1. Spirit Fanfics >
  2. Tinder >
  3. Payback

História Tinder - Payback


Escrita por: anylady e robynhood

Notas do Autor


Boa leitura e TEM SAISQUE!!!1!!

Capítulo 8 - Payback


É uma merda ter ressaca, mas eu manjava das químicas pra cortar, então fui até a farmácia e peguei umas coisas que nem ficavam na prateleira pra tomar, e dar pras duas mortas dentro da minha casa. Eu esqueci de comentar com a Hinata sobre o Naruto, ao menos acho que não disse nada, porque não me lembro de quase nada que aconteceu depois de ter saído daquele banheiro.

Voltei pra casa e constatei que, mesmo depois de um belo banho, meu estado ainda estava lastimável. Eu sempre me arrependia de beber, mas sempre bebia de novo na sexta seguinte. Hinata e Ino estavam jogadas no sofá com a mesma cara que eu, usando pijamas meus que nem serviam, aliás.

– Suas putas. Agora vocês pegam minhas roupas?

– Af, não enche. Minha cabeça tá me matando, e não trepei ontem.

– Já a Sakura… pegou o cara gostosão e foi pro banheiro. Quer tudo pra você?

– Hinata, eu não dei pra ele. E sobre o Naruto…

– Eu sei, ele me contou –  ela me cortou, colocando a mão no ar –  Tenho um fraco por loiros de olhos claros e não me controlo, você sabe.

– Então você não quer me matar?

– Não, isso é coisa de perdedora. Até porque ele é um galinha mesmo – deu de ombros.

Não achei a reação dela estranha. Hinata era bem mais cagada em relação a Ino. Ino teria me dado um tapa de mão aberta e cortado meu cabelo quando eu estivesse dormindo. Ela era a rainha do rancor e eu não me atrevia a provocá-la, enquanto Hinata levava a maior parte das coisas na esportiva. Mesmo quando errava ela mesma pedia desculpas, um verdadeiro coração derretido.

– Enfim, eu trouxe uma química curadora de ressaca pra vocês, mesmo que não mereçam.

Entreguei o comprimido imenso pra cada uma e as elas foram pegar água pra engolir.

Claro que nossa disposição para fazer qualquer coisa estava completamente extinta, então eu me joguei no sofá e passei a mexer no tinder. Achei um cara simplesmente lindo, ele tinha cabelo lambido pra trás e meio comprido, tão loiro claro que parecia prateado. Os olhos eram de um castanho que me lembrava um vermelho queimado. Por que todo homem coloca foto na praia? Ele era gostoso pra caralho e não tentava esconder. Dei like, e deu match na hora. Quase dei um gritinho no sofá, o que atraiu a atenção da Ino e Hinata.

– Algum gato novo?

– É, Ino – mostrei o celular pra ela.

– Ah, que esquisito. Não gostei desse!

– Esquisito é o Gaara que raspou as sobrancelhas.

– Verídico – disse Hinata linda e sonolenta quase caindo do colchão e rolando pro chão.

– Continua mais lindo que todos os boys que vocês já pegaram, sim ou sim? Sim. Então lidem.

Hinata riu e se jogou ainda mais no colchão, espalhando os braços e as pernas.

Eu continuei arrastando o dedo pra esquerda no tinder porque era cada homem esquisito aparecendo que chegava a dar medo. Depois do vácuo do Sasuke e do “vou te ignorar mais vezes”, decidi que não mandaria mensagem pra Hidan, o super loiro prateado gostoso, porque ele conseguia ser igualmente lindo e eu estava começando a associar essa qualidade à pessoa que não usa muito o celular e dá vácuos. Estava sendo frescurenta com o cara, mas não iria mudar de ideia. Muito menos estava pensando em mandar mensagem pra esse Sasuke, ele que se pronunciasse. Salvei o numero dele pra olhar a foto de perfil do Whatsapp e fiquei decepcionada quando vi que era o ícone que aparece quando a pessoa não tem foto de perfil, mas esse tinha um sombrero colorido. Achei mega ridículo e infantil, mas ri.

