História Thirsty - Ameaças.

/ Kathie Quinn /

De repente o meu nariz capta uma essência conhecida – para além do cheiro do Justin e do sexo que acabamos de fazer - e começo a desesperar.

- Harry.

Empurro o Justin de cima de mim, que se senta sem entender nada enquanto me observa a vestir as minhas roupas. Em poucos segundos encontro-me vestida e calçada.

- Kathie, o que se passa? – O loiro questiona após acordar do transe e veste os seus boxers atrapalhado.

- O Harry anda por ai, não sentes o seu—

Não termino a minha pergunta porque algo pesado cai em cima do tecto do meu carro. Tanto eu quanto o Justin, olhamos para cima e, imediatamente, ele começa a vestir-se mais rápido. Abro a porta do carro quando termina de calçar a sapatilha direita, já com a esquerda no pé certo.

Ao sair, os meus olhos vão direitos à pessoa que se encontra agachada no topo do meu carro. Os seus olhos estão vermelhos e por uns segundos, sinto receio dele. Não me deixo abalar, mantendo a minha postura direita e não quebro o contacto visual.

- Harry, o que estás aqui a fazer?

O Justin sai do carro, colocando-se ao meu lado com os olhos semicerrados em Harry que lhe retribuiu o olhar mortal. Quase de imediato, sinto a atmosfera ao nosso redor a mudar, a ficar cada vez mais pesada e tensa. Observo ambos e noto que a respiração de ambos se encontra ofegante.

- Isso pergunto-te eu! O que raio pensas que estás aqui a fazer, mesmo em cima da fronteira e, ainda por cima, com ele? – Aponta, nada descaradamente para o Justin que rosna. – Querem começar uma guerra? Kathie, tens noção do que poderias ter começado? – Harry ignora o rosnado de Justin e salta do carro, caindo bem à minha frente.

- Afasta-te dela… - O Justin coloca-se entre mim e o Harry, ficando frente a frente com o moreno que não está com cara de muitos amigos. Observo-o por cima do ombro do Justin assim como ele me observa a mim, avisando-me com o olhar que o que acabei de fazer foi errado. Errado para eles, para mim e para o Justin nada na nossa vida foi tão certo.

- Quem tem de se afastar dela, és tu rafeiro… - Os olhos de Harry ficam mais escuros ao espetar o dedo indicador no peito do Justin, que cambaleia um pouco para trás. Justin estremece e fecha as mãos em punhos cerrados, controlando-se para não saltar para cima de Harry que obviamente o está a provocar. – Pensava que eras mais inteligente e irias perceber que não podem estar juntos! Mas enganei-me, não passas de mais um cachorro idiota que anda por ai!

O-oh, isto vai acabar mal e eu não posso simplesmente ficar a assistir!

- Ok, vocês os dois afastem-se e acalmem-se! – Separo-os um do outro com o meu próprio corpo antes do Justin perder a cabeça e atacar o Harry. – Harry, não tens de te preocupar porque eu não passei a fronteira. E mesmo que passa-se, ninguém saberia que o pacto foi quebrado, ninguém sabe que sou metade vampira para além do Justin.

- Isso não interessa Kathie, és uma vampira e não devias dar-te com lobisomens, muito menos transar com um! – Harry está mesmo irritado, nunca o vi assim. Foi algo que tentei nos dias em que me afastei de todo o mundo, irritá-lo e magoá-lo para que se afastasse de mim porque estava a ser egoísta e só pensava em mim, mas todas as minhas tentativas foram em vão. E agora, vê-lo prestes a perder a cabeça é algo novo e assustador. – Sabes o que aconteceria se eu não tivesse impedido o Niall de vir atrás de ti?! – Grita. – Neste exacto momento, estaria a lutar com o teu namoradinho e, acredita, desta vez apenas um deles sairia daqui vivo. Era isso que querias?

