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História Three barriers - A primeira barreira


Escrita por: jeonsix

Notas do Autor


Após anos renegando esse anime eu finalmente decidi dar uma chance, e cá estou eu agora amando Haikyuu e escrevendo fanfic deles.

Queria agradecer a Adryy da equipe da Bird Writers que betou esse capítulo para mim, mulher você é um anjo ♡.

Espero que vocês gostem.

Capítulo 1 - A primeira barreira


— Vamos logo, pai! — Shouyou disse puxando o pai na direção da quadra.

— Garoto, não são nem duas horas ainda! — Akaashi repreendeu, olhando seu relógio de pulso.

Shouyou não deu ouvidos para o pai e continuou puxando ele. O garoto de seis anos estava ansioso desde que Keiji fez sua matrícula no treino de vôlei, falava sobre aquilo o tempo todo e tinha literalmente contado os dias para o início do treino. Akaashi sentia orgulho ao ver seu pequeno se distraindo com alguma coisa boa.

Depois que os pais se separaram Shouyou enfrentou semanas de tristeza e falta de vontade, foi um sufoco para Akaashi conseguir trazer seu menino alegre de volta, visto que o outro pai de Shouyou não ligava tanto assim para eles agora. 

Foram tempos sombrios, mas agora eles estavam de volta ao normal, ou pelo menos o novo normal.

— Eu vou ficar na arquibancada, okay? Obedeça os professores e se comporte. — recomendou assim que chegaram ao lugar, Shouyou já estava com sua bolsa contendo seus tênis e um lanche para o intervalo.

—Shouyou, certo? — um cara disse se aproximando deles, ele tinha o cabelo preto e uma franja que cobria um de seus olhos. Na sua blusa era possível ver a palavra "professor". — ouvi dizer que você adora pular! 

— Sim! — o pequeno respondeu pulando.

— Ótimo, vamos treinar alguns saltos então. — chamou ele com a mão.

Shouyou deu um passo na direção dele e parou, ele se virou na direção do pai e o puxou para baixo.

— Te amo! — beijou sua bochecha.

O coração de Keiji se aqueceu e ele abraçou o filho com força.

— Eu também te amo. 

A relação com seu ex marido podia não ter dado certo e ter lhe feito várias cicatrizes, mas ele não conseguia odiar-lo completamente. Sem ele Shouyou não existiria, e Akaashi não conseguia se imaginar em um mundo sem seu pequeno.

Ficou sentado na arquibancada observando o grupo de 20 crianças e os dois professores. Shouyou era bem comunicativo, por isso fez amizade rápido com as outras crianças. Os professores pareciam serem gentis e levar jeito com crianças, além do que os recebeu havia outro, um jovem que devia ter por volta de 25 anos e tinha o cabelo de duas cores, preto e prateado.

O tempo passou voando, logo eram 17h30m e os alunos começaram a ir embora. Shouyou estava recebendo ajuda do professor para tirar os sapatos quando Akaashi se aproximou.

— Você viu, pai? — o ruivinho indagou sorrindo. — primeiro eu fiz baam, e depois foi tipo pah, e então zum!

— Eu vi sim, Shou. Você tem talento. — pegou a bolsa dele e colocou nas costas. Se dirigiu para o professor e viu que ele estava lhe olhando de um jeito estranho. — hm, olá.

Ele pareceu sair de um transe ao piscar e perceber que estavam falando consigo. Limpou a mão suada na roupa antes de a estender para o pai do aluno.

— Você deve ser o pai do Shouyou. Muito prazer, Bokuto Koutarou.

— Akaashi Keiji. — apertou a mão dele, ainda meio desconfiado.

— Pai, eu tô com fome! — Shouyou resmungou.

— Vamos indo então, eu ainda tenho que preparar o jantar. — deu a mão para o filho. — dá tchau pro seu professor.

— Tchau, professor!

— Tchau. — ele acenou, mas seus olhos ainda estavam em Akaashi.

Foi assim durante três dias, Bokuto ficava lhe olhando com uma expressão indecifrável e agia como um bobo perto de Akaashi. Isso deixou o moreno desconfiado e até um pouco paranóico.

No final do quarto dia de treino, enquanto Shouyou tirava os tênis, Bokuto se aproximou de Akaashi, sem aquela cara de bocó de sempre. 

— Desculpa o incômodo, mas eu andei pensando em uma coisa desde que te vi pela primeira vez. — ele começou — Você é modelo?

Akaashi só faltou gargalhar. Modelo? Ele? Que tipo de piada era aquela?

— Não, sou desempregado no momento. — corrigiu. 

— Eu sou fotógrafo e sei do que estou falando, você daria um ótimo modelo. — lhe olhou de cima a baixo. Ele tirou um cartão do bolso e o entregou para Keiji. — Eu adoraria fazer uma sessão de fotos sua.

