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História Tied (Jikook) - Capítulo 38


Escrita por: LinaJikook

Capítulo 38 - Capítulo 38


Fanfic / Fanfiction Tied (Jikook) - Capítulo 38

Jimin.

— Amor, você precisa acordar, se dormir muito agora, não conseguirá dormir à noite! — Jeon beija meu pescoço acariciando a minha barriga.

Já faz algum tempo que estou acordado, por ele dormir de conchinha, com a mão sobre a minha barriga, qualquer movimento que ele faça, os bebês se agitam e eu acabo acordando.

Não sei explicar bem o porquê, mas às vezes sinto um medo muito grande de ser abandonado por ele. Toda vez que ele se afasta um pouco de mim durante a noite eu tenho essa sensação. Não sei dizer se é pelo que vivi no início, que me causou esse trauma, ou se a sensação vem dos bebês... Será que eu posso ter passado para eles esse medo?

— Estou acordado... — toco em sua mão que está apoiada sobre minha barriga — Estava pensando que amanhã, provavelmente a esta hora estarei com nossos filhos nos braços, estou tão ansioso para ver o rostinho deles...

Jeon esfrega meu ombro em silêncio, num carinho de conforto muito gostoso, que mostra que ele está tão ansioso quanto eu, mas precisa manter a calma para me tranquilizar.

— Também não vejo a hora de poder pegá-los nos meus braços... — Jeon senta-se ao meu lado levando sua mão aos meus cabelos — Ao mesmo tempo me preocupo, por saber que será um período bastante difícil para você. Pelo que aprendi nesse tempo que estamos juntos, sei que você é muito independente, mesmo sendo algo muito bom, às vezes pode ser prejudicial, então, desde já eu te peço, aceite a nossa ajuda, para que esse período não seja tão exaustivo para você, meu amor. Principalmente por serem três bebês ao mesmo tempo, não tente fazer tudo sozinho achando que irá incomodar ou atrapalhar nosso sono.

— Tá bom, eu prometo pedir ajuda quando eu achar que não darei conta — Jeon me ajuda a sentar após arrumar os travesseiros na cabeceira da cama.

— É claro que não irei esperar você me pedir ajuda... — meu marido coloca meus pés em seu colo iniciando uma massagem — Estou te pedindo que me permita te ajudar, e isso não quer dizer que irei esperar você me chamar. Eu me lembro quando os meus irmãos eram bebês, do quanto meu pai ficava exausto, tanto que sempre que podia, trazia os bebês para cá, pra minha avó ajudá-lo, ou até mesmo poder dormir um pouco. A Frida deixava meu pai cuidar deles sozinho, somente com a ajuda das babás, dizia que não tinha muito jeito com bebês novinhos. Na verdade, aquela ali nunca foi mãe de ninguém.

— Eu tenho certeza que a vovó e minha mãe ficarão grudadinhas neles, talvez eu tenha que brigar com elas para cuidar deles — digo sorrindo para amenizar a lembrança ruim que meu marido acabou de ter — E pelo que você acabou de afirmar, seu pai também será outro grudinho com os bebês.

— Não tenha dúvidas, ele está muito feliz! — Jeon sorri — Ontem ele me chamou até o escritório para conversar, não queria te incomodar, por isso ele ainda não esteve aqui no quarto, tem medo de você ainda estar magoado com o que ele disse. Até peço desculpas por ter tomado a liberdade de dizer a ele que você não está chateado, que não guarda mágoas — Jeon coça a cabeça ao terminar a frase, parecendo sem graça me fazendo sorrir.

— Não há porque se desculpar, eu realmente não guardo mágoas, é passado e ele já me pediu desculpas por isso! — ouço batidas na porta do quarto e Jeon se levanta para atender.

— Desculpe-me se acordei vocês! — ouço minha mãe dizer.

— Não estávamos dormindo... — estico minha mão chamando ela pra mais pertinho de mim — Acordamos faz pouco tempo, meu marido estava fazendo uma massagem nos meus pés enquanto conversávamos sobre os bebês!

— Estávamos falando sobre a necessidade que ele terá de ajuda, que é para ele nos permitir ajudá-lo — Jeon comenta e minha mãe concorda — Então, aproveitei para deixar claro que não é para ele fazer tudo sozinho...

