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História The World Through Her Eyes - Shower


Escrita por: GiovannaBaccio

Notas do Autor


Nos últimos anos eu revisitei minhas ideias de que revisão é apenas coisa de estagiário. Bem, eu ainda concordo com isso, mas também acho que eu seria um ótimo estagiário, então comecei a revisar antes de publicar, espero que a leitura fique mais prazerosa

Capítulo 4 - Shower


Por via das dúvidas, Laura fez questão de se trancar a porta tanto do banheiro de cima quanto do banheiro do andar debaixo. Ainda era um mistério para a loira o motivo das precauções, em sua inocência e falta de contato com o assunto, mas no almoço Carmilla parecia feliz e a loira descobriu que gostava daquilo. Gostava o suficiente para desejar mantê-la assim.

No canto de sua mente, começava a se preocupar com a morena, não apenas com a questão de resolver seus mistérios, mas sim a pensar em seu bem-estar, visto que desde que ela chegou, tudo o que havia feito era ficar deitada na cama e descer para comer nas refeições. O que, convenhamos, não parecia exatamente o estilo de vida mais saudável para se manter.

Depois de lavar a louça sozinha, já que a Elvira havia subido imediatamente após o episódio estranho do almoço, Laura repassou seus compromissos, apenas para perceber que não tinha nenhum agora que as aulas importantes já haviam acabado. Poderia talvez colocar sua leitura de fanfics em dia, ou talvez começar a ler o livro que precisaria estudar para o próximo bimestre. O fato era que tinha finalmente tempo livre o bastante para fazer o que bem entendesse. Pensando nisso, subiu as escadas até seu quarto, precisando se lembrar de que não poderia se jogar na cama, como gostava de fazer.

Se acomodando no colchão no chão, os olhos da Hollis brilharam ao ver a tela do spirit fanfics carregando em seu celular pela primeira vez no mês. Seus autores favoritos provavelmente já haviam atualizado no mínimo duas vezes e estava morrendo para absorver mais energia gay com novas fics de Supergirl, agora que Lena descobriu a verdadeira identidade da Kara. Não podia negar, era uma fanática da cultura gay. Era parte de quem ela era e se orgulhava imensamente disso. Quem sabe um dia possa ser dona de um jornal que só publicasse notícias relacionadas à cultura gay. Era o que fazia sua alma cantar. Era a prova de que sua vida estava indo no caminho certo.

— O que está fazendo? — Assustando a loira que estava legitimamente perdida nas próprias fantasias, Carmilla coloca apenas a cabeça para fora da cama, de modo a ficar visível para a loira.

Vendo a surpresa e confusão da mais nova, resolveu se explicar.

— Você estava fazendo barulhos estranhos. Achei melhor perguntar, no caso de você estar tendo um ataque cardíaco ou algo assim... — Carmilla deu os ombros, na intenção era a de demonstrar que não ligava. Mas ela ligava, e ligava muito para o que acontecia com a jovem Hollis.

— Lendo fanfics...? — Era uma informação nova saber que fazia barulhos enquanto lia. Quer dizer, sabia que ficava animada quando o casal principal fingia que não gostava um do outro, porém não imaginava que manifestasse isso fisicamente.

— De que ship? — Carmilla não entendia porque queria continuar a conversa, mas queria. Quer dizer, Laura estava bem e já sabia disso. Não precisava mais interagir. Odiava ter que conversar com as pessoas, na verdade. Mas ela queria ter conversas casuais que a permitissem conhecer melhor a personalidade da loira.

— No momento, Supercorp.

— Ainda existem pessoas que shippam supercorp depois da terceira temporada? — Questionou torcendo a boca, levemente incrédula com a informação. 

— Agora vai ficar bom, eu prometo. A quinta temporada vai ser sobre a Lena reagindo à descoberta de que Kara é Supergirl. — Precisava defender seu ship a todo custo, de maneira quase instintiva.

— Meus parabéns, aqui está o seu certificado de queerbaited.

