História They Don't Know About Us.- Jortini - Doce amor.

Rugg

Já estava decidido o nosso plano para finalmente juntar o casal Jortini, ele seria executado com sucesso hoje, liguei para Mechi logo pela amanhã e combinamos tudo cautelosamente com muito cuidado, para que nada saísse errado.

Levantei cambaleando da cama, pois ainda era de madrugada, olhei pela janela e o sol nem havia nascido ainda, entrei no closet e vesti minhas roupas de sempre, calça jeans clara, camiseta listrada vermelha e allstar branco, me olhei no espelho e arrumei o cabelo no meu famoso topete...

Dirigi até a casa de Mechi, demorou um tempo até que ela saísse de sua casa, afinal sabe como são as mulheres para se arrumar né? Sorri no momento em que a vi saindo pela porta, ela esta maravilhosa, seu vestido de oncinha, seus cachos louros caindo pelos ombros e seu típico salto cor de rosa, estava perfeita, meus olhos brilhavam com tamanha beleza, senti orgulho por saber que ela era só minha.

[...]

Chegamos ao estúdio rotineiramente de mãos dadas, atraindo a atenção de todos, afinal formávamos um casal belo, Cande havia aceitado nosso namoro, pois também estava tendo um romance com um dos caras da produção. Avistamos Jorge entrando no set com  Martina sorrindo ao seu lado, compartilhei o olhar com Mechi, tentando entender como os dois não estavam brigando...

[...]

Tini on

Peter me deixou novamente ao set, e foi se encontrar com Stephie, nem questionei afinal aquilo só facilitava ainda mais para que tivesse um tempo a sós com meu Yoyi,

Estava com blusas de mangas compridas, calças, cachecol e muita maquiagem para esconder todos os hematomas que Peter havia deixado em meu corpo, eu menti para Yoyi, não estava nada bem, quando Peter me pegou no celular, ele me bateu, pegou o celular e estilhaçou em mil pedacinhos...

Eu sabia que se Jorge descobrisse isso não aguentaria e descascaria Peter, correndo o risco de que o mesmo tira - se sua vida, prefiro suportar dores em meu corpo do que a dor que sentiria em meu coração se Jorge se fosse...

Jorge conversava animadamente comigo, enquanto íamos em direção à sala de gravação, era uma sala divida de um lado os microfones e do outro um vidro com os aparelhos para o produtor controlar a gravação, hoje iriamos gravar as musicas solos e em casais. Entramos na sala ambos felizes apenas por estrem juntos.

- Nossa hoje o mundo vai acabar? – Escutamos a voz da loura, entrando na sala.

- Ué por quê? – Fiz uma careta de confusa.

- Vocês dois não estão brigando como sempre – Rugg completou a loura e os dois se olharam vitoriosamente.

- Prefiro não perder tempo brigando com gente insignificante – Jorge falou firme, o olhei confusa e ele piscou, entendi sua jogada e entrei na brincadeira.

- O sentimento é reciproco querido. – O olhei debochada

- Ok, vamos começar a ensaiar, primeiro vocês dois – Rugg falou, eu e Mechi vamos para cabine.

Posicionei-me em frente ao microfone, e a musica começou, fechei os olhos ouvindo a doce voz de Jorge, começando a cantar os primeiros versos de podemos, nossa musica.

- Para Para – Gritei assustando o casal e Jorge – Você ta totalmente fora de ritmo – Isso era mentira, ele estava perfeito.

- Acho melhor você lavar seus ouvidos, eu estava totalmente no ritmo Martina – Jorge me olhou e pisquei para que ele entendesse que era só para nossos amigos não desconfiarem de nada.

- Acho melhor você rever seus conceitos sobre ritmo Jorgito – falei debochada. Enquanto o casal saia da cabine onde ficavam os equipamentos para interferir na briga.

[...]

Mechi on

Eu sabia que estava na hora de colocar o plano em ação não aguentava mais ver a discussão daquele casal, puxei Rugg, compartilhamos nosso famoso olhar cumplice e em um ato rápido trancamos Jorge e Martina na cabine onde ficavam os aparelhos, a cabine do produtor.

- Vocês só saíram dai quando se entenderem de uma vez por todas. – Gritei do outro lado do vidro, quanto os dois nos olhavam assustados.

- Me tira daqui italiano – Jorge sibilou pelo vidro. Rugg o encarou rindo e negou coma cabeça, demos um aceno de mão e saiamos da sala, indo comer alguma coisa na lanchonete.

