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História Things I hate about you - Vamos recuperar o seu homem


Escrita por: Larisoarest

Notas do Autor


Então, aqui venho eu depois de 2 meses. Não me odeiem, por favor kkkk
Sei que sou uma pessoa horrível e nem vou prometer não fazer mais isso pq vcs sabem que eu vou. Sem mais enrolação, vamos ao capítulo.
Chorei escrevendo isso, é bom vcs chorarem tbm kkkk
BOA LEITURA ♡

Capítulo 19 - Vamos recuperar o seu homem


Um momento pode passar de perfeito para um verdadeiro inferno em menos tempo do que você imagina.
Ámbar acordou, estava na cama em seu quarto. Por um instante pensou se aquilo tudo não havia passado de um terrível pesadelo, porém o rosto vermelho de Simón, que sentado na poltrona de frente para a cama a fitava, deixava claro que aquilo tudo havia sido muito real.
- Você me disse uma vez que um dia iria partir meu coração, lembra? -a voz dele soava distante, a loira engasgou com as próprias palavras, não conseguia responder. -Não chega nem perto do que você fez comigo.
- Simon, me deixa explicar... -se levantou, as pernas tremiam, indo em direção a ele.
- Não, não ouse chegar perto de mim. -Se levantou também, na defensiva. -Se resta algo de humano em você, qualquer pingo de respeito que seja, então nunca mais você vai se aproximar de mim, ouviu bem? Eu quero você o mais longe possível da minha vida. Nem sequer olhe na minha direção.
- Não, Simon, por favor me escuta... -a loira suplicou.
- Não tenho o que escutar. -protestou, interrompendo-a. -Não sei como pude ser tão idiota a ponto de achar que você poderia ser uma pessoa melhor. Isso é quem você é, uma pessoa mesquinha, que não se importa com ninguém além de si mesma. E a pior parte de tudo é que por mais que eu esteja te odiando com todas as minhas forças, ao mesmo tempo eu ainda te amo mais do que um dia imaginei ser capaz de amar alguém. Na sua ceninha de desmaio, ainda me preocupei de te trazer aqui e esperei você acordar pra talvez me dizer que aquilo foi só uma brincadeira de mau gosto, mesmo sabendo que não. Eu queria poder voltar a atrás e não ir pra essa festa idiota. Eu me vejo desejando continuar a viver naquela mentira, porque geralmente ela é bem melhor que a verdade, não é mesmo? Mas chegou o fim do baile, Ámbar, hora de tirar as máscaras.
- Simon, eu não vou mentir pra você, as coisas começaram daquele jeito sim. Mas aí eu te conheci, o verdadeiro você, você sabe que não foi tudo uma mentira. Quando eu disse que te amava, foi real, cada vez que fizemos amor foi real, a música que eu escrevi pra você foi real. -lágrimas molhavam o rosto de ambos. -Podemos superar isso juntos, por favor...
- Se algo tivesse mudado de verdade, você teria me contado o que estava acontecendo. Não posso confiar em você, não mais. -Ámbar deu um passo a frente, na intenção de tocá-lo, porém o garoto desviou. -Adeus, rainha da pista. Espero que aproveite sua coroa e o que resta do seu reinado.
Simon caminhava em direção a porta, a loira queria pular na frente e trancar a porta para que ele não saísse até perdoá-la, mas seu coração dizia que pela primeira vez na vida ela deveria pensar em alguém além de si mesma.
Observou o amor da vida dela caminhando em direção a saída e sabia que ninguém era culpado além dela própria.


[...]

