Assim que terminamos de nos beijar, me dou conta que estamos deitados em minha cama.
Jason sorri para mim e eu tenho vontade de beijá-lo de novo.
Ele é malditamente sexy.
– Será que devemos partir para o segundo ato? – ele pergunta e eu me seguro para não rir.
– Está todo mundo em casa essa noite, acho melhor a gente ficar quietinho. – falo.
Por mais que eu quisesse partir para o “ segundo ato “ , não me sentia confortável no momento. Não com o meu ex namorado dormindo no mesmo corredor que eu. De alguma forma parecia estranho para mim.
Nos ajeitamos na cama e eu fico aconchegada nele.
Nunca poderia imaginar que teríamos algum tipo de relação amorosa.
Lembro-me de Jason trabalhando como Robin quando eu tinha dezesseis anos. Ele devia ter uns treze anos época e era um fofo. Quem diria que com o passar dos anos a gente se aproximaria e ficaríamos tão íntimos...
Estávamos saindo há um mês e ninguém sabia da gente, o que era ótimo. Tudo escondido é mais gostoso.
– Você está tão cheirosa. – Jason fala e eu sorrio para ele.
– Obrigada.
– Que tal se a gente desse o fora daqui essa noite? – ele pergunta.
Penso sobre isso rapidamente e concluo que seria melhor se a gente ficasse longe da Torre Titã por um tempo.
– Eu gosto da sua ideia. – respondo.
Nos levantamos da cama e eu acho que é melhor trocar de roupa.
– Vire-se. – eu peço para Jason.
Ele revira os olhos.
– Tão certinha...
Ele vira e eu me troco.
– Eu sei que você está me olhando. – digo de costas para ele.
– Estou mesmo. – ele responde e eu sorrio.
Termino de me vestir e saímos pela janela.
– Estou de moto. – Jason fala.
Pego ele pelos braços e voo em direção a sua moto.
– Nunca vou me acostumar com isso. – Jason fala.
– Com o que? – pergunto.
– Você me carregando. – ele fala enquanto me passa um capacete.
– Pois pode se acostumar. – digo.
Sabia que ele detestava ser carregado por mim, mas era tão mais prático assim.
Subimos na moto e Jason me leva para a cidade, onde podemos ficar sozinhos sem que ninguém nos atrapalhe.
#
Depois de passar a minha noite toda com Jason, decido que é melhor eu voltar para a Torre antes que amanheça.
Jason protestou, mas eu consegui convencê-lo depois de uns beijos.
Assim que chego em casa, sou recebida por Dick que está vestindo sua roupa habitual de Asa Noturna.
Ele parece cansado, acho que a noite foi bem intensa.
– Bom dia. – ele diz.
– Ainda nem amanheceu Dick. – respondo.
– Mas já vai amanhecer. – ele fala.
– Você parece cansado. – falo enquanto passo por ele e ando até a cozinha.
Dick me segue e senta-se à mesa.
Abro a geladeira e pego uma garrafa de água.
– A noite foi longa para mim. – ele fala.
Me sento na mesa com ele.
– Como vão as coisas com a Estelar? – pergunto.
– Piores do que eu imaginava.
– Sinto muito Dick.
– Não se sinta, acho que vamos terminar. – ele fala e eu fico sem reação.
Kory e Dick já terminaram várias vezes, mas dessa vez eu realmente achei que eles iriam durar por muito tempo. Não conseguia acreditar que eles iriam terminar de novo.
Gostaria de saber o motivo, mas vou esperar até eles me contarem.
– Você voltou tarde, onde estava? – Dick pergunta.
Fico nervosa na hora.
Não sabia se deveria contar para ele que eu estava saindo com Jason.
Há uma rivalidade enorme entre os dois e por mais que tentassem negar, os dois não gostavam um do outro.
Dick fora o primeiro Robin, assim que tinha decidido virar o Asa Noturna, Bruce arrumou um novo substituto. Jason foi achado na rua enquanto tentava roubar algumas peças do Batmóvel e então o Batman decidiu adotá-lo e transformar toda aquela raiva de menino de rua em algo bom. Assim, Jason virou o novo Robin.
Lembro-me o quanto Dick tinha se sentido trocado na época, mas resolveu ignorar isso e seguir em frente. Várias vezes tentou se aproximar de Jason, mas os dois acabavam brigando sempre que tentavam ter uma conversa civilizada.
Então, Jason morreu e depois voltou do mundo dos mortos e tornou-se o Capuz Vermelho. Seus métodos tinham mudado, ele tinha virado uma pessoa sanguinária, vingativa e odiava Bruce por ele não ter vingado a sua morte.
Hoje em dia, Jason segue a sua vida da maneira que pode. Mantém raramente contato com Bruce e não fala de jeito nenhum com Dick.
Dick também não faz muita questão de falar com Jason. Ele não concorda com o seu jeito de agir e acha que Capuz Vermelho não deveria existir, acha que a pessoa por trás do capuz é um garoto mimado que não sabe lidar com os seus problemas.
Enfim, os dois não se dão nada bem.
– Donna, você me ouviu? – Dick pergunta.
– Desculpe, eu me distrai.
Dick sorri.
– Você está saindo com alguém? – ele pergunta.
– Digamos que sim...
– Por que você não me contou? – ele pergunta sério.
– Você anda tão ocupado, que eu não quero atrapalhar. – falo.
Ele levanta da sua cadeira para se sentar do meu lado.
– Você nunca me atrapalha Donna. – ele diz.
Sorrio para ele.
Dick olha para mim de um jeito estranho e eu me pergunto se tem algo de errado com o meu rosto.
– Por que está me olhando desse jeito?
– Donna, tem uma coisa que eu preciso te falar. – ele fala e se aproxima de mim. – Eu... – ele tenta falar mais é interrompido.
– Bom dia pessoal! – Garfield aparece na cozinha e eu levo um susto.
– Bom dia, Gar. – falo.
Dick fecha a cara e se levanta.
– Tenho que ir. – ele diz e vai embora.
– Mas e o que você iria me falar? – pergunto.
– Deixa para outra hora. – ele diz.
Observo ele sumir da cozinha e Gar começa a preparar o seu café da manhã.
Meu celular apita e vejo que é uma mensagem de Jason.
“ Estou com saudades. “
Sorrio.
“ Vamos nos ver mais tarde? “ envio.
Nova mensagem.
“ Mal posso esperar. “ ele responde.
Estou me sentindo uma adolescente novamente, mas não ligo.
É tão bom me sentir assim novamente.
Depois que eu e Roy terminamos, eu tive uns breves casos que não me faziam sentir o que eu sinto quando estou com Jason.
Espero que eu continue me sentindo assim por bastante tempo.
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