História Effects Of Destiny - Capítulo 9 - Tê-lo para você.

Chanyeol's Pov.

Eu não podia acreditar, ele realmente se lembra de mim, ele lembra que eu fui seu primeiro amor. Primeiro Amor. 

- Baek... Baek, onde esteve? Por quê? — Segurava a sua mão que estava em meu rosto, ele riu levemente e negou com a cabeça. 

- Não vou te responder nada agora, vejo que já está indo embora, então vá e amanhã conversamos melhor. — Seu sorriso era tão doce, tão reconfortante que eu simplesmente não conseguia não sorri de volta. 

Mesmo hesitante, eu concordei e o deixei naquele lugar horrível. O jeito que ele falou não mostrava nenhum sinal que ele podia ser insano, que tinha feito tais coisas... Preciso estuda seu histórico antes de começar um tratamento e, mesmo que eu não possa levar isso pro lado pessoal, acredito que só assim eu poderei ajudá-lo. 

Sigo para casa muito mais aliviado, muito mais esperançoso, muito mais leve. As coisas podem sim dar certo, eu vou fazer a diferença. 

Infelizmente nem todas as coisas positivas acontecem constantemente e, ao chegar em casa, vi a prova real disso.

Poder ouvir a risada gostosa do meu menino Sehun me alegra, mas o motivo das risadas naquele só fez meu sangue subir. Afinal, o que Luhan fazia aqui a uma hora dessas? 

Após fechar a porta sem fazer barulho, sigo em passos leves até a sala, onde as risadas se encontravam.

A cena que eu vejo, só deu mais motivo para eu querer voar no pescoço daquela miniatura de chinês.

Sehun se encontra deitado no sofá rindo, enquanto as mãos de Luhan se encontra em várias partes de seu corpo, fazendo cócegas. O rosto de ambos estavá muito próximos, próximos demais.

- Atrapalho? — Pergunto jogando com uma certa força, as chaves da porta e do carro na mesinha da entrada para sala. 

- Chany! — Sehun fala surpreso empurrando Luhan que, quase caiu do sofá, e vindo na minha direção me abraçando. 

- Hyung, espero que não se incomode mas...eu e Lu viemos estudar juntos para a prova que vamos ter. — Sehun explica depois de desfazer o abraço apontando para Luhan que, se ajeitou no sofá me encarando. — E bem...como eu vim pra cá, eu o chamei.

- Vieram estudar? Não pareciam está estudando. — Digo e vejo Luhan bufar. Será que se eu jogar o vaso que está do meu lado na cabeça dele, ele morre? 

- Olha a hora, Chany, já terminamos de estudar a horas atrás. — Sehun ri nervosamente.

- Então ele já podia ter ido embora. Sabe, não gosto de ter que chegar na MINHA casa depois de um dia cansativo de trabalho e me deparar com visitas desagradáveis. — Sinto Sehun me puxar como forma de repreensão, mas não dou atenção e vejo Luhan se levantar com um sorriso sarcástico e pegar seu casaco. 

- Já vou indo, Hunnie, só estava tendo graça quando tinha apenas nós dois. — Ele se aproxima de nós, dá um beijo estalado próximo da boca de Sehun, sorri pra ele e pra mim seguindo para a porta. — Boa noite, Park. — Disse sem me olhar e saindo. 

Reviro os olhos e respiro fundo, esse garoto me tira muito do sério. 

- Chany... — Sehun se aproxima, mas eu desvio do seu toque e vou para o quarto. — A qual é, Chanyeol? Nada aconteceu! 

- A questão aqui não é isso, o fato dele está na MINHA casa me incomoda! Se era pra ficar assim com ele, levava pra sua casa, Sehun. — Digo furioso, mas a expressão incrédula de Sehun me deixa um pouco arrependido. 

- Por que você é tão... Argh, Chanyeol? Para de pensar só em você! — Sehun grita. 

- Penso só em mim? Sehun desde que você conheceu esse merda, ele faz de tudo pra nós deixar mal e você não percebe isso. — Ele me olhava como se não acreditasse nas coisas que eu falava. 

- Luhan não tem nada a ver com as nossas brigas, você que procura motivos pra colocar culpa nele sem ele ter feito nada demais. — Ele vira as costas pra mim indo em direção a porta. 

- Jura? Então, quando terminamos você vai cair na real das coisas, Oh. — Ele se vira e me olha de forma chateada, seus olhos brilhavam conforme as lágrimas iam se formando. 

- Terminar? É isso que você quer, não é? Olha, pensando bem... Luhan seria uma pessoa muito melhor pra mim, pois pelo menos ele me entende e não fica me julgando ou trilhando meus próprios passos como se eu fosse uma criança! Maldito dia que eu te conheci primeiro que ele... — Encarava ele sem saber o que dizer, talvez eu tenha pegado pesado demais com ele.

- Sehunnie, escuta... — Ele me interrompe com a voz embargada. 

- Não... Eu vou pra casa e, quando ambos estivermos com a cabeça fria, resolveremos o nossas vidas. — E assim ele sai do meu quarto, me deixando com a maior dor de cabeça. 

Sento na minha cama e puxo meus cabelos em sinal de frustração, sendo capaz de arrancar alguns fios.

Nada que eu disse foi mentira, aquele chinês é uma ameaça para nós e Sehun não ver isso! O quão cego ele pode ser?

Penso em ir atrás de Sehun, mas não adiantaria nada no momento, o jeito mesmo era esperar os nervos se acalmarem. Me levanto e vou para o meu banheiro tomar um banho pra tentar relaxar.

