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História This is our place - 1 ano


Escrita por: amidori

Capítulo 17 - 1 ano


 

Acordei olhando para o teto, sentia os braços de Jake, em volta da minha cintura, era aquecedor e aconchegante.

Eu havia acordado mais cedo do que normalmente, estava apenas esperando o despertador tocar, e assim aconteceu. Sem muitas opções e após muita relutância, Jake finalmente acordou, ele se levantou e desligou o despertador, mas logo voltou para cama e me abraçou.

— Olá. — Ele falou, ainda sonolento.

— Oi. — Me virei para ele e sorri.

Aquilo era estranho, mas também era ótimo, a sensação que eu tinha por estar perto dele, era maravilhosa.

— Você vai me seguir hoje também?

— Não acho que isso será necessário. — Ele riu.

— Está ficando convencida, não é? — Ele depositou um beijo em meu pescoço.

— Não posso me acostumar com isso? — O olhei, fazendo carinha triste.

— Eu odeio quando você faz isso. — Ele revirou os olhos e sorriu. — Mas sim, você pode se acostumar.

Sorri, dei-lhe um selinho e me levantei, começando a me arrumar para a aula, e assim ele fez o mesmo, nos despedimos e cada um tomou seu rumo.

Eu chamei Julie para ir na cafeteria, mas ela falou que estava com cólica demais para viver hoje, entendendo seu lado, passei o dia inteiro sozinha.

Eu juro que tentei prestar atenção na aula, mas eu estava feliz demais para isso.

Mesmo com toda minha animação de antes, cheguei em casa, completamente cansada, eu só queria me jogar na cama e dormir, e assim fiz, bom, pelo menos tentei, porque logo Jake chegou, e por alguma razão, que eu ainda desconheço, todo meu sono foi embora.

Ele pulou na cama, deitando-se ao meu lado.

— Se você estiver suado, e sujando minha cama, farei você lavar minhas roupas por um mês, ok? — Falei o olhando, tentando não rir, mas era mais forte que eu.

— Okay. — Ele me abraçou e me deu um beijo na testa.

Eu ainda estava confusa com tudo aquilo, nada fazia sentido. Ele falava que não podíamos ficar juntos, e de uma hora para outra, decidiu que iríamos ficar juntos.

— Por que mudou de ideia? — Perguntei.

— Hm? — Ele estava de olhos fechados, mas logo abriu.

— Sobre ficar comigo.

— Bom, nós podemos dar um jeito, não é? Por agora, vamos apenas aproveitar.

— E sobre ficar triste?

— Eu prefiro ficar triste por algo que fiz, do que algo que deixei de fazer, e também, isso é apenas uma hipótese, podemos achar um jeito de não precisarmos nos separar, ou você acha melhor do outro jeito?

— É claro que eu prefiro ficar com você! Só que é estranho, sua mudança de pensamentos repentina, parece que puxou sua mãe. — Ele riu.

— É, talvez eu tenha puxado ela mesmo.

Ele voltou a fechar os olhos e se ajeitou na cama, provavelmente iria dormir logo, aproveitando que eu também estava quase desmaiando, dormi junto dele.

[…] Há uma semana que vivo em um sonho, apesar de nosso namoro não ser oficial, já que ninguém pediu nada, Jake me trata como se realmente fosse sua namorada, e eu admito gostar disso.

Eu vejo ele às vezes, andando pelo campus, normalmente ele está acompanhado de algumas meninas da sala dele, isso faz eu morder o lábio, tentando controlar o ciúmes, sempre tive vontade de falar com ele, mas como não somos "namorados", não sei se devo falar algo.

Hoje ele me convidou para ir em uma festa, e mesmo eu tendo que estudar, em poucos minutos, eu estava com um vestido preto rodado, com rendas, e um salto, algo básico. Fomos até a festa, que era no 59A, como sempre, os corredores estavam lotados, pessoas bêbadas e fedidas para todos os lados, mas diferente da primeira vez que ele me levou em uma festa, ele não me largou no meio da multidão e sumiu, ele continuou segurando minha mão.

