Jackson & Yugyeom: I LOVEE UUU, BABY I…
Jackson e Yugyeom cantavam quanto nos filmavam com a câmera que JYP havia nos cedido para a terceira temporada de REAL GOT7, Jackson dava closes em minha cara, mas eu não estava afim de ser gravado, estava irritado por conta de meu nervosismo ao saber que estávamos a caminho do aeroporto pra um grande show talvez o maior de nossas vidas.
Não entendia o que acontecia comigo, sentia uma angustia em meu peito, um nó na garganta, mas como eu estava cansado de ouvir “Não tem porque se sentir agoniado jinyoung, é só um show” eu decidi me esforçar e curtir aquele bom momento. vejo todos jogando almofadas em Jackson e rindo ao ver suas tentativas de se esquivar...
JB e Youngjae olhavam pelo retrovisor e davam gargalhadas ao perceber que o rosto de Bambam estava sendo pintado por Yugyeom, após aquela obra de arte ser finalizada, Jackson acorda o mesmo com sua câmera, que parte pra cima de Yugyeom, todos rimos com a cena e ao me aconchegar no banco com o cobertor ao lado de Mark me deparo com o mesmo tirando um de seus fones, ele o coloca em meu ouvido, talvez Mark soubesse que não estava confortável, poderia ser o motivo de seu gesto que me pareceu muito afetivo, com um sorriso fraco agradeço à ele, me deito com a cabeça apoianda no vidro da janela da Kombi.
...
JinYoung: o que?
O nevoeiro cobria meus olhos, era tão denso, eu não podia ver absolutamente nada. Onde eu estava? Como eu cheguei aqui? Era como estar preso, parado no tempo.
JinYoung: MENINOS? ALGUEM?
Será que realmente estava sozinho? Se alguém estivesse por perto já teria vindo, certo? Viro meu corpo tentando olhar para os lados, tentando me localizar, porem a única coisa que eu tinha certeza que eu estava em uma pista, vagando sozinho...
XxX: Jinyoung... Jinyoung vamos logo
Uma voz familiar me chamava, eu tentava responder, mas apenas conseguia balbuciar palavras sem sentido, sinto uma mão em meu ombro me chacoalhando como se eu fosse um brinquedo, não havia palavras pra descrever, aquele lugar parecia estar desaparecendo, abro meus olhos e vejo JB com a cara de quem aparentava estar irritado.
JaeBum: Você está atrasado Jinyoung, todos estão te esperando na porta do aeroporto, Aish! Que falta de profissionalismo...
Faço uma cara de confuso ouvindo as palavras de JB, me desfaço do cobertor, acompanhando o mesmo... Ao me juntar ao grupo, quatro seguranças se posicionam para nos ajudar a passar pelo pequeno grupo de fãs que estavam nos esperando... Alguns sorrisos e acenos depois, vamos para a pista do aeroporto embarcar no avião, um terrível pressentimento me invade e como um flashback tenho uma visão de meu sonho, paro a caminhada colocando a mão em minha cabeça forçando os olhos, sinto uma aproximação.
Jackson: Ei Junior, o que houve?
Ele segurava a câmera enquanto falava, mas ao ver minha expressão de aflito abaixa a mesma, parando em meu lado. Jackson coloca a mão em meu ombro me forçando a voltar para caminhada.
Jackson: Cara, todos sabemos que você está nervoso, acredite, você se esforça muito e mesmo que cometa um errinho, por menor que ele seja as ahgases te amam, todo esse nervosismo é inútil, ta bem?
Ele fala em um tom baixo para que só eu consiga escutar e ao terminar da tapas de leve em meu ombro, sorrio com seu gesto e o acompanho até a entrada do avião... Após colocarmos as malas no compartimento acima dos acentos, uma moça jovem com o uniforme de aeromoça se aproxima pedindo nossa atenção...
Aeromoça: É um prazer receber vocês, Obrigado por voarem conosco. Antes de subirem no avião seu produtor pediu para dizer que vocês devem trocar de roupa, pois haverá uma coletiva antes do show e precisaram ir pra lá quando desembarcarem.
Nós balançamos a cabeça em sincronia assentindo para ela, aos poucos cada um de nós ia até a cabine do banheiro nos arrumar, pois todos tinham a missão de ficarem devidamente apropriados. Quando youngjae saí da cabine me levanto andando em passos curtos adentrando na cabine, tiro minha camiseta colocando a mesma sobre a pequena pia que havia naquele cubículo, denominado de banheiro, encaro meu corpo seminu no espelho, a sensação ruim volta, fecho os olhos tentando conter meu pensamento, mas a visão do nevoeiro volta , fazendo eu me perder em meu sonho.
