar essa história que eu amo.
Capítulo 13 para vocês!
Espero que gostem, perdoem os eventuais erros e aproveitem a leitura!

Capítulo 13 - Capítulo XIII - Problemas


Capítulo 13 – Problemas.

 

Castelo de Pedra do Dragão – Sede atual da Casa Targaryen.

 

Os Sete Reinos tem um Snow como Rei do Norte, uma Rainha Lannister em Porto Real, as Ilhas de Ferro divididas entre um Nascido do Ferro derrotado e uma Rainha do Sangue de Dragão exilada por anos. Um péssimo, desafiador e sangrento cenário. Ainda confusa com a mais recente descoberta, Daenerys sentiu que a sua conquista seria ainda mais difícil.

— Rei do Norte? Tyrion, você me disse que Robb Stark estava morto! – Daenerys sentindo-se uma tola.

— E falei a verdade. Não estou me referindo à Robb Stark e sim ao seu irmão, filho de Lorde Eddard Stark. Um bastardo de nome Jon Snow. – Tyrion não se deixou intimidar.

— E um bastardo pode ser Rei? – Daenerys perguntou nervosa.

— Ele foi escolhido pelos seus vassalos após reconquistar o lar dos Stark das mãos de seus traidores. Minha esposa Sansa Stark governa o Norte ao lado do irmão. – Tyrion disse calmamente tomando mais um pouco de vinho. Já Daenerys não sabia como se sentir em relação a esse empecilho. Ambição e ódio pareciam tomar conta do seu sangue.

— O Norte é o maior reino de todos os Sete Reinos. Não posso e não quero ser a Rainha de um reino incompleto! – Tyrion assustou-se, mas logo disfarçou andando para a janela como se quisesse apreciar a vista.

— Minha Rainha... – Tyrion começou cauteloso. — Por muito tempo o Norte foi um reino independente e muitos outros reinos também governavam as suas terras da forma que melhor lhes convinham. Se for para o bem do povo, deixe que os nortenhos escolham de qual lado querem ficar. Certamente eles possuem grandes problemas e sabem como lidar com eles. Desde que todos mantenham a paz e a prosperidade, não há o que temer. Eles estão há milhas de distância. Não trocam a neve e o frio por outro lugar. O meu conselho é: tente formar uma aliança de poderes com o Rei do Norte. Os Starks são bons e justos. Confie na minha palavra.

— Eu tentei ceder as Ilhas de Ferro para Asha Greyjoy e veja o que aconteceu. Euron Greyjoy segurou as tropas até o último segundo, Asha quase morreu e o irmão dela fugiu.

— Mas você venceu, Minha Rainha.

— Não posso vencer sempre, Tyrion.

— Sabemos que você vencerá.

— Eu posso ficar louca antes de conseguir sentar naquele trono.

— E também pode tomar tudo o que os Lannisters roubaram por anos. Impeça a minha irmã de dizimar uma população inocente. Deuses! Digam o que quiserem de Robert Baratheon, mas ele foi um dos poucos reis da história de Westeros que comandou um povo por mais de 10 anos sem grandes guerras e carnificinas desnecessárias.

— Não ouse mencionar o nome desse homem no meu lar. – Daenerys disse com uma expressão dura como rocha.

— Eu sei o que ele fez à sua família, mas já parou para pensar no que a sua família fez à família dele? E a dor que a minha família e a sua causaram aos Martell? E aos Starks? E a todas as outras famílias que perderam entes queridos lutando aquela maldita rebelião? Ele se rebelou por um motivo e outros homens se rebelam por muito menos, Minha Rainha. Isto é Westeros.

Tyrion disse e saiu do salão principal levando uma garrafa de vinho nas mãos. Daenerys ainda tem muito o que aprender. A Mãe dos Dragões respirou fundo e voltou a encarar a noite na Baía da Água Negra.

 

 

Porto Real – Fortaleza Vermelha.

 

Meistre Qyburn encarava a Rainha Cersei Lannister há mais de cinco minutos e esperava uma resposta da mulher que não fazia nada além de ler e reler o corvo que havia chegado naquela manhã enviado pelo Banco de Ferro. O estranho homem não faz a mínima ideia do que se passa pela mente de Cersei que pensa em silêncio. Não suportando mais aquele mistério, Qyburn decidiu se pronunciar.

— Talvez eu possa ser útil com algum conselho, Majestade. Diga-me o que pensa.

