História There is no love without suffering. - Casa, casamento e filhos

Acordei com um barulho super estranho, aparecia que estavam derrubando a casa ou o mundo estava acabando. Me virei para o lado esquerdo e o barulho estranho vinha do Castiel, ele estava roncando, pela primeira vez ele estava roncando. Acho que estava cansado, de certo passou em claro todas as noites que eu estava no hospital. Assim como ele também estava cansada mas aquele ronco estava insuportável. 

Me levantei da cama com cuidado para não acordar o ruivo, peguei o coberto que usávamos deixando ele sem nada e seu celular que estava encima do criado mudo. Sai do quarto nas pontas dos pés ainda sonolenta e cambaleando, fui até o andar de baixo o deixando sozinho. 

Me joguei no sofá junto do cobertor,  desbloqueei o celular do tomate. Eram 3:30 e eu estava morrendo de sono mas ainda assim não estava conseguindo pegar no dormir, fiquei fusando suas coisas, fui na galeria e tinha algumas fotos nossas, com a isa e em todas As fotos ela sorria e parecia feliz, isso me deu um aperto no coração e uma vontade imensa de chorar bateu,  me segurei ao máximo para não começar a choradeira de novo. 

Continue olhando suas fotos até chegar em algumas com suas fãs que me deu um certo ciúmes mas é sua carreira não posso fazer nada. Esse tipo de menina que vai ver ele tocar, na minha opinião elas estavam quase peladas mas não vou julgar né. Apaguei todas, aliás não tem porquê ele guarda fotos com as fãs no celular.

Fiquei mechendo em seu celular mas o sono começou a chegar e eu não aguentei, dormi feito um bebê naquele sofá. 

Castiel 

Acordei com frio pois estava sem coberta, essa tábua é muito folgada pegou tudo pra ela. Também estava com a garganta seca, precisava de água. Abri meus olhos lentamente e me levantei esfregando os mesmo, sai do quarto nas pontas dos pés para não fazer barulho, o chão estava gelado e eu estava descalço. 

Fui até a cozinha peguei um copo e abri a geladeira. Tomei minha água e me despertei um pouco, quando fui voltar pro quarto vi ju deitada no sofá. Ela estava com nosso cobertor e meu celular na mão, isso explica o porque deu estar com frio,  não entendi por que dela está ali mas tudo bem. Como eu levantei e nem reparei que ela não estava do meu lado.

Fui até ela e tirei meu celular de suas mãos, ela estava tão linda. Sua boca estava entre aberta e tinha uma mecha de cabelo caída em seus olhos. Levei minha mão com bastante cuidado até seu rosto para não acordá-la, retirei a mecha de cabelo e dei um beijo em sua testa. 

Castiel: - Você não tem noção de como eu te amo. 

A cobri melhor e voltei pro quarto. Peguei outro cobertor um pouco mais fino que o outro e voltei a dormir. 

Juliana 

Acordei assustada com a porta barulhos na porta, achei que era um ladrão ou algo do tipo, me encolhi no sofá até que alguém entrou. 

Era Rosa e Legh, eles estavam com algumas sacolas de supermercado nas mãos e rindo. Aquele casal é muito lindo. 

Juliana: - Oi gente. - Rosa me olhou assustada e pulou encima de mim no sofá. 

Rosa: - AMIGA, QUE SAUDADE, DESCUPA NAO ESTAR AQUI MAS TIVE QUE SAIR COM O LEGH. - Ela me agarrava e gritava em meus ouvidos. 

Juliana: - ROSA...  - A afastei de mim. - Não se preocupa. - Dei um sorriso ela retribuiu. - Agora não me esmaga mais tá. 

Rosa: - Ta bom. - Ela continuava com seu sorriso no rosto. 

Juliana: - Preciso te contar uma coisa. - Baixei a cabeça tentando disfarçar. 

Rosa: - Pode falar.

Juliana: - Quando o Castiel acordar eu conto. 

Rosa: - Ok, falando nisso por que a senhorita não está lá encima com ele? 

Juliana: - Ele estava roncando, não consegui dormir. - Disse sem dar muita importância. 

Legh: - Meninas preparei um café da manhã pra gente. - Ele apareceu na porta da cozinha com um pano de prato no ombro direito. 

Rosa: - Awwn que lindo meu namorado, vamos amiga. - Ela se levantou e pegou em minha mão. 

Juliana: - Já vou. Vou até o quarto acordar o Castiel. - Disse já subindo as escadas. 