Naruto conhecia minha casa e podia aparecer quando quisesse, mas por vias de segurança ainda dei desmatch no Tinder, esperando não esbarrar mais com ele e nem ver aquele sorriso rasgado e ele me abraçando como se fossemos amigos de longa data. Agora que Hinata tinha mirado, eu precisava manter distância. 

No final do dia, Ino, Hinata e eu tínhamos dormido demais e visto três filmes de animação e bebido água gelada mais do que nunca, até que cada uma decidiu que estava na hora de ir pra casa.

– Sakura, vamos deixar nossas roupas aqui.

– Pijaminha confortável, né? – Disse Ino passando as mãos pela calça de algodão que estava vestindo. – Não quero tirar.

– Como queiram – balancei a mão, me esticando no sofá olhando elas paradas na porta – Só saiam daqui.

Gritando tchau e até depois e beijos e mais um monte de coisa, Hinata e Ino saíram e a casa ficou silenciosa demais.

Decidi levantar, tomar um banho civilizado, lavar meus cabelos e voltei pra sala com uma bandeja de comida e passei mais um bom bocado do final do dia e começo da noite vendo seriados, filmes e comendo quase sem parar.

– Que merda! – Gritei e joguei o pacote de bolacha vazio no chão, levantei e procurei meu celular entre as almofadas do sofá, mas estava no chão.

Entrei no Whatsapp correndo, procurei o número de Sasuke e mais uma vez ri com aquele ícone usando sombrero e entrei no chat, fiquei olhando. Não estava online e também não tinha sua última visualização. O status era nada mais e nada menos que um ”disponível” que ele tinha colocado em letras maiúsculas e há pelo menos três semanas.

Não tinha como ele mandar mensagem se só eu tinha o numero dele. Quase me dei um murro por ter esquecido desse pequeno fato e queria mandar naquele instante, mas ao mesmo tempo meu orgulho era maior que tudo e não queria me submeter a mais uma rodada de vácuo, algo que odeio.

Digitei um “oi” mas o senti muito vazio, então apaguei e mandei um “belo sombrero!” com emoji de risada. Porque era mesmo engraçado.

Sasuke ficou online quase no mesmo segundo, abriu a mensagem e voltou a sair. Fiquei observando o brilho azul de quando a mensagem é lida, e senti uma raiva tremenda.

Só que não fiz nada. Não tinha nada pra fazer. Tinha mandar mensagem e ser uma ridícula, mas joguei meu celular na mesa e adormeci na sala, pra acordar de madrugada morrendo de frio. Me arrastei até ao quarto enquanto me livrava das roupas pra dormir mais confortável debaixo das cobertas grossas, quando meu celular tocou em cima da mesa. Pensei na possibilidade de ser Sasuke, mas decidi que poderia muito bem ser Ino louca me contando alguma coisa vergonhosa que fiz durante a noite que estava super bêbada e retardada.

Sasuke: Eu sei

Sasuke: Bora sair amanhã. A não ser que prefira tentar interagir comigo por mensagem. Se for assim, boa sorte pra você

– Que ousadia… credo – murmurei me deitando na cama com o celular nas mãos.

Como sou burra, respondi na hora. Disse que sim, que aceitaria apesar de ele ser um cuzão. Sakura é a única que sabe ser trouxa assim, diz a lenda.

Tínhamos combinado de nos encontrarmos num restaurante latino bem no centro da cidade e eu iria sozinha. De táxi ou de metrô, mas não queria ele me pegando em casa, se bem que não sabia se ele tinha carro pra tal. Ou disposição. E também não confiava em Ino e suas habilidades de chegar sempre quarenta e cinco minutos atrasada.

No domingo, ainda bem, acordei com uma cara bem melhor. Minha pele do rosto estava limpa e esticada, meus olhos branquinhos e me senti bem disposta. Fui dar uma caminhada pelo quarteirão pela parte da manhã, tomei café numa lanchonete orgânica e quase perto da hora do almoço eu estava chegando em casa. Tomei banho e escolhi um vestido de verão branco de padrão floral com mangas curtas e tênis branco.

