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História Thunder - Back


Escrita por: Lostway7

Notas do Autor


Hey hey, como vocês estão?
Gostaria de agradecer pelos 29 favoritos e espero do fundo do meu coração que vocês estejam gostando da história.
Agora, sem mais papo, boa leitura!

Capítulo 13 - Back


Fanfic / Fanfiction Thunder - Back

Thunder: Back

 

- Taeyeon -

 

Abri meus olhos lentamente me acostumando com a claridade que atingia diretamente os meus olhos. Aos poucos eu fui me levantado e me senti um pouco perdida quando olhei ao meu redor.

Eu estava deitada no chão da minha sala, aos pés do meu sofá. Meu edredom cinza estava jogado de qualquer jeito um pouco afastado de mim e pelo barulho da TV eu soube que ela estava ligada. Assim que me sentei olhei para baixo ficando ainda mais confusa quando percebi que estava vestindo o meu pijama do Jack Skellington, presente dado por Jessica mas que eu nunca tinha usado, pelo menos não até aquele momento.

Me levantei devagar sentindo meu corpo pesar até demais e sentei no sofá. Um saco aberto de salgadinho estava na mesa e um copo vazio estava ao seu lado. Olhei para a TV e vi que passava algum desenho animado que eu não fazia ideia de qual era.

Passei minha mão por meu cabelo e suspirei. Provavelmente alguma personalidade apareceu, porque eu me lembro de estar resolvendo alguns assuntos em meu notebook no meu quarto, e de repente eu não me lembro de mais nada.

Pelas roupas dava pra notar que não era nenhuma das personalidades já conhecidas por mim. Yejun não parecia vestir esse tipo de pijama, Haneul seria uma boa opção, se eu não soubesse que ela prefere as próprias roupas, e Taehyun... É melhor nem comentar.

Me levantei no intuito de organizar as coisas, mas foi só eu pegar o cobertor em minhas mãos que ouvi meu celular tocar. Peguei o aparelho e ao ver o nome na tela um sorriso se fez presente em meu rosto.

— Ora se não é a minha paciente preferida?

Sorri ainda mais ao ouvir aquela voz que eu não ouvia há bastante tempo.

— Ora se não é a minha médica preferida?

Rimos levemente pela brincadeira.

— Oi Tae, como está?

— Bem, na medida do possível. — Respondi olhando ao meu redor. Quando abri a boca para devolver a pergunta, fui interrompida.

— Liguei pra avisar que eu cheguei hoje.

— Espera, você voltou? Por que não me avisou que estava voltando?

Ouvi a risada melódica do outro lado da linha. — Não tive tempo de avisar, sabe, sou uma pessoa muito ocupada. — Respondeu em tom de brincadeira.

— Fico feliz que tenha voltado, mas está tudo bem com a sua família?

— Está sim, não se preocupe. É exatamente por isso que eu estou voltando, afinal você também precisa de mim.

Suspirei.

— Realmente, as coisas andam... Como eu posso dizer... Agitadas. — Um pequeno filme se passou em minha cabeça com os últimos acontecimentos enquanto eu levava meu cobertor de volta para o meu quarto.

— Sério? Devo me preocupar?

— Por um lado sim e por outro não. 

— Hm... Sinto que várias coisas aconteceram na sua vida enquanto estive fora, senhorita Kim.

— Você nem faz ideia...

Ficamos em silêncio por alguns segundos. — Bom, eu até diria que quero te ver hoje, porém estou cansada e necessitada de um banho, então eu quero você no meu consultório amanhã, sem falta e sem atrasos.

Não deixei de rir das ordens da médica.

— Sim senhora, e eu nunca me atraso, tá? 

— Kim Taeyeon, da última vez você se atrasou quinze minutos, QUINZE MINUTOS, KIM TAEYEON! — Não segurei o riso, ela realmente odeia atrasos. — Espero que isso não aconteça amanhã, fui clara?

— Mais clara impossível. — Rimos juntas. — Bom descanso e até amanhã.

Nos despedimos e eu coloquei o celular em cima da minha cama. Eu ainda estava intrigada com quem teria aparecido dessa vez, mas pelo visto, mais uma vez, eu teria que esperar pela boa vontade de Haneul de me explicar o que está acontecendo.

Era complicado, porque mesmo que Haneul fosse uma boa garota e a que menos me trouxesse problemas, ela ainda era um tanto difícil de lidar, justamente por ela saber demais e tanto eu quanto Taehyun estarmos em suas mãos, e, às vezes, ela se aproveitava disso.

Estava perdida em pensamentos quando senti algo grudar em meu pé descalço. Era um post-it amarelo e tinha algo escrito nele com um rostinho piscando um olho ao lado da frase.

