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História The Wolf - Diabolik Lovers - Cordélia


Escrita por: LadyMidnight_

Notas do Autor


Yo minna-san! ;)
Aqui está mais um capítulo da fanfic.
Ele está relativamente pequeno por precisei resolver algumas coisas e fiquei ocupada com meus estudos, mas semana que vem, o próximo capítulo será maior pois terá mais acontecimentos do que esse e até uma parte que provavelmente, vocês leitoras, talvez gostem hehe.
Gostaria de avisar novamente que os dias de atualização da fanfic à partir de agora serão sexta-feira, sábado e domingo. Tentarei postar dois capítulos por semana, mas se não conseguir, pelo menos um capítulo por semana é 100% garantido.
Espero que gostem do capítulo.
Boa leitura h.h

Capítulo 16 - Cordélia


 

 

Capítulo 16 

                      

  O incidente do beijo no banheiro fica gravado na memória de Shu, que sem conseguir controlar os próprios pensamentos, revê o momento à quase todo instante, sentindo-se como um adolescente abobalhado por uma paixão de verão, ficando dividido entre se frustrar ou gostar dessa sensação causada em si. Algo não muito diferente acontece com Selene também, que relembra do acontecido em momentos totalmente inoportunos, corando e agindo desastradamente, precisando de certo até conseguir voltar ao seu normal. Por que isso está me afetando tanto? Eu deveria apenas ter sentido repulsa e raiva, mas não, gostei da atitude sem nexo do Shu. Esqueça isso de uma vez por todas, Selene! A morena balança a cabeça negativamente para tentar espantar seus pensamentos vergonhosos. Yui que está sentada ao lado da maior apenas observa tudo em silêncio, notando que algo está fora do comum. O que poderia ter acontecido?

 

.     .     .     .     .

 

  Selene caminha por um dos enormes corredores da mansão com a intenção de voltar ao seu quarto, guardar seu material escolar que havia usado para estudar algumas matérias junto com Yui, trocar de roupa e tirar um maravilhoso cochilo. Ela dá passos calmos e assobia uma canção aleatória que passa por sua cabeça.

  A jovem para de andar bruscamente, notando a mudança no ambiente, que se torna frio e pesado, um cheiro podre misturado ao que, para Selene, lembra um tipo específico de camélia que lhe é estranhamente familiar. Mais um acontecimento louco para a lista. Ela revira os olhos de jeito sarcástico, mas seu sarcasmo some no mesmo momento em que ela presta atenção na silhueta se movendo de um quarto para o outro: uma mulher de aparência fantasmagórica e demoníaca usando um vestido longo preto com poucos detalhes em branco, seu cabelo longo roxo faz Selene lembrar de Kanato. Essa poderia ser...? Só pode estar de brincadeira que agora eu consigo enxergar o espírito da mãe de quinta dos trigêmeos! A mulher que estava de costas anteriormente, se vira para trás, olhando diretamente para a loba, sorrindo sadicamente. A jovem sente o perigo correr em suas veias ao tomar ciência do brilho sombrio dos olhos do fantasma da mulher.

  – O que você quer aparecendo para mim? Não sou que nem a Yui. Não tenho o coração ou o mesmo sangue que o seu pra ter alguma ligação, então me deixa em paz Cordélia.

  Apesar de ter sentido medo do olhar sádico da arroxeada, Selene não se deixa levar por tal coisa, enfrentando firmemente ela, sem vacilar um minuto sequer. A outra mulher se mantém em silêncio, mas continua com seu sorriso diabólico e passa a se aproximar da morena, que continua parada no mesmo lugar e se recusa a dar passos para trás. Os segundos parecem minutos intermináveis e cada vez mais a mais velha se aproxima da jovem.

  – Selene? – Reiji aparece repentinamente ao lado da garota, olhando-a em dúvida por vê-la encarando algo “invisível” no corredor.

  Cordélia desaparece da vista da mais baixa sem explicação, deixando ela confusa e assustada ao olhar para o lado e ver o vampiro tão perto de si. Será que ela sumiu por que ele apareceu? O que teria acontecido se ele não tivesse aparecido e estivéssemos apenas nós duas? O que ela queria comigo? Por que aparecer logo pra mim?

