História They Don't Know About Us.- Jortini - Isso não é amor .

Tini on

Abri os olhos com dificuldade por conta das dores que sentia em meu rosto, minhas mãos estavam amarradas em uma pilastra, olhei em volta e percebi que estava numa espécie de quartinho, quase um porão, estava bem sujo, e escuro, a única claridade que tinha era de uma fresta na parede.

Acordei com todo meu corpo dolorido e minha cabeça latejando, sentia como se estivesse passando um caminhão encima de mim, olhei para mim mesma e só então percebi o estado em que estava, minhas roupas estavam rasgadas, havia hematomas por todo meu corpo, não podia ver, mas pela dor, eu sabia que meu rosto não estava diferente, sabia muito bem que quem fez isso comigo tinha nome e sobrenome Stephie Camarena. Lembro-me de levar um ultimo soco dela e apagar...

[...]

Jorge on

Tentamos descobrir onde a Tini estava a tarde toda, já estava escurecendo e ainda não tínhamos nenhuma pista sobre seu paradeiro, Rugg estava sentado pensativo olhando para o nada, eu sabia que quando ele estava assim é porque estava se segurando para não chorar, Mechi já tinha ligado para policia e para todo elenco, todos ficaram bem chocados com o desaparecimento de Tini, alguns disseram que ela estava fazendo isso apenas para chamar atenção...

Escutei a campainha e fui correndo atender, alguma esperança dentro de mim ainda acreditava que poderia ser a Tini, mas era apenas o policial dizendo que tentou de tudo inclusive rastrear o celular dela e não conseguiram nada, disseram que já tinham mandados buscas por toda aquela região juntos com cachorros para rastrearem o cheiro de Martina.

Conversamos com o diretor e ele achou melhor por enquanto, a mídia não ficar sabendo, afinal Tini era a tão famosa Violetta e uma noticia como essa chocaria o mundo inteiro...

[...]

Tini on

- Levanta vadia – ouvi a voz de Stephie. Levantei sem reclamar, afinal eu já havia lhe provocado muito, ganhei vários roxos em troca, mais não me arrependo de nada do que disse, posso morrer apanhando mais não vou aguentar desaforo calada ainda mais vindo de uma psicopata igual ela.

- A vadia esta obediente –  segurou meu rosto, na verdade apertando para machucar, se é que era possível machucar mais do que já estava.

- Vadia sua mãe – esbravejei, eu e minha boca grande, acho que eu estava querendo dar uma passadinha no céu, dar um oie pro “Mano Cristo” só pode.

- O que você disse sua puta?!– gritou, virando um tapa estalado em meu rosto. – Será que o que eu fiz com você já não foi o suficiente?! – segurou meu rosto tão forte que estava cortando minha pele com a unha.

- Para – fechei os olhos com a dor – para, por favor – ela venceu, me vi na situação de, ou eu apelava ou ela cortava meu rosto inteiro com essas unhas de bruxa.

- Agora a princesinha sabe pedir com educação – falou debochada, soltando meu rosto. – Olha Martina, eu não queria ter feito tudo isso com você – deu uma respirada profunda e eu a encarei confusa – Eu queria ter te matado, facilitaria muito mais coisas – deu um sorrisinho psicótico. Ata agora fez mais sentido. – Mais sabe o seu namoradinho Peter, te ama tanto que não deixou então a única coisa que pensei foi em te dar duas opções lindinha – se aproximou bem de meu rosto, e olhou no fundo de meus olhos.

Fiquei esperando ela se pronunciar, mais dai entendi que ela estava esperando minha resposta. Estalei a língua no céu da boca e perguntei – Quais são elas? – Com cara de tédio, já imaginando o que viria por ai.

- A primeira é: Você vai me obedecer sem reclamar e aceitar tudo o que eu falar para você, incluindo se afastar do MEU – gritou dando ênfase – Esta me ouvindo? – segurou meu rosto novamente – Meu Jorgito.

- Nem ferrando – respondi curta e grossa.

- Então você fica com a segunda opção. – abriu um sorriso perverso, soltando meu rosto e puxando meus cabelos, deixando seu rosto bem próximo ao meu. – Eu mato você e depois faço questão de ir pessoalmente matar seus pais, seu irmão gostosinho e seu querido amor – deu uma pausa- Jorge. – Aumentou ainda mais o sorriso em seu rosto, enquanto tirava uma faca de sua jaqueta.

- Eu pensei que você amasse o Jorge! – Gritei – Ignorando todo o resto que ela falou.

- Eu amo Martina – segurou a faca perto de meu rosto, ameaçando corta-lo – mas – respirou fundo, sem tirar seu sorriso perverso do rosto – Se ele não pode ficar comigo na vida, então  vai ficar comigo na morte. - Afirmou, como se fosse uma verdade absoluta.

