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História Through The Future - Início dos Treinamentos (Parte 1)



Notas do Autor


Olá, caros leitores tudo bem? Sou o @AsuraLucas, e vim postar o próximo cap. Sinto muito a demora, mas espero que gostem. @Silver_Hedgie vai ficar fora por um tempo devido ao trabalho, mas durante a ausência dele eu irei contribuir para a fic. Agradeço desde já o carinho imenso que tiveram por nosso trabalho, isso nos motiva intensamente! Muito obrigado e espero que gostem da leitura!

Capítulo 3 - Início dos Treinamentos (Parte 1)


Fanfic / Fanfiction Through The Future - Início dos Treinamentos (Parte 1)

Finalmente o Sol raiou no leste, banhando o meu quarto da mais bonita luz. Hoje se iniciaria o meu treinamento com o tio Chuck. Estava ansioso, mas ao mesmo tempo inquieto por dentro. Já ouvi boatos de que ele era um renomado mestre e de que muitos guerreiros da liberdade já haviam treinado com ele, embora muitos deles não tenham suportado os seus treinamentos. Temo pelo meu futuro por aqui em diante. Mas é tudo para ser um guerreiro da liberdade. Não vou desistir agora.

– Silver? – escutei a voz do tio atrás da porta.

Me levantei de imediato da cama, pegando algumas roupas e me vestindo. Escutei o barulho da maçaneta, o vendo adentrar o quarto.

– Ah, olá, tio Chuck! - exclamei constrangido por ter acordado atrasado. O mesmo gargalhou perante a minha reação, o que me deixou ainda mais envergonhado.

– Bem, mocinho. Preparado para o seu treinamento? – imdagou Chuck empolgado.

Tudo que pude fazer foi acenar com a cabeça. 

– Sim, senhor! 

Rapidamente coloquei as minhas botas de treinamento, seguindo o meu tio pelo corredor. Tentava disfarçar o nervosismo sem sucesso. Levei a mão destra para o ombro esquerdo, começando a afagar um pouco abaixo dele.

– Está nervoso, Silver? – fitou-me por cima dos ombros, passando a caminhar do meu lado.

– Um pouco... – respondi pensativo, evitando olhar para Chuck, encarando fixamente o chão pelo canto dos olhos.

– Olha, não direi que o treino será simples e leve. Ele será muito difícil e poucos conseguiram conclui-lo. Mas tenho confiança em seu potencial. E fique tranquilo, iremos o mais calmo possível e em seu tempo. – ele levou a mão para o meu ombro esquerdo, o afagando tranquilamente para me ajudar a acalmar.

– Iremos? Eu terei outro mestre? – o olhei com muita curiosidade, parando de caminhar por um instante.

– Não posso dizer isso ainda, mocinho. Por enquanto apenas foque-se no agora, certo? – sorriu gentilmente, colocando as mãos na cintura. Mesmo inseguro por dentro, senti uma pequena ponta de motivação. Preciso dar o meu melhor.

– Sim, senhor! – ergui a palma destra a pousando próximo da testa, fazendo pose de um soldado, ficando com o rosto levemente vermelho. O ouriço mais velho apenas riu perante minha brincadeira e ligeira empolgação.

Voltamos a caminhar em direção ao campo. Ainda estava inseguro por dentro, mas a empolgação e a esperança continuaram a firmes. Eu me tornaria mais forte, para que possa proteger tudo que eu considero importante. Não importa o quanto doer. Vou prosseguir e ficar forte.                   

Quanto mais avançávamos, mais forte a luz reluzia, me fazendo semicerrar os olhos. Escutei o canto dos pássaros e uma agradável brisa. Não deixei de me sentir aliviado e acolhido por este breve momento. Atravessando a passagem de luz, nos deparamos com um campo aberto. Pela sua vastidão, era um lugar muito bem adaptado para treinamentos.

– Bem, notei que você possui uma alta percepção psiônica mesmo sem ter alguma prática.

– Sério!? – perguntei surpreso ao olha-lo.

