POV LAUREN
Jesus, eu dei meu diário a Camz. Dei meu maior bem pessoal a ela. Mais bem, ela tinha se "declarado" para mim, abriu o jogo, melhor dizendo. Sai da sala, e quase voei em busca do diário. Eu não conseguiria falar tudo, então nada melhor do que deixá-la ver. E apesar de ficar com medo de dá-lo a ela, eu confiava naquela garota, e sabia que ela não iria ler na frente das meninas, por mais que eu soubesse que elas estivessem se roendo para ver. Sai da sala, e fui para o lado de fora. Eu estava com medo do que poderia acontecer daqui para frente. Sentei em uma das espreguiçadeiras em frente à piscina, e senti meu celular vibrar.
Que porra foi essa que aconteceu com o Keaton, Jauregui? KKKKKKKKKKKKKKKKK' - V.
O que tem o Keaton, Vero? - L.
Fiquei tentando imaginar do que Vero falava, quando vi que tinha algumas notificações do instagram. Camila tinha me citado em umas postagens, e assim que vi, quase enfartei. Cai da espreguiçadeira e tudo. Ela tinha postado várias fotos de Dinah e Siope, Wesley e Keaton. Os dois primeiros amarrados, em sono profundo. Já Keaton e Wesley, não estavam muito bem para aparecer em público. Keaton com uma blusa minha, e uma calcinha também. Já Wesley, tinha a cara toda maquiada, com manchas de batom por todos os lugares, parecendo que tinha entrado em uma briga, e levado vários socos no rosto.
Isso foi obra da Camz. – L.
É oficial, se você não pegar, eu pego. Que os jogos comecem. – V.
E a Lucy, Vero? Você não deveria fazer isso com ela. Não chegue perto da Camila, aliás. Ela não vai ser vítima dos seus jogos. – L.
Lucy sabe que nós não temos nada, só ficamos algumas vezes. Iiiiiiiiiih, parece que tem alguém apaixonada. Aconteceu algo que eu não estou sabendo? – V.
Aconteceu. Preciso conversar com alguém sobre isso, e não pode ser com as meninas. Pode vir aqui em casa, hoje? Taylor chega de tarde, e nós podemos sair pra conversar. – L.
Claro. Me espere na praia, no cais. – V.
Minha conversa com Veronica se resumiu a isso. Muitas vezes nós nos desentendíamos, mais ela sempre estava disponível para mim, quando eu precisava. Lucy também, mais hoje, eu resolvi procurar por Vero. Escutei passos atrás de mim, e tive um susto ao ver Dinah parada, me olhando como se eu fosse algo que brilhasse, e estivesse cegando-a. Então, recebi milhões de tapas, e fui jogada dentro da piscina, tendo tempo apenas para atirar meu celular na beirada, o qual se desmontou em 300 pedaços. Assim que sub emergi do fundo, encarei-a sem entender muita coisa.
- PORQUE EU FUI AMARRADA AO MEU NAMORADO? – Dinah berrou, e só aí eu entendi que o brilho que lhe cegava, era de raiva.
- Eu não te amarrei, eu nem estava na hora! – Tentei me defender, mais DJ pulou dentro da piscina e tentou me afogar. Comecei a me debater, e logo ouvi um som alto. Bad for Me, da dupla Megan & Liz. Ally!
- Din... – Fui empurrada para baixo, e engoli uma grande quantidade de água. – SOCORRO! – Gritei, assim que consegui subir, e berrar alguma coisa.
Logo as meninas junto com Troy e Wesley – que já estava normal – apareceram, e ficaram olhando boquiabertos para nós duas. Ally parecia assustada, mais ria alto junto com Normani. Dinah pulava para me empurrar mais pra baixo, e eu estava começando a sentir uma grande falta de ar.
- FALA, JAUREGUI! PORQUE VOCÊ FEZ ISSO? – Meu Deus, eu vou morrer!
