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História This is real - Capitulo 6


Escrita por: IraeRodrigues14

Capítulo 6 - Capitulo 6


Fanfic / Fanfiction This is real - Capitulo 6

Assim que entrei, Charlie apressou-me em me vestir com o uniforme de garçonete. Desculpei me centenas de vezes e prometi que não iria mais chegar tão em cima da hora; Charlie não se importou muito e não parecia ter se magoado com isso.

Assim que entrei no banheiro, percebi que a roupa era um vestido azul bebê, com um avental branco. Logo vesti e agradeci a Deus por ele não ser tão curto quanto eu estava imaginando que seria; batia na altura dos joelhos. Prendi o cabelo em um rabo de cavalo e passei um gloss labial.

Quando sai do banheiro, a moça que havia me atendido no dia anterior, me aguardava com um bloquinho de papel e uma caneta.

-Então Isabel, seja bem-vinda. Você vai atender as mesas e anotará os pedidos nesse bloquinho com essa caneta (Ofereceu-me ambos os materiais). Qualquer dúvida que você tiver, pode me perguntar. E fica esperta pois tem uns velhos pervertidos que frequentam o local e as vezes eles passam dos limites, quando isso acontecer me avise que eu resolvo o problema. –Disse a moça.

-Tudo bem.

-Ah, me chamo Valquíria.

Apenas assenti sorrindo.

Valquíria já era uma mulher com uns trinta e poucos anos de idade, ela era negra, bem cheinha e seus cabelos estavam com trancinhas embutidas. Ela aparentava ser uma pessoa maravilhosa e engraçada, porém, pavio curto.

Logo comecei o trabalho, porém a lanchonete não estava cheia, então até o momento eu estava indo super bem no meu primeiro dia. Aos poucos fui conhecendo melhor Valquíria, e ela era exatamente quem eu imaginei que fosse. Eu sabia que iria gostar muito dela. Acabei conhecendo Sebastião, o cozinheiro da lanchonete, ele era super divertido e era mais paciente que Valquíria.

Sebastião também era bem cheinho e tinha os olhos meio puxadinhos, era meio japonês. Charlie quase não saia de sua sala.

A partir das sete da noite, a lanchonete começou a ficar bem cheia...

-Os velhos pervertidos... – Comentou Valquíria, observando vários senhores que se juntavam em uma das mesas.

Apenas sorri e fui atendê-los...

O decorrer da noite foi tranquilo e quando chegou a minha hora de ir embora, troquei a roupa e lembrei que eu não havia trago dinheiro para o ônibus, apesar de eu achar desnecessário eu havia afirmado para a minha mãe que eu voltaria para a casa de ônibus, porém, hoje isso não iria acontecer...

Me despedi do pessoal e antes de sair, verifiquei meu celular; haviam doze chamadas perdidas; dez da minha mãe e duas da Meg. Minha mãe com certeza estava aflita...

Assim que sai do restaurante olhei ao redor e as ruas realmente eram bem escuras... os postes de luz quase não tinham força contra a imensidão escura da noite. Respirei fundo e comecei o caminho até a minha casa...

Ao decorrer da estrada, eu podia escutar a movimentação das folhas das árvores por causa do vento forte que as sopravam... meu corpo estremeceu...

Não havia ninguém na rua...

Enquanto eu caminhava pela calçada, escutei passos na mata ao meu lado... meu coração disparou imediatamente e acelerei meus passos; não demorou muito até que eu pudesse escutar novamente...

Então, inesperadamente vi um homem correr rapidamente em minha direção, desesperada comecei a correr para me afastar dele, porém antes que eu pudesse olhar para trás novamente, senti a grande força do homem me jogando contra o chão, a pressão imediata em minha cabeça fez tudo escurecer...

Assim que despertei, não conseguia abrir os olhos direito, sentia minha cabeça girar... só consegui gemer como resposta a dor...

-Isa?

Escutei uma voz familiar...

Abri os olhos novamente e vi Dylan encarando-me preocupado.

-Dylan... –Sussurrei, sorrindo.

