História Through the Dimensions - New House, New Life

Atlanta, 2008

Emma's Point Of View  

-e então filha o que achou? – minha mãe perguntou assim que parou o carro em frente à nova casa.

-preferia nossa casa na Califórnia – disse e saindo do carro e percebi que ela revirando os olhos. Ela abriu a mala e eu peguei minha caixa com coisas pessoais.

-onde é meu quarto? –  o caminhão com a mudança veio ontem, então provavelmente já está tudo em seu lugar.

- no segundo andar, direita a 2 porta a esquerda. – ela disse tirando algumas caixas do porta-malas  e eu entrei na casa, era os mesmos moveis da casa da Califórnia, mas lugares diferentes, até que a casa por dentro parece ser legal, mas depois eu vejo. Subi as escadas e encarei o pequeno corredor, no final dele continha um tipo de escada caracol com uma portinha no final dela, provavelmente seria o sótão, dei de ombro e entrei na porta que era o meu quarto. 

O quarto estava de um jeito totalmente diferente, coloquei a caixa que estava em minhas mãos em cima da escrivaninha e suspirei o olhando tudo em minha volta, abri a caixa e coloquei meu notebook em cima da cama, olhei dentro da caixa e coloquei o meu diário e minha “pena” do lado da caixa, peguei alguns livros que estavam dentro da caixa – os meus favoritos – e os coloquei em cima da cama do lado do meu notebook, peguei alguns posters antigos e alguns recentes e os espalheis por cima da cama. Peguei por fim algumas luzinhas que usava como “abajur” e as prendi na cabeceira cama e na parte de madeira que prendia a cortina. Peguei a caixa agora vazia e desci.

-gostou do quarto filha? –minha mãe perguntou assim que me viu descendo as escadas.

- é confortável – respondi dando de ombros e sai da casa e coloquei a caixa vazia juntos com as outras e reparei que a casa em frente a minha estava á venda, entrei novamente e fui direto para o meu quarto.

Peguei os posters que havia deixado em cima da cama e os coloquei na parede com uma organização diferente que tinha na outra casa. Peguei os livros que estavam em cima da cama e os coloquei empilhados em cima da escrivaninha.Me sentei na cadeira em frente a escrivaninha e abri o diário na ultima pagina escrita e suspirei começando a escrever em uma folha em branco

“ Nova casa, Nova vida” – Escrevi na primeira linha e suspirei sem um pingo de criatividade.  Levantei e desci.

-Mãe onde está a caixa com o resto dos meus livros?

-Está no sótão querida – ela disse e eu assenti subindo as escadas de novo, fui até o final do corredor, subi a pequena escada caracol e abri a portinha que se encontrava destrancada.

Entrei e encarei  o sótão até em bom estado, havia uma janela que o iluminava com a luz do dia, em frente a janela tinha uma escrivaninha de madeira antiga e uma cadeira também de madeira, percebi que no teto tinha uma lâmpada, puxei a cordinha do lado da lâmpada e ela acendeu, agora me dando uma visão melhor do sótão, ele estava todo empoeirado e havia varias caixas, notei que no final dele havia um grande obejeto coberto por um pano branco e do lado dele havia um papel pendurado por uma cordinha, sem da muita importância comecei a procurar a caixa que continha meus livros. Depois de abrir algumas caixas achei meus livros, coloquei as duas caixas empilhadas uma em cima da outra e peguei com um pouco de dificuldade e desci com eles e as levei pro meu quarto, as coloquei no chão do lado da porta, abaixei e tire a poeira de cima e as abri, tirei todos os livros das caixas e os organizei no pequeno espaço que tinha em baixo da pequena poltrona do lado da escrivaninha, peguei as caixas vazias e voltei ao sótão, as coloquei em cima das outras e por curiosidade fui até o papel que tinha do lado do grande obejeto coberto, peguei o mesmo e comecei a ler.

