Mostrei para o taxista o endereço que Sasuke tinha mandado por mensagem e fomos até lá em dez minutos, não era muito longe. Ele morava em um prédio numa das avenidas principais daquela área, décimo andar do lado direito. Arrumei meu cabelo me olhando no espelho do elevador e as portas se abriram, o apartamento dele era ali ao lado.
Claro que ele suspeitaria de alguma coisa, pelo amor de Deus, tinha um balão amarelo atado na fechadura e dava pra ouvir as risadas estrondosas de Naruto antes mesmo de chegar. Eu também sairia correndo daquilo, provavelmente.
Toquei a campainha e ele se calou na hora, logo veio abrir e suspirou com os ombros frouxos quando viu que era só eu.
– Podem sair a acender as luzes, é só a Sakura.
Eu entrei e Ino e Hinata saíram do esconderijo resmungando e acendendo as luzes, me mostrando uma sala bem decorada com tons de vermelho e sem nenhum toque pessoal chamativo, tipo quadros com fotos ou vasos de flores, só a mesa de jantar com balões, chapéus de papel, bolo e um monte de coisa fofa colorida dizendo Feliz Aniversário, que eu sabia ter sido obra da Hinata. O lugar todo tinha cheiro de Sasuke com se ele estivesse ali mesmo.
Credo, estava sufocante até pra mim, que não sou tão escrota quanto ele.
– Cadê aquele merda? – gritou Naruto. – Não é possível que ele não venha pra casa.
– Vocês são óbvios demais. Se ele veio pra cá e viu o balão, deve ter fugido mesmo.
– Porra, Sakura! Liga pra ele e diz que tá aqui!
– Ele é seu amigo, não meu. Além de que ele mal usa a merda do celular.
– Porra, não acredito que fizemos tudo a toa. Até arrumei essas merdas – ele apontou pra a bagunça de Sasuke jogada em um dos sofás de um lugar, tipo papéis rabiscados, um lençol e casaco.
– Ah, Naruto, foda-se. Posso ir pra casa? Tenho séries pra ver.
– Não vai nem comer, Sakura? Compramos tantas coisas… – disse Hinata, usando seus olhos grandes de gato abandonado pra me convencer.
– Posso levar?
Ela suspirou e levantou, então cortou uma fatia gorda de bolo, colocou uns salgados e Naruto foi buscar uma tigela de vidro - que eu não ia devolver - pra embrulhar e me dar.
– Obrigada. Eu estou indo agora, ok?
– Ainda não achei o banheiro. Quantas portas isso aqui tem?
Eu olhei pra o corredor e Gaara estava ali, pleno com seu cabelo vermelhíssimo e aquele jeito rebelde patético que, de alguma forma, Ino achava atraente. Olhei pra ela sorrindo e ela já sabia o que eu ia dizer, por isso colocou o dedo nos lábios como um sinal pra eu ficar quieta.
Naruto abriu a porta e me levou até ao elevador. Parecia chateado, mas ele provavelmente sabia o que esperar, sendo amigo de Sasuke há anos.
– Tem certeza que não sabe onde Sasuke está?
– Naruto, ele não é meu amigo e a gente não se fala quando não estamos perto um do outro.
O elevador chegou com um tilintar e as portas de metal se abriram. Eu estava aliviada que sairia logo dali, apenas.
– Ok, eu vou continuar a ligar pra ele, mesmo que dê caixa postal. Uma hora ele vai ter que voltar pra casa.
– Se acabar rolando festa me liguem.
– Tá bom. E fecha bem essa tigelinha.
– Tchau. – Sorri.
Respirei fundo e atravessei pra parar um táxi e ir voando de volta pra casa. Percebi que estava sendo escrota com eles, principalmente com Naruto, mas também não ia fazer Sasuke aparecer lá contra a vontade dele. Ninguém conseguiria fazer isso. Se ele fosse pego na surpresa, provavelmente fugiria pra outro lugar da mesma forma, nada que eu pudesse de fato ajudar.
Quando eu cheguei, ele estava deitado de barriga pra cima no sofá, só de calça e meias com um travesseiro no rosto e roncando levemente, a TV ainda ligada. Tranquei a porta sem fazer muito barulho, pousei a tigela na mesa de centro e comecei a tirar o tênis, blusa e sutiã. Prendi meu cabelo em um coque e fui ajoelhada pra perto dele, abaixei a cabeça e dei um beijo estalado na sua barriga. Ele não acordou, mas moveu o braço.