— Ainda não formei uma opinião. Só tenho alguns rascunhos na mente.

— Quando pretende responder o corvo? – ele perguntou.

— Até amanhã, Meistre.

— Se me permite, Rainha. Posso dar-lhe um conselho?

Cersei voltou o seu olhar para o homem e assentiu.

— Os Tyrell de Jardim de Cima foram mortos na explosão do Septo, certo? Ou pelo menos, os três mais importantes. O Lorde Mace Tyrell, a Rainha Margaery e o herdeiro Loras.

— Sim. E como essa conversa pode ser útil, Meistre? – perguntou Cersei impaciente.

— Bom... – Qyburn se levantou. — Quem herdará as riquezas de Jardim de Cima se o futuro legítimo da Casa Tyrell está morto? – O velho Meistre disse e saiu deixando Cersei com a semente de uma ideia cruel nos seus pensamentos.

Cersei levantou-se rapidamente e saiu da câmara de audiências em busca de seu irmão, Sor Jaime Lannister. Montanha fazia a guarda da Rainha do lado de fora e a acompanhou. A Rainha Lannister e o seu monstruoso guarda desceram até uma das salas de reuniões da Fortaleza Real e Cersei pediu a uma das criadas que dissesse à Jaime que ela o esperava. Cersei foi à uma antiga mesa onde ela costumava receber visitantes inconvenientes e desenrolou um pergaminho relativamente novo do mapa de Westeros e observou a distância de Rochedo Casterly para Jardim de Cima. Calculou também que de Porto Real para a sede dos Tyrell é uma distância perigosa demais. Certamente eles ficariam sabendo que uma marcha os emboscaria no seu castelo e o plano de Cersei precisaria matar cada soldado Tyrell existente que ousasse passar pelo seu caminho. Ela ainda estava concentrada na leitura do mapa quando ouviu Jaime se aproximar. Vestido na sua bela armadura, o homem parou diante da Rainha.

— Mandou me chamar, Vossa Graça. – Jaime disse num tom de voz que pretendia ser debochado, mas Cersei pouco se importou.

— Sim. Sente-se, por favor. – ele fez o que ela pediu e Cersei sentou-se atrás da mesa. Pegou um pedaço de pergaminho limpo, uma pena e um tinteiro. Fez algumas anotações e voltou o seu olhar para Jaime.

— Recebemos uma carta do Banco de Ferro hoje pela manhã. Eles finalmente decidiram cobrar as dívidas da Coroa que começaram quando o Veado Baratheon ainda era o Rei dos Sete Reinos. Sabemos também que nosso Pai pegou diversos empréstimos para que pudéssemos manter as nossas aparências nos últimos anos e agora eles nos cobram. Moeda por moeda.

— Ainda não entendo como posso ser útil, Vossa Graça. – Jaime tentou parecer despreocupado, mas a perspectiva de uma vida sem o mínimo de conforto que os Lannisters sempre tiveram o assombrou.

— Nossas minas de ouro secaram há cinco anos. – Cersei estava séria e dura como aço.

— Cinco anos?! Por que ninguém nunca me disse nada? – Jaime finalmente pareceu interessado no assunto aos olhos da irmã. Cersei deu de ombros.

— Talvez porque você estava muito ocupado sendo prisioneiro do Jovem Lobo ou da Mãe dele, ou perdendo uma mão, lutando contra bandidos ao lado daquela mulher assombrosa... como é mesmo o nome dela?

— Brienne de Tarth é uma Espada Juramentada. Agradeceria se você não falasse dela com tamanho desprezo sem motivo algum. Ela é muito responsável por eu ter sobrevivido após ter sido prisioneiro de Robb Stark.

— Não me importo com ela. O fato é que as minas secaram e não temos fontes para arrecadar tantos impostos que possam cobrir as dívidas da Coroa e manter o Reino de pé.

— E qual é a sua solução? Tem alguma ideia plausível e executável?

— Claro. – Cersei fez uma pausa proposital. — Saquearemos Jardim de Cima.

— Como? Cersei, você enlouqueceu?! – Jaime quase gritou.

— Os herdeiros dos Tyrell estão mortos. O ridículo Lorde Mace, a sua putinha de olhos inocentes e aquele filho depravado. Todos estão mortos! Eu os matei na explosão daquele maldito Septo. Eu os tirei do nosso caminho. Eles teriam de servir para alguma coisa depois de mortos. A única pessoa que resta naquele maldito e riquíssimo castelo da Campina é Olenna Redwyne, a Rainha dos Espinhos. E ela não passa de uma velha que sem os seus guardas não é mais do que um corpo decadente.