Laura não respondeu a isso, porque sabia que era verdade.

— Em defesa da CW, avalance. — Insegura e sem querer que a conversa com a morena termine, Laura continua a discussão.

— Okay, não importa o que aconteça, nada pode defender a CW, mas preciso admitir que sou fraca por avalance. — Carmilla até mesmo se sentou na cama, fechando seu livro com um marcador entre as páginas, para se concentrar melhor na conversa com a loira, que por sua vez também havia deixado o celular de lado. Ao menos agora estavam encontrando pontos em comum entre as duas para conversarem e Laura podia jurar que internamente o seu corpo estava fazendo o barulho que faz quando seu ship se beijava nas fanfics.

— É uma relação tão saudável que eu choro.

— “Não é perfeito...” — Carmilla começou a citar a fala da Sara na cena em que constroem o armário.

— “... MAS É NOSSO”!!!!!! — Laura gritou o final, teatralmente levando a mão ao coração logo antes das duas caírem na risada.

— Eu juro que às vezes eu caminho por aí e acabo repetindo para mim mesma “O tempo certo não simplesmente acontece, Sara. Você tem que fazer escolhas”. Essa me bate profundamente. — Admite Carmilla, um pouco menos histérica depois das risadas.

— A minha favorita desse episódio é quando a Ava diz “Mas você poderia ter escolhido qualquer outra mulher” e a Sara responde “Eu não quero outra mulher.” — Dessa vez, Carmilla leva a mão ao coração e solta um grunhido enquanto simula uma expressão de choro.

— Avalance acabou com a minha vida, mas eu ainda sou uma garota de clássicos. Não sei se você se lembra daquele casal de Once Upon A Time, Alice e Robin? — A morena pausa e Laura acena que não com a cabeça. — Alice, a do país das maravilhas, tem esquizofrenia, e então ela se afasta da Robin, bem resumidamente. Depois, a Alice vai conversar com a Robin novamente, e diz “Existem dias bons e dias não bons, e eu não quero que você me veja nos dias não bons. Não ainda, porque pode ser um pouco demais para algumas pessoas” e então a Robin responde “Entendi. Mas você não precisa se preocupar porque nunca vai ser demais para mim, não importa que tipo de dia seja”. — E por mais que Laura não soubesse exatamente o tamanho do peso que aquela cena tinha para Carmilla, pôde ao menos sentir com intensidade como aquilo era importante

Em silêncio, ambas contemplaram a força daquelas palavras. Se perderam ao cogitarem a rara possibilidade de algum dia aceitar e amar alguém independentemente do quão difícil isso possa ser. Algum tipo de mágico amor verdadeiro que aguentaria tudo e suportaria tudo. Ambas as mulheres não eram mais crianças para acreditar nesse tipo de coisa e, ainda assim, não conseguiam parar de acreditar. Não que, de qualquer forma, fossem confessar isso uma para a outra, não tão cedo, pelo menos. 

— Quem diria, a senhora das trevas tem sentimentos... — Laura tentou jogar uma piada para que o clima intenso e profundo se dissipasse. Era mais fácil conversar com alguém que você conhece tão pouco se o assunto fosse superficial. Não que alguma delas estivesse de fato tendo algum tipo de dificuldade em levar a conversa a níveis mais profundos, de qualquer maneira. Na verdade, esse parecia ser o caminho para onde todos os assuntos entre as duas convergiam naturalmente.

Talvez Laura estivesse lendo fanfics demais, ou talvez fosse a forma como a luz do sol da tarde faziam os olhos da estrangeira parecerem mais castanhos, mas simplesmente era fácil falar com a morena. Era simples e casual. E pela duração exata de um segundo se sentiu puxada em direção a ela, embora nada físico de fato a puxasse. Queria abraçá-la e lhe prometer coisas. Lhe prometer mundos inteiros e quantas estrelas ela quisesse.