Então, Camila surgiu entre eles, e gritou por Dinah. Ela demorou a ouvir, estava me xingando aos quatro ventos, perguntando o motivo deu tê-la amarrado, e eu quase morrendo. O furacão Dinah Jane foi controlado por Camila, que alegou estar comigo na hora em que fizeram tal coisa com ela. Siope apareceu minutos depois, e parecia rir do que acontecera com ele próprio. “Porque Dinah não agia assim também?” Bufei, e sai da água. Estava com a respiração pesada, e meu queixo batia. A água estava muito fria. Ally pegou uma toalha, e me entregou. Dinah olhou desconfiada para todos, e pegou Normani e Wesley prendendo o riso. Então ela correu atrás deles, parecendo uma maníaca. Nós rimos, quer dizer, eles riram e eu bati os dentes com a cena. Camila se aproximou de mim, vendo meu estado deplorável. Ensopada, e tremendo de frio.
- Lolo, vamos lá pra cima! – Ela ajeitou a toalha sobre meus ombros. – Você precisa trocar essas roupas, ou vai ficar doente. – Quando estávamos passando, encontramos Keaton na cozinha, e ele parecia não ter percebido que estava vestido como uma mulher.
- Bela bundinha, Stromberg. – Camila debochou irônica, chamando a atenção dele.
- O que tem minha... AIN, AIN MEU DEUS! – Keaton começou a pular, parecendo uma bicha louca, e eu cai na gargalhada junto com Camz.
Corremos para o meu quarto, e ela trancou a porta. Não queria mais um ataque surpresa, então era melhor prevenir. Camila me ajudou a me secar, e me deu umas roupas para eu trocar. Eu tirei a blusa ali mesmo, e pedi que ela enxugasse minhas costas. Percebi a vermelhidão nas maçãs de suas bochechas, o que me fez rir.
- Não precisa ficar com vergonha, Camz. – Olhei para ela, que tinha os olhos presos na toalha, enxugando minhas costas e barriga.
- Lolo, pare. – Ela me repreendeu e eu ri.
- Mais eu não fiz nada! – Sorri, e coloquei as mãos em torno de sua cintura. – Ainda. – Vi Camila levantar o rosto e me encarar com os olhos arregalados.
- Você é louca. – Ela continuou a me enxugar, e eu sentia suas mãos trêmulas algumas vezes.
- Sou sim. – Dei um passo pra mais perto. – Sou louca por você, Camz. – Com o polegar, ergui seu queixo, e nos encaramos.
Eu sabia que Camila nunca tinha beijado, nem se envolvido com ninguém de uma maneira mais intensa. Mas, ela tinha declarado estar gostando de mim, e provavelmente, ela já deveria saber que eu também gostava dela. Pude ver em seus olhos o quanto ela estava nervosa, e tive em receio de fazer o que eu tanto queria. Com o polegar que usei para erguer seu rosto, acariciei uma de suas bochechas. Ela mordeu o lábio, e minha vontade só aumentou. Me inclinei, ainda encarando seus olhos. Baixei os meus para seus lábios por um momento, mais logo voltei a olhá-la. Ela também estava encarando meus lábios. Rocei meu nariz no de Camila, que a essa altura já tinha soltado a toalha no chão, e tinha as mãos nos meus braços. Pensei se ela me afastaria, então reclinei-me um pouco mais, deixando que ela decidisse se queria que o primeiro beijo fosse comigo.
POV CAMILA
Depois de ouvir com muita dificuldade por conta do som alto que Ally ouvia, berros vindos de lá de baixo, me assustei e desci as pressas. Era a voz de Lauren pedindo por socorro. Assim que cheguei perto da piscina, vi Ally, Wesley, Normani e parte da cabeça de Dinah, por entre a perna deles. Então, segundos depois, Lauren surge, e ao que me parece, ela estava sendo afogada. Corri, e por sorte, consegui acalmar Dinah, e levei Lolo até seu quarto. Ela poderia ficar doente. Eu estava lendo seu diário no quarto dos pais dela, o que eu estava com as meninas, e tinha descoberto que ela compusera algumas músicas, duas na verdade. Mas, estavam inacabadas. Em outras páginas, lindos desenhos de paisagens e estavam rabiscados, e no último esboço, encontrei um desenho de um par de olhos. Os meus olhos. Na parte de anotações, não encontrei muita coisa. Apenas 5 página com datas diferentes. Lauren escreveu um dia de cada semana, até a noite de ontem. Ela falava sobre o sentimento que vinha alimentando por mim, mais que tinha medo. Medo de não ser retribuída, de que perdesse minha amizade, e do que eu poderia pensar dela, se ela estaria se aproveitando de mim, e algumas outras coisas.
