1. Spirit Fanfics >
  2. They Don't Love Like I Love You >
  3. We are simply friends forever and ever

História They Don't Love Like I Love You - We are simply friends forever and ever


Escrita por: sparksflys e MaryBaggio

Notas do Autor


Desculpem a demora para publicar. Aqui está mais um capitulo, espero que gostem! Boa leitura!

Capítulo 4 - We are simply friends forever and ever



Comecei a andar com Oritel, e percebi que ele estava chateado. Acho que sabia o motivo. Tentei puxar assunto.
-Animado para o baile? -Perguntei.
-Aham! -Ele respondeu.
Sempre que Oritel fala "Aham" significa apenas uma coisa, ele está completamente irritado ou chateado com algo, e quer que eu peça desculpas.
-Oritel, ainda está chateado pelo Valtor? -Perguntei.
-Não, claro que não. Imagina.- ele respondeu num tom sarcástico-Eu só fiquei surpreso por você não ter me contado sobre ele antes. E se eu não visse vocês dois juntos, ainda não iria saber. Tudo bem. Por mim esta ótimo.
-Oritel, você está chateado por isso? O Valtor é só meu amigo. E você é o meu melhor amigo. Tem muita diferença sabe? Você é meu confidente, eu confio muito em você pra tudo. -Respondi.
-Não confia o suficiente para falar do seu novo amigo. -Oritel respondeu.
-Está com ciúmes? -Perguntei sorrindo.
-Eu? Ciúmes ? Dele ? Com você? Claro que não. -Ele disse franzindo ainda mais a sobrancelha.
-Aham, sei... -Respondi.
-Não Marion, eu não estou com ciúmes de você e dele! -disse o Príncipe
Ele parecia bem irritado, e só tinha um jeito de isso passar.
Pulei em sua corcunda e fiz vários cafunés na cabeça dele. Oritel começou a rir, logo depois caiu na gargalhada e perdeu as forças. Caímos na grama um em cima do outro e sorrimos nos encarando.
-Seu pai vai ficar irritado, já que eu derrubei sua Coroa em público de novo. -Respondi rindo.
-Ele gostaria que você usasse uma também. -Oritel deixou escapar.
-O QUE QUER DIZER? -Perguntei meio confusa.
-Não, nada. Ignora.-disse Oritel percebendo que disse demais-Onde conheceu Valtor? 
Olhávamos para o céu que estava completamente azul, totalmente lindo.
-Perto do rio onde eu tomo banho todos os dias. -Respondi.
-ONDE VOCÊ TOMA BANHO NUA?  -Oritel perguntou chocado.
-Fala baixo. -Eu disse tapando sua boca. Segundos depois minha ficha caiu -EIII! Como sabe que eu tomo banho nua? -Perguntei curiosa.
-Eu não sei. Você toma banho nua? -Oritel perguntou tentando desviar da pergunta que ele tinha feito.
-Eiii! Pare de mudar o assunto. Como sabe que eu tomo banho nua? -Perguntei.
-Li no seu diário. -Oritel respondeu contorcendo os lábios de vergonha e olhando para o lado.
-No meu diário? Onde estava ? -Perguntei irritada.
-Na biblioteca do palácio. Você deixou lá, ele sem querer caiu no chão e abriu em uma página, e eu li a cena do rio. Depois entreguei a sua mãe, e disse que você tinha esquecido.
-Você trancou antes de entregar pra ela não é ? -Perguntei.
-Sim! Claro. -Ele respondeu.
-O que mais você leu? -Perguntei.
-Só isso. -Ele disse, mentiu.
-Invasão de privacidade, mas eu posso aceitar isso, e meu coração continua aberto. -Eu disse fingindo estar pensativa.
Virei o rosto para Oritel. Estávamos próximos o suficiente para um beijo. Ele acariciou uma de minhas bochechas e sorriu. Nos aproximamos mais um pouco, e os meus lábios e os de Oritel se tocaram. Foi um beijo calmo e suave. Não era intenso como o de Valtor, mas ainda era especial. Era totalmente o Oritel. Ele quebrou o beijo e disse:
-Desculpa, não deveria ter feito isso.
-Tudo bem. Fez o que você queria fazer. -Eu disse me levantando com um sorriso.
-Mas, esquece isso por favor. -Oritel disse.
-AFF! Já esqueci, o que aconteceu mesmo? -Perguntei.
-Engraçadinha. -Oritel disse.
-Lembra quando eramos crianças, e fugimos do palácio? -Perguntei.
-Sim, você tinha cinco e eu seis. Começamos a correr e eu disse: Eu sei enrolar os guardas, para poder sair do palácio. -Oritel disse.