– Sasuke, acorda, porra! – Fiz um caminho de saliva com beijos desde seu umbigo até ao peito, afastei o travesseiro e mordi o queixo dele.
Sasuke sorriu, esfregou os olhos e se curvou pra me beijar brevemente.
– A festa?
– Naruto está tentando te ligar mas diz que só dá caixa postal, ele tá puto. Você deve saber... – falei, abrindo o zíper da calça dele e massageando seu pau devagar por cima da cueca. Sasuke suspirou e apertou a mão por cima da minha. – Tem bolo e balões, é coisa séria.
– Foda-se, ele sabe que odeio essas merdas dele e não é a primeira vez.
Ele me ajudou a tirar seu pau pra fora da cueca e eu me arrastei nos joelhos até ali, meti na boca e comecei a chupar com longas sugadas olhando pra ele. Em poucos segundos movendo a boca pra frente e pra trás, ele estava duro e começando a gemer e apertar o coque do meu cabelo, me fazendo engolir todo seu pau e engasgar.
– Caralho... – moveu o quadril pra cima e entrou completamente na minha boca – Tudo que eu precisava hoje é dessa sua boca me chupando assim.
Sorri com a boca ocupada por ele e o massageei com a língua.
Sasuke puxou meu cabelo e eu respirei fundo atrás de ar enquanto lambia os lábios, ele me colocou perto do seu rosto, nos beijamos e senti sua mão descer pra acariciar meus mamilos, um de cada vez, puxando entre dedos me fazendo suspirar.
Me separei dele por um momento e, devagar, por baixo do seu olhar atento, aquelas duas bolas escuras enormes envoltas em pálpebras e cílios grossos, abri o zíper e o botão da minha jeans, escorreguei-a pra baixo revelando as coxas, tirei cada perna de dentro do tecido pesado e o deixei ver que estava sem calcinha quando toquei na minha própria pele com os dedos, acariciando as coxas, apertando a bunda e subindo pra beliscar os mamilos.
Ele sorriu com o lábio inferior preso entre os dentes e me chamou mais pra perto, me ajudou a sentar no seu colo, se ajustou com um travesseiro no pescoço e colocou as duas mãos pressionadas em minhas costas pra eu me curvar e lhe beijar, enquanto eu procurei seu pau pra sentar por cima e começar a me esfregar devagar, rebolando a cintura pra frente e pra trás sentindo as coxas e mãos tremerem de ansiedade e minha boca se abrir mais no beijo pra que ele enfiasse a língua entre meus lábios.
– Senta devagar. – Acenei que sim, sorrindo, e ergui meu quadril pra me posicionar por cima da cabeça do pau dele, então sentei devagar, meus olhos se fecharam e os mamilos arrepiaram contra a pele dele enquanto eu apoiava as palmas no seu peito e curvava a coluna pra me empinar mais.
Entrou lentamente em mim, todo o comprimento escorregou pelo molhado das minhas paredes internas e comecei a rebolar em círculos, aproveitando que meu clitóris podia sentir a fricção da sua pele sempre que eu me mexia com ele todo dentro de mim.
Sasuke fechou os olhos e esticou um braço pra colocar uma mão no meu peito e outra apertando minha bunda e deu um tapa forte e ecoante. Não parei de mexer a cintura, abaixei pra nos beijarmos de novo e ele esfregou o indicador na outra entrada, o que me fez gemer na boca dele e morder seu lábio. Parei e ele enfiou devagar, começou a foder com lentidão, enfiando com alguma dificuldade por conta da posição e de ser muito apertado, e eu sentia minha buceta se contrair e comecei a gemer cada vez mais alto.
Estiquei mais meus braços e olhei sobre o ombro como minha bunda ia contra ele e a carne toda estremecia, como ele forçava o indicador pra dentro de mim, minhas unhas o arranharam e mordi meus lábios prendendo a satisfação em forma de grito ou gemido que eu queria soltar. Ele sabia que anal tinha passado a ser um fator misteriosamente agradável pra mim e não perdia a chance de foder aquela entrada apertada, nem que fosse com o dedo, como estava fazendo.
Meu baixo ventre se encheu de uma leveza quente e pulsei pelos dois buracos.
