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História This is not love - Hoje não é meu dia


Escrita por: MonggB

Notas do Autor


Mais um capítulo, espero que gostem

Capítulo 2 - Hoje não é meu dia


Fanfic / Fanfiction This is not love - Hoje não é meu dia


YUZO - P.O.V

 

Eu não estava nenhum pouco a fim de participar desse festival mas era isso ou então mais uma lacuna vazia em meu boletim, eu não podia reprovar de ano de novo. Quando o professor falou que minha dupla seria o Tadashi Yoshida senti aquela famosa onda de nostalgia me invadir, mas isso não era nada de demais.
Conheci o Tadashi quando eu tinha 13 anos, ele havia acabado de se mudar de Nagoya, um completo novato em todos os sentidos, nos tornamos amigos mas com o tempo nos afastamos. Mesmo não sendo tão amigos como antes eu ainda sabia que ele estava lá.


Assim que o mesmo sentou-se ao meu lado e começou a falar de suas idéias imediatamente aquela onde de nostalgia se tornou uma onda de tédio. Não dava a menor importância para isso, apenas queria ganhar a minha nota, mas é claro que sem fazer nada extravagante.

 

Terminei a aula de música e me despedi do mesmo e peguei meus materiais e fui em direção ao ginásio, hoje seria um dia cheio, teríamos treinamento para um campeonato que iria acontecer em Tóquio. Fui direto para o vestiário e troquei as minhas roupas costumeiras pelo meu uniforme. 

 

Encontrei com os demais garotos do time e logo começamos a nos alongar. Estávamos rindo e tirando sarro dos nerds da escola quando de repente meus olhos pousam em alguém sentado na arquibancada, por um momento me veio á cabeça que seja lá quem fosse que estivesse sentado lá estava perdido.
Fiquei por um bom tempo encarando aquela pessoa quando sinto alguém me atingir com uma das bolas de basquete. Kazuo, o meu melhor amigo.


KAZUO: — Hey cara, preste atenção, como você quer ganhar o campeonato desse jeito?


— A-Ah, me desculpe, foi apenas um momento de distração, não se preocupe, hm? vamos treinar, nós iremos trazer mais um troféu para essa escola, ah e quem é aquele lá na arquibancada?


KAZUO: — WOW! é assim mesmo que se fala Murakami, eu não sei, provavelmente mais alguém que gosta de nos ver treinar

 

Fiz uma careta meio sem jeito e corri até o centro do ginásio dando as devidas ordens para que os demais jogadores tomassem as suas devidas posições. O jogo deu início e como já era de esperar eu me destacava, não pensem que eu sou um exibido ou coisa assim, é que eu jogo basquete desde os meus 8 anos de idade. 

 

Fiz uma cesta e pude ouvir os gritos eufóricos daquela pessoa sentada na arquibancada, ela parecia estar bastante empolgado com aquele simples treino. Dei uma mordida de leve em meus lábios voltando minha atenção ao jogo.
                                                                                  TADASHI - P.O.V

 

Eu não conseguia desprender meus olhos dele, muito menos respirar mas logo sou tirado do meu transe quando ouço o som do apito. Fiquei meio desorientado por uns instantes, peguei minhas coisas e fui me retirando do ginásio o mais rápido possível mas o meu desastre falou mais alto. Tropecei nos meus cadarços e como consequência todos os meus materiais se espalharam pelo chão.


— Ótimo, muito bem Tadashi, se nessa escola houvesse o concurso do aluno mais desastrado, com certeza esse título seria seu


KAZUO: — Sim, ele já seria seu, pude ouvir o barulho de longe, você não olha por onde não?


— E-Eu... bom, eu apenas tropecei nos meus cadarços


KAZUO: — Você é um caos, opa, espera, eu te conheço de algum lugar


Fiquei olhando para o garoto com um olhar confuso, o silêncio estava preenchendo o local quando mais uma voz surge.