– Sim. Então eu irei treina-lo para te ensinar o uso da Energia Caótica. Desde o mais básico até à utilização psíquica.

– Não parece ser simples...

– Realmente não é, mas não é impossível.

Caminhamos até o suposto centro da área. Energia caótica... O que seria isso? Estou com um pouco de medo, mas ao mesmo tempo tão curioso. São tantas coisas que possuem seu encanto, apesar da magnitude de importância ou gravidade. Não consigo definir muito bem como me sentir agora.

Eu e meu tio paramos no centro do campo e ele se virou de frente para mim, me olhando fixamente enquanto pousava as mãos na cintura, respirando profundamente para relaxar o peso sobre os ombros. Esboçou um leve sorriso erguendo a cabeça para cima, tendo uma sensação maior da agradável brisa que pairava sobre o local. Ainda o olhava timidamente.

– Bem, agora daremos início ao treinamento! – exclamou empolgado, com o intuito de me animar. Mas tudo que consegui fazer foi sorrir minimamente.

– Certo, tio. Como iremos começar? – questionei, erguendo o punho direito, um pouco empolgado.

– Irei começar explicando o que é a Energia Caos. Então sente-se. – O obedeci, cruzando as pernas de modo a deixar os pés presos após me sentar. Já ele, permaneceu de pé.

– Bem, existe uma energia que circula pelo fluxo do universo. Cada ser possui uma interpretação diferente dela e suas próprias aplicações, assim como o seu conceito próprio da mesma. Nós, os Mobianos, temos a interpretação dela como a Energia Caótica. – a explicação de Chuck, só me deixava surpreso. Parece ser uma forma de energia bem poderosa. Por dentro, fervia de muita empolgação para aprende-la a usar logo.

– E como vou aprender a usa-la? – o encarei tortamente.

– Primeiro devemos fortalecer o seu corpo, para aí depois você começar o treino da energia caótica. – após escutar suas palavras, me levantei rapidamente.

– Certo, tio. Como iremos começar? – perguntei enquanto fechava os dedos, apertando os punhos.

– Você terá de carregar estes pesos, enquanto iniciaremos com uma luta corpo a corpo. – engoli seco, após ouvir estas palavras.

– Mas antes... – o ouriço mais velho apontou sua palma destra para mim, conjurando em meu corpo através de uma misteriosa capacidade espacial, um traje especifico para treinamentos. Era uma camisa negra sem manga e uma calça da mesma cor.

Ainda mantendo a palma direita erguida, fez com que uma esfera de energia esmeralda se manifestasse no ar. Dentro dela encontrava-se quatro pesos. Cada um tinha três quilos segundo o número e a letra K marcadas na parte mais lisa, além de que era possível colocar em torno dos pulsos e tornozelos.

 Ele me entregou os pesos, me ajudando a coloca-los. Bem, foi um pouco difícil manter a estabilidade com os pesos, mas conseguia me mover livremente. Vi o ouriço mais velho se distanciar aos poucos, caminhando de costas e parando a cinco metros. Fitou-me com uma expressão mais séria, dando a entender que iria me atacar. Tudo que pude fazer, foi erguer os braços como forma de defesa.

– Prepare-se, Silver... – engoli seco com estas palavras, ainda mantendo os braços erguidos.

 O ouriço de pele azul clara, avançou contra mim em uma velocidade bem alta, com a mão esquerda erguida em um punho fechado. Por puro instinto desviei para esquerda rapidamente, tendo um pouco de dificuldade em manter o equilíbrio devido aos pesos.

Ao me estabilizar, ele avançou novamente com um chute giratório mirando a cabeça. Novamente por puro instinto, deixei os pesos me levarem ao chão, caindo com a barriga para baixo e fazendo o ataque de meu tio passar de raspão.

– Meu Deus! – comento espantado, vendo Charles ficar próximo a mim rapidamente, com um olhar rígido. Rapidamente ele ergueu o pé direito, me fazendo rolar o mais rápido possível para longe. Me ergui rapidamente, o olhando ofegante.