- Isso não é amor Stephie! – aumentei o tom de voz – Isso é doença – A encarei e ela estava me olhando, olho no olho, a faca continuava perto de meu rosto – Quando se ama alguém, a única coisa que queremos é ver a pessoa feliz e não morta. – A olhei firme, sem desviar o olhar do seu.

- Acontece querida Martina – puxou mais forte meu cabelo – Que se ele não quer ficar comigo – deu uma pausa, e encarou a faca em sua mão – então ele não vai ficar com mais ninguém.

Foi tudo muito rápido, ela tentou enfiar a faca em meu coração, mas em uma tentativa falha de me de me defender com as mãos amarradas, mexi o corpo e a faca acertou em meu braço, porém ela não desistiu arrancou a faca de meu braço e apontou pronta para enfiar em meu coração, era meu fim, eu estava fraca demais para reagir, meu braço sangrava sem parar, o corte havia sido profundo, fechei os olhos esperando a dor, esperando a morte mais então ouvi um grito...

- Nãooooooooo...

[...]

Jorge on

Eu estava angustiado, andava de um lado para o outro na sala, pensando em quem pegou Martina, se ela estava passando frio, fome, estava apanhando ou sofrendo coisas piores, só de pensar nisso meu coração doía, eu só queria minha Tini de volta, só queria-te – la novamente em meus braços, senti seu perfume doce, o cheiro de seu cabelo, ver seu sorriso, ou então faze –la corar, porque ela ficava a coisa mais linda corada, mais a pior coisa passou em minha cabeça, não poderei ver mais nada disso se nesse momento ela estiver morta...

- Foi o Peter Mechi, que saco, eu to falando que foi ele – ouvi Rugg gritar, pelo que parecia ele e  Mechi estavam numa discussão, mesmo depois de tudo que que contei para ela, a loura se recusava a acreditar que era o Peter.

- Vocês discutindo não vai fazer acha – la mais rápido – encarei os dois com tédio.

- Nem você, quase fazendo buraco no chão Jorge –  Mechi se referiu aos círculos que estava fazendo no chão da sala, andando de um lado para o outro, enquanto pensava em Martina.

- Me ajuda pensar – respondi simples – Eu a vi sendo levada para o carro, mais não vi quem era porem não reconheci, não era o Peter – olhei diretamente para Rugg- será que querem resgate, por ela ser famosa e tal?

- Claro que não – Rugg revirou os olhos – Se não já teriam ligado né Yoyi – fez uma careta obvia.

- Então porque sequestraram ela porra? – Gritei, enquanto as veias saltavam no meu pescoço, por conta do nervoso.Os dois apenas me olharam abaixando a cabeça, obvio ninguém tinha uma resposta. Novamente o som irritante da campainha, estávamos todos na casa de Rugg, afinal não queria ir ao meu apartamento e ter que explicar tudo a Stephie. Rugg foi atender a porta.

- Senhor Jorge Blanco ?– perguntou um homem de farda.

- Jorge – Rugg me chamou. Fui até a porta, encontrando o policial de horas atrás, coçando seu bigode.

- Sim – respondi simples. Já estava esperando ele falar a mesma ladainha de sempre, que procuraram e não acharam nada, mais que as buscas continuariam até encontra-la.

- Temos uma pista do paradeiro da sua.. é... sua.

- Namorada – o cortei direto. Ele não sabia o que Martina era minha, naquele segundo isso é o que menos importava.

- Um senhor viu um carro, cuja placa é falsificada, passando por esse bairro – disse me mostrando um endereço em seu celular – Já mandamos toda equipe para lá, ele também disse que tem um matagal numa área bem afastada na direção em que o carro estava indo.

- Okay seu guarda – respondi abrindo um sorriso amarelo – A primeira noticia vocês me procurem, não deixem de se comunicar comigo, quero ficar informado de tudo, por favor – disse autoritário.

- Pode deixar senhor Jorge Blanco, o informaremos de tudo – respondeu simples. O policial, fez um cumprimento e estava se virando para pegar o elevador, quando eu falei – Por favor salvem a minha Tini – Praticamente supliquei, despejando toda angustia que me consumia. O policial meu olhou com pena e respondeu.

- Faremos o possível senhor Blanco – virou – se entrando no elevador.

Fechei a porta, olhando para meus amigos, Mechi estava com lagrimas nos olhos abraçada a Rugg, que não estava diferente, a única coisa que fiz foi me juntar nesse abraço, por alguma razão todos ali sabiam que ela estava viva, de alguma forma sentíamos isso, e todo nosso amor por Tini estava sendo transmitido naquele abraço, afinal se tem uma coisa que todos aprendemos com Martina Stoessel, essa coisa foi amar....