Tirou o dedo e usou as duas mãos, enormes e frias, segurando minha bunda, me abrindo e me ajudando a sentar o colocando mais fundo até que doesse dentro de mim e tivesse uma breve sensação passageira de que iria gozar.
Não estava mais controlando meu corpo, subia e descia com movimentos rápidos e precisos, ele tirou as mãos da minha bunda e as colocou por cima das minhas, que estavam usando seu peito como apoio. Nos olhamos nos olhos enquanto eu o fodia ao meu ritmo, às vezes depressa e às vezes me esfregando nele pra sentir o prazer do meu clitóris tocando sua pele, me curvava pra nos beijarmos e, quando fosse levantar pra voltar à posição inicial, ele prendia meu mamilo na boca e chupava, segurando um dos meus braços pra que eu me mantivesse naquela mesma posição até que achasse suficiente.
Meus joelhos se afundaram no sofá, ele estava erguendo instintivamente o quadril pra cima enquanto beijava meu mamilo e me escutava gemer por seu nome com os lábios molhados e anunciando meu orgasmo com a voz entrecortada por cima do som das suas chupadas, minha bunda indo contra a pele dele e o molhado da minha buceta sempre que ele metia devagar e eu me erguia pra tirá-lo depressa pra repetir o processo até explodir, quente e molhada, faminta e desesperada, num orgasmo que me fez cair com a cabeça em seu peito.
Sasuke aproveitou a posição em que eu estava pra segurar forte minha cintura mantendo meu quadril no ar e me foder o mais rápido que conseguiu, agressivo e duro, gemendo que eu era boa e sempre apertada no pau dele, até que se deixou imóvel, me contraí propositalmente e sua porra jorrou dentro de mim enquanto ele beijava meu pescoço com a respiração acelerada. Puxou meu cabelo até que o coque se desfizesse pelos nossos rostos enquanto me beijava e sentia meu corpo reagir ao dele, ao seu pau ainda dentro de mim, com espasmos curtos.
Deu vários tapas seguidos e fortes com uma mão só na minha bunda enquanto ainda me comia devagar puxando meu cabelo com a outra, chupando minha língua e lábios.
Senti arrepios e ele escorregar dentro de mim ainda mais fácil por conta do seu gozo me preenchendo escorrendo por nós e minha buceta descontraída e mais quente.
Sem parar o beijo, me ergui até que ele saísse completamente, então sentei de novo e gemi baixinho. Escorreguei a boca por seu queixo e pescoço, senti um sono e terrível cansaço, então saí de cima de Sasuke abruptamente e corri pra o banheiro pra me lavar.
Ele veio atrás e fez o mesmo, prendi melhor meu cabelo com um elástico e voltei pra sala com ele, os dois ainda pelados. Nos sentamos no sofá em silêncio por alguns segundos.
– Feliz aniversário.
– Vá à merda, não gosto disso.
– Você não gosta de nada bom, é um infeliz miserável – curvei-me até a mesa e peguei a tigela de vidro que Hinata tinha embrulhado com salgados e bolo pra mim. Abri e mordi uma das duas coxinhas, ergui o braço oferecendo o resto pra Sasuke e ele negou com um aceno. – Come logo, mano. Eles compraram essa porra pra você, você não apareceu e estou te acobertando. Você devia sentar no canto da sala com essa tigela, comer tudo e pensar nos valores e prioridades da sua vida.
– Não me lembro de ter pedido festa ou dizer que gostava desse tipo de palhaçada.
– O Naruto fez na mesma porque ele é teu amigo, seu animal.
– Ele que coma.
Deixei o braço esticado, olhando pra ele com a mão com a coxinha mordida na frente do rosto dele e ele, com ar emburrado, comeu e deu um tapa na minha testa.
– Você é bem babaca.
– Me dá logo isso aí. Eu como. Já que aparentemente você não vai cozinhar nada.
– Não vou mesmo. – passei a tigela com salgados pro cretino, já com vontade de esfregar o rosto dele no asfalto. Eu não sabia nem o que era que tava passando na TV, mas ficamos em silêncio, aparentemente concentrados em assistir, lutando pra ver quem pegava a última coxinha.
Suspirei e saí do sofá. Ainda estávamos nus e eu precisava muito tomar banho, apenas fui. Não sabia o que fazer com aquele marmanjo na minha sala, mas com certeza teria que expulsá-lo. Dormir com ele de novo me traria problemas que não quero ter.