-Então eu disse, eu duvido! -Completei.
-Então eu puxei você pelo braço e corremos muito, e chegamos aqui nesse lugar. -Oritel disse.
-Sabe o que é engraçado? -Perguntei. 
-O que? -Ele disse.
-Somos melhores amigos desde sempre, e não tem uma explicação pra isso. Somos simplesmente amigos, desde sempre e pra sempre. -Eu disse.
-De sempre e pra sempre. -Oritel disse e apertou a minha mão, e então eu sorri. 
                          [ ... ]
As vezes eu me perguntava como seriam meus filhos. Imaginei uma menina de cabelos loiros e olhos verdes como os de minha mãe, ou um menino de cabelos ruivos. Ou talvez uma menina de cabelos claros e olhos âmbar como os meus. Ou talvez....Não...Não...eu não tenho cabelos claros.....mas Valtor têm. Em outro instante imaginei um garoto ruivo com olhos castanhos..Droga..Oritel! Em outro instante minha imaginação estava além do compreensível. Pensei numa garota morena de olhos azuis acinzentados tão frios como gelo, então cheguei a uma conclusão. Estava ficando louca.
-O que acha deste? -Perguntei a minha mãe tirando os olhos do espelho.
Ela contemplou o vestido e vi sua boca abrir, mas bem pouco. Mal sinal.
-Está lindo! -Ela exclamou
-Mãe! Jura mesmo? É bem capaz de acharem que estou vestindo meu próprio cabelo! -Respondi passando a mão no tecido vermelho da saia do vestido -E tem outra. Nem parece que tenho peitos. Mais fácil pegar um terno de Oritel emprestado!
-Marion olha os modos. -disse minha mãe com a mão na têmpora e na testa.
-Nada mais que a verdade.
-Experimenta outro então!
-Descartando o vermelho então! -Eu disse jogando o vestido de lado.
Passei a mão novamente nas araras até que enfim vi algo que me agradou. Coloquei a mão no tecido, nem volumoso e nem caído.
-Vou experimentar este! -Exclamei correndo para o provador.
Não foi fácil colocá-lo, mas quando terminei vi que valeu a pena o esforço. Era realmente lindo e, além de tudo, confortável.
-E este aqui?- perguntei a minha mãe saindo do provador.
Ela analisava algumas máscaras, provavelmente tentando achar uma que combinasse com seu vestido. Ela virou-se e a máscara que estava em suas mãos foi ao encontro do chão. Ela abriu totalmente a boca e me mediu.
-Perfeito!
                    [ ... ]
-Olá cachinhos ruivos! -exclamou Valtor sorrindo quando me aproximei do rio -Atrasada de novo!
-Desculpe, minha mãe me fez provar quase a loja toda de vestidos-respondi -Eii! Cachinhos ruivos?
-Devo chamá-la de maionese então vossa senhoria? -Disse Valtor tirando sarro da minha cara e fazendo uma reverência muito mal feita. Me lembrava Oritel.
-Muito engraçado! -Eu disse em um tom de ironia.
-Eu sou o rei das piadas e você sabe disso! -Ele exclamou sorrindo.
-Claro que sei! -Respondi tentando imitar uma cara de má. Mas sem sucesso! Como eu sei disso?
Valtor jogado no chão e rolando de um lado pro outro serve como resposta?
Continuei observando Valtor rindo, naquele momento eu deduzi que ele tinha algum tipo de demência.
-Valtos! Para de rir de mim! -Eu disse em tom de brincadeira.
Ele voltou seu olhar e parecia muito irritado.
-Você me chamou de que? -Ele perguntou, um pouco mais irritado.
-Valtos. Eu sempre faço isso com todo mundo, troco ou acrescento um "s" no final do nome. Minha marca registrada. -Eu respondi sorrindo.
-Ah, ótimo. Marions! -Ele disse dando intervalos para rir.
-Marions, NÃO! Definitivamente, não! -Respondi.
-Aham, tá bom. Vamos as lições de magia, senhorita Marions Maionese. Agora que você aprendeu a entrar em harmonia com seus poderes, já pode começar a usá-los para a sua própria defesa. -Valtor disse.
-Como assim? -Perguntei.
-Marion, tu é burra? -Valtor perguntou em tom de brincadeira.
-Não, sei do que está falando. -Respondi.
-Vamos me ataque. -Ele disse arregaçando as mangas.
