1. Spirit Fanfics >
  2. This One's For You >
  3. Fifteen

História This One's For You - Fifteen


Escrita por: senhoritabombonzinho

Notas do Autor


Ola meninas, vou logo avisando que eu acho q esse cap ficou meio chatinho, mas o proximo vai ser melhor. Palavra de escoteira.
Boa leitura

Capítulo 15 - Fifteen


Fanfic / Fanfiction This One's For You - Fifteen

  -Eu vim até aqui, Julian Draxler, para te pedir para você ficar comigo. - Eu ainda estava controlando a minha respiração após o beijo.

  - E o seu amigo Marco Reus, onde ele fica nessa história? - ele tirou suas mãos da minha cintura e se afastou indo em direção a sua cama, se sentou e me encarou, porém ele não conseguia mais manter aquele seu olhar indiferente.

  -Você disse tudo, ele é um amigo… Ou era.. Aquilo não era para ter acontecido.- Eu sentei ao seu lado. - Aquilo apenas o Reus sendo um completo idiota e me tratando como seu eu fosse as vadias que ele está acostumado.

  - Tem certeza? - Ele me encarou.

   - Absoluta. É você que eu quero Julian, eu não sei mais ficar sem você, eu me apaixonei de uma maneira que eu não esperava que fosse acontecer. 

   -Ruiva.. - Ele segurou meu rosto. - Eu fiquei com medo de nunca ouvir isso. - Ele se aproximou com um sorriso divertido e me deu mais um beijo envolvente. - Acho que eu não posso mais deixar você.  - Ele sussurrou

  -Então eu estou perdoada? - eu não consegui esconder um sorriso.

  -Ainda não… - ele se aproximou para mais um beijo

  -Julian, você não estava fazendo algo antes de eu chegar? – Eu acariciei seu rosto.

  - Ah, eu quase esqueci, você não vai embora agora, vai? Eu só preciso terminar a partida de FIFA e dou um jeito de dispensar meus amigos. - Ele se levantou e me estendeu a mão.

  -Posso pensar em ficar mais um pouquinho. - Eu passei os braços por seu pescoço. 

  -Eu deveria avisar que esses caras, meus amigos são um tanto quanto pertubados e não medem as palavras.- Julian pareceu sem graça.

Antes de descer ele me deu mais um beijo longo e calmo, como se estivesse me apreciando aos poucos e enfim abriu aquele sorriso maravilhoso que me faz querer sorrir também, e só então eu percebi o quanto senti sua falta. Agora eu tinha certeza que as coisas dariam certo. Descemos as escadas, ele com seus dedos entrelaçados aos meus, sua mãe estava colocando a mesa para o lanche da tarde. Me lembrei que eu não me apresentei a ela, Íris onde está sua educação? Assim que terminamos de descer as escadas já podíamos ouvir a algazarra vindo do outro cômodo.

   -Ah agora sim meu Jule está de volta. - A mãe de Julian observou o filho descer as escadas de mãos dadas comigo. - Seu sorriso voltou. - Ela sorriu gentilmente.

  -Me desculpe, eu não me apresentei. - Eu soltei a mão de Julian e a estendi para a senhora - Meu nome é Íris Beatrice, Feliz natal.

  - Minha amiga, mas por pouco tempo. - Julian me deu um beijo na bochecha - Sua futura nora, mãe. - Julian deu uma piscadinha e eu respondi ficando vermelha.

  - Ah, que maravilhoso! Seja bem vinda à família. - Ela sorriu. - Meu nome é Monika, meu bem. - Ela apertou minha mão e me deu um abraço maternal. – Feliz natal para você também, querida.

   - Obrigado, a senhora precisa de ajuda para colocar a mesa? - Eu tentei desconversar.

  -Claro, eu adoraria - Ela passou a mão sobre o forro branco que cobria a mesa.

  -Mas antes, deixa eu te apresentar aos meus amigos. - Julian me puxou pelo braço em direção ao cômodo barulhento que na verdade é uma sala bem decorada com sofás de camurça marrons, um quadro floral, uma mesinha de centro e uma TV gigantesca.

