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História The Young Folks - Fucking Strikers


Escrita por: luanagrings

Capítulo 21 - Fucking Strikers


Abella Del Corneto POV'S


- Abella? - perguntou em tom de ironia e um sorriso de canto apareceu em seu rosto.
- Harry.
- Ab.
Contei até dez para não arrancar-lhe um olho.
- Harry.
- Ab. - ele repetiu e eu bufei.
- O que faz aqui? - acabei com a brincadeira.
- Vim ver como você está. - respondeu e apoiou os braços na mesa. Harry estava com os olhos apertados e o rosto inchado como quem acabara de acordar, sua camisa era cinza com estampa abstrata e sua expressão não era muito boa.
- Bem na medida do possível. E você?
- Você se importa? - franzi o cenho para sua pergunta - Porque na hora de fugir com o Zayn sem antes nem mesmo falar comigo, você não pareceu se importar.
- Uma menina sistemática de 12 anos está ocupando seu corpo?
Harry suspirou e passou as duas mãos no cabelo, os levando para trás.
Coloquei o donut e a xícara de café sobre a mesa e me levantei, Harry ainda com um olhar homicida e me acompanhou. Saí andando à passos largos do salão em que tomava meu café, após chegar ao corredor entrei no elevador que tocava uma musica entediante. Harry conseguiu correr e também entrar no a tempo que ele se fechasse. Apertei o botão dos décimo oitavo andar, as portas se fecharam e o elevador começou a subir.
- Você não veio aqui só para ver se eu estou bem. Não é? - cruzei os braços, me encostando no espelho do elevador. Harry parou de frente para mim e eu pude analisá-lo melhor. Sua calça jeans escura e justa estava rasgada no joelho. E o cabelo meio bagunçado, como sempre, o deixava absurdamente sexy.
Harry colocou a mão nos bolsos e me encarou.
- Ah é? Então na sua opinião, pra que eu vim?
Descruzei os braços e dei um passo para frente vagarosamente com cara de pensativa. Harry tirou as mãos do bolso e sem tirar os olhos dos meus, deu também um passo para frente, fazendo com que houvesse pouco espaço entre nós.
-Eu acho que voc... - fui interrompida pelos lábios de Harry pressionados aos meus.
Ótimo jeito de me fazer calar a boca, ponto pra você, Styles.
Harry separou de nosso selinho e eu o puxei para um abraço.
Abracei Harry o mais forte possível. Harry foi pego de surpresa e ficou parado e confuso, sem responder ao abraço.
- A-Ab. Por quê você está me abraçando?
- Às vezes, tudo que as pessoas precisam é de um abraço. E você precisa de um. - falei ainda agarrada ao seu tronco. Harry respirou fundo e me abraçou forte, enterrou o rosto em meus cabelos e suspirou. - Eu sei como está se sentindo. Sair da casa do Tio Mark deve está sendo difícil, você gosta muito dele. Mas, eu estou aqui pra você. - falei e o apertei mais.
Harry me apertou mais forte e suspirou um "obrigado" em meu ouvido. O elevador abriu e nos soltamos, olhei para Harry e sorri, ele retribuiu o sorriso e demos as mãos.
- Vem, vou te mostrar meu quarto de luxo. - falei animada e o puxando para fora do elevador.
- A cama é boa? - pronunciou em tom safado e eu dei uma risada.
Entramos no quarto e Harry se jogou na cama, soltando um longo suspiro.
- Cansado? - perguntei abrindo o frigobar e tirei duas garrafas de cerveja.
- Um pouco. - disse e eu tirei os sapatos e me sentei ao seu lado. Harry se sentou de frente para mim depois de tirar os sapatos eu lhe dei uma cerveja.