Caminhei até o quarto e escolhi uma calcinha confortável para dormir, minha casa estava abafada e eu não estava afim de usar pijama algum. Se ele visse como provocação foda-se, porque eu claramente não preciso estar nua para provocá-lo.
– Também preciso de banho.
O cretino estava entrando no banheiro comigo, e eu não disse nada, nem ele. Liguei a água morna e a gente entrou, ficamos mais de dez minutos debaixo da água, ele me beijando agarrando minha cintura enquanto eu acariciava seus ombros e encostava mais os seios no seu peito nu. Dessa vez não transamos no chuveiro, estávamos bem cansados.
Sasuke dormiu no meio do programa que a gente estava vendo na TV, e como eu estava realmente com muita preguiça de fazer alguma coisa pra comer mas com fome, acabei saindo pra pastelaria ali perto e comprei alguns bolos e salgados. Ele havia detonado os salgados que eu trouxe da festa dele, que já deveria ter chegado a um belo fim por conta do anfitrião estar supostamente desaparecido.
Passei a mexer no celular enquanto colocava tudo em pratos para que pudéssemos comer com mais higiene, porque eu sou bem chata pra isso. Porra, Ino e Naruto falavam demais naquele caralho de grupo, além de que haviam incluído Gaara, e alguns outros números desconhecidos pra mim.
Estavam dizendo algo sobre marcar para sair todo mundo, mas sobre ser impossível achar um lugar que agrade a todos. Eu não queria ler as quase 700 mensagens, e também não estava afim de sumir como Sasuke havia feito.
Achei que seria mais humano se eu digitasse algo naquele formigueiro de mensagens.
Eu: Porra, vocês falam demais.
Ino: Sumidinha, você. Tipo aquele grosso do Sasuke que nem apareceu na festa. Certeza que não sabe nada sobre ele?
Eu: Me poupe, Ino.
Naruto: Vou enfiar um cabo de vassoura na bunda desse cuzão.
Gaara: Que cara sem graça. O bolo tava muito bom.
Observei uma breve discussão sobre comida, e lembrei que estava com fome e tinha salgados me esperando. E um Sasuke roncando no sofá, e ainda estavam falando sobre sair e sair. Eu estava com tanta preguiça que apenas mandei um tchau no grupo e sumi de novo, desliguei a internet e deixei o celular de lado.
Minha bateria estava durando muito mais agora que eu havia desinstalado o caçador de monstros, e eu não podia estar agradecendo mais por salvar um possível problema no meu celular e ter me livrado do cardápio de homens.
Sasuke não fez mais do que dormir no sofá, se remexendo pra cá e pra lá a todo momento interrompendo o ronco leve, enquanto eu dava um jeito na casa.
Mais tarde entrei no grupo e estava explodindo de mensagens não lidas, era Hinata com uma linha infinita de emojis, Naruto escrevendo com letras maiúsculas, como se estivesse gritando (o que era o que fazia normalmente), e o número desconhecido mandando mensagens curtas e diretas, sem muita enrolação no que dizia. Rolei o monte de mensagem até ver Ino dizendo que aprovava swing e que poderia ir todo mundo do grupo.
Mas que porra?
Subi mais um pouco e algum número que eu não tinha salvo e mal falava nada no grupo havia dito algo como “creio que uma casa de swing faça todo mundo feliz”. Itachi, era o nome do abençoado. Abri o perfil pra tentar xeretar, mas nada de foto pública. Chato demais, quieto demais, e bem direto ao sugerir aquele tipo de passeio. Eu ri, e achei absurdo todo mundo estar concordando com aquilo, até mesmo Hinata que até então era a menos tarada entre as pessoas que eu conhecia na Terra. Claro que Naruto havia deixado claro em uma demonstração de afeto pública e desnecessária que ela seria apenas dele e ninguém a tocaria sem que perdesse os dentes. Todos concordaram, até porque Ino também já tinha um par, se bem que julgando pela perversão do ruivo e dela, eles poderiam querer inovar. Eu não tinha nenhum par, Sasuke estava no grupo e provavelmente passaria longe daquilo tudo, e eu não conhecia os outros três números que estavam lá.
Aliás, conhecia sim. Neji. O cara que fiquei na festa na casa dele, cruzes. Passarei longe, uma nota mental. Deus me livre desse frígido, que diabos ele faria num lugar desses?