Já no quarto dela, Lauren me pediu que ajudasse a enxugar suas costas, e eu meio que paralisei. Seu corpo perfeito estava ali há minha frente, e pela primeira vez na minha vida, eu quis tocar alguém com desejo. Lauren é bonita, sexy, e parecia querer que eu a tocasse. Eu não tinha coragem de olhar para ela, enquanto lhe enxugava, até que ela mesma ergueu meu rosto e mantivemos o contato. Segundos depois, estávamos tão próximas, que eu podia sentir sua respiração misturando-se a minha. Ela me beijaria. Tive medo, por nunca ter beijado antes, mas, eu queria que fosse com ela, com a pessoa que eu gostasse. Lauren percebeu meu nervosismo, e me deu espaço para decidir se queria ou não que ela prosseguisse. Fechei meus olhos, e resolvi ceder. Era ela, tinha que ser com ela.
Me inclinei, e finalmente, selei nossos lábios. Ela parecia surpresa, mais não tardou em me beijar. Segurou minha cintura com uma firmeza que me passou segurança, o que me fez rodear seu pescoço com os braços. Ela estava sem camisa, e seu torso ainda estava úmido, mais eu não me importei. Lauren passou a ponta da língua por meus lábio, pedindo passagem, que eu concedi. Ela explorou minha boca com calma, e lentidão. Senti sua língua brincar com a minha, enquanto notava que ela acariciava minha cintura suavemente. Tentei me lembrar do que eu já tinha visto na internet sobre beijos, sim, eu procurava saber sobre isso para não passar vergonha, e lembrei sobre uma das dicas.
Sugue a língua do seu parceiro(a), e chupe devagar. Isso vai acender o beijo, e dar um toque mais sexy.
Então, esperei Lauren voltar a mover a língua sobre a minha, e quando ela o fez, suguei a pontinha da sua, e a trouxe para minha boca. Chupei duas vezes seguidas, e retomei o beijo. Senti o corpo de Lauren tremer um pouco, e pensei ser o frio, já que ela ainda estava com o short molhado. Fui cessando o beijo, e ao fim dele, mordisquei seu lábio inferior, capturando-o, puxando para minha boca, até que se soltasse dos meus dentes. Permaneci quieta, e senti Lolo me abraçar forte, segundos depois. Escondi meu rosto na curva de seu pescoço, como sempre fazia, e dessa vez, depositei um beijinho antes. Senti ela se arrepiar, e gostei de ter sido a causa do arrepio. Ela continuava afagando minha cintura, o que me deu uma sensação de paz enorme. Estava nos braços de Lauren, e tinha dado meu primeiro beijo. E que beijo.
- Obrigada, Lolo. – Sussurrei contra seu pescoço, e vi mais um arrepio lhe percorrer.
- Pelo quê, Camz? – Sua voz estava mais rouca que o normal.
- Por ter me dado espaço para recusar, caso fosse a minha vontade. Você me respeitou, e eu gostei disso. – Tirei o rosto dali, e a fitei. Seus olhos estavam mais claros que o comum.
- Olha, Camz. Sabe, eu nunca fui de fazer essas coisas. Acho melhor eu te contar tudo, prefiro que saiba por mim. Eu sei que não sou uma boa pessoa, já fiquei com muita gente, e não tenho uma fama muito boa por aí. Muitas pessoas falam de mim, e eu tenho consciência disso, porque dei motivos para que falassem. Eu gosto de você, gosto muito. – Eu sorri, e ela me deu um selinho.
- Eu também gosto muito de você, Lolo. E eu acho que as pessoas, falam muito sem nem conhecer. Me diga quantas delas sabem realmente quem você é? Quantas te conhecem como eu ou as meninas conhecemos? – Perguntei, e a vi relutar contra si mesmo por algo.
- Camila, eu não quero machucar você. E eu sei que vou fazer isso em algum momento. Não quero te fazer sofrer por ser uma idiota estúpida. – Lauren se afastou de mim, senti meu peito se apertar.
- Lauren, o que você está falando? – Perguntei com medo.
