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História Throne - Aquele que ameaça a nossa paz.


Escrita por: Nacchan_il

Notas do Autor


Dessa vez postei mais rápido, espero que gostem

Boa Leitura.

Capítulo 3 - Aquele que ameaça a nossa paz.


Fanfic / Fanfiction Throne - Aquele que ameaça a nossa paz.

Era a última aula da tarde. Os alunos da turma 1-A se preparavam para as provas finais, visando o segundo ano. Todos estavam sentados em uma roda, ajudando uns aos outros no que cada um tinha dificuldade, então era normal ouvir conversas ou até mesmo gritos – essa última parte sendo de Bakugou tentando ensinar Kirishima – no entanto, um dos adolescentes parecia mais entretido em algo no celular do que na sessão de estudo.

- Solta esse celular e vai estudar, Kaminari!- Iida.

O loiro apenas soltou um resmungo, sem obedecer ao representante. Kaminari arregalou os olhos, ele estava em um site de notícias, e uma matéria de emergência foi lançada.

- G-Gente...- Kaminari estava extremamente nervoso- Vocês têm que ver isso!

- Depois a gente ver. Precisamos estudar primeiro- Yaoyorozu.

- É sério! Isso é urgente!- Kaminari.

O desespero estampado no rosto de Denki chamou a atenção de todos. Decidiram parar por um instante, e assim os jovens se reuniram perto de Kaminari, esperando ele falar.

- Eu tava vendo umas coisas aqui sobre a liga, e apareceu uma notícia estranha- Kaminari.

- Já começa estranho tu ficar em site de notícias- Bakugou.

- Olha-

- Cala a boca os dois! Só fala o que tu viu, Kaminari!- Jirou.

- É que apareceu uma matéria que fala sobre uma nova onda de assassinatos. Aqui diz que é uma morte mais cruel que a outra, as autoridades julgam que possa ser o surgimento de mais um vilão perigoso- Kaminari.

- Não é só isso, eu imagino. Pelo menos pela sua cara- Todoroki.

- É que.... Na lista de vítimas, só tem heróis profissionais e estudantes de cursos de heróis- Kaminari.

A sala foi tomada por um silêncio sufocante.

- Está sendo difícil encontrar o assassino, pois as ações dele são espalhadas por diversas áreas do Japão e quase ninguém consegue vê-lo. Tem alguns depoimentos de pessoas anônimas relatando que viram uma pessoa suspeita toda coberta perto da cena do crime, mas mesmo assim não conseguem encontra-lo- Kaminari.

- Mas como? Já não deveriam ter pelo menos um suspeito?- Uraraka.

- Como podem garantir que é a mesma pessoa que ta cometendo esses assassinatos? Pelo que to vendo, os crimes foram realizados quase ao mesmo tempo- Todoroki.

O bicolor olhava o seu celular, mais alguns da turma se juntaram com ele para olhar também.

- Tem outra matéria que diz sobre uma tal de marca. Ele parece deixa duas marcas, uma na cena do crime e outra no corpo da vítima- Iida.

- Marca?- Asui.

- Ele forma a marca de um “D” em alguma parte do corpo da vítima, no caso marcas de faca. E desenha um segundo “D” com o sangue da pessoa em alguma parte do local em que o corpo está- Iida.

Bakugou sentiu um arrepio na espinha. Na mesma hora olhou para a janela, sentia que alguém o observava, mas não encontrou nada.

- Bakugou?- Kirishima.

- Não é nada...- Bakugou.

Em cima de uma árvore, uma pessoa de baixa estatura observava a sala da turma 1-A. A pessoa usava jaqueta verde, cujo o capuz tinha duas tiras longas, que simulavam orelhas de coelho. Vestia uma calça preta, com joelheiras, e bolsos para pistolas e facas.

Calçava botas pretas com detalhes vermelhos e verdes. Em sua costa ficava uma mochila preta. Suas mãos estavam protegidas por luvas grossas, uma delas também segurava uma faca preta que pingava sangue. Seu rosto estava coberto por uma máscara, ela era preta na parte inferior e tinha um sorriso bordado nela. Na região dos olhos, um óculos de proteção grudado na máscara.

- Ainda é muito cedo.

A voz estava abafada, então não era possível de reconhece-la. O indivíduo pulou da árvore, andando calmamente pela rua deserta.

 

[...]

 

Era tarde da noite, a rua estava quase vazia, exceto por um homem que voltava bêbado de algum bar. Ele mal conseguia se manter em pé, andava quase caindo no chão.

Perto de onde ele andava, tinha um beco escuro, dele vinha sons de vozes, como se alguém pedisse ajuda. Confuso, o homem andou cambaleando até chegar na entrada do beco. Era consideravelmente longo e escuro, no fundo parecia ter alguém.

Sem pensar nas consequências, o homem foi na direção do som.