Draxler pigarreou para chamar a atenção dos três garotos  que estavam bem concentrados na partida de vídeo game. Eles deram pausa no jogo e nos encaram com certa curiosidade.

   -Muito rápido, eu disse que esse Julian não era de nada.  - O garoto loiro sorriu e levou uma leve cotovelada do moreno que eu reconheci ser o irmão mais velho do Julian, eu já o tinha conhecido em Wolfsbürg durante um jogo na Volkswagen arena.

   -Patrick, Pascal e Pierre, essa é a Íris.

   - Se deu bem, Draxinho - O garoto que eu identifiquei sendo o Pierre fez cara de aprovação.  

  -É um prazer. - Eu falei por fim sentindo o rubor tomar conta das minhas bochechas.

  -O prazer é nosso, bem vinda a Gladbeck e ignore esses dois. É bom te rever Íris.  - Patrick se levantou e estendeu a mão.

  -Obrigada. - Eu retribui o cumprimento.

Pascal e Pierre seguiram o gesto de Patrick e me cumprimentaram mais educadamente. Trocamos algumas palavras e eu fui ajudar a mãe do Draxler com a mesa. Enquanto eu carregava as xícaras da cozinha até a sala conversamos coisas bem leves, como por exemplo onde era a minha cidade natal, minha família. A senhora Draxler elogiou bastante o André, dizendo que ele é simpático e bem educado, não sei como se conheceram, mas deve ser mais uma das histórias da copa do mundo.

    -Uma arquiteta, que maravilhosa profissão. Seus pais devem se orgulhar muito.  - Ela se sentou a mesa comigo.

     -Meus pais morreram há muito tempo, eu fui criada como filha pelos meus tios, eles se orgulham.  

    -Desculpe, eu sinto muito - Ela me lançou um olhar solene.

   -Tudo bem. - Eu soltei o ar devagar.

   -Vou chamar os garotos para o lanche. - Ela se levantou observando a mesa posta.

Draxler sentou ao meu lado, a mesa estava farta de pães, biscoitos e chocolate quente. Eu não estava com fome, mas para não fazer desfeita comi alguns biscoitos que estavam excelentes. No fim do lanche eu já me sentia mais a vontade na presença dos amigos do Julian. Eles são legais, só fazem piadas sobre tudo. Depois do lanche com a desculpa de não querer atrapalhar “os planos do Julian com a ruiva” os garotos foram embora ficando apenas o Patrick.

   -Onde nós paramos? - Julian me puxou pela cintura quando a porta de entrada da casa se fechou indicando que seus amigos já haviam ido embora

   -Eu não sei, mas vai ter que esperar mais um pouquinho. - Eu respondi quase em um sussurro já que um senhor de cabelos grisalhos que aparentava ter a idade de tio Joachim acabara de adentrar a casa pelas portas do fundo, tirando a neve acumulada de seu casaco e pendurando seu chapéu no cabide do corredor.

    -Lá fora está impossível hoje, há previsão de nevasca. - O senhor estava concentrado tirando suas botas, ele não parecia ter notado a minha presença ao lado de Julian. - De quem é o carro parado lá fora?

   -Ah querido vou preparar um chá quente para você. - A senhora Draxler se aproximou do senhor e lhe deu um beijo, então eu deduzi que aquele fosse seu marido. - O carro é da namorada do Jule.

Namorada? Eu senti borboletas no estômago com essa palavra. Provavelmente minhas bochechas ficaram tão vermelhas quanto meu cabelo. Olhei para Julian que sorriu e passou o braço por meus ombros.

   -Seria ótimo… Espera, Jule está namorando? - O senhor encarou sua esposa de uma maneira engraçada, a mulher meneou a cabeça para onde eu e Julian estávamos parados observando a conversa. - Ah olá filho… E senhorita… - Ele se aproximou e estendeu a mão.

   -Íris Béatrice Schürrle, senhor. - Eu sorri e apertei sua mão.

   - Hans Jürgen Draxler, mas pode me chamar de Hans. - Ele deu um sorriso amistoso

   - Pai, foi sobre ela que conversamos. - Julian falou baixo e eu encarei, pelo visto não fui só eu que recorri a conselhos dos mais experientes.