"Sinto muito unnie, dessa vez você terá que entender as coisas sozinha, espero que consiga"

Pela letra eu pude identificar que foi Haneul quem escreveu e isso me fez estreitar os olhos incrédula.

Kang Haneul, sua provocadorazinha de quinta.

 

--------------

 

Como Sunny havia me pedido — lê-se mandado — eu vim até seu consultório sem falta e com dez minutos de antecedência, só para garantir que não levaria bronca da mais velha.

Sunny é a psiquiatra que acompanhava meu transtorno desde os meus quinze anos, quando fui à procura de um médico. Com o tempo ela foi se tornando mais do que apenas a minha médica, mas também uma amiga; às vezes era ela quem eu procurava para conversar ou apenas tomar um café junto quando eu estou com a cabeça cheia e vice-versa. Ela havia se tornado alguém importante pra mim, com seu cuidado e palavras de apoio quando eu chegava em seu consultório aos prantos por algum motivo, ela foi conquistando um espaço em meu coração.

Entretanto, no começo do ano retrasado, ela precisou voltar para o interior para cuidar de seus pais que estavam doentes e com alguns problemas e, por causa disso, ela precisou se ausentar e eu precisei lidar comigo mesma sozinha, pois sabia que não encontraria um médico que aceitasse o meu caso.

Escutei meu nome ser chamado e me dirigi para a sala dela. Sunny me esperava do lado de fora de sua sala com as mãos nos bolsos de seu jaleco, o óculos de armação clara em seu rosto e um leve sorriso em seus lábios.

— Estou orgulhosa de você. — Ela me provocou assim que eu a abracei.

— Eu não poderia arriscar levar um esporro seu logo de primeira. — Sunny deu um leve aperto em meu tronco antes de quebrar nosso contato e indicar com cabeça para dentro da sala.

Me sentei em frente à mesa da médica assim que ela fechou a porta e ela foi em direção à sua cadeira se sentando logo depois.

— Me conte como andam as coisas com as meninas. 

Me encostei na cadeira tentando organizar meus pensamentos. — Com Taehyun está do mesmo jeito, se não pior e com Haneul está tudo bem. — Comentei e recebi o silêncio em troca, isso era um sinal de que ela queria mais detalhes.

— Taehyun vem aparecendo com mais frequência do que antes, até parece que nós revezamos os dias em que vamos aparecer, e Haneul está começando a aparecer com mais frequência também. — Vi Sunny concordar com a cabeça e ela se encostar em sua cadeira com a expressão séria.

— Alguma novidade?

Engoli em seco. — Outra personalidade apareceu, quer dizer... Mais de uma. — Completei me lembrando do que tinha acontecido no dia anterior.

Sunny me encarou em um misto de preocupação e surpresa.

— Interessante... Durante todos esse anos nenhuma outra personalidade tinha aparecido além de Haneul e Taehyun, meio curioso que apareçam só agora, não? — Concordei com a mais velha.

Por anos eu só precisei lidar com duas pessoas dentro de mim e agora parece que as coisas irão mudar, eu só não sei até que ponto isso é bom.

— Me fale sobre as novas personalidades, por favor. — Sunny começou a anotar rapidamente algumas coisas em uma folha.

— O primeiro é Nam Yejun, segundo Namjoon, ele é um homem despreocupado, um tanto engraçado e com leves tendências destrutivas. Ele produz bombas caseiras também. — Fiz uma careta com o final, me lembrando do quão assustada eu tinha ficado ao escutar o relato de meu secretário.

Sunny riu antes de anotar mais algumas coisas em sua folha. Ela já não se impressionava mais com certas coisas sobre as personalidades. — E a outra personalidade?

Molhei os lábios com a língua pensando em como a descreveria, afinal eu não sabia mais do que tinha presenciado no dia anterior.

— Eu não sei ao certo como descrevê-la... — Fiz uma pausa. — Ontem eu acordei no chão da minha sala, vestida com um pijama que ganhei de Jessica, com o meu cobertor jogado aos meus pés e com a TV ligada em um canal de desenhos. 

A médica a minha frente anotou mais algumas coisas e tirou seus óculos antes de me encarar.

— Por enquanto nós temos que esperar uma nova aparição dessa personalidade, até lá não temos muito o que fazer. — Ela fez uma pausa para pensar. — Nam Yejun, certo? Ele é agressivo?

Neguei com a cabeça. — Namjoon disse que não.

— Em que situação ele apareceu exatamente?

Respirei fundo antes de responder. — Jessica e Tiffany foram sequestradas, eu pedi que Namjoon me batesse no intuito de acordar Taehyun através de minhas emoções para ir ajudar elas, mas ao invés de Taehyun, veio Yejun. — Relatei e Sunny franziu a testa.