— Cersei... – Jaime começou cautelosamente. — Não estamos em guerra nesse momento. Ainda não estamos. Não podemos simplesmente invadir a Campina e saquear Jardim de Cima por causa de uma dívida da Coroa que existe há anos. É uma decisão muito arriscada e perigosa.

— Nós precisamos das riquezas dos Tyrell e é isso que a Coroa e a Guarda Real irão fazer em nome da Rainha Cersei Lannister.

— Isso é loucura, Cersei! – Jaime gritou.

— Sor Jaime, você está contrariando as minhas ordens? Planeja fazer-me desistir da ideia? – ela perguntou friamente.

— Eu tenho certeza que podemos encontrar outra saída se pensarmos com mais calma, mas saquear Jardim de Cima não é nem de longe a melhor opção.

— Está decidido, Sor Jaime. Reúna os nossos homens. Todos os soldados Lannister, a Guarda Real, os nossos vassalos e outros bons amigos que nos devem imensos favores. Todos que estão espalhados pelos Sete Reinos e que nos devem alguma coisa precisarão se curvar diante da minha vontade. Eu vou saquear Jardim de Cima e nada vai me impedir.

— E se eu não quiser fazer parte disso? – Jaime perguntou sério, mas o seu interior clamava por um lampejo de bom senso na mente de Cersei.

— O seu dever é servir a Rainha.

— E se eu não desejar participar deste seu plano?

— Abandone a Guarda Real, dê as costas para a sua Rainha, dê as costas para o seu sangue e consequentemente viverá o resto de seus dias como um miserável. Tenha certeza que eu tirarei até mesmo a sua mão postiça de você. Não sobrará absolutamente nada de Sor Jaime Lannister para contar alguma história. Você já é conhecido como o Regicida. O que mais precisa para ser lembrado como um traidor para sempre?

Jaime não soube o que responder e Montanha apareceu ao lado da Rainha Cersei e ela saiu da sala de reuniões. O irmão e amante da Rainha encarou a própria espada presa na bainha, a mão falsa e o chão da Fortaleza Vermelha. Que escolha eu tenho? Ele perguntou para si mesmo com a garganta fechada. A vontade de jogar aquela maldita armadura no fogo e destruir o seu manto branco gritava no seu coração. Prometeu que sempre faria de tudo por Cersei. Ele pensou que a amava incondicionalmente, mas esse amor está sendo testado mais uma vez.

 

 

Winterfell

 

Jon Snow e Sansa Stark sabem o que o futuro reserva para eles. Um futuro repleto de incertezas, dor, mortes e frio. O frio mais doloroso e intenso que poderia ser difícil e provavelmente impossível de suportar. Entretanto, eles vivem os seus poucos e raros momentos juntos. Jon e Sansa aproveitavam o clima, o castelo, as pessoas, os mínimos detalhes de cada um de seus dias em Winterfell como boas crianças de verão. Todos os dias eles acordam juntos, tomam conta de seus deveres como governantes, fazem as suas refeições ao lado dos seus amigos e terminam as noites um ao lado do outro. Sansa sempre dorme tranquilamente nos braços de Jon e fica triste quando o rapaz pede encarecidamente que eles sejam mais discretos pelos corredores do castelo. Os beijos e os toques ainda são castos e escassos. Jon nunca tentou ir mais longe com ela, apesar de Sansa demonstrar interesse em seguir em frente, ele segurava-se para uma ocasião especial. Ele não faz ideia de qual ocasião é essa, mas tem fé de que um dia tudo pode mudar entre eles.

Enquanto eles discutem sobre as provisões para o inverno no gabinete principal, Jon parece muito preocupado com a situação que eles poderiam vir a enfrentar caso não soubessem poupar o que ainda tinham. Tudo no Norte é mais difícil. As plantações não crescem, os rios congelam, o gado morre de frio e de falta de alimento. Praticamente tudo do que eles precisam para sobreviver vem do Sul. Jon dizia muitas coisas, anotava outras, mas Sansa não parecia mais estar muito atenta aos assuntos tediosos que sempre os cercavam nessas pequenas reuniões. Eles tinham passado toda a manhã e grande parte da tarde trancados naquela sala.