– Não leve a mal, Silver. É pelo seu bem. Se não formos rígidos, você nunca se fortalecerá. – Comentou fechando os olhos, enquanto eu ofegava.

– Tudo bem, mas não iriamos treinar o domínio da Energia Caos, tio Chuck? – Mantive uma expressão duvidosa.

– Iremos sim. Mas é necessário que fortaleça o seu corpo primeiro.

– Por quê?

– Você tem um grande poder adormecido dentro de você. Por isso antes de liberarmos e treinar o seu domínio, vamos fortalecer o máximo possível o seu corpo para que possa lidar com tanta energia. – finalmente havia entendido a razão de um treino intenso.

Não posso me preocupar com isso, afinal, sem dor, sem ganho. Retomei uma postura mais firme e determinada. Eu não tenho nenhuma maestria em combate corpo-a-corpo por enquanto, mas improvisei uma postura colocando a perna direita na frente e a esquerda atrás, flexionando ambas e levantando meus braços, deixando o destro na frente com os dedos flexionados de forma suave, quase se fechando em um punho. O braço esquerdo o deixei próximo a cintura posicionando o punho. Movi um pouco para dentro a cintura, sem tirar o olhar de meu tio.

– Estou pronto! Podemos continuar!

– O parabenizo por tentar improvisar uma pose combativa. Mas ainda é insuficiente. – vi um sorriso leve de orgulho, estampar nos lábios dele.

Charles se posicionou novamente erguendo ambos os braços, até a altura do peito e mantendo a mão canhota erguida, com os dedos levemente dobrados e o braço posicionado na linha do peito. Já o braço destro estava erguido com o punho fechado, próximo ao queixo e os pés apontados para frente com os joelhos flexionados. Tomou uma expressão mais rígida, tencionando a avançar com um pouco mais de rapidez e sagacidade física que antes.

– Agradeço ao elogio, tio. – disse levemente empolgado.

– Mas não pense que eu pegarei leve. Este nem foi o começo. – não pude negar que senti um frio no estômago. Não era nem o começo? Estou começando a ficar assustado por dentro. Mas mantive a compostura determinada.

Ele correu em minha direção em uma velocidade inicialmente, possível de acompanhar. Mas aos poucos, ele aumentava a rapidez até chegar em um ponto, que era impossível de acompanhar. Por puro instinto, cruzei ambos os braços, defendendo o soco. O que provou ser uma defesa mal programada. Tudo que eu havia sentido, foi um chute no lado esquerdo com uma grande força, que me fez cair rolando para a direita com a dor na lateral da barriga.

– Isso doeu... – Sussurrei, rapidamente me erguendo com um pouco de dificuldade. Fitei meu instrutor, com uma expressão de cansaço e ofegante. Sentia um pouco de dor, no local atingido.

– Quer relaxar um pouco, garoto? – o vi relaxar a guarda, enquanto pousava as mãos na cintura com os dedos flexionados após perguntar.

– Acho que apenas um pouco. Só por alguns minutos... É que eu não estou apto a estes pesos. – respondi meio hesitante e forçando uma risada baixa. Ele poderia não gostar e reprovar essa minha vontade.

– Uhm... – suspirou convencido e me olhou com um breve sorriso. – Tudo bem, mas apenas desta vez, okay? Só alguns minutos e depois retomaremos o treinamento. – meu tio caminhou até uma pedra e eu o segui com um pouco de dificuldade por causa dos pesos. Ele se sentou na superfície da rocha e eu sentei ao seu lado respirando fundo.

– Bem pesado inicialmente. Mas eu estou gostando deste ritmo rápido, apesar de não acompanhar cem por cento. – disse olhando para os céus, vendo alguns pássaros voarem para o norte dos céus.

– É questão de costume, Silver. Em breve irá se adaptar. – o encarei de lado por uns instantes.

– Como pode ter certeza, tio? – perguntei entortando uma das sobrancelhas.