[...]

Jorge on

Olhei para Tini, tentando segurar as gargalhadas, mais isso era impossível, afinal a situação era engraçada, os dois pamonhas tinham nos trancado aqui para fazermos uma coisa que já havíamos feito, se resolver, tudo já estava resolvido, eles só não sabiam disso.

- Não tem graça Yoyi – Tini esbravejou, mais percebi que estava segurando o riso.

- Sabe qual é a parte boa em tudo isso- Me aproximei de Martina. Ela negou com a cabeça sorrindo. – É que vou poder ficar mais tempo com você mi amore – Abri um sorriso malicioso.

- Sabe que não tinha pensado nisso Blanco – Me olhou sapeca.

- Blanco é provocação – aproximei nossos rostos, colando levemente nossos lábios. Martina me empurrou levemente

- Jorge, esta louco, imagina se alguém chegar. – Me olhou com a cara nada boa.

- Se abaixa – A olhei serio, tive uma ideia brilhante.

- Que? – Tini fez uma careta confusa.

- Só faz o que eu pedi – Ela deu de ombros e abaixou. Abaixei-me em sua altura, aproximei nossos rostos e sussurrei...

- Agora podemos nos amar mi amore. Tini sorriu e grudou seus lábios aos meus. Parei o beijo respirando ofegante e minhas mãos foram ágeis para a blusa de Tini, ela se levantou atordoada e se afastou.

- O que foi Martina? – perguntei preocupado.

- Só não acho que aqui seja o lugar adequado para isso Jorge – A olhei desconfiado e me aproximei novamente, já imaginando que Martina estava escondendo marcas em seu corpo.

- Levanta sua blusa Martina – Exigi. Ela negou pela cabeça, no impulso da raiva que estava sentindo eu levantei sua blusa e meus olhos arderam quando vi as marcas que estavam em seu corpo.

- Eu cai – Falou apressadamente – Cai... É... Cai da escada, isso, da escada – Desviou seu olhar do meu.

- Foi Peter não foi? – Perguntei aumentando meu tom de voz. Martina me olhou por um longo tempo, quando ia abrir a boca para me responder, vimos Peter e Stephie entrando do outro lado da sala, em um ato inteligente liguei os aparelhos colocando no ouvido.  Martina imitou meu movimento se abaixando ao meu lado.

Apertei um botão para que ouvíssemos o que os dois discutiam, então começamos a ouvir cada uma das palavras dos dois...

- Imbecil, o Jorge descobriu tudo por sua culpa – Stephie gritou apontando o dedo em direção a Peter.

- Não tenho culpa se você não resiste a meu charme – Rebateu debochado.

- Jorge quer que eu faça o exame de DNA – Stephie se aproximou de Peter com raiva.

- Qual o problema? Faz logo a merda desse exame – Peter falou com tédio.

- O problema é que o filho é seu – Gritou. Nessa hora não escutei mais nada do que os dois diziam, olhei para Martina e ele não estava diferente, nos encarávamos já sabendo de tudo, uma alegria enorme preencheu meu peito, eu não era o pai, nada mais me impediria de ficar com Tini para sempre.

Tini on

Jorge não era o pai, não consigo nem explicar a felicidade que senti quando ouvi essas palavras, então nada poderia impedir nosso amor, um filho seria um problema na nossa relação ainda mais um filho com Stephie.

Meu coração se encheu de alegria, pulei nos braços de Jorge e esbarrei em um botão que fez um barulho enorme, como uma chaleira no fogo, Jorge me olhou apreensivo em um ato de coragem levantei aparecendo no vidro, Peter me olhou do outro lado com o olhar de espanto, então sorri e sibilei pelo vidro...

- Parabéns Papai – Abri ainda mais meu sorriso, enquanto Stephie se aproximava do vidro. Jorge se levantou ficando ao meu lado e me abraçando de lado.

Sorriamos juntos enquanto olhávamos o casal do outro lado, com acara de tontos, tentando entender o que estava acontecendo,

Compartilhamos o olhar cumplice já deixando subentendido o que queríamos fazer, Jorge me puxou para um beijo, afinal tem vingança melhor do que esfregar na cara daqueles dois nossa felicidade? Transmitir através daquele vidro o  que eu tinha certeza que nunca teriam... O nosso sincero, doce, verdadeiro e totalmente nosso, só nosso amor...