Por Jughead
Virei mais um shot.
-Mais um. -pedi para o barista.
Fiquei encarando o copo de vidro. Shots. Betty que gostava de beber Shots.
"-Vamos, Jug! Esse shot é fraco! É sabor tangerina, vai! -ela gargalhava com o copo de bebida sobre a cama. Balançava as pernas, deitada de bruços, me encarando sentado no chão do quarto, acomodado no tapete.
-Nem pensar, Betts. Não vem com essa pro meu lado não.
-E se eu virar pra você? -eu levantei uma sobrancelha e ela riu. Levantou da cama e sentou no meu colo- Eu viro na sua boca. Vai!
-Só se você prometer que vai ficar no meu colo depois.
-Justo. -ela riu. Eu abri a boca e ela virou o copo. O líquido queimou minha garganta. Ela soltou uma gargalhada e me deitou no tapete. Me beijou.
-Sua boca tá com gosto de tangerina e álcool.
-Sério? Eu não sei porque!
-Bobo!
-Tonta!
-Te amo.
-Te amo. Agora vem dar uns beijos no seu boca de tangerina, vem?
Ela riu e voltou a me beijar...."
-Tem shot de tangerina? Me vê três. -perguntei para o barista. Em poucos segundos os três corpinhos estavam na minha frente. Os virei em menos de trinta segundos.
Não conseguia parar de pensar nela. Fechava meus olhos e tudo o que conseguia ver eram seus olhos claros. Seus cabelos loiros. Suas costas nuas...
"-Jug? -ela me chamou. Estávamos deitados no tapete, cobertos até a cintura com uma manta. Ela estava de bruços, deixando suas costas nuas para cima.
-Oi, minha princesa?
-O que você espera para o futuro? Tipo, o nosso futuro?
A admirei por um segundo. O cabelo loiro jogado no tapete e no travesseiro, dando a ela a aparência da deusa que ela era. Eu não queria me despedir.... Mas sabia que um de nós teria que dar um ponto final nisso."
-E foi ela. -falei sozinho. Que bosta de despedida de solteiro. Vão me perguntar: "O que você fez na sua despedida de solteiro?" E eu vou responder: "Ah, nada demais, só bebi sozinho e fiquei pensando e chorando pela mulher que eu amo mas que não me quer e que quer que eu me case e que vai me deixar para trás."
Viu, que delícia que vai ser?
Cada vez que suspirava forte, fechava meus olhos, imaginando que a loira estava aqui. Ao meu lado. Onde ela deveria estar.
-Ah, que se foda. Me dá a garrafa inteira! -pedi ao barista. Tinha que beber para esquecer Betty. Mas parecia que quanto mais eu bebia, mas eu lembrava dela.
Aquela ia ser uma longa noite...
E amanhã ia ser o grande dia.
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