Chegando lá o ruivo estava com outra coberta de certo sentiu frio, porém ele não roncava mais. Me joguei encima dele, o mesmo estava de costas. Comecei a  dar vários beijinhos na parte de seu rosto que eu alcançava, em pouco tempo ele acordou. 

Juliana: - Bom dia meu amor. - Continuei com os beijinhos. 

Castiel: - Hm... - Ele deu um gemido. 

Juliana: - Castiel acorda, a gente tem que ir pro hospital ainda. - Disse massageando suas costas.

Castiel: - Não quero levantar. - Sua voz estava grossa e ainda de sono.

Juliana: - Então fica dormindo vou ver a isa sozinha.  - Dei um leve empurrão em suas costas e me levante. 

Castiel: - Nossa como você é chata. Deixa eu nem dormir. - Ele se levantou bufando. 

Juliana: - Vou tomar banho. - Disse pegando uma toalha. 

Castiel: - Pra quê tomar banho de novo?  Já tomamos ontem. - Ele disse dando os ombros. 

Juliana: - Por que não sou porquinha igual certas pessoas que não vou citar nomes. - Lancei um olhar pra ele e o mesmo soltou uma curta risada. 

Entrei no banheiro e deixei a porta entre aberta para que o tomate entrasse se quisesse. Tirei meu pijama e prendi meu cabelo num coque bem alto para não molhar. Entrei no box e logo o ruivo adentrou o banheiro, abri o registro numa água quente e entei debaixo esperando o Castiel. 

Juliana: - Sabia que você viria. - Dei um sorriso enquando ele me abraçava. 

Castiel: - Sabia nada. - Ele enfiou sua cabeça na água. 

Tomávamos um banho rápido, trocamos algumas carícias e nada mais, Castiel fez questão de passar o sabonete em minha barriga o que me fez rir até a mesma doer, não sei o motivo de ter rido mas era muito fofo o jeito que ele me tratava e me dava carinho. 

Saímos do banheiro e cada um se secou sozinho, fui até o guardaeroupas me vesti,  coloquei um cropped vermelho com detalhes preto e uma saia de cintura alta branca. Soltei meus cabelos e estava com algumas ondas naturais que o deixou bem bonito, coloquei uma sandália de salto preta e uma bolsa de ombro, enfim estava pronta. 

Sentei de frente para penteadeira e decidi fazer uma maquiagem caprichada já que Castiel é super enrolado pra por roupa então teria bastante tempo, ele demora mais que mulher. Fiz minha pele e o tomate saiu do banheiro já arrumado, se jogou na cama de novo e ficou lá me esperando terminei. Aproveite que estava com vontade fiz um delineado de gatinho bem fofo com um rímel bem destacado. Estava pronta, realmente ficou bem bonito. 

Castiel: - Ta lindo amor vamos. - Ele disse impaciente enquanto eu retocava meus cílios. 

Juliana: - Calma mor, só um segundo. - Disse pegando meu batom e levando aos lábios. 

Era uma batom rosado e nude, ele destacou meus lábios carnudos dando ainda mais volume. 

Juliana: - Pronto. Como estou? - Me virei pra ele e dei uma voltinha. 

Castiel: - Mecheu, mecheu mas não mudou nada. - Ele disse debochando da minha cara. 

Eu não respondi só fechei a cara e fui até a port.  Abri a porta e ia sair até que ele pula da cama e me segura. 

Castiel: - Tô brincando tábua, você tá linda meu amor. - Ele deu aquele sorriso que amolece meu coração. 

Demos um beijo rápido e sua boca ficou suja de batom então passei meu dedo para limpar e ele me deu uma mordida não muito forte mas eu fiz uma careta de dor o que fez o mesmo cair na gargalhada e eu acabei entrando na brincadeira e ri junto. 

Descemos até a cozinha e a mesa ainda estas arrumada, tomamos nosso café com brincadeiras e risos. Terminamos o café, mandei Castiel arrumar a cozinha ele bufou mas obedeceu, enquanto ele limpava lá eu fui até a sala guardei meu coberto no quarto  e escovei meus dentes pra sair, aproveitei que estava no quarto retoquei meu batom e desci.

Castiel já tinha termina então fomos em direção à moto, coloquei o capacete e sentei o abraçando bastante, ele estas andando mais devagar que o de costume e eu sabia que era por que estava sensível por tudo que estava nos acontecendo. 

Chegando no hospital fui direto na recepção e pegamos o crachá pra podermos entrar, já fazia uma hora que o horário de visitas começou. Caminhamos até o quarto da Isa e quando entramos encontramos ela no mesmo estado dos dias anteriores.