YUZO: — Aigoo Kazuo, que demora, vamos logo ou então vam... ah! oi Tadashi


KAZUO: — Oh, desculpe Murakami, sim, vamos... nos vemos depois, Ta-da-shi


YUZO: — certo certo, deixe de conversar besteiras e vamos logo, até amanhã Yoshida

 

Não consegui responder a nada, apenas acenei e sorri fraco. Quando os dois sumiram do meu campo de visão respirei aliviado colocando uma mão em minha testa e outra em minha barriga. Terminei de recolher minhas coisas e segui caminho rumo a saída da escola. Olhei para os dois lados para ver se eu ainda encontrava Kazuo e Yuzo mas para minha sorte eles não estavam mais lá.

 

Coloquei as mãos nos bolsos e meus fones de ouvido e fui seguindo caminho para o ponto de ônibus, eu apenas queria chegar logo em minha casa para poder continuar as minhas lições, estava atolado em mil trabalhos.

 

Estava quase chegando no ponto de ônibus quando senti uma mão firme em meu ombro e uma respiração ofegante. Me surpreendi ao ver que o dono daquela mão firme era na verdade o Yuzo.


— Y-Yuzo? algum problema?


YUZO: — C-Cara, você anda muito rápido, Jesus!


— Hm, devo pedir desculpas por isso?


YUZO: — Não, eu acho que não, enfim, você esqueceu isso


Ele estende a mão e me entrega o meu cartão de identificação do aluno, sem isso eu não poderia entrar na escola. Respirei aliviado e peguei das mãos dele o cartão.


— Obrigado Yuzo, você salvou minha vida


YUZO: — Não fiz nada de demais, enfim, para onde você está indo?


— Para casa, não tenho muito o que fazer agora 


YUZO: — Hum, entendo, quer fazer alguma coisa? tipo, ir ao boliche? eu também não tenho muita coisa pra fazer agora, e aquele idiota do Kazuo precisou ir em embora, a namorada dele ligou


— A-Ah, entendo, bom, eu não sou nenhum pouco bom com boliche mas eu posso tentar

 

Meu coração ia acabar saindo pela boca, mas tratei de me repreender por isso, era apenas um boliche e nada de demais. Desviei meu olhar rapidamente e mordi o interior das bochechas, estava um tanto quanto ansioso.


YUZO: — Sem problemas, eu posso te dar algumas dicas, agora vamos logo

 

Assenti e fomos andando em passos lentos até o boliche. Durante o caminho fomos conversando e discutindo nossas ideias sobre oque iríamos apresentar no festival e acabamos por escolher um dueto. Íamos tocar no piano uma música de Frédéric Chopin, um pianista polonês-francês. 

 

Ao chegarmos ao boliche fomos direto até a bancada para pegarmos os sapatos, ficamos em uma das áreas do canto, digamos que era meio reservado. Olhei para Yuzo e abri um sorriso tímido, mas o mesmo apenas retribui com um simples eyes smile. Não que eu esperasse outra coisa nem nada.


YUZO: — Ok, vamos lá, eu começo, e quem fizer o maior número de strikes obviamente irá ganhar, e será beneficiado com uma bebida paga pelo perdedor, está de acordo?


O mesmo me lança um olhar malicio, não sei explicar mas esse tão simples ato fez minhas pernas estremecerem.

 
— "Céus Tadashi, concentre-se" — Penso.. — Sim, estou, pode começar

 

O mesmo pega uma das bolas e com toda a sabedoria do mesmo ele lança a bola e é claro que um perfeito strike é feito. Revirei os meus olhos, era a minha vez. Peguei uma das bolas e soltei um resmungo, aquilo era mais pesado do que eu me lembrava. Me posicionei na pista e lancei a bola. A mesma ia segundo seu percurso com perfeição, mas a bola foi indo para o lado, apenas atingindo dois pinos.


YUZO: — Nossa, você me surpreendeu, você conseguiu derrubar dois pinos


— YAY! — Franzo o cenho. — Como assim eu te surpreendi? então quer dizer que você achava que eu não iria conseguir? que maldade da sua parte, Murakami! — Rio.


YUZO: — Isso mesmo, meu máximo era de um pino, mas você conseguiu dois, então com certeza eu me surpreendi


Demos risadas e Yuzo pegou uma outra bola e fomos dando continuidade ao jogo. No final o placar era YUZO 4 Strikes e EU 1 Strike. Eu era um caos até nas mais simples coisas.