Ah.
Eu não havia contado sobre minha experiência com Naruto & Sasuke para Ino, porque achei pesado demais ela guardar um segredo desses para a Hinata, mesmo que na época ela e Naruto fossem nada, hoje estão quase namorando e isso já estava em desenvolvimento quando nos comemos mais uma vez sem nenhum juízo ou pudor. E agora estavam todos falando putaria absurda naquele grupo que havia sido atualizado para “Go Swing”.
Cristo. Que tipo de amigos eu tenho?
Naruto e Gaara estava falando sobre uma casa de swing na cidade vizinha, onde não éramos muito conhecidos e não sei o que, mas quantos outros deveriam estar por lá pensando o mesmo? Hm. Confesso que a ideia de ir para um lugar onde as pessoas fodem livremente em qualquer canto até que era bem excitante, e estava começando a me dar um tesão do caralho pensar em foder publicamente com Sasuke ou qualquer outro gostoso que estivesse por lá e me desse vontade.
– Por que me enfiaram nesse grupo? – Sasuke havia acordado com a cara lindamente amassada e estava atrás de mim olhando o celular.
– Não sei. Você leu?
– Não, só silenciei. É sobre o que?
Caralho, como esse cara tem amigos?
– Sobre sair todo mundo pra algum lugar.
– Deve ter sido ideia do idiota do Naruto.
– Enfim, eles procuraram alguma coisa que agrade a todos.
– Eles quem?
– Naruto, Ino, Gaara, Neji, Hinata, número desconhecido e um Itachi.
– Itachi?!
Ele havia pego o celular para olhar os participantes do grupo e adivinhem: Itachi estava salvo como “Viado”. E eu vi a foto, era o cara que conversava com ele quando realizei meu serviço de stalk que deu início a nossa maratona infinita de sexo desprotegido e gostoso.
– Quem é ele? – perguntei, comendo salgados e sentando na mesa da cozinha.
– Meu irmão.
Franzi a testa e me virei pra ele. Cheguei mais perto da tela do celular e vi que realmente eram extremamente parecidos, cor de cabelo e o mesmo olhar de tédio mas fotos.
– Você não me disse que tinha irmão.
– Não ia fazer diferença alguma, Sakura. – Deixou o celular em cima da mesa e se sentou do meu lado, fazendo com que eu desviasse o salgado que tava indo pra minha boca pra a dele.
– Eles estão falando de casa de swing pra todo mundo do grupo ir, sabia?
– Todo mundo quem? Eu também?
– Sim, nós também. Parece que o requisito é ter par, então Ino vai com Gaara, Hinata com Naruto e aparentemente eu tenho que ir com você.
– Então você já assumiu que eu ia gostar dessa ideia absurda? – Perguntou, formando um sorriso de canto e tirando a camisa das costas da cadeira vestindo-a.
– Não sei, talvez – dei de ombros. – Você é puto demais pra rejeitar uma oferta boa dessas. Quero dizer, depois do que você e o Naruto fizeram comigo…
Sasuke deu uma gargalhada e chegou perto de mim, abotoando os botões da camisa e depois se curvou pra me beijar e eu fechei os olhos.
– Deve ser bem gostoso ver você sendo fodida por outro cara, você é bem safada... – mordi seu lábio e passei o braço pelo seu pescoço o trazendo mais pra perto. – Não começa, Sakura.
– Não fiz nada. – Pisquei inocentemente, mas sabia que ele tinha notado que eu poderia estar começando a provocar uma possível foda antes dele ir embora.
– Já passei tempo demais nesse lugar, preciso ir.
Ele se afastou e recolheu suas coisas de cima da mesa, indo até a porta.
– Tchau.
Levantei a mão e ele foi embora, então acabei de comer e fui dormir porque estava destruída. Acordei algum tempo depois com o movimento de Ino se deitando na cama bem do meu lado.
– Credo... – murmurei e me virei de costas pra ela, me afundando nos lençóis.
– O que você tava fazendo?
– Dormindo, né, Ino? Volta depois. – Escondi a cabeça no travesseiro.
– Quero falar sobre a conversa do grupo. Aquele gostoso do irmão do Sasuke vai estar na parada do swing. Eu morro por aquele cara.
Virei a cabeça pra ela e apoiei o peso no meu ombro.
– Viu ele aonde?
