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História Thirsty - Décimo Oitavo Aniversário.


Escrita por: caramelpuddin

Notas do Autor


O dia tão esperado chegou, boa leitura! ♡

Capítulo 21 - Décimo Oitavo Aniversário.


Fanfic / Fanfiction Thirsty - Décimo Oitavo Aniversário.

/ Kathie Quinn /

Faz precisamente uma semana desde o começo da época das provas – das quais me sai muito bem. Uma semana que eu e o Justin agimos como namorados sem oficializarmos nada e estamos bastante bem assim. Uma semana que discuti com o Niall, que o perdoei pela nossa discussão e que tive de lhe contar o porquê do que disse sobre a questão do “Homem Frio”.

Ele insistiu bastante neste assunto, o que me levou a contar-lhe a verdade. Falei-lhe das lendas que ouvi na festa da comunidade do Justin e do facto de a sua mão gelada me ter recordado do meu sonho. A princípio, pela sua expressão, achei que me iria chamar de louca, mas não, ele reagiu de forma bastante… natural. E assim como já me convenci a mim própria, a única coisa que ele me disse é que essas histórias não são reais e que são chamadas de lendas por alguma razão. Fiquei mais descansada por lhe contar a verdade, senti o peso que tinha sobre os ombros desaparecer por completo. E no fim, acabamos ambos a rir do disparate que a minha cabeça criou.

Voltou tudo ao normal.

A escola está a correr bem. Eu e as meninas já não nos desgrudamos mais. A minha relação com o Justin está ótima. Eu e os rapazes a cada dia que passa nos conhecemos melhor e estamos mais íntimos – apesar de o Niall continuar a ser com quem mais passo tempo.

Se pudesse, não mudaria nada. Está tudo ótimo!

A primeira coisa em que reparo assim que entro com o meu carro no parque de estacionamento da escola é no grupo de pessoas – que por acaso conheço até que bastante bem – paradas junto da vaga onde costumo estacionar o carro. Olho para eles através do vidro da frente e enquanto estaciono, aceno para eles com uma mão e um sorriso amarelo nos lábios.

Sei muito bem porque estão aqui todos reunidos.

Antes mesmo de desligar o motor, Heather abre a porta do condutor e abraça-me com bastante força, surpreendendo-me.

- Parabéns, senhora que agora é maior de idade!! – Grita no meu ouvido e juro que fiquei surda por uns segundos.

Ah, pois, não podiam esquecer-se disto.

Hoje é o meu aniversário. O meu 18º aniversário.

- Obrigada Heather. – Dou umas tapinhas nas costas dela e ela afasta-se toda feliz, permitindo-me respirar e desligar o carro. Solto-me do cinto de segurança e com a minha mala pendurada no ombro, saio do carro trancando-o logo de seguida.

- Parabéns!! – Emily exclama animada e abraça-me. – Ainda vamos sair hoje à noite, certo? - Ela murmura ao pé da minha orelha.

- Claro que sim, noite de garotas! – Abraço-a de volta e solto uma risada. – Como podia esquecer?

- A Heather passar-se-ia da cabeça se souber que te esqueceste. – Sussurra e afastamo-nos com sorrisos nos lábios. – Ela está à espera deste dia há semanas.

A Heather – como tinha de ser – teve a ideia de no meu aniversário – que é hoje – sairmos para uma balada, apenas eu e elas as duas. Sem garotos, apenas garotas. Não tive opção se não concordar, apesar de o Justin não ter achado muita piada porque ele queria passar o dia inteiro comigo. Consegui convencê-lo que iria compensá-lo mais tarde, só não sei ainda com o quê!

Os garotos também se apressam a dar-me os parabéns. O Niall abraça-me com o seu abraço aconchegante de ser, o Louis também me abraça mas para além disso rodopia-me no ar fazendo-me rir, o Harry abraça-me e dá-me um beijo na bochecha, o Zayn dá-me um simples beijo na testa e o Liam apenas pisca-me um olho com um sorriso nos lábios. Uma coisa que aprendi acerca deles ao longo deste tempo todo é que todos eles são bem diferentes uns dos outros – bem, não esperava outra coisa mas não pensei que as diferenças fossem tão marcantes. O Niall é o mais carinhoso deles todos, o Louis o mais escandaloso – nem sei como se dá tão bem com a Emily mas sempre ouvi dizer que os opostos atraem-se -, o Harry é o mulherengo, o Zayn o introvertido e o Liam é um cavalheiro inglês que não gosta de contacto físico – facto que reparei desde muito cedo.