Eu realmente tinha a esperança de que ela estaria acordada e rindo. Meu coração doeu mas me segurei, Castiel estava segurando minha mão e senti ele dá um leve aperto na mesma, sabia que ele sentiu o mesmo que eu então sem pensar duas vezes o abracei, foi o melhor abraço que já demos, eu o apertava com todas minhas forças e ele fazia o mesmo. Já não conseguia mais segurar minhas lágrimas e as deixei rolar pelo meu rosto, eu já estava até soluçando e senti Castiel respirar fundo. Ele estava chorando?  Fiquei me perguntando isso até que decidi me afastar para confirmar e vi seus olhos acinzentados cheios de lágrimas e sua pele branca avermelhada. 

Passei minhas mãos em seu rosto secando suas lágrimas e o mesmo não tirava os olhos de mim, ele olhava fixamente nos meus olhos.  Fiquei meio constrangida com seu olhar e o abracei novamente. 

Juliana: - Eu te amo. - Cochichei em seu ouvido. 

Castiel: - Eu também te amo. - Ele disse respirando fundo tentando conter suas lágrimas. 

Ficamos alguns minutos abraçados até que alguém abre a porta e nos assusta fazendo com que nos saltassemos por instinto. Era o doutor da Isa e sua enfermeira. 

Doutor: - Bom dia Juliana, Castiel. - Ele pegou em nossas mãos em forma de comprimento. 

Castiel: - Ju vou no banheiro já volto. - Ele falou baixo perto de meu ouvido para que só eu pudesse ouvir, eu apenas concordei com a cabeça. 

Juliana: - Como a isa está? - Me sentei na poltrona ao lado de sua cama. 

Doutor: - melhorando a cada dia. Assim como nós dias anteriores. 

Juliana: - Mas quanto dias ela vai ter pra acordar? 

Doutor: - Juliana você sabe que eu não posso te dar essa resposta né. - Ele me olhou com um sorriso no rosto.

O doutro saiu da sala e me deixou com a enfermeira que estava aplicando soro na veia da Isa. 

Enfermeira: - Está bonita hoje Juliana, está com um semblante mais feliz também. - Ela disse enquanto fazia seu trabalho. 

Juliana: - Muito obrigada. - Dei um sorriso sem graça. 

Enfermeira: - E o bebê como está - Está tomando suas vitaminas certinho?  

Juliana: - Está crescendo eu acho. - Passei a mão em minha barriga e dei uma pequena risada.

Castiel entrou no quarto, as pontas de seu cabelo estavam molhadas em sinal que ele havia lavado o rosto pra aliviar um pouco. Ele entrou no quarto e logo em seguida e enfermeira saiu. 

Castiel: - O que o doutor disse?  - Ele pegou na mão da Isa. 

Juliana: - O mesmo de sempre. - Disse revirando os olhos. 

Castiel: - Estou com saudade de ver o sorriso dela. - Ele disse com uma voz falhada.

Me levantei da poltrona e fui até ele, o abracei pro trás e beijou suas costas acariciando sua barriga. 

Castiel: - Que ridículo o que estou fazendo. - Ele mudou seu tom de voz me assustando um pouco. 

Juliana: - Do que está falando? - Não estava entendo sua atitude. 

Castiel: - Que quem deveria estar te dando força e não chorando pelos cantos como uma mocinha. - Ele disse num tom grosso. 

Juliana: - Que comentário machista Castiel, se você chora é porque tem sentimentos e não porque é uma mocinha. - Disse no mesmo tom que ele. 

Castiel: - Eu sei ju mas...  - Ele se virou pra mim. - Eu quem deveria estar te abracando e te dando força e não ao contrário. - Ele me abraçou. 

Juliana: - Mas você está, não se preocupa. Tudo o que eu sofro você está sofrendo, estamos passando pela mesma dor. - Disse num tom meigo e acariciando seus cabelos. 

Castiel: - Desculpa. Eu estou com medo. - Eu não sabia mais o que dizer. 

Juliana: - Eu também estou. - Ele ficou em silêncio, acho que esse não foi o melhor comentário a se fazer. 

Ficamos em silêncio por um bom tempo até eu afastá-lo de mim e o encarar seriamente. 

Juliana: - Quero um sorriso. - Disse num tom autoritária. 

Castiel: - Não quero sorrir. - Ele desviou o olhar. 