– Foto. Ele consegue ser gostoso na foto, Sakura, imagina ao vivo. – Sacudiu os cabelos soltos por cima do ombro e se deitou de costas na cama. Agora ela pode imaginar o que senti quando vi as fotos de Sasuke no tinder.
– Ok, você é estranha. Mas me explica essa coisa toda que vocês ficam falando no grupo, silenciei aquela porra e vou já sair.
– Nem experimente, arrebento tua cara na hora. O grupo é legal! E é pra ir pra casa de swing no final de semana que vem, de sexta à noite quando todo mundo sair do trabalho até domingo de tarde, no máximo. Hina tem prova na segunda. E o Neji nem vai mais, saiu do grupo do nada.
Ignorei e não me surpreendi. Aquele frígido do caralho.
– Hinata vai mesmo?
– Com o Naruto, firme e forte. – Ela se mexeu na cama e amarrou o cabelo. Impressionante que ela não conseguia ficar quieta um segundo, Ino dando deve ser uma máquina de movimentos. – Quero tanto que o Sasuke me foda. Meu Deus.
– Vai conseguir então, porque ele topou.
– Como você sabe? Já falou com ele?
Quase dei um tapa na minha própria cara por quase dizer que ele tinha fugido da festa pra minha casa e passamos a madrugada e mais parte do dia fodendo sem parar.
– Já. Chamada.
Ino ergueu as sobrancelhas loiras, mas acabou deixando isso de lado e continuou seu discurso sobre como achava Sasuke gostoso e estava louca pra ser fodida por dois.
– Vai estar tudo bem, né? Se eu sentar na rola dele.
– Você sabe que sim.
O plano era, na sexta feira, cada cara ir buscar seu par em casa e a gente se encontraria na auto estrada que dava pra cidade vizinha, porque ninguém sabe o que acontece em casa de swing e não queríamos correr o risco de dar de caras com conhecidos e passar por momentos constrangedores, então seria mais confortável assim, um pouco longe de casa.
Hinata iria com Naruto, eu com Sasuke, Ino com Gaara, Itachi, o irmão mais velho de Sasuke que era tão parecido com ele que dava pra ser gêmeo, levaria uma mulher chamada Konan, a do número desconhecido no grupo, sua noiva. Parece que eles eram swingers há bastante tempo e viviam chamando casais conhecidos pra essa vida. Ele tinha sugerido bem do nada no grupo, e a galera gostou da ideia, então ele foi organizando tudo com a noiva e os rapazes pagariam as contas da casa do swing, a gente só precisava ir com a buceta mesmo.
Eu levaria dinheiro, claro, porque Sasuke nem mesmo era meu amigo, imagina ser o cara que paga minha estadia completa na outra cidade e ainda me faz gozar. Ficaríamos em um pequeno hotel ali do lado, dividindo os quartos como nos apetecesse. Eu não poderia ficar com Ino nem Hinata porque elas estavam muito bem acompanhadas dos namoradinhos, e nem Sasuke podia ficar Naruto ou o próprio Itachi, então, pra não gastar dinheiro demais e sermos os únicos em quartos separados como uns infelizes, a gente dormiria junto. E eu já estava preparada pra ficar sem andar durante a semana toda porque Sasuke é um animal, e durante o sexo em grupo em não me seguraria, estava querendo me entregar pra qualquer cara.
Ino e eu passamos a noite falando isso e ela foi embora perto da meia noite.
A semana voou demais e eu, dentre as coisas do trabalho, tive que arrumar tempo pra me depilar na Tsunade, fazer as sobrancelhas, unhas e dar um jeito no cabelo. Comprei uma lingerie preta e vesti por baixo do vestido rosa justo de alças que escolhi na sexta feira depois de arrumar uma mochila com roupas e mais algumas coisas, e fiquei esperando Sasuke chegar.
Ele chegou quase pontualmente às dez da noite, e eu tranquei as portas de casa e desci correndo com a mochila nos ombros. Ele estava casualmente vestido com jeans preta, camiseta azul escura e tênis, perfume cheiroso demais. Me cumprimentou com um aceno e eu sorri de volta, arrumando a mochila no banco de trás.
Estávamos mesmo indo para uma casa de suruba. E eu estava doida para saber como seria o lugar no geral, estava excitada para sentar em alguma outra rola, mas provavelmente acabaria sentando no Sasuke também, e todos veriam. Geez, aí vamos nós.
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