- Não podemos ficar juntas, Camz. Me desculpe, mais não podemos. A sociedade não aceita relacionamentos como esse, e ainda tem os seus pais. Eu estou disposta a enfrenta-los por você, mais não é sempre que vamos ter apoio de quem nós amamos. Se eles não te aceitarem e resolverem te mandar pra longe? O que eu vou fazer? – Vi uma lágrima descer pelo rosto dela, e percebi que eu já chorava.
- E o nosso beijo, Lauren? O meu primeiro beijo? Não significou nada? – Perguntei, magoada.
- Significou sim, Camz. Eu não quis dizer isso, ei, olhe pra mim. – Ela tentou se aproximar, mais eu dei um passo para trás.
- Não, não chegue perto. Já ouvi o suficiente. – Sai do quarto, batendo a porta.
Corri para o quarto dos pais de Lauren, e tranquei a porta. Ouvi ela socar a madeira, pedindo para que eu abrisse. Recostei minhas costas ali, e me deixei cair sentada no chão. Meu choro era sofrido, as lágrimas desciam sem que eu as impedisse. Alguns minutos depois, com a vista ainda embaçada por lágrimas, fiz minhas malas, e liguei para um táxi. Esperei no quarto até que ouvi um barulho de buzina do lado de fora da casa. Desci as pressas. Lauren já tinha trocado de roupa, e estava deitada no sofá, com um violão no colo. Ally estava do seu lado, e cantava alguma música com ela. Todos estavam ali, e tiveram uma surpresa ao me verem com malas nas mãos.
- Mila, pra onde você vai com as malas? – Normani veio para o meu lado. Lauren soltou o violão imediatamente, sua expressão era vazia.
- Vou para casa, Manibear. Não posso mais ficar aqui. – Normani me olhou e depois olhou para Lauren, que ao ouvir o que eu disse, subiu as escadas e ouvimos uma porta bater com força.
- O que aconteceu? – Wesley perguntou confuso, recebendo ecos de Troy, Keaton, Ally e Siope.
- Eu só não quero mais ficar aqui, gente. Eu sinto falta do meu quarto, da minha casa. Obrigada pela noite de ontem, me diverti muito. – Abracei cada um rapidamente.
- Mais... – Wesley ia falar algo, quando vimos Lauren toda arrumada, passando por nós como um furacão. Olhei para ela, que desapareceu pela porta, sem nem olhar para trás. – O que deu na Lauren? – Ele coçou a nuca.
- Eu vou atrás dela! – Keaton ia se movendo, mais Ally segurou seu braço, e o jogou no sofá.
- Deixa que eu vou. Eu sei pra onde ela vai. – Ally murmurou, e parecia desapontada com algo. – Dinah, vamos comigo! Você sabe para onde ela vai também, e sabe o que Lauren pode fazer quando sai desse jeito. – Ouvimos pneus de carro cantando do lado de fora, e comecei a me desesperar. O que Lauren faria?
- Mila, o que aconteceu com vocês? – Normani perguntou baixinho.
- Ela não quer ficar comigo. Disse que me machucaria, e que íamos ter um relacionamento difícil. – Meus olhos se encheram de lágrimas. – Ela me beijou, Mani. Foi perfeito. Até ela abrir a boca pra falar. – Ela me abraçou, e foi comigo até em casa.
Os meninos ficaram cuidando da casa, e esperando a irmã de Lauren, que chegaria à tarde. Normani me ajudou a desfazer as malas, e a fazer algo para comermos. Conversamos pelo que pareceram horas, e ela me acalmou, dizendo que Lauren era um pouco complicada, e que tinha dito isso, com medo de me machucar, e acabara o fazendo assim mesmo. Já estava escuro, e passavam das 18:30, e eu estava saindo do banho. Mani tinha ido na casa de Lauren tomar um banho também, mais disse que voltaria com o nosso jantar. Senti uma forte dor de cabeça, e fui procurar um remédio. Achei um Tylenol, a dor estava ficando forte de mais. Me encaminhei até a cozinha, e peguei um copo de água.
A porta se abriu com força, e uma Normani quase branca adentrou a cozinha as pressas. A olhei assustada, esperando que ela dissesse alguma coisa. Fiquei quieta, sentindo a dor aumentar cada vez mais, e já estava ficando irritada com a falta de palavras dela, quando a mesma resolveu despejar as palavras em cima de mim.