Após um pequeno esforço consigo abrir os olhos, minha testa se enruga por ainda estar confuso, ao me conformar tento relaxar a pressão que eu mesmo estava fazendo, troco de blusa me olhando no espelho, me inclino abrindo a torneira, levo água até meu rosto, saio da cabine ouvindo gritos dos meninos que estavam alvoroçados, me sento na cadeira prendendo o cinto e apenas aguardo nossa chegada…
A aeromoça abre as cortinas da porta e caminha com seu carrinho de lanches, no mesmo momento ouço um grito de Bambam tentando atacar Jackson, que teria feito rabiscos em seu rosto novamente. Eu não entendia como alguém como ele conseguia dormir a toda hora, todo momento e em todo lugar, esse senhoras e senhores era o super poder do nosso querido Bambam.
Quando a “briga” entre os dois começa viro minha cabeça dando uma espiada, algumas gargalhadas escapam ao ver Jackson apanhando. Porém minha felicidade se vai ao sentir o avião balançar drasticamente, meu desespero se multiplica à medida que uma turbulência começa, nesse momento as luzes que pedem para que os passageiros apertarem os cintos pisca insanamente, me solto do cinto tentando chegar aos meninos na esperança de conseguir implorar para que parassem de brincar e prestassem mais atenção, porém a aeromoça me impede dizendo para eu me acalmar, pois não deveria demorar muito pra tudo se acalmar, naquele momento minha respiração se descontrola, o avião parecia estar se desfazendo com a turbulência, eu repetia em minha cabeça “Tudo vai ficar bem” quando olhava pra trás novamente vendo os meninos de pé sem conseguir colocar os cintos ou se sentar, nessa hora máscaras de gás caem do teto, engulo seco sentindo um nó em minha garganta, “Tudo vai ficar bem”...
A turbulência para junto com os motores, sinto o avião cair, vejo os meninos e a aeromoça irem pelos ares como se tivessem desligado o botão da gravidade, acho que nessa hora minha alma saía de meu corpo pois eu não me sentia mais ali.
...
Está tudo tão calmo, tão quieto, pensava com os olhos fechados sentindo minha cabeça encostar em algo aparentemente solido e meus braços abraçarem minhas perna, quando abro os olhos vejo tudo embaçado, “EU ESTOU ME AFOGANDO” eram meus gritos no silencio dos pensamentos, procuro um jeito saber a noção de espaço. Aquilo realmente era real? Eu estava preso em uma caixa de vidro? Como eu cheguei ali? O que está acontecendo? Sinto que não agüentaria ficar mais 1 segundo sem ar e o desespero começa, bato as mãos no vidro na esperança de ser forte o suficiente pra quebrá-lo, uma tentativa inútil.
XxX: Continue bombeando... Eu tenho pulso
Eu escutava uma voz feminina falando de longe, mas como era possível ninguém estava por perto, não tinha um motivo, certo? A falta de ar aumenta, quando pisco os olhos tenho um reflexo da paisagem mudando, forço minha vista ainda batendo a mão nos vidros tentando me libertar, ao fechar os olhos escuto o som de meus batimentos cardíaco solto um suspiro alto quando sinto o ar entrando pelas vias respiratórias... porem a paisagem muda, esse tempo todo eu estava em coma ?
Dois paramédicos em minha volta, um deles segurava uma mascara de oxigênio bobeando-a, a outra paramédica segurava um desfibrilador, que provavelmente já havia usado em mim, me levanto rápido vendo aquela destruição, caímos, o avião caiu, paramédicos correndo pra todos os lados, destroços do avião por todos os lados, o pânico me acompanhava enquanto eu olhava pelos cantos.
Os meninos não estavam por perto, fico aflito, esse nervosismo fazia meu ar se perder, começo a correr em busca deles, mas só consigo ver mais e mais destroços “PORQUE NÃO COLOCARAM O CINTO? PORQUE NÃO PRESTARAM ATENÇÃO? Por favor, eu imploro para que não estejam...” meu pensamento é interrompido por algo que estava a dois metros de distancia...
Não tinha capacidade alguma para mover meu corpo, estava lá, ainda funcionava, por mais irônico que pareça, vejo o sorriso deles e o quanto estão felizes, o quanto se divertiam, o quanto nós nos divertíamos, minhas pernas amolecem, sinto meus joelhos colidirem com o chão, eu definitivamente estava no fundo do poço quando vi a câmera intacta, ainda reproduzindo aqueles bons momentos em meio a o caos que estava presenciando.
JinYoung: Isso não é um adeus...
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