  – Que susto, Reiji! – Resmunga colocando a mão no peito, tentando regularizar sua respiração que acelerou por conta do susto.

  – O que estava fazendo parada no corredor enquanto encarava o nada? – Desconsidera a reclamação da menor, encarando-a inquisitivamente.

  – Não era nada. – Dá de ombros – Agora se me dá licença... – Voltando a tratá-lo com desprezo, ela se vira para continuar o que estava fazendo antes de encontrar o fantasma.

  – Espere! – Ele rapidamente segura o pulso da jovem, fazendo-a parar de andar e olhar para ele com desinteresse – Quero que pare de me tratar dessa forma.

  – Você quem procurou a situação atual em que nos encontramos agora, então você é a última pessoa que tem direito de reclamar de algo, Sr. Quatro Olhos. – Sorri de maneira ácida, soltando seu pulso do aperto do moreno – Você colhe o que planta, vampirinho. – Dá uma piscadela, sorrindo provocativamente com total intenção de irritar o mais alto.

  Apesar de sentir raiva do que lhe foi dito e como a loba agiu, Reiji não consegue evitar de gostar da forma como ela lhe chamou de “vampirinho” e o sorriso provocativo que lançou para si, apenas olhando ela se afastar cada vez mais até sumir no corredor em direção ao seu quarto. Um sorriso de desespero se forma no rosto do moreno, que passa as mãos por seus cabelos – sempre alinhados –, bagunçando-os violentamente. O que diabos ela está fazendo comigo?!

 

.     .     .     .     .

 

  Três semanas se passam. Shu, Reiji e Subaru continuam atordoados com as sensações e pensamentos estranhos em relação a Selene, não tendo coragem de admitirem e nem ao menos tendo a percepção de que a morena está sim abalando-os de uma forma avassaladora em tão pouco tempo de convivência. Selene não é tão diferente, já que além de estar confusa com os sentimentos estranhos que a atingem toda vez que está perto de um dos três rapazes, Cordélia passou a aparecer com mais frequência, as vezes tentando chegar perto de si e outras apenas andando por algum lugar da grande mansão, deixando a jovem intrigada pela mulher querer interagir consigo sem motivos aparentes. Durante esse tempo que passou, os quatro são atormentados por sonhos desconexos, parecidos com as visões que os vampiros tiveram em outros momentos. Se contariam para alguém? Nunca, claro.

  Graças as mudanças bruscas de sentimentos e sensações, Shu, Reiji, Subaru e Selene por vezes agem diferente de seus estados “normais”, causando momentos que são constrangedores apenas para os quatro. Os trigêmeos ficam observando e tentando entender o que está levando-os a agirem dessa maneira, Yui sendo a única que tem uma melhor noção de qual é a situação em que eles se encontram.

  – Selene-chan! – Exclama repentinamente, assustando a morena – Gomen’nasai. Não queria assustar você.

  – Tudo bem. – Sorri fraco, aliviada ao perceber que é apenas a loira. A humana senta ao lado da amiga na grande mesa de jantar.

  – Aconteceu alguma coisa?

  – Ahn? – A outra garota para de comer, tentando se fazer de desentendida – Por que acha que aconteceu alguma coisa?

  – Você está ainda mais distraída esses tempos. Olha que nem estou falando de quando você está perto do Shu-san, nem do Reiji-san e do Subaru-kun. – Dá uma risadinha fofa – Nós viramos amigas no dia em que veio morar aqui assim como eu, por isso me preocupo com o que acontece e quero poder ajudar você no que eu puder. Por isso me diga o que está acontecendo Selene-chan.

  – Bem que eu gostaria de poder dizer, Yui-chan. – Retribui com um sorriso pequeno – Mas não quero comentar sobre justo quando você finalmente já está livre desse problema a tanto tempo.

  – Que problema?

  – ‘Hmpf... Você não vai desistir de me fazer contar o que aconteceu, certo? – Suspira pesado ao ver a loira concordar com um sinal positivo de cabeça – Cordélia. Ela apareceu na minha frente umas três semanas atrás e tentou encostar em mim ou sei lá que plano ela tinha... Desde então ela fez mais aparições e eu não consigo entender porque ela está aparecendo pra mim. Não tenho o coração e nem o sangue dela pra ela querer me atormentar.