— Obrigado, mas eu não tenho interesse em modelar.

— Pode ser só uma sessão sem compromisso, pra você guardar as fotos e elevar a sua autoestima. — insistiu.

Akaashi encarou o cartão, o nome do professor e fotógrafo estava escrito no centro em letra cursiva dourada e abaixo estava um número de telefone e um e-mail.

Guardou o cartão assim que ouviu Shouyou o chamando, o garoto veio até eles e se pendurou em si.

— Tô com fome. — o menino disse, como se fosse um anúncio importantíssimo.

— Que novidade. — riu. — vamos para casa.

Deu uma última olhada em Bokuto, ele sorriu tombando a cabeça e se despediu deles.

Demorou mais alguns dias para que Akaashi olhasse aquele cartão com bons olhos, sem pensar que fazer um ensaio fotográfico seria ridículo. Ele estava na frente do espelho do banheiro, com o corpo enrolado em uma toalha branca e ainda úmido, quando cogitou a possibilidade.

Ele finalmente tinha o corpo que sempre quis, tinha feito sua mastectomia há um ano e agora a única lembrança de que tinha de seus seios era uma fina linha no peito. Os hormônios tinham feito sua massa muscular aumentar e engrossado sua voz, ele tinha até uma barba que sempre raspava pois não era muito fã daquilo.

Aquele era o corpo com que o Keiji de 16 anos sonhava, mas agora ele não sentia como se estivesse se amando por completo!

Além das características citadas ele também tinha uma barriguinha protuberante, parecida com a que teve seis anos atrás, no início da gravidez. Não gostava muito dela e já tinha tentado fazer exercícios em casa para emagrecer, mas nada funcionou. Ele também tinha as coxas grossas demais ao seu ver. A lista de coisas que não gostava em si não era pequena!

Se vestiu e foi para seu quarto, Shouyou já estava dormindo há algumas horas, com sua coberta de carrinhos e o pijama de dinossauros. Akaashi revirou sua gaveta de futilidades, onde guardava inúmeras bobagens, até encontrar o cartão de Bokuto.

Ficou encarando ele, pensando no que ele tinha dito na última vez em que se viram. Akaashi nunca quis ser modelo, mas tinha noção de que eles eram bonitos. Será que Bokuto o achava bonito? O pensamento fez suas bochechas corarem, ainda não estava habituado a receber cantadas ou elogios.

Deixou o cartão na gaveta do móvel de cabeceira, aquilo significava que ele iria pensar na possibilidade com mais carinho.


[...]


Naquela segunda-feira Akaashi observou Bokuto com mais atenção. Ele era bonito, animado e gentil com as crianças, não tinha um perfil que Akaashi julgava como "um tarado que quer tirar fotos minhas pelado". Só iria mesmo fazer a tal sessão de fotos se tivesse certeza que ele era confiável.

— Seu filho é um bom jogador, senhor. — Bokuto disse se aproximando de Akaashi após o fim da aula. 

— Não é pra menos, ele vive grudado naquela bola de vôlei. — riu, Shouyou estava próximo deles, conversando com um coleguinha. — hm, Bokuto… posso te chamar assim?

— Claro. — ele sorriu.

— Eu andei pensando sobre o que você disse, fazer uma sessão de fotos. — coçou a nuca. — vamos supor que eu aceite, quem decide o tema, poses, lugar e essas coisas sou eu, certo?

— Certíssimo. Eu faço apenas algumas sugestões.

— E o preço iria sair muito caro?

— Eu posso fazer um descontinho bacana para você. — piscou um olho. — então, vai aceitar?

Keiji mordeu o lábio inferior, arrancando a pelinha dali. Talvez uma coisa como aquela fosse capaz de ressuscitar sua autoestima.

— Sim! — respondeu determinado. 

— Ótimo. — Bokuto comemorou. — ainda tem o meu cartão? A gente pode discutir os detalhes pelo Whatsapp.

— Sim, tenho. Eu-

— Papai — Shouyou se aproximou saltitando. — a gente tem que ir ver a vovó! — puxou sua camiseta.

— A gente se fala mais tarde, tenho que levar esse pestinha pra ver a vó dele. — bagunçou os cabelos ruivos do filho. 

— Vou esperar sua mensagem. Tchauzinho Shouyou!

Shou se despediu dele e seguiu alegre para o carro do pai. Ele adorava ir ver os avós, já que eles faziam todas as vontades dele. Akaashi não gostava muito daquilo, mas naquela noite ele deixou que sua mãe enchesse o neto de doces enquanto ele falava com Bokuto.

Eles falaram sobre preços, lugares e temas, fizeram até algumas piadas enquanto conversavam. Akaashi nem percebeu quantos sorrisos bestas soltou durante a conversa, ou o fato de ter ido dormir sorrindo naquele dia.