Enquanto minha banheira enche, começo a me despi sem pressa e tentando pensar em alguma forma de convencer Sehun das coisas que eu disse. 

Antes da banheira encher totalmente, entro nela sentindo meus músculos relaxarem com a água morna e algumas espumas que já começavam a se formam. Quando já estava cheia o suficiente, desligo o registro e cubro meu corpo até a minha boca e fecho os olhos dispensando qualquer pensamento sobre o ocorrido anterior, por enquanto. 

Com isso, uma pessoa invade meus pensamentos, mas não é qualquer pessoa. Era Byun Baekhyun.

N/A's Pov. 

Luhan andava pelas ruas com vários pensamentos na mente, ele queria ter alguma ideia de convencer Sehun que Chanyeol não o ama e que ele é merecedor do amor do mais novo.

Ele precisa de conselhos e sabia com quem ele iria pedir. Seu primo Yifan certamente estaria em casa aquela hora. 

A casa do seu primo ficava nos bairros mais ricos de Seul, então teria que pegar o metrô pra chegar até lá.

Assim que pegou o metrô, começou a pensar como o primo conseguiu tanto dinheiro para morar em uma mansão. Bem, por partes ele sabia que o chinês mais velho trabalhava para alguém que fazia algumas coisas um tanto quanto ilegais, mas nada que isso interferisse no relacionamento de ambos. 

Os pais de Wu Yifan tinham falecido em uma queda de avião, o que fez o chinês ficar desolado e sem rumo, mesmo tendo a ajuda dos pais de Luhan, o garoto se sentia sem saber o que fazer. 

Um dia, o menino Yifan saiu para se distrair ou simplesmente procurar mais das substâncias que cobriam todas suas memórias de seus pais e o acidente, e nesse dia, que parecia uma sexta-feira comum, foi o dia que tudo na sua vida mudou. 

O garoto que era inocente das malicias do mundo e depressivo, se tornou um homem muito experiente e flexível em menos de um ano. A mudança de Wu fizeram que os pais de Luhan o fizesse se afastar do seu único primo, mas depois de anos, Luhan preferiu não se importava com as exigências dos pais e foi atrás do primo que, por muito tempo, foi seu único melhor amigo. 

Luhan não negava que tinha inveja da vida do primo, mas tinha noção que, mesmo sendo uma vida de aventuras, não era o que queria para si, por isso sempre negou as propostas tentadoras de Wu. 

Mas isso não impedia que Luhan frequentasse lugares luxuosos cheio de criminosos e prostitutas com o primo algumas vezes. Se Luhan sabe das malicias do mundo hoje, ele agradece ao seu primo.

Uns dizem que o herói de um garoto é seu pai mas, para Luhan, seu herói era seu primo criminoso Wu Yifan.

Assim que chegou na mansão exageradamente grande do primo, não precisou fazer muito para liberarem sua entrada. 

Logo na porta de entrada, podia ouvir risadas, gemidos e alguma música eletrônica de fundo e, ao chegar mais perto da grande sala de estar, viu o quanto seu primo se divertia com duas garotas que estavam em cima dele. 

Yifan se encontrava sentado no sofá com uma das garotas fazendo um trabalhinho em seu membro, enquanto a outra o beijava de forma desesperada o chinês mais velho.

Para Luhan, não era uma cena constrangedora já que já tinha pegado o primo de forma mais explicita que essa e ainda tinha até estado no lugar das garotas. Então, apenas coçou a garganta atraindo atenção das três pessoas ali. 

- Luhannie! — Yifan o chamou animado, tirando as garotas de perto de si e mandando ambas para o andar de cima. Logo de ter arrumado sua roupa no corpo, foi em direção ao chinês mais novo o abraçando.

- Desculpa atrapalhar sua diversão, mas preciso de uns conselhos seus. — Luhan segue caminho ao mini bar que se encontrava na sala, sentando em um dos bancos que ficava em frente ao balcão. 

- Desabafe, pequeno. — Yifan serve um copo de whiskey para si e outro para o primo. 

- Sehun é muito iludido e preciso arrumar alguma forma de convencer ele que o namorado dele não o ama, mas não faço ideia de como fazer isso, Fan. — Luhan bebe um pouco de seu whiskey após desabafar. 

- Eu podia dar um jeito nele. — Yifan comenta risonho, mas Luhan nega. 

- Eu iria me sentir culpado e Sehun não iria superar isso, ele realmente ama Park Chanyeol. — Revira os olhos e bebe mais um pouco da bebida. 

- Park Chanyeol? Esse é o nome do namorado de Sehun? — Pergunta Yifan curioso, o que causa estranheza em Luhan. 

- Sim, Park Chanyeol, o médico psiquiatra daquele manicômio ou sei lá o que perto da saída de Seul. Por quê? — Pergunta Luhan tentando entender onde o primo queria chegar.

- Espera um pouco. — Yifan vai até o sofá, pega seu celular e começa a procurar algo e clica em algo indo em direção ao primo. — Por acaso, esse Park Chanyeol, é esse cara? — Pergunta Yifan mostrando uma foto de Chanyeol. 

- Sim, é esse idiota...mas por que tem uma foto dele no seu celular? — A pergunta fez o sorriso do chinês mais velho aparecer, mas era um sorriso cheio de maldade. 

- Isso foi mais fácil do que eu imaginava... — A voz de Yifan era risonha enquanto olhava a foto de Chanyeol.

- Como assim, Fan? — Luhan já estava nervoso com o fato de não entender nada do que seu primo falava. 

- Sei como pode ter o Sehun pra você. — Luhan se ajeita melhor no banco para ouvir a longa história que seu primo tinha para contar.