Engulo em seco com as imagens que passam pela minha cabeça após as palavras de Harry. Só a ideia de ver o Justin machucado faz com que me encolha de medo. Não quero que algo assim volte a acontecer, nunca, e não por causa de mim. Sinto o corpo quente de Justin atrás de mim, ele quer fazer alguma coisa e está a conter-se, consigo perceber pela tensão dos seus músculos contra as minhas costas.

- Bem, isso seria um prazer! Temos um assunto inacabado que eu gostava muito de pôr um ponto final de uma vez por todas.

- Não aprendeste, pois não? Tiveste sorte de teres saído vivo, se não fosse os teus amiguinhos estarias debaixo da terra que é onde todos vocês pertencem! – Harry encara Justin com os olhos cerrados mas ainda assim consigo notar o tom vermelho escarlate que banha a sua íris. – Mas talvez deva ser eu a ensinar-te uma lição.

- Parem, por amor de Deus! – Grito desesperada. - Eu agradeço a tua preocupação Harry, mas lá porque me ajudaram quando eu precisei não significa que possam decidir o que eu faço ou deixo de fazer. E diz ao Niall para ele não se meter onde não foi chamado! – Cerro os dentes. – Vamos embora, Justin. – Entrelaço os meus dedos com os dele, mas antes de puder mexer-me, o Harry agarra o meu pulso e automaticamente o peito de Justin vibra com o seu rosnado.

- Acalma-te rafeiro, não vou machucá-la. Mas o mesmo não se aplica a ti se deres mais algum passo. – O Harry ri na cara do loiro. Por precaução não solto a mão de Justin e ao apertá-la percebo que relaxa um pouco mas sem deixar de estar atento ao que Harry pode vir a fazer. – O Niall ama-te, preocupa-se contigo e só quer ajudar-te. Como é que ainda não percebeste isso? – Os seus olhos, agora verdes, encaram os meus com uma certa expectativa.

Franzo o cenho com a sua pergunta.

- Parem de lhe mentir, ele não a ama! Ele nem deve saber o significado de amar! – O Justin revira os olhos e puxa-me para mais perto, soltando-me da mão de Harry.

- Este assunto não te diz respeito!

- Se tem a ver com a Kathie, é do meu respeito sim. Especialmente quando se trata de um cara que só a quer enganar para conseguir aquilo que o vampiro mor comanda!

- Ouve aqui, seu maldito rafeiro--- - Corto o que fosse que o Harry ia dizer e puxo o Justin de novo para trás de mim.

- Não preciso de ajuda para nada, Harry. Agora vai-te embora. – Peço, serenamente. - Por favor. 

Ele começa a rir debochado.

- Isto é a sério? – Questiona. – Já percebi que vai ser difícil fazer com que vejas aquilo onde te estás a meter. – Olha para o lado direito. – Mas, lamentavelmente, eu só saio daqui se vieres comigo.

Num piscar de olhos e sem estar à espera, sou jogada no seu ombro como um saco de batatas e rapidamente, Harry, começa a correr por entre as árvores deixando o Justin e o meu carro para trás.

- Harry! Volta a pôr-me no chão! – Grito, batendo com os punhos cerrados e com toda a força que tenho na suas costas. Todo o meu esforço parece inevitável, visto que o seu corpo apenas vai para a frente à medida que o esmurro. – Agora Harry!

Os meus cabelos esvoaçam e tapam o meu rosto devido à velocidade, mas consigo enxergar por entre os fios de cabelo que o Justin corre atrás de nós. De repente o seu corpo muda de forma e ele transforma-se, diante dos meus olhos. As suas roupas desfazem-se no ar quando o seu corpo muda para a forma de um lobo enorme. Magnífico!

Os sucessivo socos que desferia nas costas de Harry nas costas de Harry cessam, estou demasiado maravilhada com aquilo que os meus olhos acabaram de presenciar.