- Onde seus pais moram? - perguntei e Harry me olhou franzindo a testa.
- Por que a curiosidade?
- É que eu nunca os vejo te visitando e você se muda de casa sem nem mesmo avisar. Eu fico curiosa, afinal você não deve ser um filho abandonado igual a mim. - dei um sorriso amargo.
- Eles vivem em Londres. - disse simplesmente e continuei o encarando cara de quem quer mais - Hum... Não tem muito o que falar sobre eles.
- Então me diz o que tem.
- Os meus pais vivem em Londres junto com o dos outros. Os do Louis, Niall, Liam e Zayn são todos amigos, trabalhavam no mesmo hospital particular, eram médicos e foi assim que nos conhecemos. Morávamos em uma cidade aqui na Califórnia há alguns quilômetros daqui, em Oakland. - deu um gole na cerveja - Seu tio era o dono do hospital, mas vendeu a um alemão e nossos pais não queriam mais trabalhar lá com o novo dono. Um dia, o pai de Louis conseguiu uma transferência para um hospital de Londres e todos os outros também foram atrás de vagas nesse hospital. Eles conseguiram, levaram nossas mães e eu sobrei com os quatro. Ficamos aqui com o Mark por causa do Cody e fim de historia. - Harry sorriu sem empolgação e deu outra golada na garrafa.
- E onde o Norman entra nessa historia?
- Ah, ele já era amigo do Cody quando nossos pais entraram no hospital do seu tio. São amigos de longa data.
- E vocês já contaram para os pais de vocês? - perguntei me referindo a eles saírem da casa de Tio Mark. Harry negou com a cabeça.
- Vamos falar com eles depois. O que você acha da gente mudar o assunto? Você sabe, sua mãe...
- Não, está tudo bem, é bom que me distraio. Ficar sem falar com alguém nessas horas me faz pensar besteira.
- Besteira? - perguntou tentando jogar charme para cima de mim.
- Não o seu tipo de besteira, Styles. - falei divertida e fazendo Harry dar uma risada gostosa.
Ele colocou a garrafa de cerveja no chão e me puxou pelas pernas fazendo com que me colasse a ele. Permaneci com as pernas uma de cada lado abraçadas ao tronco de Harry e abraçada ao seu pescoço enquanto ele me segurava pela cintura e a outra mão ia à minha nuca.
- Eu senti sua falta. - confessou colado ao meu rosto. Dei um sorriso.
- Você só ficou dois dias sem me ver...
- Uma hora sem você já é o suficiente para sentir sua falta.
- Você falando assim até parece que é romântico. - gracejei dando uma risadinha.
- Sabia que você é ótima para estragar os momentos? - perguntou e sorri mais largo. A lembrança de Zayn me dizendo aquilo na estrada cercou meus pensamentos.
- Sabia.
Harry segurou minha nuca com mais força.
- Promete que não vai fazer mais isso, não vai fugir e me deixar preocupado. - pediu chegando o rosto ainda mais perto, raspou o nariz contra minha bochecha e acariciou minha nuca com o polegar.
- Prometo. - sussurrei e Harry selou nossos lábios com ternura.
Passei as mãos para seu cabelo e ele me abraçou pelos ombros com o outro braço, passou a língua para dentro de minha boca e nos beijamos vagarosamente provando as saudades. Inclinei-me sobre seu corpo deitando Harry na cama e ficando por cima dele. Ele passou a mão pela minha perna devagar, me fazendo arrepiar, mordi seu lábio inferior, o fazendo sorrir durante o beijo. Amava quando ele fazia aquilo.
Harry colocou a mão quente por baixo da minha blusa causando um choque em contato com a minha pele e sugou minha língua. Estava a um passo de tirar sua camiseta quando meu celular tocou. Bufei.