Feliz ou infelizmente, a voz de Sherman anunciando a sua presença no andar debaixo tirou a loira do seu transe, fazendo-a perceber a loucura daquilo tudo. Não poderia começar a sonhar com uma garota que veio do outro lado do mundo e que parecia ter mais problemas do que conseguia resolver sozinha. Definitivamente não. 

Com sorte sua mente esqueceria desse segundo de insanidade, torcia.

Trocando rapidamente olhares com Carmilla, Laura se levantou para ir ver seu pai.

— Hey pai, onde estava? — Sentia que seu pescoço estava quente e sua respiração acelerada. Talvez pelos pensamentos anteriores, talvez por ter corrido nas escadas.

— Tive que sair porque esqueci de fazer a prova de vida esse mês. — O aposentado tirava o casaco e o pendurava atrás de uma cadeira qualquer.

— Pai... — A jovem Hollis diminuiu sua voz. — Por quê deixou a Carm sozinha? — Estava séria. Os papéis haviam se invertido.

— Eu... Sinceramente me esqueci. — O suspiro pesado provava a verdade em suas palavras. — Como ela está? — Perguntava genuinamente interessado.

— Ela não só comeu quando eu cheguei, como também praticamente fez o almoço sozinha. Conversamos um pouco. Acho que estamos nos dando bem. — Por alguma razão, Laura sentia a necessidade de guardar as interações com Carmilla apenas para si, como seu segredo particular, como se as memórias pudessem ser corrompidas caso fossem compartilhadas de forma indevida. — Eu vou... Voltar lá pra cima.  — Sem esperar o pai responder, a loira refaz correndo o caminho das escadas. Não queria voltar a ficar perto de Carmilla, porque seria estranho, mas também não queria ficar longe de Carmilla, porque a proximidade parecia necessária.

— Sabe, eu não sou um bebê que precisa de vigilância em tempo integral. — Carmilla disse assim que a Hollis entrou no quarto novamente. Estava irritada e não colocava nenhum esforço para esconder isso. Sua voz era fria quando em comparação com o tom que usou na conversa que se desenrolava apenas há poucos minutos atrás. Seus olhos, fixos no livro que segurava relativamente perto ao rosto, pareciam vazios.

— Não penso isso, Carmilla.  São as instruções que o Silas deu. — Não queria desagradar a estrangeira, e sabia que a verdade era sempre o melhor caminho a ser seguido. Mordendo o lábio inferior, alcança o fichário de capa azul e procura a página que diz para não deixar a garota sozinha para mostrá-la à morena em questão.

Carmilla desviou os olhos apenas por tempo o suficiente para ler onde a loira apontava, e ainda assim, não se sentia melhor. Era frustrante ter que ser vigiada, pessoas terem que cuidar de você como um bebê. Era irritante pessoas acreditando que não era capaz de existir sozinha. Era difícil acreditar que não estava quebrada qaundo todas as pessoas ao seu redor não davam chance para que ela funcionasse sozinha. Ela não era incapaz.

— Eu não te acho incapaz. — Laura disse e só então Carm percebeu que havia dito seus pensamentos em voz alta. — Apenas acho que precisa de ajuda, mas não precisamos falar sobre isso se não quiser. — Era claro que tinha curiosidade, mas tinha também sensibilidade o suficiente para saber que a morena conversaria com ela quando sentisse que era necessário e, até lá, apenas lhe cabia esperar. 

Seria mais fácil para Carmilla ficar brava com Laura se ela simplesmente não fosse tão legal, se Laura fugisse ou se assustasse. Mas Laura não era assim. Laura era teimosa e curiosa e seu coração era bom. Não tinha nenhum motivo para ajudar a estrangeira, mas ajudaria. Assim como o amor por fanfics, essa também era uma parte de quem a jovem Hollis era. Carmilla fez questão de fazer uma nota mental.

Claro que a loira morreria para entender o que se passava com sua colega de quarto, mas pela primeira vez entendeu algo que estava pensando de maneira errada: O melhor que poderia fazer pela mulher era parar de vê-la como alguém frágil que precisava de cuidados.