O beco acabava em um muro alto, esse que no momento estava pintado de vermelho. Uma mulher de cabelos curtos e uniforme de herói estava escorada na parede.

Os olhos sem vida e o sangue que jorrava de sua barriga denunciavam o estado dela. Em sua frente estava aquela mesma pessoa de capuz, essa pessoa usava uma faca pequena para desenhar um “D” na perna da mulher. Na parede atrás do corpo, um grande “D” com o sangue da vítima estava desenhado.

Aquela pessoa demonstrava satisfação ao ver seu trabalho.

Ouviu sons de passos atrás de si, sabia que tinha alguém chegando, mas decidiu ficar. Já estava na hora de mostrar um pouco dele, estava confiante, sabia que ninguém iria encontra-lo. Ninguém conhecia seu rosto e mesmo se conhecesse, essa pessoa já estaria morta.

Dentro de segundo, um grito pôde ser escutado vindo do beco, seguido de um som de foto. Depois disso, o homem saiu correndo do beco.

O vilão não disse nada em nenhum momento, mas por debaixo da sua máscara, ele sorria. Em breve os heróis iniciariam as buscas por ele, isso daria um pouco de emoção para sua tediosa vida.

 

[...]

 

Em um prédio executivo, em seu último andar, muitos dos heróis profissionais do Japão estavam reunidos em uma grande sala. O clima estava pesado, notícias graves haviam acabado de chegarem a seus ouvidos.

Um novo vilão surgiu, ele aos poucos iniciava seu reinado de terror. No início matava somente heróis profissionais, entretanto, recentemente foram encontrados casos de estudante de cursos de heróis mortos por ele.

Suas ações eram semelhantes a Stain, todavia, não existia nenhuma pista de seu paradeiro.

Mesmo com os numerosos casos, de alguma forma, o vilão conseguia executar os assassinatos sem deixar quase nenhuma pista, além claro, do seu característico “D”. E diferente de Stain, o criminoso não tinha nenhum padrão para realizar os crimes, as mortes ocorriam em regiões sem qualquer conexão, e com diferenças de tempo muito curtas.

A única certeza que tinham era: Ele mata somente heróis profissionais e aspirantes a heróis.

- Isso não faz sentido!

Endeavor jogou os papeis que continham informações sobre o vilão.

- Não existe quase nada aqui! O que andaram fazendo esse tempo todo?!- Endeavor.

- Se acalme. Ficar nervoso desse jeito não irá nos dar mais informações.

All Might tentou acalmar o homem, sendo apenas ignorado.

- Ainda sim, nossa situação é preocupante. Não temos nenhuma informação importante, fora os relatos duvidosos de anônimos- Eraserhead

Enquanto os heróis discutiam sobre o caso. Um policial corria pelos corredores, indo na direção da sala onde a reunião rolava. O homem fardado abriu a porta da sala de forma brusca, atraindo a atenção das pessoas presentes e silenciando o cômodo, outrora caótico.

Com uma rápida reverencia de desculpas, o homem foi na direção do chefe da polícia, entregando um envelope lacrado. Após sussurrar algumas palavras, o policial se retirou da sala.

- Ao que parece, um civil conseguiu tirar uma foto do vilão.

- O que?!- Endeavor.

- Mostre, por favor- Eraserhead

O policial abriu o envelope, colocando sobre a mesa uma foto. Nela tinha um homem, o mesmo homem de jaqueta verde e orelhas de coelho. Sua roupa estava manchada com o sangue da vítima.

All Might ao ver aquela pessoa, sentiu um arrepio estranho. Uma confusa sensação familiar, como se já o conhecesse, sem falar do incomodo que sentiu assim que notou o sorriso na máscara. Tinha alguma coisa errada.

- Não acha que essa foto escura demais?- Hawks.

- A foto foi tirada de madrugada, e mesmo tentando melhorar a imagem, isso foi o máximo que conseguimos fazer.

- Um adolescente?- All Might.

O loiro sussurrou analisando a foto.

- O que disse?- Eraserhead.

- Não... Só pensei que ele parecia novo demais...- All Might.

Aizawa ficou encarando o loiro atentamente. Ele ficou estranho no momento que botou os olhos naquelas fotos. O que ele escondia afinal?

 

[...]

 

Naquele mesmo dia, de noite. Uma criança brincava sozinho em um parque sozinho, a garotinha brincava subindo em uma árvore, e mesmo estando sozinha, ela não parecia sentir medo. Ela sorria alegremente, tentava pegar um pequeno passarinho. Em um de seus braços, uma pulseira em forma de correndo brilhava em um tom verde claro.

Ao chegar no galho mais alto, o passarinho se acomodou nas suas pernas, a menina soltou uma gargalhada alegre por causa do bichinho. Um vento frio bateu em seu rosto, fazendo seu cabelo branco voar ao seu redor.