 - Obrigada malta, por me fazerem tão acolhida e feliz. – Sorrio para todos eles, incluindo as meninas, que retribuem o gesto. – Não só hoje, mas desde que cheguei a Cambridge.

- Oh, não tens de nos agradecer! É para isso que servem os amigos! – Heather abraça-me, um abraço que dura dois segundos, e depois olha para mim com os olhos marejados. – Nós gostamos muito de ti, Kathie.

- Eu também gosto muito de vocês. – Reviro os olhos com a lamechiçe e então todos começamos a gargalhar.

E é, aqui, com eles que esqueço o facto de o meu irmão não me ter dado os parabéns hoje de manhã. Quando acordei não estava em casa e, com uma leve esperança que ele chegasse antes de eu ir para a escola, tomei o meu café da manhã lentamente. Todavia, ele não apareceu.

O Matt não é o típico irmão que faz o café da manhã no dia do meu aniversário, que faz uma festa surpresa, que me dá um presente, que sorri ou me abraça. Nem sei porque achei que este ano tudo isso ia mudar. Aposto que ele nem se lembra que hoje é o meu aniversário!

Os tão esperados dezoito anos. Esperei tanto tempo por este dia e parece que nada mudou!

Aliás, muita coisa mudou. Especialmente dentro da minha cabeça.

O que eu mais queria quando vim para Cambridge era que este dia chegasse o mais rápido possível e assim poderia voltar para Nova Iorque, acabar o secundário e então ir para a faculdade. Mas agora… Muita coisa mudou. Eu tenho amigos aqui, daqueles que realmente se importam comigo. Tenho um quase-namorado que diz gostar de mim como nunca gostou de ninguém.

Como posso deixar tudo isso para trás como se nada fosse apenas para voltar para Nova Iorque? Será assim tão importante para mim voltar para aquela cidade? Na verdade eu tinha era medo, medo que a minha vida em Cambridge fosse um pesadelo. Não queria voltar para Nova Iorque porque adoro a cidade, ou porque lá existe a distinção entre inverno e verão, ou porque estava no melhor colégio da cidade ou porque tinha um namorado! Eu queria voltar porque tinha medo, medo que não me integrasse em Cambridge e que continuasse a ser a garota sem amigos e notas excelentes.

Um sorriso cresce nos meus lábios com as minhas conclusões.

Agora a minha vida é aqui. Afinal não precisava de toda aquela incerteza, de todo aquele medo que as pessoas aqui fossem tão mesquinhas e esnobes como em Nova Iorque. Aqui é tudo diferente e não podia estar tão feliz como estou com toda esta diferença. Era isso que eu precisava!

O sinal bate interrompendo a conversa que se originou entre nós depois de todos me darem os parabéns. Agradeço à Emily por - como sempre – ter conseguido mudar de assunto.

Antes de sairmos do parque de estacionamento olho para onde o Justin costuma estar com os amigos, mas para a minha infelicidade não o vejo a ele nem à sua moto, vejo apenas os seus amigos. Presto atenção às garotas, as duas que não me lembro do nome e que andam sempre atrás da Jenny que neste momento parece estar a contar uma piada porque todos estão a rir – à excepção de uma pessoa. Zara está de braços cruzados e com uma cara de aborrecida, é quando revira os olhos que eu solto uma risada baixa. Talvez deva convidá-la para a minha “festa de aniversário”, vou falar com as meninas acerca disso.

- Ei, aniversariante, vens ou não? – Oiço a voz de Louis e viro-me para trás.

- Estou a ir! – Grito e começo a andar, dando uma pequena corrida para acompanhá-los.

 

(…)

 

A minha visão fica completamente preta quando alguém coloca as suas mãos sobre os meus olhos, assustando-me. Não me desespero e apenas solto o caderno que tenho na mão de volta para o interior do armário.

- Advinha quem é?

Começo a rir com a voz demasiado grave e extremamente forçada.

- Não sei… - Mordo a ponta da unha do meu dedo indicador. – Joseph? – Pergunto com dúvida na voz.