Parece que Laura precisaria ter uma longa conversa com sua amiga Perry que cursava psicologia.

Não entendia exatamente o motivo, mas queria poder estar lá por Carmilla. Nem que seja apenas como uma boa amiga…

Com seu pensamento lhe traindo, Hollis então teve a segunda epifania: Precisava o quanto antes parar de olhar para Carmilla de uma maneira romântica. Ela provavelmente já tinha coisas demais para lidar e não precisava de uma anfitriã apaixonada.

— Olha, desculpa, eu só... — A contragosto, Carmilla começava a se desculpar pela forma dura como a havia tratado, removendo-a de suas divagações.

— Tudo bem... — Laura não precisava que Carmilla terminasse para entender o que a outra queria dizer.

Só que então o silêncio extremamente desconfortável novamente se instalou no quarto e o clima parecia ter ficado insuportável.

— Então... — Começou a loira, rapidamente buscando em seu cérebro o primeiro assunto que pudesse ter em comum com a mulher. — No próximo bimestre, vamos ler Conte Para As Abelhas. Conhece esse?

— Cupcake, eu conheço todos eles de cor. — E aí estava, o tom convencido e levemente arrogante. Só que, dessa vez, Laura sabia que ela tinha razão em se gabar, já que aparentemente, Carmilla realmente entendia de literatura lésbica.

— Tem alguma dica para os mortais?

— Quem gostou de ler O Preço Do Sal, vai gostar desse. Extremamente descritivo e emocional. Além de se passarem em épocas muito próximas. Juro que em certos momentos a autora parece ter fumado algumas ervas. — Ri fracamente da própria piada. Sentia-se animada em poder finalmente falar sobre seu Interesse Especial com alguém. Não eram raras as vezes em que as pessoas a deixaram falando sozinha por não aguentarem mais ouvir sobre aquele assunto

— O preço do sal? — Hollis franze o cenho, por não estar familiarizada com o título.

— É o nome original de Carol. Falando nisso, acho que Conte Para As Abelhas tem um filme também.

— Eu adoro quando os livros têm filmes.

— Mas não se iluda, buttercup, a mídia é apenas um auxiliar. A essência está inteira no papel.

— Minha professora, a senhora Cochrane, fala a mesma coisa... — Comenta Laura, intrigada com a coincidência.

— Onde mesmo disse que estuda, cupcake? — Carmilla ficou intrigada após ouvir o nome, mas, por sorte ou desleixo, Laura não reparou.

— Eu não disse. Estudo na Universidade Silas. Incrível ironia, não? — Se referiu à instituição ter o mesmo nome do padrasto da outra.

— Silas, hein? Não é muito conhecida por sua atenção à diversidade... Por que foi parar lá?

— Meu pai queria que eu estudasse na mesma cidade, então eu não tive muitas opções.

— Me surpreende que tenha um curso de literatura lésbica como optativa... — Comenta tentando demonstrar o casual desinteresse.

— Me surpreendeu também, acredite. A professora Cochrane que dá essas aulas mais “modernas”, mas ela sempre conta que é bem difícil fazê-las serem aprovadas. — Fez as aspas com os dedos, para ilustrar seu ponto. — Hum, quer chocolate? — Oferece a barra que acabara de tirar da bolsa.

— Interessante... — Ignorando a oferta, com cara de nojo, a intenção de Carmilla não era exatamente encerrar a conversa, mas, de fato, estava pensando bastante sobre as informações que havia acabado de conseguir. Talvez devesse fazer uma ligação.

Por isso, pouco antes do jantar naquela noite, a morena procurou um lugar privado da casa para retornar uma ligação que antes estava completamente disposta a ignorar.

— Olá, sim, aqui é a Carmilla. Eu decidi aceitar a proposta de vocês. Vamos discutir os detalhes.