O seu pêlo de um loiro escuro é denso e brilhante apesar dos poucos raios solares que atravessam a folhagem das árvores, os seus olhos são ainda mais dourados, a sua respiração é pesada e profunda… Um lobo, mas extremamente grande. Deve ter pelo menos dois metros com as quatro patas no chão… Observo-o maravilhada de boca aberta e um pouco assustada. Ele deve conseguir matar facilmente um vampiro que se distraia, com aquela boca e com aquelas patas enormes.

A distância entre nós é cada vez menor, ele é bastante rápido. Tão rápido com um vampiro. Os seus olhos estão postos nos meus e os meus nos dele. Saio do transe em que me encontro quando Harry solta uma risada debochada e, determinada, volto a tentar soltar-me dele.

- Solta-me, agora!

- Importaste-te de ficar quieta e calada?

- Sim, importo-me! – Grito, socando-o mais uma vez.

Apercebo-me que o Justin abranda a sua corrida – apesar de estar a meros metros de nós – e segundos depois pára onde está, rosnando alto e entendo-o como um som de frustração.

Franzo o cenho. Porque é que ele parou?

Os meus pés tocam no chão novamente. Olho à minha volta e suspiro quando me apercebo que estamos junto da casa dos rapazes. Agora entendo o porquê de o Justin ter parado, ele não pode passar a fronteira… E se passasse, já todos estamos fartos de ouvir o que acontecerá.

O meu braço é envolvido pela mão de Harry que começa a puxar-me para o interior da casa.

- Harry, estás a começar a irritar-me! Deixa-me ir embora, eu não quero estar aqui! – Puxo o meu braço, tentando em vão soltar-me dele.

- Lamento, mas não posso deixar-te ir. O Simon quer conversar.

Reviro os olhos e com a mão livre, Harry abre a porta de vidro da enorme casa e obriga-me a entrar primeiro. Contenho a vontade de me soltar e correr para longe desta casa, é provável que conseguissem pegar-me de novo e eu não quero o Justin envolvido nisto, por muito que lhe custe. O melhor é saber o que Simon quer comigo e ir embora logo depois.

- Como é que vocês sabiam que eu estava com o Justin?

- Foi o Simon que nos avisou depois de ter uma visão. Eu apenas deduzi para onde vocês foram, depois de ter ido à escola à tua procura segui o teu cheiro pela floresta.

Entreabro a boca sem conseguir dizer alguma coisa. Eu já sabia que o Simon consegue ver o futuro mas todos diziam que ele deixou de conseguir ver o meu futuro por ser uma mestiça. Não faz sentido que consiga de novo...

- Vocês mentiram-me, mais uma vez? – Pergunto, indignada.

- Não, o próprio Simon julgava não conseguir ver mais o teu futuro mas algo mudou. Mesmo assim, continua a não conseguir dizer o que vai acontecer quando estás com um lobisomem. – Harry explica enquanto me conduz pelo interior da casa.

Ao chegarmos à sala, deparo-me com os rapazes e o Simon no cómodo.

Olho para todos mas demoro mais alguns segundos no Niall, que desvia o olhar assim que o encaro. Reviro os olhos e após o Harry soltar o meu braço, cruzo-os à altura dos meus seios. Calmamente, Harry entra na sala e joga-se no sofá. Fico parada onde estou, pacientemente à espera que alguém abra a boca.

- Vão ficar todos em silêncio a olhar para mim?

- Kathie, Kathie…

Viro o rosto na direcção de Simon, sentado numa poltrona com as pernas cruzadas e um copo de cristal praticamente vazio na mão direita. Permaneço no mesmo sítio e Simon abana negativamente com a cabeça, demonstrando que está desiludido.

- Temos de conversar. – Faz uma pausa para beber o resto do líquido cor de âmbar. – Mas antes disso, alguém pode tratar daquele lobo? Já basta que ela esteja coberta do cheiro nojento dele, não precisamos que ele continue a rondar a casa.