Me concentrei no meu feitiço mais forte e o lancei em direção a Valtor, que com uma facilidade inevitável o fez desaparecer num estalar de dedos.
-Fracooo! -Ele disse ironizando.
-Tá vendo? Eu não consigo. -Respondi sentando no chão e deixando uma lágrima cair.
Valtor se aproximou e sentou a minha frente colocando as mãos nas minhas.
-Tá bom, calma! Desculpe. Não devia ter falado assim. -Valtor disse com uma ponta de culpa enquanto me abraçava.
-Não, a culpa não é sua. Eu que sou fraca mesmo. Você não tem culpa. -Respondi.
-Ei. Não fala assim. Nunca mais diga que você é fraca. Você é uma pessoa incrível. E muito importante pra mim. -Valtor completou.
Droga, senti um arrepio na espinha. Aquela sensação que só tinha com Valtor. Então olhei profundo naqueles olhos azuis e o beijei. O beijo foi intenso como antes, e só me fez pensar no quanto o Valtor me fazia sentir especial.
                      ...
-Por que está sorrindo tanto? 
-Ahn?
Percebi o que América queria dizer instantes depois de eu respondê-la.
-O que quer dizer com isso? -perguntei
-Marion, você está olhando pro nada e nem prestou a atenção no que eu te falei!
-Nada não, coisas e mais coisas!
-Ah ta bom, vou fingir que to acreditando e continuar o que estava falando...então como eu disse, Oritel ficou falando o dia todo que só porque eu era mais nova eu tinha que obedecê-lo, só que ele esquece que também sou da realeza e só porque sou irmã dele têm todo o direito de falar do jeito que quiser, daí eu me irritei....
Tentei me concentrar no que América dizia. Sem sucesso. Minha mente viajou a outro mundo, um que não me pertencia. O Mundo de Valtor. Viajei milhares de quilômetros dali. Mas algo me fez voltar a realidade, aos poucos ouvi crianças chorando e a movimentação de magia e outros barulhos infernais voltaram à serem ouvidos por mim. Alguns segundos depois senti um calor no meu braço esquerdo e fui em direção ao chão. Olhei pra cima e percebi que América tinha me lançado, seus cabelos ruivos um pouco mais escuros que os meus balançavam com o vento e seu vestido azul turquesa se movimentava como as ondas dando a ela uma silhueta poderosa mesmo sendo tão nova. Levei minha mão ao meu braço esquerdo e percebi que estavam vermelhos.
-Por que fez isso?- perguntei gemendo de dor
-A próxima vai ser na cara!- ela disse seriamente.
Depois um sorriso se formou em seu rosto e minha amiga teve que se apoiar no muro para não cair no chão de tanto rir. Me levantei limpando meu vestido.
-Não tem graça! -Eu disse
-Ta! Ok, me desculpe não era pra te machucar!
-Tudo bem.
-Mas concorda?
-Com o que?
-Você está caidinha por esse tal de Valtor!
Pronto! Como isso foi parar na boca da minha melhor amiga sem eu mesma ter contado à ela?
-Como sabe disso?
-Sou vidente!- América brincou.
-É sério!-Arrisquei ficar séria e aparentemente consegui.
-Digamos que um passarinho verde com uma coroa me contou!-disse ela maliciosamente.
 Entendi a referência. Peguei-a pelo braço e puxei América em direção ao Palácio. Se preferirem chamar como a casa dela também serve. Não precisei de autorização para entrar. Todos me conheciam e a meus pais, aliás, estava em companhia da princesa. América balbuciou algo durante todo o caminho mas não dei a mínima.
Meu sangue estava fervendo. Minha cabeça à mil por hora. No dia anterior havia beijado Oritel e hoje ele conta um dos meus maiores segredos. Sabia de cor a tabela de horários de sua alteza real e sabia exatamente onde encontrá-lo. Não hesitei em abrir a porta do quarto do Príncipe com todas as minhas forças. Oritel estava sentado à escrivaninha folheando algumas paginas de relatórios e deu um pulo quando o barulho estrondoso invadiu o cômodo.
-TRAIDOR!
                   


Notas Finais


O que acharam ? Deixem suas opiniões! Obrigada por ler!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...