— Quem é Tiffany, Taeyeon? — Perguntou ignorando quase tudo que eu tinha falado.

Sunny encarou diretamente meus olhos. Não consegui sustentá-los, e acabei desviando meu olhar logo depois.

— U-uma amiga. — Fiquei desconfortável com a intensidade do olhar da médica em cima de mim.

Sunny apoiou as duas mãos em cima da mesa sem desviar seus olhos de mim.

— Você disse que Taehyun começou a aparecer com mais frequência, você sabe qual o motivo disso?

Sim, Taehyun só aparecia nessa frequência quando queria algo ou tinha um motivo muito bom. Como por exemplo, quando minha avó fez a proposta de emprego para mim. Taehyun não queria que eu aceitasse tal proposta de jeito nenhum, e por isso, começou a aparecer quase toda hora e sempre dava um jeito de arrumar problemas pra mim.

— Acredito que Tiffany seja o motivo. — Respondi a contra gosto.

A mulher a minha frente passou a mão pelo rosto suspirando pesadamente. Eu entendia a preocupação dela, envolver mais pessoas nessa situação nunca era bom.

— E por que acha isso?

— Desde quando eu conheci Tiffany, Taehyun tentava aparecer, depois de algum tempo conseguindo me controlar, eu precisei deixá-la sair. Nisso, Taehyun acabou conhecendo Tiffany e após o encontro das duas ela vive aparecendo, e sempre vai atrás dela.

Sunny fez mais algumas anotações antes de me encarar novamente.

— Algo relacionado a essa mulher está motivando Taehyun a ficar mais ativa. — A médica começou a bater a ponta de sua caneta na mesa. — Você sabe que dependendo do quão motivada ela está, ela pode ficar cada vez mais forte, não sabe?

— Sei bem disso. — Sussurrei.

— Temos que tomar cuidado com ela e com as novas personalidades, as motivações de uma podem ser as motivações de outras, então fique com os dois olhos bem abertos. — Concordei com a cabeça. — E Haneul?

— Resolveu começar a me provocar. — A médica riu levemente espantando o clima pesado entre nós. — Mas de resto está tudo bem, só teve um episódio estranho que aconteceu.

— Prossiga.

— Haneul acordou em um dos quartos do andar subterrâneo da minha casa, o problema é que o quarto não tem luz e ela estava sozinha. — Sunny me encarou preocupada e eu sorri para tranquiliza-la. — Por sorte ela estava com meu celular e ligou para Tiffany pedindo ajuda.

Um brilho diferente tomou conta dos olhos da mais velha com a menção do nome da morena e ela levou sua mão para seu queixo sorrindo.

— Pelo visto as personalidades gostam bastante dessa tal Tiffany... — Senti a provocação indireta da médica e ergui uma sobrancelha.

— O que quer dizer, doutora Lee Soonkyu? — Olhei ameaçadora para ela.

— Taehyun parece gostar bastante também... Acha que isso pode significar alguma coisa?

— Yah! Pare com isso! — A repreendi e recebi um sorriso debochado em troca.

 

------------

 

Fiquei mais alguns minutos na sala da Sunny e depois de me despedir eu fui embora. Não quis ir direto para a minha casa, então fui caminhar um pouco pelos arredores antes de voltar para casa. Não era tarde, então as ruas estavam consideravelmente cheias, mas nada que fizesse o caminho ficar abarrotado de pessoas. A temperatura não estava nem muito quente e nem muito fria, bem do jeito que eu gostava. Caminhei devagar por alguns minutos, fazia um tempo que eu não saia para tomar um ar fresco e ver pessoas e isso me fazia falta.

Não demorei a voltar para casa, e assim que cheguei eu já fui me livrando dos meus sapatos e da blusa de frio fina que eu usava. Liguei a TV e fui em direção à cozinha pegar alguma coisa para comer. Quando fui pegar o saco de salgadinho aberto para acompanhar o suco de uva senti que algo estava preso ao saco.

Peguei o saco e fiquei perdida quando vi uma folha sulfite grudada no saco por um pedaço de fita crepe. Desgrudei a folha com cuidado para não rasgar e logo entendi que se tratava de um desenho. Os traços eram semelhantes aos de uma criança, e ao forçar um pouco minha cabeça para tentar identificar qual desenho era, senti a mesma doer.

Fiquei encarando a folha em minhas mãos e pensando em qual desenho seria àquele, o porquê de ele estar grudado no saco de salgadinho e em como ele foi parar ali. Mais ou menos cinco minutos depois eu me lembrei que personagem era àquele e não consegui conter o nó de se formar em minha garganta.

 

 


Notas Finais


Como estamos?
Até a próxima att e vão lá dar uma olhada em Peek-A-Book que é mais um hino de Red Velvet bye bye


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