É claro que sei quem é e com certeza não é o Joseph, até porque não conheço ninguém com esse nome, mas quero provocá-lo um pouco. A sua colónia está impregnada nas minhas narinas e a sensação de calor que exala do seu corpo perto do meu denunciam-no. Basta apenas isso para o identificar.

As suas mãos destapam os meus olhos e depois de piscar um pouco os olhos volto a enxergar o interior desarrumado do meu armário. Viro-me para Justin que está com uma cara de quem comeu e não gostou. Exibo uma cara surpresa como se não estivesse à espera de vê-lo à minha frente. Acho que só piorei a situação, pois o seu rosto fica bem vermelho.

- Joseph? Quem é o Joseph? – Pergunta e os seus punhos fecham-se.

- Calma. – Pouso as minhas mãos no seu peito onde sinto o bater do seu coração completamente descompensado. Não estava à espera que ele reagisse assim! - Estava a brincar, eu sabia que eras tu. – Esboço um sorriso e nas pontas dos pés junto os nossos lábios.

Sinto-o a respirar fundo e as suas mãos agarram a minha cintura firmemente. Jogo os meus braços à volta do seu pescoço, puxando-o mais para mim.

- Apesar de a distracção ser muito boa… - Diz contra os meus lábios e volta a selá-los. – Ainda quero saber quem é o Joseph. – Puxa-me para si de maneira brusca, chocando os nossos corpos.

Afasto o meu rosto do seu, apenas o necessário para encarar os seus olhos com os meus semicerrados.

- Não conheço nenhum Joseph, eu estava a brincar. – Repito.

- Eu sei. – Justin começa a rir e abraça-me pela cintura enquanto eu reviro os olhos. – Ah e já agora… - Encara os meus olhos com aquele seu sorriso lindo nos lábios. – Parabéns! – Exclama e começa a rir da cara de desagrado que faço no mesmo instante.

- Obrigada. – Murmuro com o rosto encostado ao seu pescoço, escondendo as minhas bochechas vermelhas visto que toda a gente passou a olhar para nós por ele ter gritado. Bem, eles já olhavam, mas mais discretamente do que agora.

- Tenho um presente para ti.

Ergo o rosto para o encarar.

- Não era preciso Justin…

Ele ignora-me e beija-me mais uma vez, num selinho rápido.

Derrotada, retiro os meus braços de volta do seu pescoço e observo-o a tirar algo do bolso de trás dos seus jeans escuros. Ele sorri e pega numa das minhas mãos, deixando na palma aberta e virada para cima uma pulseira. Arregalo os olhos e abro a boca quando os meus olhos a enxergam. É bastante simples, constituída por pequenas argolas de prata interligadas, mas o que me chama à atenção é o pequeno pingente de cristal em forma de coração e, em especial, um outro pingente de madeira esculpido em forma de um lobo.

- Gostas? Fui eu que esculpi. – Toca no pequeno lobo de madeira com o dedo indicador. – Hoje cheguei mais tarde para me certificar que ficava perfeito.

Encaro os seus olhos. Ele esculpiu-o para mim? Nem sabia que ele conseguia fazer tal coisa. Já reparei que toda esta ideia dos lobos para ele e para a comunidade dele é muito importante. São como os seus protectores. E o facto que ele estar a partilhar isso comigo, uau, nem sei explicar como me sinto.

- É linda Justin, obrigada, mas não era --

Antes mesmo de terminar de falar, Justin volta a calar-me selando os nossos lábios.

- Falas demasiado. – Sorri de canto. – Deixa-me colocar-te. – Assinto positivamente e ele pega na delicada pulseira, colocando-a em torno do meu pulso esquerdo.

Admiro o acessório no meu pulso e esboço um sorriso quando volto a olhar para Justin. É a minha primeira prenda e não podia ter sido melhor. Abraço-o mais uma vez e dou por mim a inspirar a sua colónia.

- Não te cheira a algo? – Pergunto com o cenho franzido.

Um cheiro estranho, forte e desconhecido entra pelas minhas narinas queimando levemente as minhas vias respiratórias. Começo a tossir e afasto-me de Justin que me encara preocupado.

- Não me cheira a nada, estás bem?