Já houveram muitos dias nos quais Ámbar queria simplesmente poder não ter que ir à escola. Entretanto, tal desejo nunca foi tão forte quanto naquele dia.
Ela havia evitado tudo e todos pelo tempo que pôde, mas agora não havia pra onde correr.
Ao entrar no carro recebeu a primeira amostra de como aquele dia seria: deu de cara com Luna.
Não ousou falar nada, simplesmente seguiram em silêncio até o Blake South College, mas sentia o olhar da morena queimando sobre ela. A loira sabia que a mais nova esperava uma explicação, no mínimo um pedido de desculpas (mesmo que ela não planejasse aceitar).
Luna sentia-se usada. Lembrava de cada vez que havia ajudado Ámbar a lidar com Simon e não conseguia tirar do pensamento que tudo aquilo havia sido uma grande encenação do joguinho sujo de Ámbar.
Aquele era o tipo de cena que costumamos pensar que só acontece em filme, porém a rainha da pista descobriu da pior forma que a arte sempre imita a vida. Assim que abriu a porta do carro, sentiu todos imediatamente olhando-a.
Pela primeira vez na vida, queria apenas ser invisível.
- Lá vem a rainha da pista. Ou seria rainha da enganação? -a ruiva parada em sua frente bloqueava o caminho.
Em qualquer outro dia, Ámbar partiria pra briga. Mas aquele não era qualquer outro dia. A loira, de cabeça baixa, apenas desviou, continuando o caminho (que parecia infinito) até a sala.
Seu olhar encontrou com o de Simón assim que passou pela porta. Quis gritar, chorar, correr até ele e dizer o quanto o amava, porém não fez nada disso. Apenas encaminhou-se até o fundo da sala, afundado na cadeira do canto da sala.
Os cochichos não eram nada discretos e ignorá-los estava demonstrando ser uma tarefa mais difícil do que havia imaginado. Aquele dia seria mais longo do que Ámbar havia esperado.
- Você sabe que não pode nos ignorar pra sempre, não sabe? -a voz de Jazmin fez a rainha da pista levantar a cabeça. Não conseguiu dizer nada.
- E você também sabe que não vamos te abandonar, certo? -Delfi colocou a mão em cima da dela e Jazmin fez o mesmo.
A loira mordeu o lábio inferior, não podia chorar, não ali. Mas sentia tudo ao seu redor desabando.
- Eu o amo de verdade! -foi tudo que conseguiu dizer, antes de engasgar com o choro preso em sua garganta.
- E você a que a gente não sabe disso? -a ruiva olhou pra amiga como se ela tivesse dito a coisa mais óbvia do mundo.
- Não abra mão disso, Ámbar! -Delfi olhou intensamente nos olhos da amiga. -Nós nunca sabemos quando vamos encontrar o amor, tem gente que passa a vida procurando isso. E você encontrou!

[...]

 O caminho de volta para casa foi mais constrangedor do que de ida, se é que isso era possível. Não podiam ficar naquele silêncio pra sempre, uma hora ou outra alguém teria que falar.
- Eu realmente acreditei em você, Ámbar. -Como sempre, Luna foi a primeira a se pronunciar
A loira parou na entrada de casa e virou-se para olhar para a menor.
- Luna, eu... -suspirou. Não sabia por onde começar. -Me escuta, tá bem? Por favor.
A morena assentiu, surpreendendo Ámbar.
- Certo! -inspirou. -Quando você e o Matteo começaram a namorar, eu me senti tão traída, tão humilhada e na minha cabeça, eu achava que tinha que "dar a volta por cima", foi daí que surgiu esse plano idiota. -revirou os olhos com a lembrança.
Luna olhou pro chão, constrangida, não podia evitar a pontada de culpa no estômago.
- Eu não planejei que fosse o Simón, no começo. -continuou. -Ele simplesmente estava lá, caiu como luva na hora certa. O plano era só usá-lo e me livrar dele quando chegasse a hora...
- Você sabe que está falando de uma pessoa, não sabe? -a mais nova interrompeu. -Uma pessoa real, com sentimentos. Isso não é um jogo, Ámbar, é a vida das pessoas. Você brincou com ele, e eu sei que eu posso ter sido egoísta, mas ele não tem nada a ver com isso.
- Eu sei! -a loira fechou os olhos. -Por favor, me deixa terminar.
Quando Luna não interrompeu, a garota continuou.
- Eu comecei a conhecer o Simón, ele é impossível. Me desafia em tudo, quando eu pensava que estava entendo essa garoto, eu descobria que não sabia nada. Ele é teimoso, cabeça dura, não tem o mínimo senso de moda. -Riu em meio às lágrimas que insistiam em serem derramadas. -Em resumo, ele não é nada parecido com o Matteo, que era o perfeito rei da pista do meu lado. Confesso que tentei transformá-lo em uma versão 2.0, mas quanto mais eu tentava, mais eu percebia que era uma missão falida e mais eu me encantava por cada detalhe nele.
Luna nem conseguia piscar, sentiu a lágrima quente no escorrendo pelo rosto.
- Eu sei que não mereço amá-lo, mas eu amo de verdade. Eu o amei muito antes de admitir pra mim mesma, eu o amo de uma maneira que nem mesmo achava ser possível. Eu não imaginava que uma pessoa tão ruim quanto eu pudesse amar alguém tão bom quanto ele. Mas ama-lo me faz acreditar que eu posso ser alguém melhor sabe, porque se um coração como o meu pode criar um sentimento tão bonito, talvez eu não esteja tão perdida quanto imaginei que eu estivesse. -Ámbar rompeu em soluços, todo o choro que conteve o dia inteiro, todos os pedaços que segurou estavam se desfazendo ali naquele momento.
Luna correu em direção a prima e a abraçou, tão forte quanto nunca havia feito. Sentiu a sinceridade em cada palavra da garota, e sabia que aquilo era verdadeiro.
- Vamos lá, rainha da pista! -fungou, rindo. -Vamos recuperar o seu homem!


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