-Você quer que eu te leve ao hospital? –Perguntou Dylan, assustado.

“Hospital? Minha mãe! “ Sentei rapidamente, e minha cabeça girou novamente...

-Não! Hospital não! – Reclamei.

-Tudo bem... você não pode levantar rápido assim... – Falou Dylan, apoiando a mão em minha cintura.

Fechei os olhos novamente e então consegui abri-los melhor. Olhei ao redor e eu com certeza não estava na minha casa.

-Aonde eu estou? Que horas são? – Perguntei, me levantando de uma cama.

-Eu encontrei você caída no chão da rua e te trouxe para a minha casa...

-Meu Deus Dylan! Minha mãe vai enlouquecer! Eu tenho que ir para casa.

-Sua mãe ainda está no plantão. São dez horas da noite.

-Eu fiquei apagada durante duas horas?!

-Ficou...

Dylan parecia preocupado, porém eu sentia que ele estava com raiva também por algum motivo.

-Por que você estava andando sozinha? – Perguntou Dylan, levantando da cama.

-Eu esqueci o dinheiro para voltar de ônibus para casa...

Dylan parecia inquieto. Lembranças do acontecido vieram em minha cabeça...

-Dylan, era um homem! (Dylan encarou-me) Ele me empurrou no chão! Eu não consegui ver o rosto dele... mais ele estava violento... assim que ele me jogou no chão eu bati com a cabeça e desmaiei.... Por que ele fez isso? – Perguntei desentendida.

-Isabel, eu já tinha te avisado para não andar sozinha! Aqui as coisas são diferentes! Tem pessoas ruins aqui! Que fazem o mal! Para de ser tão inocente! – Disse Dylan nervoso.

Nunca havia visto Dylan nervoso, porém eu não estava entendendo direito o porquê de ele estar nervoso... O que parecia era que ele estava irritado por eu ter andado sozinha na rua... mais isso não fazia sentido.

Coloquei a mão sobre a testa e senti uma dor aguda, ao analisa-la, vi que eu estava sangrando.

-Eu preciso ir ao banheiro...

Dylan apontou-me a porta mais próxima e entrei. Olhei no espelho e minha testa estava com um belo corte. Logo enxaguei e percebi que um dos meus braços estava ralado. Assim que sai do banheiro, Dylan estava em pé de costas para mim, com as mãos apoiadas em uma mesa e a cabeça baixa.

Fui até ele e apoiei uma das mãos em suas costas; ele estava muito quente...

-Dylan, você está bem? –Perguntei preocupada.

Dylan ergueu a cabeça e encarou-me com a respiração ofegante.

Por um momento eu podia jurar que seus olhos estavam mais azuis.

Então, ele virou-se para mim a centímetros do meu rosto, o que fez minha respiração começar a ofegar... Dylan aproximou-se ainda mais e então sussurrou...

-Vou te deixar em casa...

Dylan estava tão próximo a mim que eu pude sentir o cheiro de hortelã exalar por seus lábios.

Apenas assenti com a cabeça e Dylan desviou-se de mim.

Sua casa era bem aconchegante e escura, seu quarto era super organizado...

Descemos a escada e o acompanhei até o seu carro. Ambos entraram em silêncio e assim permanecemos ao longo do caminho. Logo eu já estava em minha casa...

Dylan parecia tenso, assim que estacionou o carro na frente da minha casa, virei-me para encará-lo, porém, ele continuou com os olhos fixos na estrada a sua frente.

-Dylan... você está bem? –Perguntei, tocando seu braço.

Ele como sempre estava bem quente... Dylan estremeceu assim que sentiu meu toque.

-Toma cuidado ao andar por aí sozinha... – Disse Dylan, sem me encarar.

-Dylan? Você não acha que pode estar com febre?

Dylan afastou o braço de mim, e disse...

-Eu estou bem. 

Confesso que fiquei sem graça, porém apenas assenti com a cabeça e agradeci ao sair do carro. Antes que eu pudesse olhar novamente, Dylan arrancou com o carro.



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