Demoro uns segundos a responder-lhe, respirando fundo quando a tosse termina. Isto foi estranho, mas o cheiro continua presente, mas não faço ideia de onde vem. Continuo se cenho franzido e com uma impressão nas minhas narinas.

- Devem estar a fazer alguma experiência no laboratório. – Concluo, olhando para a porta de um dos laboratórios que fica do outro lado do corredor, atrás de Justin.

 

(…)

 

Por onde ando, aquele cheiro segue-me. Ficou completamente empregando no meu nariz durante todo o dia. Não faço ideia do que é, mas é horrível e deixa-me zonza.

- Hoje à noite sempre vais estar com as tuas amigas? – Justin pergunta, resgatando-me dos meus pensamentos.

Como em quase todos os dias, aqui estamos nós de mãos dadas enquanto caminhamos na direção do meu carro. O Justin faz questão de me acompanhar, até porque também tem a sua moto no estacionamento. Os rapazes e as meninas ainda estão na escola, eu e o Justin viemos na frente porque como é conhecimento de todos ele e o Niall são como o gato e o rato e também porque quero ir para casa o mais rápido possível. Tenho um pressentimento que o meu irmão vai estar em casa. Chamem-me de boba, mas ainda tenho esperança que algum dia ele vai mudar.

- Sim, achas que a Zara aceitaria se a convidasse para vir connosco?

Durante a aula de matemática perguntei à Emily e à Heather se elas se importavam que convidasse a Zara para a nossa noite apenas de garotas. Elas não conhecem a Zara, mas não discordaram e a Heather até disse que nunca é demais mais uma garota para levar para os maus caminhos. Aquela garota nunca vai mudar mesmo…

- Acho que ela ia adorar e assim sei que se acontecer alguma coisa ela vai estar lá, assim não preciso de preocupar-me tanto.

Reviro os olhos o que faz com que ele solte as nossas mãos e coloque o braço por cima dos meus ombros, puxando-me para si. Ele beija o topo da minha cabeça e ri.

- Não vai acontecer nada, é só uma balada.

- Nunca foste a uma balada, pois não? – Sinto-o a olhar para mim com um sorriso trocista nos lábios e eu encolho os ombros. Não, a verdade é que nunca fui a uma balada. – Acontece muitas coisas nesses sítios, nem fazes ideia. E já que não posso ir, prefiro que estejas com alguém de confiança e que não tenha medo de socar algum homem que se aproxime de ti.

- Exagerado. – Bufo e abraço-o pela cintura.

Não posso mentir e dizer que ele não é fofo quando fica assim, todo protector e preocupado.

- Posso falar com a Zara, se quiseres. A esta hora já foi para casa. – Ele tira o braço dos meus ombros porque chegamos ao meu carro.

Tiro a chave da minha bolsa e pego também no meu celular.

- Não, quero ser eu a falar com ela. Guarda o número de celular dela no meu. – Entrego-lhe o aparelho e quando o mesmo está nas suas mãos, abro a porta do condutor e atiro a minha bolsa para o banco do passageiro juntamente com a sacola de papel onde guardei as prendas de Emily e Heather.

Juntas ofereceram-me uma lingerie, branca e rendilhada. Quando tirei a mesma da sacola quase fiz um buraco no chão e escondi-me lá. Tenho a certeza de que fizeram de propósito em dar-me o presente bem quando estávamos com os rapazes, acho que nunca fiquei tão envergonhada! “Para usares num momento especial!”, disse a loira com a maior cara de safada. Jesus, eu mereço.

- Pronto. – Avisa Justin, esticando-me o celular.

- Sabes o número dela de cabeça? – Pergunto, pegando no celular e guardo-o no bolso da minha jaqueta de couro.

- Sei de todos os meus amigos, nunca se sabe quando pode ocorrer uma emergência. – Pisca-me um olho.

- Que tipo de emergência, não haver mais descolorante para o teu cabelo? – Solto uma risada.

Justin olha-me com olhos semicerrados e então sorri de canto, avançando na minha direção. A porta do condutor é fechada quando ele me prensa contra a mesma – encostando-me ao carro. Um dos seus braços está em torno da minha cintura e a outra mão contra o latão do meu carro. Mordo o lábio por causa da maneira como me encara e o mesmo desvia os olhos para os meus lábios.