Arrumei coisas básicas em uma bolsa preta pequena e em quinze minutos já estava sentada no metrô em direção ao centro. Sasuke não tinha mandado mensagem e nem eu. Agora ele também tinha meu número. Se calhar eu estava indo e ele não estaria lá. Bem, sentaria e comeria sozinha, naturalmente.

Entrei no restaurante e alguém veio me atender, procurando saber se eu queria uma mesa. Disse que não e dei uma volta pelas mesas mais distantes, até que encontrei Sasuke. Estava sentado olhando o menu como quem lia o documento da proclamação da independência da república. Seu cabelo estava mais escuro por estar úmido e quando me viu chegando perto, ele abaixou o menu e sorriu um pouco. Muito lindo.

– Te imaginei mais feia – disse e riu sozinho. Uma gargalhada curta e contida, mas o suficiente pra eu saber que ele se sentia muito bem em deixar as pessoas desconfortáveis. O rapaz era simplesmente escroto. Sem problemas, eu também era.

– O que?

Sentei na cadeira a frente da dele e fiquei olhando ele com ar zombeteiro pra cima de mim.

– Do tipo que você parece estranha nas fotos, se olhar com atenção.

– Você me viu pessoalmente há dias.

– É, mas não em circunstâncias comuns.

– Estou me arrependendo de ter vindo... – girei os olhos.

– Ah, que mentirosa.

Ele deu uma risada e focou o olhar no menu mais uma vez. E eu estava mesmo mentindo. Ele estava calado e lendo as opções e tudo o que eu conseguia fazer era lembrar de estar ajoelhada o chupando. Nisso, senti algo pulsar entre as pernas e as fechei de forma brusca, sem me lembrar que as dele estavam encostando nas minhas por baixo da mesa.

– Isso foi um espasmo? – Ergueu a sobrancelha.

– É.

Eu não sabia se ficava sem graça ou se o atacava de alguma forma. Como já estávamos íntimos o suficiente para que eu engolisse sua porra sem pensar duas vezes, decidi tirar cuidadosamente meu sapato e agradeci por não ter colocado meias e, apesar de ter andado da estação de metrô até ao restaurante, que era uma distância insignificante, estava com pés sequinhos.

– Você vai pedir o que?

– Pode escolher pra mim, Sasuke. Gosto de tudo aqui.

Eu já sorria com malícia porque estava subindo meu pé já descalço pelas pernas dele e o homem continuava com a mesma expressão natural. Subi até chegar no meio de suas.pernas e massagear cuidadosamente com as pontas dos dedos. Sasuke suspirou de olhos fechados e chamou o garçom.

O homem chegou todo cordial anotando nossos pedidos e eu sentindo Sasuke ficar duro por causa da sola do meu pé sendo esfregada contra a calça jeans dele.

– Tem certeza que posso confiar no gaspacho daqui? – Ele perguntou ao garçom com um nó entre as sobrancelhas e quase jogando o menu contra o peito dele. – É tomate fresco? Eu gosto de tomate. Se não for fresco e eu descobrir, a gente vai ter problemas.

O homem acenou positivamente talvez pra não discutir com o linguarudo e se retirou depois de Sasuke ter pedido gaspacho e suco de laranja nós dois. A liberdade dele era só incrível.

Sasuke apoiou os cotovelos sobre a mesa e o queixo sobre as mãos, sorrindo largamente com os lábios fechados e os olhos comprimidos. Um sorriso claramente falso, mas super adorável em que eu via o montinho das suas bochechas brancas.

– O que está fazendo?

– O que você está fazendo?

– Quer meu pau na sua boca de novo? É só pedir com jeitinho pra eu abaixar a calça, pelo menos.

O homem era todo egocêntrico e achado. Quis revidar, mas já estava fazendo algo melhor.

Ergui a outra perna por baixo da mesa e a apoiei na sua coxa, enquanto meu pé ainda estava massageando por cima da calça dele devagar.