Juliana: - Sorri pra mim. - Forcei um sorriso em seus lábios com meus dedos. - Pronto. - Dei um sorriso. - Você é muito mais lindo assim. - Ele soltou um pequeno sorriso. 

Ficamos o dia todo no hospital com a isa, aproveitamos para conversar sobre coisas que havia tempo que não conversávamos. Também falamos do nosso futuro. 

Juliana: - Castiel,  quando o bebê nascer.  - Dei uma pausa. - Eu não vou pode mais morar com a Rosa você sabe né. - Dei um sorriso meio sem graça. 

Castiel: - Já estou pensando nisso. - Ele beijou minha testa. 

Estávamos os dois sentados na poltrona, eu estava em seu colo e o mesmo acariciaca meus cabelos. 

Castiel: - Eu ja estou pensando nisso. - Ele finalizou. 

Juliana: - E o que está pesado? 

Castiel: - Primeiramente vamos comprar uma casa e então nós casar, antes do garotão nascer. - Ele passou a mão em minha barriga. 

Juliana: - Casar? - Confesso que estava surpresa, nunca imaginei que Castiel pensaria em casamento. 

Castiel: - Claro por que não, tenho que cuidar da minha família. Ou você não quer se casar comigo? 

Juliana: - Claro que quero, mas você acha que temos dinheiro pra comprar uma casa, ou bancar um casamento e também tem o enxoval do bebê.

Castiel: - Você é tão negativa. - Ele virou os olho. 

Juliana: - Sou realista é diferente.

Castiel: - Ta bom, só preciso saber se você se casaria comigo. - Ele deu um sorriso de lado. 

Juliana: - É um pedido?  

Castiel: - Talvez, se você respondesse logo e parece de fazer perguntas eu agradeçeria. 

Juliana: - Eu me casaria com você, Castiel Collins. - Olhei pra ele e selei nossos lábios. 

Castiel: - Ta bom. - Ele solto uma risada curta.

Juliana: - Já pensou num nome pro bebê? - Coloquei minha mão por cima da dele que estava em minha barriga. 

Castiel: - Não e você?

Juliana: - Também, é uma escolha difícil. 

Castiel: - Quem escolheu o nome da Isa? 

Juliana: - Minha irmã.

Castiel: - Você tem irmãos e nunca me disse? - Ele falou franzindo a testa. 

Juliana: - Você nunca perguntou e acho que não vou vê-la nunca mais. - Disse meio cabisbaixa. 

Castiel: - Por que? 

Juliana: - Ela é mais nova que eu e meu pai sempre gostou mais dela que de mim não entendo os motivos ainda. 

Castiel: - Mais isso não tem nada a vê em você vê-la. 

Juliana: - Ele não deixa eu chegar perto dela, desde que somos pequenas é assim. Mas sempre fomos bem unidas ela me ajudou com a isa enquanto eu morava com eles e foi ela quem escolheu o nome.

Castiel: - Seu pai parece um psicopata. - Ele disse meio enfurecido. 

Juliana: - Eu sei. Não quero falar disso Castiel.

Castiel: - Tudo bem,  vamos falar de coisas boas. - Ele disse com um sorriso. 

Ficamos conversando até acabar o horário de visitas, infelizmente tivemos que ir embora. A parte mais difícil é deixar a isa lá sozinha, o que aquietava meu coração era a certeza que eu voltaria e que o doutor e sua enfermeira cuidaram bem dela. 

Saímos do hospital e Castiel me levou até sua casa, sua mãe e seu pai estavam lá, conversamos um pouco com eles sobre o estado da Isa e logo subimos pro quarto. 

Castiel: - Amor,  você já disse pra alguém da gravidez? - Ele estava deitado na cama olhando para mim trocando de roupa. 

Juliana: - Não, e você? - Falei colocando uma camisa do Castiel que tinha um lobo na frente, ela ficou em minha bunda e acho que estava bem sexy. 

Castiel: - Também não, acho que não é o momento certo. - Me joguei encima dele. - Cuidado com essa barriga. - Ele me repreendeu por pular nele. 

Juliana: - Concordo. - Disse dando alguns beijinhos em sua barriga já que estava sem camisa.

Castiel: - Ta com sono? 

Juliana: - Sim muito pra falar a verdade. Mal consegui dormir porque parecia ter um trator no meu quarto.  Disse rindo. 

Castiel: - Não é minha culpa, você não vai ser minha mulher então se acostuma. - Ele riu e virou pro canto me abracando de costas pra ele. 

Juliana: -  Esposa. - Coloquei minha mão sobre a sua e ficamos assim até pegarmos no sono.