- Nunca se sabe quando pode acabar e se tal acontecer é uma desgraça. – Justin diz de uma forma sedutora e então, ao fim de poucos segundos - ambos caímos na gargalhada.

Toco nas suas bochechas com as duas mãos e junto os nossos lábios. Era para ser apenas um beijo nos lábios, mas ele aprofunda-o adentrando com a sua língua na minha boca. Surpreendo-me, mas entrelaço os meus dedos nos seus cabelos e deixo-me levar pela sensação dos seus lábios macios contra os meus e a sua língua a vasculhar a minha boca de maneira lenta, como se não tivesse pressa.

- A que horas vais sair com as tuas amigas?

- A Heather vem buscar-me às nove e meia. – Respondo ofegante.

- E durante a tarde, vais estar sozinha? – Aproxima-se do meu pescoço e roça o nariz pela lateral do mesmo. Mordo o lábio inferior e fecho os olhos, pousando as mãos nos seus ombros.

- Não sei se o meu irmão vai estar em casa, mas duvido muito.

- Então posso fazer-te companhia? – Sinto os seus lábios molhados e macios deixarem um singelo e demorado beijo na pele sensível do meu pescoço, bem por baixo da minha orelha.

- Acho que é uma ótima ideia. – Aperto o tecido da sua blusa preta sentindo os seus lábios a traçarem um caminho até à minha clavícula que Justin fez questão de expor, desviando a minha jaqueta para o lado com uma mão. – Mas não acho que isto é uma boa ideia. – Abro os olhos e ele afasta-se de imediato, encarando-me confuso.

- Tens razão, pelo menos não aqui… Temos muitos espectadores. – Olha à nossa volta e faço o mesmo. Não detecto alguém a olhar directamente para nós mas mesmo assim temos algumas pessoas à nossa volta.

Sinto as minhas bochechas vermelhas. Quando namorava com o Jeremy nem um beijo trocávamos na rua ou ao pé dos nossos amigos e agora aqui estou eu, uma garota completamente diferente, que faz este tipo de coisas onde houver oportunidade. É como eu digo, o Justin tem um poder sobre mim que não consigo compreender – é como se eu desligasse e me entregasse automaticamente a ele.

- Encontramo-nos na tua casa depois do almoço? Já disse à minha mãe que ia almoçar em casa então não tenho como dizer-lhe que já não vou.

- Sim, tudo bem. – Assinto com um sorriso nos lábios.

- Até daqui a pouco. – Beija-me rapidamente e abre a porta do condutor para mim quando nos afastamos.

Entro no carro e Justin fecha a porta cuidadosamente.

Ao chegar em casa, encontro-a silenciosa.

O Matt não está em casa – é o que concluo.

Suspiro derrotada ao entrar na cozinha, depois de deixar as minhas coisas da escola no meu quarto. A primeira coisa em que reparo é na pequena caixa de veludo preta que está pousada em cima da mesa, um envelope branco está encostado à mesma. Aproximo-me da mesa e pego cautelosamente no envelope.

No dorso do envelope e numa caligrafia cuidada está escrito o meu nome.

A única pessoa que me passa pela cabeça neste momento é o meu irmão. Todavia, ele nunca me deu um presente de aniversário - nunca.

Desconfiada, rasgo o papel e tiro do interior um postal de aniversário que se pode comprar em qualquer lado. Viro-o e leio as duas únicas palavras que enfeitam o fundo branco.

                                    

“Parabéns,

                           Matt”

 

Bem, o meu pressentimento não estava completamente certo, o Matt não está em casa mas ele lembrou-se do meu aniversário.

Pouso o envelope desfeito e o postal em cima da mesa e toco na tampa da caixa de veludo, imaginando o que possa estar dentro dela. A textura do veludo é macia contra os meus dedos. Estou nervosa. Não sei o que esperar. Nem sei o porquê de ele se ter importado, nunca se importa.

Tomo coragem e pego na caixa com as duas mãos, analiso-a cuidadosamente e antes de a abrir e ver o que contém, respiro fundo.

Levo uma mão à boca com a beleza da jóia que tenho diante de mim. Tem um aspecto antigo mas ao mesmo tempo elegante e discreto. Toco na prata do pingente esférico irregular, que tem uns relevos e então reparo na pequena pedra cor de sangue incrustada no topo do pingente.

É um lindo colar.


Notas Finais




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