A sessão de fotos foi marcada para o final de semana, em um parque que era próximo da escola de Shouyou. Akaashi se vestiu do melhor jeito que conseguiu, ele não era muito ligado na moda e nem tinha grande variedade de peças de roupa. Deu seu melhor e desejou que Bokuto gostasse daquilo.

— Os galhos estão me pinicando. — ele choramingou, Koutarou tinha mandado ele ficar parado na frente de uma árvore de cerejeira, quase se camuflando no meio das flores dela.

— Só fica parado por um segundo e dá um sorriso. — pediu. Akaashi lhe obedeceu, mas o sorriso dele não parecia feliz o bastante. — me diga, Akaashi, você sabe porque o pinheiro não se perde na floresta?

— Hã?

— Por que ele tem um mapinha.

Keiji ficou confuso por uns segundos, mas logo captou a semelhança entre "uma pinha" e "um mapinha". Era uma piada besta, mas ele riu mesmo assim. Bokuto aproveitou o sorriso espontâneo dele para bater algumas fotos.

Akaashi era lindo, e ele ficava mais lindo ainda quando sorria!

Ao longo da tarde Bokuto lhe fez rodar o parque inteiro, procurando lugares bonitos e fazendo poses diferenciadas. Ele tirou foto com flores, com um cachorro que estava perdido por ali e até mesmo algumas fazendo carão. Ele não conseguia manter a cara de sério por muito tempo, logo ele relaxava o rosto e ria de vergonha, Bokuto fotografou aquilo também.

— Elas ficaram bonitas e vão ficar mais ainda depois que eu editar. — Koutarou disse, mostrando para Akaashi as fotos. 

— Tenho que admitir, eu estava com medo de ficarem feias. — confessou, estava admirado com as fotos.

— Se o modelo é bonito as fotos ficam bonitas, Akaashi, não tem segredo. — Bokuto abaixou a câmera.

— Você tá dando em cima de mim ou isso é papo de fotógrafo?

— Depende, eu tenho chances com você?

— Talvez. — tombou a cabeça para o lado.

— Vou continuar te elogiando até esse "talvez" virar um "sim" então. — tirou a mochila das costas e guardou a câmera dentro dela. — se eu te comprar um lanche minhas chances aumentam?

— Com certeza!


[...]


As fotos de Akaashi demoraram pouco mais de uma semana para ficarem prontas. Bokuto e ele se sentaram para olha-las durante um dos treinos de Shouyou, o colega do professor tinha dito que Bokuto poderia ter aquele dia de folga se prometesse lhe recompensar depois. Koutarou prometeu e agora ele e Keiji estavam em uma cafeteria perto da escola.

— Não quero me gabar, mas eu fiz um ótimo trabalho de edição nas suas fotos. — Bokuto disse com um sorriso orgulhoso, colocou um envelope grande sobre a mesa e empurrou para Akaashi.

No envelope estava escrito "fotos do Akaashi :)", era um detalhe simples, mas fez o moreno sorrir.

Ao ir passando as fotos Keiji não soube exatamente o que estava sentindo. A edição não tinha focado em seu rosto ou corpo, apenas nos detalhes ao redor. A foto que ele tirou no meio das flores de cerejeira era a mais bonita, seu sorriso espontâneo brilhava nela e ele parecia ser outra pessoa. Uma pessoa bem mais bonita e atraente.

— É difícil acreditar que esse sou eu. — comentou após olhar todas as fotos. — elas ficaram lindas, Bokuto.

— Por que você tem tanta dificuldade em acreditar que é bonito? — Koutarou indagou fazendo bico.

Akaashi suspirou, provavelmente era uma pergunta retórica, mas ele respondeu mesmo assim.

— Meu ex marido não me tocava muito. Depois que o Shouyou fez cinco anos e eu fiz a minha mastectomia ele se afastou de mim, começou a trabalhar mais e a passar muito tempo fora. — desabafou. — e de repente a gente só se via nos fins de semana, mas ele não parecia muito interessado em olhar pra mim nesses dias. E aí a minha autoestima entrou numa montanha russa que só descia, agora eu acho difícil acreditar que alguém realmente queira ficar comigo. 

Keiji nunca tinha verbalizado aquilo, mas ele tinha uma teoria do porque seu casamento tinha acabado. Quando Shouyou completou dois anos e finalmente parou de mamar, Akaashi voltou a fazer seu tratamento hormonal, seu corpo começou a mudar aos poucos, perdendo algumas curvas. Na época seu marido não ficou muito feliz com aquilo, Keiji fingiu não perceber aquilo e continuou com a testosterona. O descontentamento voltou a surgir quando Akaashi tirou os seios, e depois disso não houve nada que pudesse fazer seu marido continuar lhe amando.