“Caro Leitor,

Neste espelho contem um grande mistério. Honestamente, não é para qualquer um, é somente para os mais Aventureiros que não tem medo da insanidade. Com toda certeza esse espelho desafia as leis da Física e vai alem do que você imagina. Está disposto a perde a sanidade e desvendar esse mistério?”

Que coisa mais idiota – pensei sem dar muita importância e soltei o pequeno papel, analisei o grande pano que cobria o espelho e parecia ser antigo e não era do antigo morador da casa, dei de ombros pronta para puxar o pano.

- FILHA – ouvir minha mãe me chamar.

-ESTOU INDO – disse soltando o pano. – é ficara para mais tarde isso – pensei alto dando de ombros e descendo. – que mãe?

- o almoço está pronto, querida vamos comer – ela disse e eu assenti.

(...)

Estava sentada na escrivaninha do meu quarto encarando a pagina do meu diário ainda em branco sem tirar o “titulo” suspirei e peguei um dos romances do Nicholas Sparks, e fui até a cama e me sentei encostada na cabeceira dela enquanto começava a ler o livro.

Estava quase na metade do livro, mas parei de ler, marquei a pagina que estava lendo e o deixei em cima da cama do lado do notebook, minha curiosidade sobre aquele grande obejeto no sótão só aumentava, fui até o sótão novamente, olhei o grande obejeto que pelo bilhete deduzo que seja um espelho e fiquei frente a frente dele, estava pronta pra puxar o pano.

-FILHA – ouvi minha mãe me chamar e bufei , desci as escadas  - eu já preparei a jantar – assenti e me sentei na mesa.

(...)

Estava no meu quarto e totalmente frustrada, agora também só vou ver aquele maldito espelho amanha, afinal o que tem de tão importante nele? Fui até a escrivaninha e me sentei na mesma e voltei a encarar o diário.

“Agora por causa do “grande trabalho” da mamãe, fui obrigada a me mudar para a Atlanta, e aqui estou. Não posso dizer que não estou gostando, afinal só passei um dia aqui, e esse dia só serviu para eu arrumar meu quarto. Mamãe disse que a escola começa daqui a uma semana e não estou nem um pouco afim de ir, odeio ir a escola, principalmente sendo a “novata”, mas não posso questionar...

Mal estou na casa nova e coisas “estranhas” já aconteceram, pois é, no sótão há um grande obejeto coberto por um enorme pedaço de pano, do lado havia um bilhete, muito estranho por sinal, e pelo que parece o que há de baixo do pano é um espelho, um espelho misterioso, de acordo com o bilhete, tá é só um espelho, o que de mal pode haver? Já tentei o descobrir 2 vezes, mas sem sucesso já que nas duas vezes minha mãe me interrompeu, mas amanha – de amanha não passa – eu vou descobrir o que tem de tão estranho naquele espelho.

Talvez amanha depois de olhar o que há de tão estranho no espelho de um passeio pelo bairro, apenas para conhecer e achar algo legal nessa cidade já que a praia mais próxima é a umas 4 ou 5 horas daqui, fala serio, sabe o que é ficar sem praia para mim? Eu passava basicamente o dia inteiro na praia, era lindo ver o por e no nascer do sol pela praia , ouvindo as ondas se quebrando, me trazia uma paz enorme, e agora o que posso ouvir? Motor de carro passando de um lado para o outro. Fala serio, Dona Samantha fez um péssimo negocio, ta talvez nem tanto se aqui ela vai ganhar um salário melhor, mas mesmo assim... Queria ter ficado na Califórnia.”

Suspirei fechando o diário e o deixei em cima da escrivaninha mesmo, peguei o livro que estava lendo e coloquei na “mesinha” do lado da cama, desliguei a luz e fiquei apenas com as luzinhas que usava de “abajur” ligadas enquanto mexia no notebook. Fiquei um tempo conversando com meus amigos da Califórnia e o sono chegou, me despedi dele e desliguei no notebook, me levantei e o coloquei na escrivaninha do lado do diário me deitei desligando as luzinhas e logo cai no sono.