 

A semana seguiu sem maiores incidentes. Carmilla sem levantar da cama para qualquer outra coisa além de comer e ir ao banheiro dava sinais claros para Laura que a garota sofria de depressão e não era necessário um gênio para perceber isso. As interações, embora raras, alegravam o dia da loira que, por sua vez, tentava prender constantemente a atenção da visitante, seja com brincadeiras, jogos ou perguntas aleatórias que lhe vinham à mente. Sentia-se como uma criança fazendo de tudo para chamar a atenção de um adulto, mas o problema era que a adulta em questão sempre lhe respondia.

As coisas mudaram quando Laura acordou com o barulho do chuveiro. Levantou-se e verificou a cama. Era Carmilla quem estava tomando banho. Cinco e meia da manhã era cedo para qualquer pessoa, mas poderia ser considerado madrugada para os hábitos da morena. O mais peculiar era o fato de que, desde que chegara, essa era a primeira vez que Carmilla estava tomando banho. Enquanto ouvia atentamente a água do chuveiro caindo, a angústia e a ansiedade se tornavam mais presentes. E se a morena precisasse de ajuda? E se estivesse machucada? Ou pior, e se estivesse se machucando?

Engolindo em seco, a jovem se levanta e se dirige até o banheiro, mordendo o lábio inferior e segurando a respiração, tentando ouvir algum barulho fora do normal. Depois de andar em círculos por mais trinta segundos, Laura finalmente resolve bater na porta. Deu duas batidas e não houve nenhuma resposta. Depois de mais dez segundos, decidiu bater novamente, de maneira um pouco mais vívida. Estava cada vez mais assustada. Quando ia bater novamente, a porta se abre.

— Posso te ajudar, cupcake? — Uma Carmilla de toalha e com uma das sobrancelhas levantadas lhe questiona, sem humor.

— Eu estava preocupada…

— Já disse que não preciso de uma babá. — Declara e força seu corpo para frente, voltando para o quarto, esbarrando propositalmente em Laura no caminho. Seu humor não parecia ser dos melhores.

Ainda acalmando seus nervos, a loira foi deixada para trás pensativa. Apenas olhava a figura da morena enrolada em uma toalha rosa. Era extremamente magra por baixo das roupas largas que costumava usar e…

Seu estômago gelou e se contraiu quando reparou.

O corpo de Carmilla tinha muitas cicatrizes. Muitas. Mais do que corpos deveriam ter, em lugares onde cicatrizes não deveriam estar.

Sem perceber, seus pés estavam seguindo a mais velha.

Nem mesmo pediu consentimento quanto gentilmente segurou o braço da morena e o levantou para ver de perto. Não se atreveria a dizer nenhuma palavra. Em seguida, fez a mesma coisa com o outro. Carmilla não reclamou, mas tampouco sabia como reagir. Sentia-se exposta e vulnerável, e a sensação era nauseante, mas talvez por vergonha ou por não ter encontrado a força em si, não foi rude com Laura. Sentia-se mais nua do que se estivesse, de fato, sem toalha.

Por sua vez, Laura seguiu o procedimento da lista. Não havia nenhum novo ferimento na morena. Era o que precisava fazer, e tinha feito. Pensou em se virar e deixar a morena se trocar, mas isso poderia fazer com que ela se sentisse rejeitada, então rapidamente rebateu seu próprio pensamento. Sabia pouco, mas sabia que seria idiotice fazer perguntas. Ambas estavam desconfortáveis.

Sem soltar a mão de Carmilla, Laura ergueu a cabeça e esperou por uma eternidade até que a outra finalmente lhe olhasse nos olhos, e a morena o fez por apenas um milésimo de segundo antes de desviar novamente. Naquele instante, conversaram rapidamente. Com um aperto na mão da morena, e um meio sorriso sincero e nada condescendente, Hollis prometeu à hóspede que estavam bem. Que a relação das duas estava bem.

Que ela estava bem.

Que Carmilla estava bem.

Que tudo ficaria bem.

 


Notas Finais


Ih, mas será que tudo vai ficar bem mesmo?


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