Descruzo os braços com a forma como fala de Justin e os meus dedos enterram-se nas palma das minhas mãos. Observo que quase automaticamente o Zayn e o Liam se mexem.

- Não! – Grito e coloco-me à frente de ambos quando se aproximam da entrada da sala, que por acaso é onde estou. – Vocês não vão a lado nenhum e muito menos tocar no Justin!

Antes de puder fazer alguma coisa, o Niall aparece entre nós e segura-me por um braço, puxando-me para o lado, desimpedindo assim a saída do Zayn e do Liam que saem da sala sem perder mais tempo.

- Fica quieta, já causaste demasiados problemas. – O loiro diz num tom rude e frio, que nunca escutei vindo dele.

O meu rosto fica vermelho de raiva.

- Não, vocês nem se atrevam a tocar nele!! – Arranco o meu braço da mão de Niall, mas ele consegue segurá-lo de novo, enquanto vejo o Zayn e o Liam a saírem de casa sem nem ao menos olharem para mim. – Eu juro que vos mato se o machucarem! – Os dedos do Niall apertam o meu braço enquanto me esperneio com os olhos postos na porta por onde eles saem.

Oiço-os a correr e à medida de que se afastam, o cheiro do Justin fica cada vez mais distante.

Que nada lhe aconteça, por favor!

Com os olhos semicerrados, olho para o Niall e empurro-o com toda a força para longe de mim. Ele cambaleia uns metros, soltando-me e aproveito para avançar no Simon. Em passadas largas, os meus olhos estão agora focados no homem que tem um pequeno sorriso nos lábios como se já estivesse à espera que isto acontecesse. É claro que ele já estava à espera, ele consegue ver o maldito futuro! A meros metros dele, o Louis e o Harry colocam-se à minha frente e por cima dos ombros deles, vejo o Simon a levantar-se calmamente e pacificamente da poltrona.

- Só quero que entenda uma coisa… Eu faço o que eu quero, e não é você, nem ninguém no mundo que me vai dizer o que não devo fazer! Sou livre, posso tomar as minhas próprias decisões, não preciso que pensem por mim porque felizmente tenho um cérebro capaz de tal. – Os meus olhos estão focados no homem atrás de Louis e Harry, os meus punhos cerrados devido à raiva. – Que seja a última vez que me arrastam até aqui contra a minha vontade. – Desvio o olhar para o Harry que revira os olhos. – Podem vir a arrepender-se se algo assim volta a acontecer. E eu sei o quanto sou importante para si e para a sua maldita pesquisa sobre mim! Então, pense bem antes de voltar a fazer uma coisa destas a mim e ao Justin. – Ameaço o Simon que me encara com a mesma expressão, desta vez com um pouco mais de divertimento.

As minhas presas saem de fora perante a sua atitude debochada e empurrando o Louis e o Harry para cantos opostos da sala, vou até Simon. Ficamos cara a cara, mesmo sendo mais baixa que ele.

- Você pensa que eu estou a brincar ou que não sou capaz de cumprir aquilo que prometo, mas não me subestime assim tanto. Pode vir a arrepender-se.

- Não duvido do que está a dizer, querida. De facto, é de louvar a sua coragem em ameaçar-me. Não são todos que têm a mesma ousadia que você e aqueles que têm, oh, esses sim acabam por arrepender-se mais tarde ou mais cedo. – Simon sorri ainda mais, um sorriso sombrio que nunca tinha visto no seu rosto. Nem por isso abalo a minha postura e continuo a encará-lo. Este homem, ele guarda segredos, segredos os quais eu tenho a certeza que os rapazes não fazem ideia. A mim ele não me engana e mais cedo ou mais tarde, eu vou descobrir o que esconde. Desconfio dele desde o primeiro dia, mas agora olhando-o bem nos seus olhos sombrios eu vejo algo...

- Você ainda não viu nada. – Digo com um sorriso de canto.

Inesperadamente, alguém começa a puxar-me para fora da sala. Desta vez, não esperneio, simplesmente deixo-me levar até ao exterior da casa.