Me olhando, Sasuke enfiou as mãos por baixo da mesa e segurou no meu pé, passeou seus dedos pelas minhas unhas e dedos, pressionou ainda mais a sola contra o volume meio formado na calça e fechou os olhos enquanto eu o pisava.

Estava sendo satisfatório demais. Uma coisa tão simples como um pé estava o deixando assim. Não precisei tirar roupas nem fazer nada diretamente sexual, só pisar no pau dele com gentileza sobre a calça e já estava ali, todo coisado.

A porta do restaurante abriu emitindo um barulho e Sasuke abriu os olhos na hora. Eu sorri e continuei passando meus dedos na ereção dele, até que o garçom chegou com nossos sucos e eu parei por um instante.

Acabei esquecendo minhas pernas no colo dele e passamos quase meia hora falando desse jeito.

– Conhece o Naruto de onde? – Sasuke perguntou com o copo nos lábios.

– Ah – balancei a mão no ar – Por aí, sabe?

– Não, não sei.

– Não interessa.

Ele se curvou na mesa e sussurrou: – Ele me contou tudo, Sashira.

– Sakura! – Dei um chute na coxa dele – É Sakura, seu caralho.

Sasuke riu e tomou mais um gole do suco. Logicamente estava errando meu nome de propósito, pra me deixar puta. E eu caí, porque ele merecia apanhar.

– Ele me disse que tinha saído com uma maluca bem apertada aí pelo tinder. Bem interessante, você – me observou com os olhos semicerrados, um olhar perfurante e até um pouco incômodo. Os olhos dele demoraram um pouco mais sobre os meus seios, o que me fez sentar com as costas retas imediatamente pra que ficassem mais à mostra.

Naruto era doce, amigável e simpático, apesar de um tarado de primeira categoria. Pensar que ele tinha comentado uma coisa daquelas com o Sasuke, me fez ficar bem decepcionada com ele. Não tinha cara de cafajeste que fica detonando as mulheres com quem dorme, mas parece que era. Ou talvez seja algo normal entre essas criaturas toscas.

Também não seria uma surpresa homem atrás de foda no tinder ser desse tipo. E eu fui procurando uma rola pra foder, não podia reclamar da bagagem que eles traziam. Só o que não queria era Naruto e seu amigo me perseguindo e brotando pelos lugares sem serem chamados, igual na festa de sexta à noite.

– E você acredita nele?

– Claro – sorriu. Dentes alinhados, brancos e bonitos. – Você está aqui porque nos conhecemos pelo tinder. Vou te foder como Naruto fez. Preciso duvidar pra que?

– Você também é um puto.

– Eu sou.

– Eu estou atrás de fodas, meu querido – pisei mais forte em seu pau, fazendo-o se encolher. – Pode me foder, mas fode direito. Naruto trepa gostoso e conseguiu me fazer gozar duas vezes, um belo feito da humanidade, acredite. 

Ele pareceu gostar dos detalhes e sorriu presunçoso.

– Você me quer tanto que quase gozou enquanto me chupava. Não imagino o que faria se te fodesse.

– Você é só um língua afiada.

– Nos dois sentidos – ele ergueu as sobrancelhas e sorriu de canto.

O bastardo era eloquente. Nossa conversa era rápida. Eu falava e ele já estava respondendo na hora, jogando sua sinceridade bruta na minha cara com aquele sorriso tão desconcertante quanto irritante.

– Eu só quero que me faça gozar uma vez e depois pode voltar a me dar seus famosos vácuos. Não me importo.

Trouxeram nossa sopa fria com ar fresco e cheiroso e nos focamos em assistir o garçom colocar os pratos na nossa frente. Cairia mais do que bem com o solzinho que estava e um pouco de calor.

Sasuke provou uma colherada e pareceu gostar, quase gemendo de satisfação pra si mesmo.

– Tomates frescos… – murmurou limpando a boca com um lenço de papel.

– O que sabe sobre tomates? Já que fala tanto deles.

– Nada – encolheu os ombros – Só gosto.