    -Humm você tem muito bom gosto, meu filho, puxou o pai. - O senhor Hans deu um beijo em sua mulher. - É um prazer conhecê-la senhorita Schürrle, sinta-se a vontade.

   -Pode me chamar apenas de Íris,  senhor.

   -Tudo bem, Íris. - Ele balançou a cabeça concordando - Você vai ficar aqui esta noite? - Ele usou um tom paternal

   -Sim pai, ela vai ficar, Ludwigshafen é muito distante para pegar estrada à noite sozinha - Draxler respondeu antes mesmo que eu abrisse a boca.

   -Ah menos mal, com toda essa neve la fora e ameaçando cair mais, dirigir é muito perigoso. Será uma honra acolhê-la em minha casa hoje, senhorita. - Ele sorriu cordialmente e se afastou indo até em frente a lareira para aquecer as mãos.

Depois de mais alguma conversa, voltamos ao quarto de Julian.

   -Eu não deveria dormir aqui. - Eu pus as mãos na cintura e o encarei séria.

   -Por que não?

   - Por que? Ora porque seus pais mal me conhecem e eu.

   - Não se preocupe. - Ele pôs suavemente o dedo indicador sobre os meus lábios. – Você não pode voltar dirigindo para Ludwigshafen uma hora dessas, você deve estar cansada e o tempo está horrível. - Ele me sentou em sua cama - E se você não reparou meus pais são bem legais e gostaram de você.

   -É verdade são bem legais. - Eu fiquei sem argumentos - Já que eu vou ficar preciso avisar meus tios. - Eu tirei meu celular do meu bolso e procurei o contato de tia Luise pela agenda telefônica.

Depois de prometer me agasalhar bem e só pegar estrada quando o tempo melhorasse me despedi e desliguei. A noite mal havia caído e me ofereceram um banho quente antes do jantar, Draxler se ofereceu para ir buscar minha pequena mala no carro, ele sabe ser cavalheiro. Todos da família Draxler são extremamente gentis, e amistosos. 

As conversas durante o jantar foram bem divertidas, o senhor Hans tem ótimas histórias, ele se daria bem com o tio Joachim. Após o jantar me ofereci para cuidar da louça, é o mínimo que eu poderia fazer já que todos estão sendo tão hospitaleiros. Julian ficou encarregado de secar e guardar tudo em seu devido lugar, mas aparentemente ele estava mais interessado em roubar alguns beijos meus. Depois da cozinha limpa, já passava das dez da noite todos se retiraram para os seus quartos, o quarto de hóspedes que me ofereceram era quentinho e tem uma cama macia e confortável. Eu estava checando minhas mensagens tendo o quarto iluminado apenas pela luz baixa do visor do meu celular, eu já estava deitada e muito bem agasalhada na cama, quando ouvi batidas extremamente leves na porta, podia ser só minha imaginação, mas eu me levantei e fui atender.

    -O que você está fazendo aqui Julian?  - Eu falei o mais baixo que consegui, observando seu sorriso pela fraca iluminação do corredor.

    -Vim te fazer companhia. - Eu observei sua silhueta se mover porta adentro no escuro e ir em direção a cama.

   -Você está maluco? - Eu o segui após fechar a porta.

    -Ruiva, você precisa relaxar. - Sua voz soou em um sussurro sexy. - Vem deita aqui, eu só quero ficar com você. - Ele usou um tom manhoso.

    -Você não existe.

    -Eu estava pensando que você vai voltar para Ludwigshafen e eu vou ficar por aqui, mas nós poderíamos aproveitar nossas férias juntos, talvez em um lugar mais quente. - Eu deitei ao seu lado e ele passou o seu braço ao redor do meu corpo.

    -Onde? Dentro da lareira? - Eu sorri.

    -Muito engraçadinha, mas na verdade pensei em Cancun. Poderíamos viajar para lá no próximo fim de semana.

     -No próximo fim de semana? - Eu arqueei uma sobrancelha.

     - O plano é  você e eu em um lugar paradisíaco, com bastante sol. – Ele sussurrou no meu ouvido - Um tempo só para nós, não quero que ache que estamos indo rápido demais, apenas vamos curtir as férias de uma maneira ainda mais memorável.