Ela levantou o seu olhar na direção da lua cheia. Por algum motivo, a lua sempre a deixava calma, a sua luz sempre foi acolhedora para ela. Diferente do sol, esse que era brilhante e quente demais para si.

Se olhasse diretamente para o sol, você poderia ficar cego. Se ficasse muito tempo sobre sua luz, poderia ficar doente. Se chegar muito perto dela, pode se queimar ou morrer. E mesmo assim, todos amam o sol. Não é como se ela o odiasse, só achava estranho todos idolatrarem algo tão inalcançável.... Apenas porque ele era brilhante.

Enquanto a lua...

Ela tinha uma luz delicada e ao mesmo tempo forte. Ela iluminava a noite, expulsava a escuridão. Se quisesse, poderia passar horas olhando para ela e nunca correria o risco de perder a visão. Sua luz não machucava, é possível se aproximar dela sem medo.

O céu também tinha as estrelas, no entanto, era impossível de vê-las de dia, a luz do sol ofuscava elas. Mas a lua...

A lua tinha as estrelas ao seu lado, transformando seu céu em um mar de luzes coloridas. A sua luz era potente, porém, ela não escondia as estrelas, pelo contrário, ela dava ás estrelas a chance de brilharem no céu.

Aquela criança amava a lua. Ela não era egoísta como o sol, a lua dava a oportunidade para outros brilharem, assim como não feria aqueles que ela iluminava.

Mas então por quê?

Por que todos preferiam o sol?

Por que amavam algo que pode machuca-los? E enquanto isso, a lua vivia de forma solitária, quase esquecida.

É porque o sol é quente e chamativo? E lua é fria e calma? É isso?

- O sol não pode iluminar a noite, e a lua não pode brilhar sem o sol...

A criança sussurrou. Tinha ouvido isso de uma pessoa muito importante. Ele disse que os dois são importantes, pois com ambos existindo, um ajuda ao outro. Um completa a o que falta no outro, mas infelizmente, apenas o sol é amado. A lua é deixada de lado.

“ Mas uma coisa que deve saber sempre: Não existe ninguém que ame mais o sol do que a lua. E a lua é a única coisa que o sol ama verdadeiramente. Eles são muito diferentes, por isso não puderam ficar juntos. Então imagine que quando um eclipse ocorre, é quando o sol e a lua podem mostrar quem realmente são, e se amarem como sempre sonharam. Não odeie o sol, pois ele é a vida da lua, como a lua é do sol. ”

Ela se lembrou dessas palavras ditas a ela um tempo atrás.

Seus olhos vermelhos brilharam, a lua refletia neles.

Ouviu um barulho atrás de si. Virou rápido na direção do som, assustada.

Logo abriu um sorriso brilhante. Desceu com cuidado da árvore, correndo na direção da pessoa que a esperava. Agarrou na barra da calça da pessoa e segurou uma das mãos coberta por uma luva.

- É melhor parar, vai se sujar...

A menina olhou para cima, encontrando o homem de jaqueta verde, máscara com o sorriso desenhado e os óculos de proteção em sou rosto. Pingava sangue de seu rosto, mas a garota sabia que não pertencia a ele. Então ela abriu um sorriso brilhante na direção dele.

- Tudo bem! Fico feliz que esteja bem!

O homem encarou a criança sem falar nada. Para alguns seria estranho ou assustador, mas para a menina, não era nada demais. Ela sabia que ele não faria nada de ruim, mesmo ele sendo o que chamam de vilão, a criança gostava de ficar ao seu lado. Se sentia bem e feliz.

- Você deveria estar na cama a essa hora.

O homem segurou a mão dela, levando a menina para longe do parque.

- Estava te esperando. Toga disse que você ia voltar hoje. Você demorou demais dessa vez! Eu queria brincar contigo!

A albina falava alegremente com ele. Como se aquela pessoa não estivesse suja com o sangue alheio.

- Só fiquei 3 dias fora, Eri.

- Mas isso é muito tempo! E se tivesse acontecido alguma coisa contigo?!

O homem suspirou cansado.

- Isso não é importante. Seria melhor ter te deixado em um orfanato.

- Como se você conseguisse se livrar de mim!

Eri disse com um sorriso convencido. Ela sabia que estava certa, ele não a queria perto, mas também não a afastou completamente.

- Você apenas me seguiu. Nunca disse que queria cuidar de uma criança.

Eri soltou uma gargalhada alta. O homem não sabia como ou quando ela ficou assim, antes a garota tinha medo de todos e hoje em dia, é tão confiante que chegava a se tornar atrevida.

E a criança? Ela não ligava muito para as falas daquela pessoa, não quando ele a salvou da vida que levava antes. Quando olha para ele, Eri sempre pensa:

- Você é que nem a lua!

- De novo com isso?

- Hehehehe.



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