– A gente vai transar hoje? – Perguntei sussurrando como se fosse um segredo.

Lembrei de passar meus pés de novo por cima da sua calça e o fiz, assistindo Sasuke tomar a sopa e prendendo uma risada.

– Quem disse que vim aqui transar contigo?

– Você.

– Você não leu minhas mensagens direito então. Não tinha nada sobre fodermos.

– Que frescurento – joguei um guardanapo amassado pra ele e rimos.

– A gente fode quando eu disser.

– Oh, que linda, – estiquei meus braços pela mesa pra alcançar o rosto dele e apertar suas bochechas fazendo um biquinho – Quer que te leve pra jantar e conhecer meus pais primeiro, mocinha?

– Vai se foder – deu um tapa na minha mão.

– Você deveria fazer isso…

Terminamos nossa refeição conversando sobre aleatoriedades, quando eu lembrava que meus pés estavam na coxa dele, começava a esfregar os dedos pelo zíper da sua calça e a sola pelo volume formado por minha causa, massageando cada vez mais forte.

Quando Sasuke notava que estava ficando duro demais, segurava no meu pé por baixo da mesa com uma mão pra me parar e ficava passeando os dedos pela pele e unhas de forma distraída enquanto conversávamos, um toque leve e totalmente sem intenções, mas que estava me arrepiando e eu ficava olhando a boca e lábios dele enquanto ele falava, desejando beijá-los e mordê-los.

Ou quando gostava dos meus movimentos, guiava a sola do meu pé pra onde ele queria que eu apertasse a ficava com os olhos fechados e suspirando me ajudando a pressionar seu pau com a mão fechada a volta do meu tornozelo. Eu o assistia com atenção, via seu rosto se contorcer algumas vezes de um jeito excitante.

– Ok, chega disso.

Ele levantou o braço e chamou o garçom para que fechasse a conta, foi generoso pagando minha parte e logo após me puxou pelo braço e me levou pra fora do restaurante e olha só que surpresa; ele tinha um carro.

– Diz aí, onde você mora?

– Na rua da universidade.

Passei minha morada pra o louco estranho sem parecer me importar, mas estava gritando por dentro.

– Beleza. Vou dar carona mas não se acostume, quase não uso meu carro.

Que coincidência, essa.

– Você quase não usa nada. Essa sua desculpa está ficando velha e me cansando, amigo.

– Não sou seu amigo ainda, Sashira.

– Caralho, meu – dei um murro no ombro dele por ter dito meu nome errado e ele nem se mexeu, apenas soltou uma risada pelas narinas e parou pra procurar o molho de chaves no seu bolso. Eu sabia que estava fazendo de propósito, mas ainda assim me irritava saber que aquilo de Sashira estava chegando nos meus nervos. – E eu tenho carro, ok?

– E por que está sem?

– Empresto pras minhas amigas.

– Qual tipo de doença mental você tem?

Bufei e revirei os olhos.

– Fica quieto e me leva.

– Olha como fala, te deixo no meio do caminho.

– Que medinho.

Ele sorriu e entramos no carro. Obviamente estávamos em um cabo de guerra infinito desde o momento em que nos encontramos. Desde o momento do banheiro, e agora era só a declaração oficial de que, se dependesse do nosso boçalismo mútuo, nunca teríamos uma conversa realmente civilizada. Ele era estúpido e eu também. Ele era legal quando queria e eu também. Íamos seguindo o jogo de cintura sem saber ao certo que merda estávamos fazendo nem onde iríamos parar com essa disputa toda.

Sasuke estava dirigindo muito tranquilo e aquilo me incomodava. Quando estávamos há uns cinco minutos da minha casa, me lembrei que estava de vestido e ele não havia tirado proveito nenhum desse fato. Pois eu tiraria ou o forçaria.

Comecei a erguer o tecido aos poucos e notei que ele olhou de canto pras minhas coxas e sorriu de lado, então continuei subindo até que minha calcinha de renda branca aparecesse, e era bem transparente. Sasuke respirou fundo.