  – Etto... Dizem que animais podem ver pessoas mortas. Talvez seja por isso? – Selene dá uma risada, achando engraçado e fofo o comentário – Desculpa, desculpa. Não queria ofender. Falei alguma coisa errada? – A humana pergunta rapidamente, começando a se desesperar com a ideia de ter feito alguma coisa.

  – Não, não. Só achei fofa a sua dedução. Foi engraçado. – Dá dois tapinhas leves nas costas da amiga na intenção de acalmá-la – E sim, nós lobos podemos ver espíritos, mas só quando estamos na forma animal ou deixamos o lado animalesco tomar conta parcialmente. Então não temos como usar isso como resposta.

  – Que estranho... – Yui comenta pensativa, tentando entender junto com a outra garota o que poderia ser a causa – Pretende investigar?

  – Já comecei a fazer isso, mas por enquanto não tive nenhuma sorte. – Dá de ombros.

  – Sei que vai conseguir encontrar a resposta que procura. – Sorri confiante para encorajá-la – E se precisar de ajuda vou estar aqui, ‘tá bem?

  – Obrigado, Yui-chan. – Abraça de lado a humana, ambas riem.

 

.     .     .     .     .

 

  Dois seres se encontram sentados, de frente um para o outro, em um lugar sombrio e escuro, onde o vento é tão gélido que lhes daria a sensação de terem suas peles cortadas por lâminas ou morreriam por tamanho frio, se fossem humanos. O vampiro leva sua taça contendo sua bebida favorita – sangue – até os lábios, sorvendo o líquido com calma. O outro ser parado a sua frente não toma nada, apenas mantém sua postura altiva, olhando com desdém para o vampiro ali presente.

  – Deveria sorrir mais vezes. Criará rugas fazendo tanta cara feia assim. – O albino é o primeiro a quebrar o silêncio após colocar sua taça de volta a mesa, sorrindo cínico com a própria provocação ao escutar o rosnado do outro.

  – Não somos amigos, não se esqueça disso Sakamaki. Nossas raças ainda são inimigas. – Bufa irritado – Além disso não vim aqui para conversas sem utilidade. Quero saber como andam as coisas com aquela insolente. Já morreu?

  – Oh, fala de Selene? – O vampiro coloca os cotovelos na mesa, cruzando as mãos para apoiar o queixo nelas em seguida, nunca tirando o sorriso cínico do rosto – Continua viva e com bastante energia, apesar das mudanças.

  – DE QUE ME ADIANTA ELA ESTAR COM ENERGIA?! QUERO ELA MORTA! – Esbraveja, perdendo a pouca compostura que tinha até o momento. O ser respira profundamente para voltar ao seu estado de antes – Você me disse que seus filhos são sádicos e que ela morreria em pouco tempo ficando naquela casa.

  – E irá. É apenas questão de tempo para que esse seja o destino dela.

  – Estou começando a pensar que você tenha mentido para mim, Heinz. – O ser franze sua testa, controlando-se para não perder a compostura novamente.

  – Não se preocupe, meu caro. Lembre-se de que firmamos esse acordo porque eu precisava de uma bolsa de sangue para alimentar parte deles para que não matassem Eve e acabassem com meus planos e desejos para o futuro, mas apesar disso não me importo se matem-na. Posso encontrar outra bolsa de sangue para substituí-la. Que razões eu teria para mentir para você?

  – Uhm... Está bem. Por hora irei continuar a acreditar no que diz. – Levanta calmamente de sua cadeira – Mas se eu descobrir que mentiu para mim, irei fazer o que estiver ao meu alcance para iniciar uma caça a sua cabeça. Estamos entendidos?

  – Estaria ansioso por um momento desses, caro amigo... – Sorri sombriamente, carregando de sarcasmo ao dizer a palavra “amigo” – Até lá.

  O outro ser não responde nada, apenas segura sua vontade de socar a cara do vampiro até retirar o sorriso irritante de seu rosto, dando as costas para KarlHeinz e saindo do lugar sem olhar para trás.

  – Tudo está saindo conforme meus planos... – Sussurra animadamente para si mesmo, animado com seus pensamentos sombrios.

 

 

   Continua...



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