Saí de cima de Harry irritada e peguei o celular que tocava sobre o criado mudo ao lado da cama. Atendi enquanto encarava Harry deitado.
- Alô?
- Quem fala?
- Ab, hum... É o Patrick.
- Oi Patrick, o que foi?
- Você está com o Zayn?
- Não, por quê?
- Ham... Não é nada não. - notei um tom de inquietação no tom de voz de Patrick, o que me causou desconforto.
- Me fala. O que foi?
- É que Zayn saiu para resolver algumas coisas já faz um tempo e eu achei que ele devia estar aí com você.
- Eu só falei com ele quando acordei, mas foi ele quem me ligou. E o que ele foi fazer que te deixou tão preocupado?
- Eu não sei se posso te dizer, o Zayn não quer que você se envolva com os assuntos dos...
- Diz logo, Patrick!
- Ele foi em um encontro com os Strikers. Se você contar pra ele que eu te disse isso, você vai ser encontrada morta boiando em um rio.
- Strikers?
- É, é uma gangue que anda implicando com os Folks por causa de rixas e essas coisas.
- Implicando? Droga. - mil coisas ruins passaram por minha cabeça. - Onde você está?
- Aqui com todo mundo no galpão 5, por quê?
- Eu já chego aí. Vou esperar ele com vocês. - anunciei apressada e me levantando correndo. Harry também se levantou confuso e correndo atrás de mim que rodava o quarto procurando minha bolsa.
- Eu vou morrer por isso, mas quer que eu mande te buscar? Tem um Folk aí perto. - disse Patrick do outro lado da linha.
- Sim, por favor. Tchau.
- Tchau, Ab. - falou e desliguei.
Corri até minha cama me abaixando e encontrando minha bolsa.
- O que aconteceu? - Harry perguntou me parando pelos ombros quando eu me virei.
- Ham... Eu tenho que sair.
- Por quê?
- É que... Ah... Minha amiga. Ela se meteu em problemas, eu tenho que ir ajudá-la. - inventei uma desculpa qualquer.
- Tem certeza? Que amiga? Quer que eu te leve lá? Eu vim de carro.
- Ué, minha amiga. Não precisa, imagina. Te vejo mais tarde, me liga depois. - pedi dando um selinho em Harry e saindo apressada do quarto.
Desci pelo elevador nervosa e já tentando ligar para Zayn que não me atendia. Ele podia estar em problemas, e eu podia ter um ataque a qualquer momento.
Eu nunca havia ouvido nenhum dos garotos do Young Folks comentando sobre eles e presumi que seriam alguma gangue nova.
As portas do elevador se abriram e saí apressada, atravessando o salão correndo e discando o número de Zayn que ainda não atendia. Passei pela porta do hotel e vi um carro rebaixado, roxo e com alguns desenhos parado na frente do hotel.
Pelo tipo de carro já notei que era um Folk. Fui apressada até ele.
Quase chegando ao carro saiu alguém que logo reconheci como Maicon. Ele abriu a porta para mim e eu entrei sem trocar nenhuma palavra. Ele entrou em seguida em silêncio e disparou com o carro.
- Tudo bem, Maicon?
- Sim, senhora. - disse focado na estrada.
- Ab, me chama de Ab.
- Ok. - assentiu sorrindo levemente para mim.
- Esses Strikers são perigosos? Querem alguma coisa com o Zayn? - perguntei levando o celular ao ouvido e discando novamente o número de Zayn.
- Não sabemos direito. Eles apareceram faz pouco tempo.
- E você acha que Zayn está bem? - perguntei aflita sem ser atendida por Zayn novamente.
- Ele vai ficar bem. - disse reconfortante e voltou a atenção para a estrada enquanto eu tentava ligar de novo para Zayn.
 