— Se um bebê é complicado, imagine três ao mesmo tempo? — minha mãe senta-se ao meu lado e eu deito minha cabeça em seu ombro sentindo seu cheiro gostoso — Você foi abençoado com uma família que te ama, então, trate de aceitar ajuda, aliás, eu tenho certeza que você ficará tão cansado que qualquer ajuda será muito bem-vinda! — minha mãe dá risadas — Eu só tinha você, e posso dizer que não foi nada fácil, eu parecia um panda nos primeiros meses, por você acordar diversas vezes durante a noite, tanto que eu optei por deixá-lo dormir na minha cama, e assim foi até você ter idade para dormir sozinho.

— Uma boa ideia, podemos comprar aqueles bercinhos menores e deixar aqui em nosso quarto, pelo menos nos primeiros meses, quando eles acordam mais vezes para mamar... — Jeon vai até a escrivaninha e pega seu notebook, sentando na cama em seguida — Vou encomendar agora mesmo, você sabe o nome desses bercinhos?

Entramos numa busca dos bercinhos, até encontrarmos um site que pode fazer a entrega para o dia seguinte.

— Vou aproveitar que sua mãe está aqui e vou lá embaixo buscar o seu lanchinho! — Jeon sela meus lábios — Pra não ficar tarde, já que depois do jantar você não poderá comer mais nada.

— Obrigado! — Jeon sai e minha mãe volta a sentar ao meu lado — Agora que estamos sozinhos me conta, que carinha triste é essa? E nem me venha com historinhas que eu te conheço muito bem...

— Eu estive com o seu pai essa semana... — minha mãe comenta parecendo bastante chateada — Tivemos mais um desentendimento por causa das atitudes dele. Você acredita que ele já tendo um relacionamento nos convidou para morarmos na Alemanha com ele dizendo que faria alguns ajustes?

— Como assim? — questiono numa mistura de surpreso e indignado — Me explica isso direito!

— Ele me convidou para almoçarmos juntos, então pensei que ele fosse falar sobre assumir a paternidade ou algo referente a você, mas ele me surpreendeu com esse absurdo. Como ele teve coragem de me propor algo tão ultrajante?  — sua voz fica embargada e eu seguro suas mãos na tentativa de acalmá-la — Me propor ser sua amante, como se tudo o que aconteceu não tivesse sido humilhação o suficiente. Eu fiquei tão indignada que cortei qualquer possibilidade de um diálogo futuro. Sobre a casa e a empresa, eu disse que ele deveria vir falar pessoalmente com você, e que eu tinha certeza, que assim como eu, você não aceitaria qualquer coisa vinda dele...

— Que absurdo mãe, ele foi muito desrespeitoso com a senhora! — puxo ela para um abraço —Vivemos muito bem sem qualquer ajuda dele e a senhora nunca deixou faltar nada pra mim. Com quem ele pensa que está falando, com a Frida?

— Ouvindo ele falar, me fez lembrar muita coisa, principalmente o jeito que ele me tratava... — ela me olha e eu faço um carinho secando suas lágrimas — Eu fiquei com tanta raiva que falei tudo que estava engasgado, não quero mais qualquer contato com ele, inclusive já bloqueei o número dele no meu celular.

— Agora eu entendo o motivo da senhora nunca ter falado sobre ele — minha mãe abaixa a cabeça triste — Se não te respeita, não me terá como filho, ele que faça bom proveito dos bens dele.

— O que houve? — Jeon entra no quarto trazendo uma bandeja com frutas picadas e me entrega — Por que a senhora está chorando?

— Ela só está chateada com uma proposta indecente que o Sr. Bianchi fez... — pego um pedaço de maçã e  dou uma mordida — Ele que nem se atreva a querer se aproximar de nós novamente.

— Sr. Bianchi não é o seu pai? — Jeon me olha parecendo confuso.

— Eu nunca tive um pai... — dou de ombros — Principalmente se esse homem é desrespeitoso com minha mãe, jamais me ouvirá chamá-lo de pai.

Minha mãe conta a história para ele, acrescentando algumas coisas que me deixou ainda mais decepcionado com o Sr. Bianchi.

Depois do jantar, estou recebendo mais uma massagem nos pés, quando o quarto é invadido pela vovó.

— Olha quem acabou de chegar! — vovó está acompanhada do Tae e Hoseok.