– Confio em seu potencial. Tenha fé em si mesmo que conseguirá. – fitou-me acenando de forma positiva com a cabeça.

– Certo, eu irei. Mas espero ser forte o bastante para enfrentar dificuldades futuras... – disse pousando as mãos em minhas pernas e apertando os punhos, mordendo o lábio inferior. Estava nervoso e com um pouco de medo.

– Vai dar tudo certo. Você está treinando para isso. – senti a mão do meu mestre, pousar sobre o meu ombro em uma tentativa de me tranquilizar, o que resultou um pouco. Mas ele tem razão. Estou treinando justamente para isso. Para proteger tudo que eu amo.

– Obrigado, tio. Agora vamos voltar ao treinamento! – levantei em um salto, caindo em pé no chão, com os joelhos flexionados. Mas no fim, acabei tendo dificuldade de me levantar e cai no chão de maneira engraçada. – Ouch... –sussurro caído no chão. Meu tio rapidamente veio até mim, ajudando a levantar e rindo um pouco junto comigo.

– Precisa ter mais cuidado,rapazinho. – lecionou-me bagunçando meus cabelos, o que me fez rir mais.

– Certo, certo, titio! – ele riu com o meu comentário, cutucando minha barriga, me fazendo rir ligeiramente.

- Esse garoto...

Após rirmos, ele ordenou que eu recuasse a cinco metros de distância e me preparasse para continuar o treinamento físico. Repeti a mesma posição de combate improvisada, o olhando com uma expressão firme.

– Aqui vou eu, garoto! – exclamou correndo em minha direção, a uma velocidade absurda. Desta vez, eu estava mais esperto e simplesmente movi o braço destro que estava na frente, o erguendo e assim bloqueando o soco.

Meu corpo correspondeu a adrenalina momentaneamente e tentei acerta-lo com um chute de esquerda, mirando a lateral direita do ouriço mais velho que estava desprotegida. Mas novamente, minha inexperiência me condenou. Com um simples movimento para a direita, ele conseguiu evitar o meu chute e segurar minha perna. Ainda mantive os braços levantados, em uma tentativa de resistência. Tomado pelo impulso, flexionei o joelho destro tomando impulso para realizar um salto e tentando atingir a cabeça de meu oponente. Mas ele apenas abaixou a cabeça, desviando efetivamente do chute, me fazendo cair no chão após soltar a perna imobilizada.

– Executou uma sequência de ataques assim mesmo imobilizado. Está melhorando. Você aprende rápido. – o vi sorrir de forma orgulhosa, enquanto me levantava com um pouco de dificuldade.

– Valeu. – respondi empolgado e rapidamente avançamos um contra o outro. Confesso que era dolorido mas era divertido, pois sentia que podia progredir cada vez mais e me fortalecer.

Passamos um longo tempo no treinamento físico. Eu estava me adaptando rapidamente. Conseguia defender os ataques do meu tio, assim como estava pegando o jeito de esquivar. Mesmo que repentino, meu corpo estava melhorando e acostumando-se com os pesos. Minha agilidade e rapidez, cresciam cada vez mais com isso. Estava tudo tranquilo.

Mas todo o momento de tranquilidade do nosso treinamento, acabou por ser atrapalhado por um barulho de explosão. Olhamos para o norte, onde era visível uma grande cortina de fumaça e a luminescência de um incêndio.

– Mas... Mas o que é isso!? – questionei assustado.

– É um ataque. – escutei o meu tio tendo uma expressão de medo e preocupação.

- Ataque!? - meu coração acelerou na hora, me fazendo levar a mão no peito - Tio Chuck, o que fazemos? 

- Apenas se esconda, Silver!

- Mas titi...

- Faça o que eu mandei agora!

Apenas o obedeci e procurei um esconderijo. O que significava tudo isso? Teria relação com o meu sonho ou as tais Chamas do Desastre? O que eu devo fazer?


Notas Finais


Algo de ruim aconteceu, o que será? Independente do que seja, este evento será a motivação para os treinos mais intensos de Silver.


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