- Lauren sofreu um acidente. – O copo caiu das minhas mãos, e a única coisa que ouvi, foi um grito desesperado de Normani chamando meu nome, antes de apagar.
POV LAUREN
Camila estava indo embora por minha causa. Eu sabia que tinha sido uma idiota em falar aquilo, bem depois de ter dado o primeiro beijo dela. Mas, eu tinha mesmo medo de machuca-la, e não queria que ela sofresse por minha causa. Eu sabia bem que só estragava as coisas, mais queria que com Camila fosse diferente. Óbvio que eu estava me esforçando muito para dizer aquelas coisas para ela, era o que eu achava certo a se fazer. Não, eu não me importava com a sociedade ou com o que os outros iam falar de mim por estar com uma garota. O que realmente me preocupava, era a forma como os pais dela pudessem reagir, quando descobrissem. Camila era a única com que eu realmente queria ter algo sério. Lembrei que eu teria que me encontrar com Vero, e ao ver Camz dizendo que ia embora, um choque de adrenalina circulou meu corpo. Subi desenfreada para meu quarto, procurando uma roupa qualquer. Peguei uma blusa vermelha, um short jeans e uma touca. Peguei as chaves do carro, e depois de pronta, procurei por minha carteira e celular. Ao acha-los, desci as escadas e passei por todos sem nem olhar para trás. Eu não queria fazer mais nenhuma besteira com Camz.
Dirigi numa velocidade acima de 140 km/h, chegando na praia em menos de 5 minutos, o que normalmente eu levaria 20 para chegar. Vero se assustou com a velocidade em que eu chegara, e perguntou se eu estava inteira. Conversamos banalidades, vi que ela tentava me acalmar, mais não estava funcionando.
- Eu quero ficar com ela, Vero. Eu juro que eu quero, mais tem os pais da Camila. Eles não vão aceitar, podem mandar ela pra bem longe. – Comecei a chorar e Vero me abraçou.
- Calma, Laur. Você não pode deduzir as coisas, sem saber dela o que eles acham sobre o assunto. Vocês conversaram sobre isso, pelo menos? – Vero tinha razão, mais medo falava mais alto.
- Não, não conversamos. A única coisa que falamos, ou melhor, ela falou, foi que gostava de mim, e mais cedo nos beijamos. Eu entreguei meu diário a ela, e agora ela sabe que eu também gosto dela. – Falei tudo de uma vez, e Vero fez uma expressão chocada.
- Meu Deus, ela tem o diário de Lauren Jauregui! – O que todos querem com meu diário?
- Você só ouviu isso, Veronica? – Perguntei, me levantando.
- Não, Lauren! Calma, senta ai. – Ela pediu, e eu não sentei. – Pra onde você vai? – Vero perguntou, e parecia preocupada com meu estado.
- Vou andar por ai, relaxar. – Disse, dando as costas.
- Não, Lauren. Você está nervosa, pode acontecer alguma coisa! – Vero tentou segurar meu braço, mais eu fui mais rápida, e já estava praticamente dentro do carro.
- Até mais, Vero. – Dito isso, sai em alta velocidade.
Já era noite, e eu não sabia bem onde estava. Eu pensava em tudo o que tinha dito a Camz, e em como eu tinha agido errado. Acabei machucando-a, sem perceber. Eu estava disposta a voltar e conversar com ela. Depois de conversar com Vero, fui até uma joalheria, e comprei duas alianças. Eu sabia que ela iria gostar, e eu pretendia pedi-la em namoro. Dirigi até fora de Miami, e estava em um lugar meio deserto. Tentei acionar o GPS, mais não tinha sinal. Tentei fazer o retorno, e assim que o carro estava dando a volta para que eu retornasse pelo mesmo caminho que tinha chegado até aqui, vi uma forte luz contra meus olhos, e um forte impacto chacoalhar o carro. Bati com minha cabeça contra o volante, e em questão de segundos, eu vi tudo escurecer aos poucos. A última imagem que vi na minha mente, foi de Camila, me dizendo que tudo ia ficar bem. Então, me entreguei ao escuro, com um sorriso.
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