     -É uma ótima ideia, tentadora até. – Eu sorri - só faltam alguns detalhes importantes: as passagens, as reservas em um hotel, as vacinas. Seria possível resolver tudo em uma semana?

    -Não vai ser muito difícil. - Julian pareceu pensar.

    - Se você diz..

   -Então você vem?

    -Julian…

    -Tenho certeza que vai ser incrível. - Ele me deu um beijo na testa.

Eu poderia dizer que eu não iria e ponto final, mas então me lembrei de minha conversa com André sobre eu seguir em frente. Então eu apenas concordei, Draxler não voltou para o seu quarto e acabou dormindo comigo, confesso que adorei ter ele ali do meu lado enquanto dormia. Julian estava dormindo tranquilamente, eu observavava sua feição serena, iria ser ótimo ir conhecer uma nova cultura, ver o mar, sentir o sol e a areia branca. Eu sempre evitei esse tipo de local por temer usar roupas de banho e ter tanta atenção voltada para o meu corpo e pele com infinitas manchinhas acobreadas. 

Depois do café da manhã e de muito agradecer pela hospitalidade, receber um beijo indescritível de despedida do Julian, eu segui viagem para Ludwigshafen. Eu estava feliz, coloquei outra vez o CD do Abba, mas dessa vez cantei todas as faixas. Devido a nevasca da noite anterior alguns pontos da estrada ainda não haviam sido liberados para trânsito de veículos, os trabalhadores ainda estavam retirando a neve do caminho. Então uma viagem de três horas e meia se transformou em uma viagem de cinco horas. Quando enfim cheguei em casa, tomei uma sopa quente, um bom banho,  contei tudo pra Sabrina, sem esconder nenhum detalhe. Contei sobre o nosso primeiro beijo e como ele me deixou entorpecida, sobre como o Julian sabe ser um fofo, sobre como sua família me deixou a vontade. Parecíamos duas adolescentes falando sobre o primeiro namorado, todas aquelas exclamações e sorrisos: Um momento único entre irmãs.

Tia Luise ficou feliz em saber que eu me resolvi com o Julian, com sua forma maternal de me tratar me deu beijo na testa e com todo carinho disse uma frase que eu já havia escutado quando resolvi me mudar para Londres: “Se te faz feliz: vale a pena. Se eu te ver sorrindo já é o suficiente pra me fazer sorrir também.” Tio Joachim já queria conhecer logo “o garoto que roubou o coração da Íris”, e fazer aquele papel de pai e pergunta-lo sobre suas verdadeiras intenções. Resolvi não contar ainda pro André, até porque oficialmente Julian e eu ainda não eramos um casal. Mas como eu sou uma irmã atenciosa apenas mandei uma mensagem dizendo:  "Fui visitar o Draxler e voltamos a nos falar."

Aproveitei minha última semana em família ao máximo, até porque eu tinha prometido que ficaria até Janeiro e sem aviso prévio, já estou de partida para o Caribe com um quase namorado.  Tomamos chá, aproveitamos o calor da lareira, ouvi as histórias de tio Joachim sobre o seu tempo de menino, assisti tia Luise costurar. Sai com Sabrina e enfim fizemos nossas compras, movidas a cappuccino eu contei todo o resto da história desde termino com o Frank, até a festa da DFB team e sobre o Reus, sobre tudo. Colocamos todo o papo atrasado em dia. Foi libertador, depois de tudo eu me sentia mais leve.

 

******

 

Por mais que eu quisesse muito ir viajar com Julian uma parte de mim insistia em ficar tensa e ansiosa sobre tudo o que poderia dar errado na viagem. Até o ultimo segundo antes de embarcar no avião eu ainda estava meio apreensiva com relação à tudo, e se a gente não desse certo como casal e se eu o envergonhasse na praia por ter uma pele salpicada por sardas, e se fizesse algo constrangedor, o frio na barriga era enlouquecedor, respirei fundo, tomei coragem. E quando o avião decolou, Julian estava segurando a minha mão e por um momento eu senti como se nada pudesse dar errado. 

 


Notas Finais


Até o proximo
xoxo


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...