Admitir aquilo era horrível, mas ele tinha quase certeza que não foi amado naqueles seis anos de casamento. Já seu corpo foi bastante amado até começar a mudar.

— O seu ex é um idiota. — Bokuto xingou. — com todo respeito, ele tinha você para ele, todos os dias o esperando em casa de braços abertos, e não aproveitava isso? Essa cara é um idiota. E eu não estou só falando da sua aparência, já que você parece ser um homem muito inteligente também.

— Obrigado. — corou. 

— Akaashi — ele tocou sua mão por cima da mesa, o moreno sentiu seu coração saltitar no peito, era como se ele tivesse voltado a ter 15 anos. — você é deslumbrante e eu quero que você saiba disso. Quero que você consiga se olhar no espelho sempre e fazer essa mesma cara que você fez ao ver essas fotos.

— Essa conversa está parecendo com as que eu tenho com a minha terapeuta. — riu nervoso.

— Desculpa — Bokuto riu também. — eu gosto de fazer as pessoas que eu gosto se sentirem amadas, não só por mim como também por elas mesmas.

Keiji ficou sem palavras diante daquilo. Bokuto gostava dele? Logo dele que era um homem tão comum e sem graça?

— Você tem certeza disso? — perguntou, afastando sua mão dele. Ajeitou a postura e desviou os olhos. — tem certeza que quer gostar de um pai solteiro? Eu mal tenho tempo livre, Bokuto. Você merece mais do que isso!

— A gente dá um jeito, Akaashi, não se preocupe. — ele respondeu. — a única coisa que eu consigo pensar agora é no quanto eu quero te beijar! — sorriu bobo.

Ele não conseguiu segurar o sorriso. Os dois trocaram um olhar cúmplice antes que Koutarou pedisse a conta deles, o mais novo fez questão de pagar mesmo Akaashi tendo insistido para pagar sua parte. Depois disso eles voltaram para a escola, Bokuto guiou Akaashi pelo lado de fora da quadra até que eles chegassem a um armário de vassouras.

— Esse é o nível dos lugares que você vai me levar? — Keiji ironizou.

— O que faz o encontro não é o lugar e sim a pessoa. — Bokuto esclareceu se aproximando. Akaashi encostou em uma das paredes do armário enquanto o outro fechava a porta. — eu posso? — indagou esticando as mãos na direção da cintura dele.

Akaashi consentiu. As mãos grandes de Bokuto lhe seguraram pela cintura e o colocaram em contato com o corpo musculoso dele. Abraçou o pescoço dele e o encarou de perto, os olhos cor de mel, a raiz preta dos cabelos e aquele sorrisinho safado.

— Vamos lá, me beije. — Keiji pediu.

Bokuto atendeu seu pedido. Eles começaram com um selinho simples, seus lábios se encaixaram perfeitamente, como se tivessem sido feitos para aquilo. Uma das mãos de Koutarou subiu para a nuca de Akaashi no meio do beijo, ele fez com que o mais velho separasse os lábios e iniciou um beijo de língua. As pernas do Keiji tremeram.

Era como se ele tivesse voltado a ser jovem, descobrindo os prazeres de ser beijado por um garoto. Bokuto lhe fez sentir as tais borboletas no estômago e o deixou choramingando por mais sempre que ele afastava suas bocas. Ele fez com que Akaashi ficasse todo derretido naquele armário de vassouras.

— Acho que já chega por hoje. — Koutarou deu um passo para trás. Os cabelos dele estavam uma bagunça agora e seus lábios avermelhados. — já deixei o Kuroo sozinho por muito tempo, e não quero correr o risco de me animar muito.

Foi inevitável descer os olhos para a virilha dele. Havia uma protuberância ali, indicando que ele estava quase ficando duro.

— É, tem razão. — concordou. Não podia julgar ele pois estava em uma situação parecida.

Deram um último beijo antes de sair dali. O treino já tinha acabado e Shouyou estava ajudando Kuroo a recolher alguns materiais.

— Onde o senhor estava? — o pequeno indagou assim que viu o pai.

— Eu? Eu estava ao telefone. — mentiu. — e você? Aprendeu o que hoje?

O ruivinho começou a contar o que tinha aprendido a fazer, Akaashi ouviu tudo com atenção e fez alguns comentários sobre. Bokuto observou os dois, eles eram uma família bonita.

— Você tá me devendo um dia de folga, safadinho. — Kuroo lembrou lhe cutucando. 

Bokuto não comentou, mas ele achava que ia acabar devendo muitos dias de folga para o colega.


Notas Finais


A história vai ter três capítulos, logo eu volto pra postar o segundo. Comentem para mim saber se vocês estão gostando.


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