– Que merda você está fazendo?

– Nada de mais – encolhi os ombros e fiz ar de inocente, ainda enfiando a mão por dentro do pano fino da calcinha.

Então passei um dedo por meu clitóris e massageei com força, percebendo que a calcinha já estava molhada, porque apenas pra variar, eu estava com muito tesão fazendo aquela brincadeira no restaurante.

Apontei minha casa com uma mão enquanto com a outra afastei a calcinha por breves segundos, dando a ele a visão da minha buceta molhada e ainda bem lisa pelo serviço da Tsunade. Sasuke se concentrou em tentar parar o carro sem estar olhando pro meio das minhas pernas e eu aproveitei esse momento pra passar meu dedo molhado pelos seus lábios.

Ele se assustou com meu movimento de primeira, mas depois entreabriu a boca e deixou que eu varresse meus dedos pela sua língua, fechou a boca e afastou a cabeça pra trás, chupando meus dedos e os tirando da boca, enquanto sorria travessamente olhando pra o meu rosto.

Ele desceu do carro antes que eu e parou do lado de fora da minha porta, esperando eu abrir. Quando o fiz, me tirou a força de lá, praticamente, quase me carregando pra fora do banco com o vestido enrolado nas pernas.

Fomos até a entrada da minha casa e levei mais tempo que o necessário procurando a chave, só pra ver sua expressão de impaciência.

– O que? Vai ficar pro chá?

– Abre logo sua porta, caralho.

– Tá bom.

Abri minha porta com toda calma do mundo, notando o quanto isso o estava irritando. Percebi que gostava de deixá-lo bravo, até porque não exigia nenhum esforço.

Assim que abri, ele me jogou pra dentro de casa e fechou a porta por trás dele. Em questão de segundos, eu estava jogada no sofá de pernas abertas e ele puxando meu vestido pra cima, tentando tirá-lo.

– Achei que não ia me foder hoje.

– Não vou – respondeu concentrando-se em desfazer os laços do meu vestido pra que ele passasse facilmente pela minha cabeça.

Levantei os braços e Sasuke deslizou o tecido leve por eles, me deixando de calcinha, que estava molhada quase de um jeito desconfortável, e de peitos livres, que balancei na frente dele e ele riu enquanto se ajoelhava no chão e me posicionava melhor de pernas abertas na direção do seu rosto, usando uma das palmas da sua mão gigante no interior da minha coxa pra deixá-la ainda mais separada da outra.

Eu me apoiei nos cotovelos pra observar com atenção o que ele iria fazer. Sasuke lambeu dois dos seus próprios dedos e apertou meu mamilo entre eles. Soltei minha respiração, e o monte de tensão que eu estava sentindo simplesmente evaporou com o toque dos dedos dele. Seus olhos estavam semicerrados, ainda assim olhando pro meu rosto mas torcendo meu mamilo direito com as pontas úmidas e quentes de dois dedos.

Meus pelos se eriçaram na hora e fechei meus olhos jogando a cabeça pra trás. Senti Sasuke baixando a cabeça e os lábios dele foram pra minha barriga. Deu um beijo ao lado do umbigo, mordeu um montinho de carne e chupou, a língua fez um caminho quente de saliva desde o umbigo até entre meus seios. Ele nem tinha feito nada de especial e eu já estava me derretendo. Já estava me sentindo molhada demais só de ter os dedos dele sobre a minha pele.

Ajoelhado no chão e com a cabeça entre os meus peitos, seu corpo estava apoiado no meu, seu peso todo pela minha barriga, toda vez que se movia pra cheirar meu corpo, beijar ou morder, a camisa dele fazia uma fricção gostosa contra mim e, visto que eu estava quase nua e desesperada, senti vontade de me esfregar nele assim vestido. De sentir o tecido da sua camisa e seus músculos se raspando na minha calcinha acariciando minha buceta.