— Certo, vamos ao bar, irei pagar a sua bebida


YUZO: — Maravilha!

 

Fomos até a bancada e devolvemos os sapatos e pagamos a taxa. Havia um bar não muito longe dali, mas antes mesmo que pudéssemos chegar ao bar uma forte chuva começa a cair. Hoje definitivamente não é o meu dia.


YUZO: — Mais que droga, acho que teremos que cancelar os planos de irmos ao bar, mas mesmo assim você terá que me pagar uma bebida um outro dia

 

Ele segurou em minha mão (Confesso que aquelas malditas borboletas voltaram) e juntos fomos correndo pelas ruas em busca de algum lugar para ficarmos enquanto a chuva não passava. Ficamos correndo por um bom tempo, ambos estávamos encharcados, avistamos um ponto de ônibus e fomos até ele. Não iria adiantar de nada, já estávamos uma poça de água ambulante.


YUZO: — Está tudo bem com você?


— A-AH? sim, e-está


YUZO: — Você está tremendo, tome, vista isso


Ele abre a bolsa e tira um casaco que estava úmido, mas ainda assim era o suficiente para que eu pudesse me aquecer, mas eu estava com vergonha de aceitar.


— N-Não precisa, eu estou bem


YUZO: — Você sempre mentiu muito mal, Yoshida 

 

Corei violentamente e com uma cara emburrada peguei o casaco das mãos dele e vesti, pude ver de longe meu ônibus se aproximando, finalmente eu iria para casa.


— Meu ônibus está chegando, obrigado pelo boliche, Murakami


YUZO: — Não tem porque agradecer, enfim, irei lhe acompanhar até sua casa, já está muito tarde e eu não seria louco de te deixar ir sozinho pra casa, sei que o ônibus não para perto de sua casa


— Não precisa, eu não sou uma criança, consigo chegar em casa sozinho


YUZO: — Não adianta falar que não quer, eu vou te acompanhar, você continua teimoso


— E você continua insistente

 

O ônibus chega e entramos no mesmo e nos sentamos em um dos bancos do meio. Fomos todo o caminho sem abrir a boca para falar nada. Quando o ônibus chega em meu ponto puxo a cordinha e o motorista para. Desci do ônibus e abracei meu copo, estava realmente muito frio. 

 

Em torno de 20 minutos depois já estávamos em frente da minha casa, abri o portão e me virei para o mais velho, mas sem olhá-lo diretamente.


— Mais uma vez obrigado, faz tempo que não faço algo assim, tenha uma boa noite Murakami


YUZO: — Tenha uma boa noite Yoshida

 

Adentrei em minha casa e subi as escadas, queria tomar um banho e me deitar em minha cama. Parei em frente ao espelho e pude notar que ainda estava com o casaco de Yuzo, cerrei meus punhos e o tirei colocando-o sobre a minha poltrona. Tomei um banho rápido e quente e voltei para o meu quarto onde me joguei na cama, fiquei olhando para o casaco de  Yuzo e confesso que tantos pensamentos passaram por minha cabeça, mas tratei de afastá-los, essas coisas jamais iriam se realizar, virei para o outro lado cama e fechei meus olhos esperando o meu sono chegar.


                                                                                YUZO - P.O.V

 

Tomei um banho quente e demorado e me sentei em minha cama, não estava com sono, fiquei olhando para as paredes esperando que o meu sono chegasse mas parecia que essa noite ele não viria. Fiquei dando risada sozinho lembrando das caras emburradas que Tadashi fazia, ele sempre foi assim. Um completo teimoso. Me levantei da cama e fui para a varanda e me sentei na grade de proteção e tirei do meu bolso um maço de cigarro do bolso, se o treinador descobrisse que eu fumava de certeza seria o meu fim no time de basquete.


— Boa  noite, Tadashi — Murmuro. 
 


Notas Finais


Mais um capítulo, enfim, espero que tenham gostado, irei tentar usar fotos para a a capa de cada capítulo, por sorte consegui encontrar algumas que se adequam, até amanhã meus amores ~ Keiko


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