- Foste longe de mais! – O Niall grita no meu rosto, parado de frente para mim.

- E vocês têm de parar de andar por ai a arrastar-me e a julgarem que podem controlar-me da mesma forma que aquele homem vos controla! – Aponto para a casa com os olhos nos olhos azuis de Niall.

- Não tens mesmo noção do que acabaste de fazer, pois não? – Ele abana a cabeça em negação. – Não podes simplesmente ameaçá-lo, Kathie, isso é pedir para morreres!

Reviro os olhos com o seu drama.

- Em primeiro lugar, estás demasiado perto. – Encosto um dedo no seu peito, afastando-o. - E em segundo lugar, eu ameaço quem eu quiser e não me interessa. – Digo séria.

O lado vampiro que estivera 18 anos adormecido dentro de mim, mudou-me. Se fosse há dois meses atrás eu simplesmente me encolheria na frente do Simon e deixava que ele me controlasse, mas não, não agora. A pessoa que sou agora, ela é diferente da Kathie que eu conheço. Não tenho medo de enfrentar um vampiro que provavelmente é mais velho que a própria Terra quando este põe em risco as pessoas que amo.

O Niall bufa de irritação. Percebo pelos seus olhos que o que diz a seguir não era o que realmente queria dizer.  

- Kathie, não sei se entendes a gravidade disto tudo. O Simon é um vampiro com mais de mil anos, o mínimo que podias fazer é mostrar um pouco de respeito! Ele podia ter-te morto e ninguém o poderia ter impedido! Eu não poderia tê-lo impedido se ele o fizesse. Entendes isso?!

Semicerro os olhos. Ele está a tentar que fique com medo de Simon, assim como todos eles têm. Aquilo que eles dizem ser respeito por aquele homem é na verdade medo, medo que ele lhes tire a vida que o próprio ofereceu quando precisaram. 

- Ele podia ter-me morto, mas não o fez e ambos sabemos muito bem o porquê! Sou demasiado importante para ele para simplesmente acabar com a minha vida. Mas de uma coisa todos vocês podem ter a certeza, nunca mais ninguém me vai controlar!

Posso a estar a ser convencida, mas a verdade é esta, e o suspiro que o Niall soltou só confirmou tudo o que disse. O Simon não pode sujeitar-se a perder-me apenas porque não faço nada do que me diz, sou a última humana-vampira à face da Terra e ele não pode perder-me.

- O Simon tem razão, é de louvar a tua coragem mas não te esqueças do facto que nem todos os vampiros têm o mesmo autocontrole que ele. Só não te esqueças disso ou vais acabar morta… - Os seus olhos ficam mais escuros.

A dúvida de ele estar a falar de si próprio consome-me no mesmo instante. Ele deu a entender que fala de si, mas tenho a certeza que ele não é capaz de me machucar se o irritar demasiado. O Niall sente a minha incerteza e suaviza a expressão facial atravessando os seus fios loiros com os dedos enquanto recua um passo.

- Eu preciso de ir… - Sussurro.

- Não podes, o Simon ainda quer falar contigo.

- Preciso de caçar, Niall. Já não consigo pensar direito, a sede está a consumir-me! Eu volto amanhã, mas peço-te que não me sigas. – Olho para o lado direito, para as árvores. – Eu vou ficar bem.

Viro-lhe as costas e mesmo sentindo o seu olhar cravado como duas adagas nas minhas costas avanço por entre as árvores.

- Tu gostas mesmo dele, não é? – As suas palavras flutuam no ar até chegar a mim, num tom quase sussurrado mas melódico. Os meus pés param bruscamente o caminho que estava a percorrer e, lentamente, giram no mesmo sítio obrigando-me a encarar o Niall a poucos metros de mim.

Não consigo ver o seu rosto por estar com a cabeça baixa e isso deixa-me estranhamente desconfortável.