Sem eu perceber já estávamos em frente à mesa de comidas e bebidas, eu pensei que ele já ia beber, mas ele atacou a mesa de comida, e eu, claro, o ajudei. Ficamos parados, conversando sobre algo que eu não fazia a mínima ideia do que era, apenas concordava e falava coisas aleatórias, enquanto bebia.

Pela primeira vez, eu não estava afim de continuar bebendo aquele negócio, que desde a primeira vez, foi ruim, o som alto e as pessoas dançando a minha volta, tudo estava me incomodando, eu queria sair dali logo.

Percebi uma mão segurando o pulso dele, quando ele foi puxado, era uma garota, eu segurei no braço dele, impedindo que ela o puxasse, ele me olhou como se falasse: "Não sei o que está acontecendo.", eu olhei para a menina e ela sorriu.

— Ah, eu não vi você, pensei que ele estava sozinho. — Ela até foi simpática, mas continuava o segurando pelo braço. — Posso roubar ele um pouquinho?

Eu a olhei com a pior cara que tinha, era como se minha cara inteira se transforma-se em um "NÃO!", mesmo assim, soltei seu braço, contra minha vontade e a menina o puxou para o meio do povo. Suspirei e revirei os olhos, peguei um banquinho e me sentei, enquanto eu estava observando toda aquela multidão dançando e se divertindo, eu estava ficando com raiva de ter sido abandonada ali. Sem muito o que fazer, fui atrás dele, e não demorou muito para que eu o encontrasse, me aproximei discretamente, camuflada no meio do povo.

— ...muito linda, cara, não desperdice! — Consegui ouvir apenas metade da fala de um dos meninos, da rodinha onde ele estava.

— Não, eu já estou namorando. — Ele respondeu rapidamente, e eu logo sorri, associando que a namorada seria eu. 

Logo uma menina, loira, pele parda, alta e curvas perfeitas, entra na rodinha também, ela olhava para Jake, da mesma forma que eu o olhava, e isso fez eu me morder de ciúmes.

— Oi, Molly, esse é o Jake, o menino que eu te falei. — O menino de antes falou, dando uns tapinhas nas costas de Jake.

— Olá. — Ela sorriu simpaticamente.

Eu me afastei novamente, não queria ficar me moendo com aquilo, mas não adiantou muita coisa, continuei com ciúmes e agora de mau humor também, mesmo ele tendo me chamado de namorada. Ele voltou para o meu lado sorrindo.

— Você continua me seguindo, né? — Eu cruzei os braços e emburrei, o que fez o mesmo rir e me abraçar. Ele apertou mais o abraço e me deu um beijo demorado. Ele sorriu ao perceber que eu cedi ao seu beijo. — Vamos ir embora. — Ele me puxou para fora da festa.

Caminhávamos lado a lado, em silêncio e de mãos dadas, estava frio e ventando. Chegamos no quarto, sem nem ligar a luz, andei até minha cama, mas fui impedida de cair sobre ela, já que Jake me segurou e me envolveu em um abraço, eu ainda estava brava, mas não iria recusar seu abraço.

— Não fique assim. — Ele nos separou e se sentou no chão, me puxando junto.

— Eu sou uma idiota, — Bufei irritada. — uma idiota apaixonada.

— Por tanto que você seja uma idiota apaixonada por mim, tudo bem.

— Não está nada bem em você fazer ciúmes em mim. — O olhei séria.

Ele me abraçou, me apertando demais, o que fez eu soltar um pequeno gemido, e assim ele acabou rindo.

— Você pareceu um gato agora. — Ele falou tentando se controlar do riso, e eu tentava não rir.

— É sério. — Falei alto, para que ele parasse de rir.