— Que bom ver vocês dois! — abraço meus amigos do jeito que dá — Pensei que não viriam!

— Que barriga linda e enorme, você está muito fofo, Jimin!— Tae aperta minhas bochechas — Eu vim especialmente para assistir ao seu parto, eu não poderia perder o nascimento dos meus afilhados por nada nesse mundo, fiquei muito feliz quando o meu pai me ligou avisando a data marcada, mas por causa da faculdade, só deu pra virmos agora, mas chegamos a tempo

— Ainda bem que eu consegui alguém para tomar conta das lanchonetes, o Tae estava quase arrancando os cabelos de ansiedade e saudades de você! — Hoseok comenta sorridente — Você conhece o drama que ele faz quando quer alguma coisa...

— Sei bem como é, Hollywood está perdendo um grande ator! — Jeon se aproxima e me abraça, sorrindo para o Tae — Isso mostra que você não mudou nadinha!

— Ei, eu não sou dramático! — Tae se defende — Só uso meu jeitinho fofo para conseguir o que eu quero. Vou deixar você descansar agora, mas te encontro na sala de parto amanhã!

— Me sinto muito feliz em saber que terei sua companhia durante o parto — Tae beija minha testa sorridente — Eu estava morrendo de saudades de vocês, principalmente das comidinhas gostosas...

— Eu prometo que farei um banquete assim que você puder voltar a comer normalmente! — Hoseok diz sorridente e eu comemoro — Ficaremos aqui por duas semanas, por isso foi complicado deixar Manhattan.

— Vamos amor, amanhã terei que ir para o hospital bem cedinho — Tae estende a mão para o noivo — Nem acredito que amanhã veremos os bebês, estou tão ansioso que será complicado pegar no sono esta noite.

Após todos saírem do quarto, Jeon me ajuda a me deitar na cama, cuidando para que eu fique bem confortável, pra só depois de aconchegar de conchinha, como sempre com sua mão apoiada sobre minha barriga.

Agora sim, estou confortável de verdade!

Eu adoro quando ele se aconchega em mim, cheirando meu pescoço pra só depois deixar um beijinho.

Eu tenho certeza de que não conseguirei mais dormir sem seu toque e a temperatura gostosa da sua pele me aquecendo. O que me faz lembrar o dia em que fizemos amor de forma tão suave, mas tão prazeroso que posso classificar como o melhor dia da minha vida.

Só a lembrança faz um sorriso bobo enfeitar meu rosto.

A família Jeon está na sala de espera ao lado da minha mãe, tentando acalmá-la.

Ao deixar o quarto do hospital sendo encaminhado para o centro cirúrgico, tenho certeza que ela ficou chorando, mesmo com aquela imagem de mulher forte e independente, minha mãe é muito emotiva, mais uma coisa que puxei da sua personalidade.

— Seu marido já está se arrumando para ficar ao seu lado — Dr. Kim diz assim que entra na sala — Agora eu vou te colocar na posição para receber a anestesia, é só ficar calmo que dará tudo certo, daqui a pouquinho você estará com seus filhos nos braços.

Sorrio esperançoso, fico perdido em pensamentos, olhando para aquelas paredes brancas tentando imaginar a cena.

Talvez pela felicidade de saber que meus filhos logo estarão aqui, me sinto tão tranquilo que tudo acontece naturalmente.

Meu marido senta ao meu lado, está usando uma roupa especial, como a dos médicos, touca, luva e máscara, só seus lindos olhos estão à mostra, deixando evidente sua felicidade pelo tanto que brilham.

— Já vamos começar... — Taehyung se aproxima fazendo um carinho em meu braço — A partir de agora você não poderá falar, tá bom?

Sorrio em resposta por estar emocionado, tentando a todo custo não chorar.

— Te amo! — Jeon sussurra em meu ouvido — Muito obrigado por me fazer o homem mais feliz do mundo!

Ele começa a cantarolar bem baixinho, me distraindo do que acontece do outro lado da cortina que me impede de enxergar os médicos.

Sua cabeça apoiada ao lado da minha, me olhando nos olhos enquanto canta a nossa música, como ele mesmo diz. Sua mão toca suavemente meu rosto colhendo as lágrimas que escorrem

São tantos sentimentos bons misturados, que nem sei dizer qual é o maior neste momento, talvez a palavra felicidade não seja grande o suficiente para descrever meus sentimentos...