Paramos o carro em um beco já na South Of Market.
Entrei no galpão que ostentava o numero cinco moldado em uma placa de aço que planava sobre o grande portão de metal.
Maicon me guiou pelo espaço que me confundiu um pouco.
Era escuro e úmido, janelas minúsculas e redondas era minoria no lugar que havia grandes mesas e computadores contendo várias pessoas monitorando câmeras, mapas, dados, etc. No fundo, ficava uma grande mesa de madeira com oito lugares distribuídos em sua volta, e sentados neles estavam Cody, Jimmy, Norman, Patrick, Lil e Jake. Norman se levantou para me abraçar.
- Zayn não vai gostar de saber que você veio aqui. - alertou e acenou para Maicon que estava parado atrás de mim, o garoto saiu ao comando de Norman.
- Eu fiquei preocupada com ele. Não vou sair daqui até ele aparecer. - decretei me sentando ao lugar vago na mesa e cumprimentando todos com um aceno de cabeça.
- O que vocês estão fazendo?
- Coisas. - respondeu Cody dando de ombros. Olhei para ele com repulsa e voltei o olhar para Jake. - Você foi atrás do Zayn? - perguntei. Ele me olhou confuso e negou com a cabeça. - Zayn ta desaparecido e vocês não estão fazendo nada para encontrá-lo?
- Ele sabe se virar.
- E se ele estiver precisando de vocês?
- O que você quer que façamos, gênia? - Cody desmereceu colocando um pé sobre a cadeira.
Olhei significativamente para Lil que deu uma risadinha.
- Ok, dê sua sugestão.
- Eu e o Norman vamos tentar rastrear o carro dele, Cody e Jake vão pegar alguns peões e se espalharem para procurar Zayn nem que seja para revirar San Francisco inteiro. - demonstrei autoridade na voz, o que causou uma risada de Monre - Lil e Monre vão ficar aqui para mandar alguns peões cercarem todo o perímetro dos galpões. Não sabemos se eles pegaram Zayn e querem invadir pra fazer alguma coisa que gangues façam.
- Você entende bem do assunto, huh? - Jimmy debochou me causando desconforto. Eles não estavam me levando a sério.
- Jimmy e Patrick ficam aqui e dão continuação ao trabalho e "coisas" - falei fazendo aspas com as mãos e encarando Cody que piscou - Também coloquem alguém para investigar os Strikers e o chefe deles.
Todos me encaravam e depois se entreolhavam.
- Essa é sua sugestão?
- Sim e agora vamos achar o Zayn. - falei me levantado e Norman veio atrás de mim. Os outros riram.
- Agora. - Norman ordenou arrogante e todos se encolheram - O que estão esperando?
Obedecendo as ordens de Norman, todos se puseram de pé para fazer o que sugeri.
Kevin rastreou o carro de Zayn que foi localizado em uma rua deserta perto de um viaduto. Norman e eu fomos imediatamente para lá.
Ao chegar lá, encontramos o carro de Zayn escancarado e abandonado.
Seu celular estava jogado no chão ao lado e chutei a lataria com raiva.
- Mas que droga! Eu sabia que ele não tinha sumido, pegaram ele.
- Nós vamos encontrá-lo. - disse de modo convicto e colocando o celular de Zayn no bolso traseiro.
- Mandamos alguém vim buscar o carro dele? - Norman assentiu - O que vamos fazer agora?
Entramos no carro tentando achar alguma resposta, Norman coçou a testa.
- Preciso pensar. - ele deu batucou os dedos no volante.
Meu celular quebrou o silencio que se instalou ali por alguns instantes, peguei com pressa e atendi ainda mais rápido com o nome de Harry piscando no visor.
- Alô? - atendi.
- Oi, Ab. É o Harry.
- Hum... Oi Harry.
- Tá tudo bem?
- Tá sim. Aconteceu alguma coisa?
- Não não, é que eu fiquei preocupado, você saiu já faz um tempo e não deu notícias.
- Ah, desculpa! Mulheres. - falei tentando soltar uma risada descontraída.
- Ok, depois que se resolver com sua amiga vamos nos ver, fechado?
- Fechado, beijos.
- Tchau, Ab. 
Acabei de desligar o celular e o de Norman tocou. Com uma expressão séria, ele ficou respondendo apenas com acenos de cabeça mesmo que quem estivesse do outro lado da linha não pudesse ver e por fim disse um “ok”. Norman desligou o celular e me encarou.
- O que foi? - perguntei trançando os dedos nervosamente.
- O Zayn apareceu. E ele tá machucado.

Zayn estava na casa de Lil, passei pela porta do quarto como um furacão e encontrei alguns dos garotos ao pé da cama. Jimmy, Cody e Lil observavam Zayn deitado, mas não pude vê-lo porque estavam na frente.
Corri para passar entre os rapazes e encontrei Zayn deitado. Seus olhos estavam fechados enquanto ele repousava com uma mão na barriga, seus cabelos estavam grudados na testa por um provável corte feito ali que jorrou o sangue seco impregnado em seu rosto e sua roupa rasgada e ensanguentada deixava a cena pior. Os cortes na extremidade do nariz e lábios davam a impressão que ele havia rolado em pedregulhos.
- Droga Zayn! O que foi que aconteceu?!

 


Notas Finais




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