Ele me olhava nos olhos, pensativo, isso me deixou nervosa, mesmo assim continuei o encarando.

— Quer namorar comigo? — Ele sorriu levemente.

Ao ouvir isso, meu coração literalmente parou, eu o olhava, sem saber o que responder, na verdade eu sabia, mas apenas não saia.

— Sim. — Consegui dizer, com minha voz ainda falhando.

Ele colocou a mão sobre meu rosto e se aproximou, para um beijo, a cada segundo ele estava me puxando para mais perto, logo eu estava sobre seu colo.

— Esse é o primeiro beijo. — Ele me olhou confuso e eu sorri. — É o primeiro beijo, desde que começamos a namorar. — Quando terminei de explicar ele começou a rir.

— Você irá se cansar de contar quantos serão.

Em meio aos beijos, ele me deitou no chão.

— Não, não. — Reclamei, ele parou e me levantou.

— O quê?

— Da última vez que dormi no chão, acordei toda dolorida. — Ele sorriu ironicamente, se levantou e me puxou para a cama.

— Melhor?

— Sim.

Eu sabia que tinha estragado todo o momento, mas eu estava me segurando para não rir.

— Pode rir. — Quando ele falou isso, eu simplesmente comecei a rir, um tanto alto, e agora era a vez dele de segurar o riso.

— Jake, — Parei de rir repentinamente e o chamei. — eu amo você. — Eu o olhava nos olhos, ver Jake surpreso e sem reação era algo novo para mim.

— Como posso definir o amor? — Eu franzi o cenho. — Amor é quando você se preocupa com a pessoa, quer que ela esteja sempre por perto, sente ciúmes e quer o melhor para ela?

— Você sabe que sim, não pode apenas falar que me ama também? — Revirei os olhos e sorri.

— Então é, eu te amo também. — Ele sorriu, como se tivesse procurando aquela resposta à dias.

Meu coração transbordou de alegria, que eu poderia repartir com o mundo inteiro e ainda sobraria felicidade. Eu apertei sua mão, que sem perceber estava segurando, desde que ele me puxou para a cama. Eu sentia o calor e aquele cheiro maravilhoso que ele emanava, fechei os olhos e logo senti sua respiração próxima de mim, o que deixava claro o começo de novos beijos apaixonados por uma longa noite.

[…] Semanas se passaram, desde que começamos a namorar, o fato de estarmos namorando logo correu pela universidade inteira, logicamente, isso chegou até Julie, que começou a falar milhares de vezes por dia "Eu falei que vocês iam namorar!", tudo o que eu fazia perante a isso era rir, já que ela realmente estava certa.

Cheguei no quarto, Jake já estava lá, sentado em sua cama, mexendo em seu notebook. Deixei minha bolsa no canto e me sentei ao seu lado.

— Olá. — Ele me recebeu com um sorriso e um selinho.

— O que está fazendo? — Perguntei.

— Me organizando, — Ele suspirou. — Falta 3 meses para eu voltar para a Alemanha e você para o Canadá.

— Podemos continuar a faculdade aqui, tenho mais 3 anos até me formar.

— É uma solução. — Ele sorriu, fechou o notebook e o deixou de lado.

Ele se virou para mim e me puxou para um abraço, logo nós dois nos deitamos.

— Não comece a desanimar já. — Murmurei.

— Não estou desanimado, mas intercâmbios consomem muito dinheiro, conseguiremos ficar aqui os 3 anos? 

Ele tinha razão, mas eu continuava tentando ver apenas o lado bom de tudo.

— Arrumamos um emprego. — Eu sorri determinada.

— Tudo bem. — Ele aceitou minha ideia e riu. — Mas me diga, pra onde pretende ir depois da faculdade?

— Eu provavelmente vou voltar para o Canadá, e você?

— Estava pensando em morar em um país diferente.

— Tipo?

— Não sei, que país você gostaria de morar? — Eu sorri e corei levemente.