Amor, essa sim, conseguiria explicar o que sinto agora.

Um pequeno resmungo seguido de um choro preenche todo o ambiente e o perfume de maracujá invade minhas narinas me dizendo que meu menino alfa acabou de nascer.

— Seongyoon... — Jeon diz com um sorriso na voz enquanto me olha — Jeon Seongyoon!

Logo em seguida meu marido aponta com o queixo e eu me viro para olhar um dos médicos trazendo meu filho nos braços todo enroladinho em um lençol azul.

— Olha seu filho, ele é enorme, um alfa muito forte! — o médico aproxima o bebê, me deixando encantado. Seus olhos como duas jaboticabas, os cabelinhos negros e fartos todo espetadinhos... A coisinha mais linda que eu já vi em toda minha vida.

— Ele é lindo amor! — Jeon diz tocando sua mãozinha que agarra seu dedo com força, fazendo meu marido dar risadas — Olha que menino mais forte!

Enquanto isso outro chorinho preencher o lugar, o cheiro gostoso de lima mentolado é o que sentimos agora.

— Jeon Jennie! — o alfa diz orgulhoso enquanto observa os médicos além da cortina — Outro bebê cabeludinho amor, os dois são muito parecidos...

Outro médico se aproxima, trazendo Jennie e eu fico encantada, mesmo ela se parecendo muito com o irmão, seus lábios são como os meus, inclusive ela faz um biquinho muito fofo antes de chorar.

— Uma alfinha linda! — o médico diz pouco antes de levá-la.

Fico observando os médicos ainda no centro cirúrgico medindo e pesando os bebês enquanto o pediatra anota as informações no prontuário com seus nomes que foram passados para eles com antecedência pela vovó.

— Vamos rápido...— ouço sussurros de um dos médicos em seguida vejo o pediatra se afastar com meu bebê nos braços, deitando ele em uma das macas fazendo uma massagem em seu peito, me desespero ao ver a cena me sentindo impotente diante da situação.

— O que houve? — Jeon questiona apavorado.

Fecho meus olhos, por um segundo pedindo socorro para a mãe lua e neste momento um choro explode me fazendo chorar de alegria ao sentir o cheirinho gostoso de chocolate com framboesas do meu ômega.

— Jeon Kai! — meu marido diz com a voz embargada enquanto ri e chora ao mesmo tempo.

— Jimin, seu bebê ômega! — o médico se aproxima, deitando seu corpinho sobre o meu para que meu cheiro o acalme — O Kai é muito pequeno, por ser um ômega que foi gerado entre dois alfas ele precisará de mais atenção dos médicos, ele terá que ficar na incubadora por alguns dias recebendo bastante nutrientes...

— Acredito que o meu calor, o leite materno e o nosso carinho serão suficientes para mantê-lo bem — Jeon diz acaricando os cabelinhos do bebezinho — Não sou médico, eu sei disso, mas meu instinto me diz para não afastar os bebês de nós dois, nem que pra isso seja necessário que montar um berçário dentro do quarto que ocuparemos no hospital.

— Sim senhor! — o pediatra faz uma reverência — Enquanto os outros pediatras examinam os bebês eu mesmo cuidarei da montagem do berçário no quarto de vocês.

O pediatra se afasta levando o Kai e o entrega nas mãos do outro médico o instruindo para que nenhum dos bebês deixe o centro cirúrgico.

— O que está acontecendo? — Taehyung se aproxima parecendo preocupado — Qual o motivo de não permitir que os bebês deixem o centro cirúrgico?

— Eu tenho medo de ter alguém da Frida ainda trabalhando aqui no hospital — Jeon explica — Eu não quero me afastar dos bebês, nem do Jimin, então pedi que arrumassem tudo no quarto que ocuparemos.

— Entendi, eu os levarei para o berçário para os cuidados necessários e não sairei de perto deles nem por um minuto, eu prometo! — Tae faz um carinho em meu rosto — O Kai realmente precisa ir para a incubadora, até que tudo fique pronto.

— Tudo bem... — Jeon cede por precaução — Peça para o seu pai Namjoon cuidar pessoalmente da equipe que estará arrumando o berçário em nosso quarto!

Taehyung balança a cabeça concordando e se afasta deixando o centro cirúrgico com os pediatras que estão com os bebês.













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