História Through the Dimensions - Be alright

Estava o encarando totalmente sem reação, eu simplesmente não sabia o que fazer, ele estava completamente imóvel em sua cama, seus olhos estavam fechados, e sua feição era serena, seu  peito subia e descia lentamente conforme sua respiração calma, seu corpo tinha marcas roxas e vermelhas e sua testa sangrava um pouco assim como tinha um pouco de sangue em sua blusa a manchando, quando finalmente cai na real corri até ele me abaixando ao seu lado na cama e comecei a acariciar seus cabelos lentamente sentindo as lagrimas rolarem pelo meu rosto.

-Justin – sussurrei tentando soar calma, mas se percebia o desespero em minha voz. – Justin por favor, acorda.

-Emma... – sua boca se movimentou tão lentamente pronunciando meu nome como um sussurro. – Emma... – ele sussurrou com a voz fraca novamente.

- eu to aqui Justin, eu estou aqui – disse acariciando seus cabelos e lhe dando um selinho.

- eles...vi...vie...vieram...

- eu... eu sei Justin... – sussurrei olhando em seus olhos. - eu vou cuidar de você ta bom – disse com um sorriso no rosto e o vi sorrir e era somente disso que eu precisava.

Fui rapidamente até o banheiro e peguei a maleta com o kit de primeiros socorros, sei que não vai adiantar muita coisa, mas ira servir pra alguns machucados. Voltei pro quarto e suspirei me abaixando ao seu lado.

- eu não vou deixar mais eles fazerem isso com você ta bom – disse acariciando seu rosto.

-por...favor...pro...promete...fi...ficar...longe- ele murmurou e senti meus olhos marejarem.

- o...o que? Mas...mas por que? Não Justin... eu... eu vou cuidar de você... não... eu não vou ficar longe – disse um tanto desesperada.

- me pro...promete... eu... não que...quero... que eles te... machuquem... – ele murmurou e um sorriso me escapou.

-não se preocupa comigo não ta bom – disse acariciando seu rosto – vai ficar tudo bem – sorri e abri o kit e comecei a cuidar de alguns machucados.

-Emma... – ele sussurrou der repente enquanto seus olhos cor de mel mantinham contato visual com os meus. – pro...mete... confiar...em mim? Não...não impor...ta o que aconte...ça e... o que...falarem... – ele sussurrou com dificuldade.

-eu prometo – sorri acariciando seu rosto – eu prometo Justin – disse me aproximando e juntando meus lábios aos seus.

Seus olhos foram se fechando lentamente e eu sentia o desespero tomar conta do meu corpo.

-Justin não, Justin você precisa ficar acordado ta bom – disse acariciando seu rosto.

Ele assentiu, mas eu pude perceber o grande esforço que ele fazia pra se manter acordado, e eu não podia simplesmente fazer nada.

- Justin a sua mãe tem algum remédio?  – ele pareceu demorar certo tempo pra poder compreender tudo o que eu falava.

-eu... não sei... – ele murmurou e eu soltei um longo suspiro.

- vai ficar tudo bem, você vai ficar bem, ta bom – disse me levantando.

Eu estava extremamente assustada, eles não podiam fazer isso com ele, eu o prometi que acreditaria nele, mas por que ele pediria isso? Se ele queria que eu o prometesse isso certamente há algo de errado, mas o que? Tudo se encaixa exatamente bem, toda aquela história, exatamente tudo, menos a parte dele sair tão machucado, se ele é o guardião não teria porque ele sair tão machucado, se ele foi criado pra destruir como ele pode ter tanto amor pra dar? Como ele é tão carinhoso? Isso parece tão errado.

Se a minha “mãe” fosse mesmo o semideus como ela mesma insinuou como ela saberia tanto sobre os guardiões e sobre os supervisores? Isso não faz sentido algum, ela pode está aqui a bastante tempo, eu não sei exatamente, mas não tem como ela saber disso, se eles tem o intuito de afasta-la do espelho, de tira-la do espelho por que contariam tudo a ela? Por que a falariam exatamente tudo o que está acontecendo? Tudo o que fizeram contra o guardião?

Pensando de modo, não consigo imaginar Justin como o guardião, ele poderia ser punido sim, mas quase mata-lo? Isso complicaria totalmente o seu trabalho de me afastar do espelho, como ele faria alguma coisa totalmente machucado? Sem ao menos conseguir se mover, esse é exatamente o que fariam se tentassem afasta-lo.

Isso está estranhamente confuso e mal contado pensando desse modo, e de algum jeito eu preciso descobrir o que está havendo, só não sei como fazer isso.

Depois de pegar os remédios necessários com a Pattie e ela me orientar um pouco já que não tenho muita experiência pra esse ramo biologia nunca foi meu forte, nunca.

Pattie disse que havia ligado para um amigo que ela havia conhecido que ele era enfermeiro e que ele estaria aqui daqui a pouco para ajudar e que os remédios digamos que “seguraria as pontas” até ele chegar.

Juro que fiquei muito mais aliviada quando ela havia dito que esse enfermeiro viria, claro que iria adiantar mais do que aqueles curativos que eu fiz.

 Voltei pro quarto com os remédios e um copo e uma jarra d’água em uma bandeja e sorri ao ver seus olhos abertos, é claro que ele estava se esforçando e lutando para mantê-los abertos e isso de certo modo é bom.

- vai ficar tudo bem, um enfermeiro está vindo cuidar disso tudo – sorri colocando a bandeja em cima da cômoda – você consegue se sentar?

- acho... que sozinho não... – ele murmurou virando sua cabeça para poder me olhar.

Sorri pra ele, queria que ele visse que realmente vai ficar tudo bem, eu quero poder acalma-lo, o ajudei cuidadosamente a se sentar e de vezes enquanto ele soltava alguns resmungos baixo de que seu corpo doía.

- o remédio vai melhorar sua dor ta bom – disse enchendo o copo com água e peguei um comprimido o entregando junto com a água e ele agradeceu me dando um dos seus melhores sorriso, e eu só precisava disso para poder sorrir também.

- eu... já disse que... seu sorriso é lindo? – ele murmurou com um sorriso maroto nos lábios enquanto eu soltava uma pequena gargalhada.

- eu não sei, mas só sei que seu sorriso consegue superar o meu – ri fraco me sentado ao seu lado e pude notar um sorriso em seus lábios no estante em que ele se encostava em mim e eu envolvi meu braços em seu ombro enquanto o mesmo se confortava deitando a cabeça em meu ombro e eu não pude deixar de sorris com aquilo.

-sabe... eu posso...ta ruim...mas é...porque...você não viu como...eu deixei eles... – ele disse em um tom convencido e eu não pude deixar de gargalhar.

- você tem algum problema não é? Você tem um problema muito serio – brinquei dando um beijo em sua testa e ele sorriu desviando os olhos pra mim.

-Emma, eu to...tão cansado... meus olhos pesam tanto... eu... não posso dormir um pouco? – eu sabia que o remédio ia o deixar mais sonolento, mas ele precisava tomar aquele remédio ou ele iria sofrer com tanto dor que estava sentindo.

- não, mas aguenta mais um pouquinho ta bom, falta pouco, vai ficar tudo bem ta bom – sorri.

Vai ficar tudo bem – repeti mentalmente para mim mesma.