— Que tal Noruega? É um país super bonito. — Ele continuou me encarando, sem me responder. — O que foi?

— Parece que somos casados, planejando nosso futuro.

— Somos namorados, não conta?

— Namorados planejam coisas do tipo, onde vamos sexta, e não em que país vamos morar. — Eu ri com isso.

— Estou cansada de pensar por hoje. — Ele revirou os olhos e sorriu.

— Isso não é surpresa.

Fiz uma careta, logo roubei um beijo e me levantei.

[...] Em uma nova festa, eu não sei o que colocaram na bebida de Julie, mas ela estava completamente louca, tanto que Oliver está quase desistindo de tentar tirar ela de cima da mesa, enquanto o namoradinho dela estava quase pulando nos caras que babavam por ela, o amor deles era lindo, e eu, estou rindo com toda situação.

Jake falou que ia pegar bebida e já voltava, mas estou vendo ele daqui, conversando com um amigo, enquanto isso, eu falava com Louis, um menino da faculdade de mecânica.

— Seus cabelos são macios. — Ele se aproximou para brincar com as pontas do meu cabelo.

— Obrigada... — Franzi o cenho.

Eu tinha a leve impressão de que esse menino estava dando em cima de mim, ele está há 20 minutos me elogiando. Louis continuava a me elogiar, nisso Jake viu tal cena, o que fez com que ele quase corresse para afastar Louis de mim, mas tinha muita gente no caminho, o que dificultava as coisas, mas ver o ciúmes praticamente estampado na cara do Jake, era algo adorável.

— Você tem namorado? — Louis perguntou, desviando minha atenção para ele.

— Ah, s- — Fui cortada por alguém me puxando pela cintura, fazendo com que Louis ficasse a uma boa distância, eu olhei para Jake, que parecia estar tendo uma luta interna, orgulho contra ciúmes, e parece que o ciúmes ganhou, isso fez com que meu ego fosse ao máximo. — Olha ele aqui. — Disse sorrindo e apontando para Jake. Louis sorriu sem graça.

— Ah, sim. — Ele olhou para os lados. — Eu vou lá, pegar bebida. — Logo ele saiu.

Eu me virei para Jake, que me olhava bravo - ou pelo menos, tentando -.

— Que fofo. — Coloquei as mãos em suas bochechas e o beijei.

— Ele estava perto demais.

— Ah, eu sabia que você ia vir correndo. — Sorri.

— Sabia?

— Não, mas foi legal ver você com ciúmes, é bom saber que sou mais importante que seu orgulho.

— É bom você saber que sou o único que pode se aproximar assim de você também. — Ele me abraçou e depositou um beijo em meu pescoço.

— Anotado. — Sorri e passei a mão em sua cabeça.

[…] Faltando um mês para o fim do ano, resolvemos fazer o resto da faculdade ali, com tudo confirmado, não precisaríamos trocar de quarto e poderíamos ficar juntos por 3 anos, até acharmos um bom lugar para morarmos.

Julie começou a namorar com o menino que ela conhecera em uma festa.

Eu andava mais com Jake, e descobri que a maioria das amigas dele namora, mas isso não me impedia de ter minhas crises de ciúmes, mas Jake sempre tirava esses pensamentos de mim, os transformando em um sentimento de amor imenso por ele.

Com um final feliz, como uma típica história de romance clichê, termino meu primeiro ano da faculdade.
 


Notas Finais


Bom pessoinhas maravilhosas, obrigada por acompanhar a fic até aqui.
Fico feliz com vários comentários, que elogiaram tanto, e falaram que era a fic preferidas de vocês.
Me perdoem sobre o fato de eu não ter respondido devidamente alguns comentários, mas eu realmente não sei lidar com elogios, sinto muito, de verdade.
Espero que possam ler futuras histórias minhas. ^-^
E então é isso, muito obrigada, até a próxima. :3


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