História This is not a love story - O primeiro encontro

Por incrível que pareça o dia passou rápido, tanto que nem me dei conta, as meninas estão animadas com meu “ENCONTRO” com o Harry, mas até do que eu, não entendo, ele é só um garoto metido à besta, que acha que com apenas um sorriso deixa todas aos seus pés, bom isso é verdade mais comigo não é bem assim. No momento estou no banco de trás do carro em um silêncio quase que mortal.

- Posso fazer uma pergunta? – disse finalmente quebrando aquele silêncio

Kathe: Pra mim ou pra ele?

Eu: Tecnicamente pros dois

Kathe: Ta então...

Eu: Se vocês são irmãos porque seus sobrenomes são diferentes?

Kathe: Hã?

Eu: Pierce... Bieber!

Kathe: Ah claro, é que nós não somos irmãos de sangue...

Justin: O pai da Kathe se casou com minha mãe.

Eu: Hm... Chegamos tchau.

- Tchau – disseram os dois em coro assustados com a rapidez que sai do carro.

Sabia que estaria sozinha em casa, minha mãe havia me ligado mais cedo me avisando que teria uma reunião e só voltaria bem mais tarde, subi para o meu quarto e me joguei na cama tirando o tênis com os pés, fiquei deitada por um bom tempo e acabei adormecendo, acordei com um susto e olhei diretamente para o relógio com números em verde claro, que ficava em cima da cabeceira, marcava 14:00, afundei minha cabeça no travesseiro, foi quando me lembrei, O ENCONTRO, me levantei e corri para o banho, eu sei que eu não estava muito afim de ir, mas eu não iria deixar o garoto plantado na frente de uma livraria né, saí do banho e olhei pela janela, o tempo havia melhorado muito desde aquela manhã, onde antes só haviam nuvens acinzentadas espalhadas por todo o céu, agora dava lugar para um lindo sol, que brilhava fortemente, como se o dia estivesse... Mais feliz?!

- O clima de Londres é esquisito – disse em voz alta para mim mesma – Mas mais esquisito ainda sou eu aqui falando sozinha sobre o tempo.

Entrei no closet e peguei a primeira roupa que vi, um short Jens uma blusa soltinha de manga comprida marrom e um vans estampado de oncinha, como o dia esta quente fica muito mais fácil, não gosto muito do frio, mas gosto de dias nublados, pensando bem EU sou esquisita, andei até penteadeira e me sentei me olhando no enorme espelho, penteei meus cabelos, fiz uma make leve e peguei meus óculos que estavam dentro de uma pequena gaveta da penteadeira, levantei-me e me dirigi até minha cama, peguei meu celular e desci as escadas correndo, tranquei a porta e comecei a caminhar calmamente, levei 15 minutos para chegar à livraria, como ela também era cafeteria, havia varias mesinhas com o centro de vidro e cadeiras de metal pintadas em branco combinando com as letras pintadas na vidraça, me sentei de costas para a rua, coloquei meus fones e comecei a analisar a  livraria, ela era antiga mas não perdia seu charme, suas paredes eram pintadas num tom de verde-água claro, e na vitrine junto com os livros havia um vaso com flores, logo reconheci a espécie, ela é uma das mais lindas do mundo, a famosa CORAÇÃO QUE SANGRA, olhei no relógio e eram 14:50, estava novamente distraída com os detalhes da livraria, quando sinto uma respiração ao pé do meu ouvido.

- Oi – disse Harry num sussurro ele se sentou ao meu lado sorrindo – Pensei que não viria!

Eu: E porque pensou isso?

Harry: Slá, você não é como as outras

Eu: E isso é ruim – tirei os fones de ouvido.

Harry: Não.

Eu: Que bom!

Harry: Mas então aonde você quer ir?

 Eu: Não sei você me chamou para sair.

Harry: Já conhece a cidade?

Eu: Não muito bem.

Harry: Então te mostrarei meu lugar favorito daqui – levantou e estendeu sua mão para mim – Vamos? – Assenti com a cabeça e peguei em sua mão.

 Fomos a pé mesmo, ele disse que não era longe, paramos em frente a um muro com apenas um portão de ferro pintado em preto, fiz uma cara de quem não estava entendendo nada e ele riu.

Harry: Antes de eu te mostrar meu lugar secreto, você não quer tomar um sorvete?

Afirmei com a cabeça, ele segurou no meu braço e atravessamos a rua correndo, entramos na sorveteria que ficava logo ali do outro lado da rua mesmo e pedimos duas casquinhas de creme, ele não me deixou pagar e isso me deixou um pouco frustrada no começo admito, mas ele só estava sendo gentil então resolvi aceitar.

- Agora esta pronta? – disse ele parando na frente do portão

Eu: Pra que? Roubar essa propriedade? Porque se for isso eu não estou pronta coisa nenhuma.

Harry: Tão engraçadinha – disse sarcástico, nós nem nos conhecemos direito e já nos falamos como se tivéssemos crescido juntos, isso sim é estranho.

Ele abriu o portão e entrou fui apenas seguindo ele, foi aí que me deparei com um enorme jardim, cercado por flores azuis com forma de pequenos sinos, tive uma sensação como se já estivesse visto aquilo tudo, em um sonho talvez, mas nada se passava em minha mente, nos sentamos em meio às flores e eu fiquei apenas admirando aquilo tudo.

  Harry: É lindo não é?

Eu: Muito, mas me fala a verdade quantas você já trouxe aqui – lambi meu sorvete.

Harry: Você é a primeira – assim que ele disse isso olhei diretamente em seus olhos.

- Sério – perguntei perplexa – Mas por quê?

Harry: Não sei, como já disse você é diferente.

Eu: Porque eu sou ruiva – lancei um olhar sexy para ele que começou a rir.

Harry: Não, suas atitudes são diferentes, por isso você não é como as outras...

Eu: Que outras? Aquelas que quase morrem só de ouvi seu nome? – ri depois sussurrei – Harry... Harry é até que seu nome é sexy - rimos juntos.

Harry: Disse você é diferente das outras.

Eu: E você é melhor do que eu pensei!

Harry: E o que você pensou sobre mim – abriu um sorriso lindo.

Eu: Que você era apenas um rostinho bonito metido a besta.

Harry: Que bom que percebeu o contrario

Eu: E quem disse que percebi o contrario – disse séria, ele apenas ficou surpreso e um pouco triste também – Calma é brincadeira – sorri.

Ficamos conversando até o por do sol, e que por do sol, minha mãe me ligou preocupada, foi aí que percebi que estava realmente tarde.

Eu: Tenho que ir, já esta tarde.

Harry: Eu te levo.

Eu: Não precisa vou de taxi mesmo – me levantei

Harry: Espera – segurou em meu braço – me passa seu telefone?

Eu: Claro, me dá seu celular.

Harry: Toma – peguei o celular dele e ele o meu digitei o número e entreguei – uma foto? – assenti com a cabeça e me aproximei dele sorrimos e ele bateu.

Eu: Agora no meu – fizemos uma careta e... – Pronto, tenho que ir.

Harry: Até amanhã.

Eu: Até – corri e entrei no primeiro taxi que encontrei, disse meu endereço e ele seguiu, encostei minha cabeça na janela e fiquei pensando, Harry realmente não era como eu pensei, ele realmente era... Legal.

Cheguei em casa e minha mãe me esperava na sala.

- Onde você estava?

Fudeu