— Então que acredito que possamos fazer algumas encomendas das Cidades Livres porque posso conseguir barcos com a Patrulha...

— Jon. – Sansa o interrompeu.

— O que foi?

— Precisamos de um descanso. – ela disse com as duas mãos massageando as têmporas.

— Sansa, é importante tomarmos algumas decisões para resolver essas questões o quanto antes. – ele parou de escrever e olhou para ela.

— Eu sei, eu sei. É só que...nós estamos aqui há horas e não paramos de falar de problemas o tempo todo. Minha cabeça está doendo.

— Tudo bem. Chame Sor Davos e posso finalizar esses assuntos com ele.

— Não! Ah, você não entende. – ela se levantou e saiu do gabinete.

Jon não conseguiu compreender o motivo de Sansa ter mudado de comportamento em menos de cinco minutos. Ele fechou o livro da despensa e guardou a pena e o tinteiro e saiu do castelo em busca da irmã. Quando chegou à porta do quarto dela, bateu três vezes e se anunciou:

— Sansa, sou eu. Posso entrar? – ele perguntou receoso.

Às vezes Sansa ainda lembrava aquela garotinha cheia de caprichos da infância que chorava e fazia a sua pior careta quando não conseguia que os seus desejos fossem atendidos imediatamente. Os únicos que sabiam lidar com esse lado da personalidade da menina eram os seus pais, Eddard e Catelyn. Os irmãos nunca tiveram paciência, principalmente Arya e Robb.

O mais absoluto silêncio foi a sua resposta por um momento e quando ele já estava virando as costas para ir embora, ouviu a taramela da porta sair do trinco de ferro e Sansa sorriu para ele.

— Pensei que não viesse! – ela disse animada e fechou a porta certificando-se de trancá-la. Jon entrou e percebeu que a janela do quarto dela estava aberta.

— Sabes que não deve permitir que as janelas fiquem abertas o tempo todo. Os homens podem subir nas torres dos fundos para espiá-la.

— Eu fecho as janelas nos momentos mais inapropriados. – ela fechou a abertura do vento e olhou para o rosto de Jon.

O Rei do Norte carregava uma expressão cansada e indisposta no rosto bonito. Sansa chegou mais perto e desamarrou o casaco do irmão. Colocou a grande peça de roupa no encosto da cadeira de sua penteadeira e segurou na mão de Jon. Jon deixava que ela o guiasse e fizesse o que bem entendesse com ele. Esse é o efeito quase hipnotizador que os belos olhos azuis de Sansa Stark têm sob o bastardo de Winterfell.

— O que está fazendo, Lady Stark? – ele perguntou sentindo uma terrível vontade de rir. Agora ele sabia o que ela queria.

— Quero que fique comigo por um tempo. – ela tirou as botas de Jon e os seus sapatos. Sentou-se na cama e ele também o fez.

— Não podemos nos refugiar aqui até o cair da noite.

— Ah, podemos sim! Desperdiçamos o dia todo resolvendo problemas e agora quero um pouco de descanso. – Sansa o abordou sem que ele tivesse tempo para se esquivar e o beijou.

Jon correspondeu enlaçando a cintura da garota em suas mãos e a colocando em seu colo. Sentia as pernas dela segurando as suas e o busto de Sansa a poucos centímetros do peito dele. Aos poucos e demoradamente, Jon apertou os braços dela e a deitou na cama. Ele ficou por cima, do jeito que ela gosta e levantou as pernas de Sansa para que pudesse passar as mãos na pele branca e macia como algodão. E como já era de se esperar, a batalha interna de Jon começou a feri-lo num misto de sentimentos confusos que passeava pelo prazer, satisfação e culpa. Num ímpeto, saiu de cima dela e deitou-se ao lado da irmã. Sansa se levantou e cruzou os braços.

— Poderia ter continuado.

— Não poderia.

— Até quando você vai me trazer para a cama, me beijar, me tocar por cima das roupas e fugir? Por favor, Jon. Nós somos adultos.

— Eu quero fazer tudo do jeito certo com você.

Sansa acariciou o cabelo de Jon.

— Prometa-me que não irá para a verdadeira guerra sem antes me tomar como sua mulher. – ela pediu séria. — Prometa-me! – agora o pedido soava como uma ordem da garotinha ruiva de Winterfell.

Jon sorriu, puxou-a para os seus braços e disse:

— Eu prometo.


Notas Finais


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