Ele baixou ambas mãos pras minhas coxas pra que eu mantivesse as pernas bem abertas com o corpo dele acomodado no meio e fechou os lábios a volta do meu mamilo. Sugou, deu uma mordida forte que fez com que eu me remexesse debaixo dele e o manteve dentro da boca acariciando-o com a ponta da língua me puxando avidamente pra si. Depositei todo meu peso no braço direito e a outra mão foi pra os cabelos escuros de Sasuke. Apertei os fios na minha mão e entreguei meu busto todo na sua boca, me empinando em direção a ele como se fosse possível ele me ter mais do que aquilo o apertando em mim com o braço.

Senti seu sorriso presunçoso e ele me olhou.

– Calma – disse murmurando passando as mãos pelas minhas laterais – E olha o que você fez.

A camisa dele estava molhada no lugar onde estava encostado na minha buceta por baixo da calcinha encharcada. Uma pequena mancha escura e úmida. Meu tesão por ele desenhado no tecido.

Fiz ar de pidona e olhei pra ele, apertando meu próprio mamilo e mordendo os lábios.

– Você quer me fazer implorar.

– Não, eu só gosto de suspense.

Ele deu uma sacudida na mancha da camisa com se ela fosse desaparecer magicamente, depois concentrou-se em olhar pra o centro das minha pernas explicitamente abertas e mordeu os lábios, o olhar dele ficou escuro e se acomodou nos próprios joelhos pra chegar na parte interna da minha coxa acariciando com a ponta dos dedos e dando beijos curtos, molhados e elétricos. Me deitei no sofá e fechei meus olhos.

Ele molhou um dedo com saliva e o colocou bem por cima do meu clitóris, então começou a esfregá-lo somente ali. Minhas pernas queriam se abrir e eu comecei, sem querer, a gemer baixo e implorar por mais. Meus mamilos encolheram ficando mais duros e o dedo de Sasuke começou a escorregar na calcinha porque eu estava molhada demais.

Cessou seus movimentos pra baixar minha calcinha e me exibiu a parte molhadíssima, antes de deixá-la cair no chão.

Sasuke usou dois dedos pra abrir os lábios da minha buceta e expor meu clitóris inchado e molhado, ansiando pelo toque dedos seus dedos e língua. Tentei me erguer pra que, de uma vez, ele cortasse o suspense e me chupasse como eu tanto queria, mas ele recuou e senti nada quando movi o quadril pra cima. Dei um gemido de agonia que mais parecia um pequeno soluço de súplica, escutei o bastardo rir soltando ar pelas narinas e quando, finalmente, senti o toque da sua língua no meu clitóris aberto e exposto pelos seus dedos, minha boca se abriu. Era simplesmente maravilhoso.

A língua dele era quente, meticulosa e precisa acariciando bem por cima do meu clitóris, lambendo e esfregando a ponta, procurando todos os cantos como se estivesse decorando e redesenhando as dobras molhadas da minha buceta. Ele suspirou na minha pele e deu um gemido de satisfação, igual fez depois de ter provado a sopa de tomate, molhou os lábios e os fechou a volta do clitóris. Por dentro da boca, sua língua me acariciava enquanto a sucção dos seus lábios me fazia tremer e perder controle do meu próprio corpo.

Minhas mãos estavam inquietas, ora apertando os mamilos, ora apertando qualquer parte do sofá.

Eu estava gemendo sem fazer questão de controlar o tom da minha voz. Talvez estava soando desesperada e louca. E isso era uma carícia no ego de Sasuke, que já era bem inflado, por sinal, e eu sei que ele tentaria esfregar na minha cara depois que tinha razão quando disse que sabia que eu o queria tanto que quase explodi num orgasmo quando o chupava. Diria que sabia que estava louca pra que me fodesse que me fez começar a gritar e apertar as almofadas só usando a língua.

De longe, estava sendo o doido mais divertido do Tinder.

Eu comecei por acariciar meus mamilos já duros com os dedos e rebolei na boca de Sasuke. Ele colocou a língua pra fora e apertou minhas coxas guiando-me a me esfregar nela. Abri ainda mais minhas pernas e ele começou a chupar meu clitóris, sugava com força e sempre que afastava a cabeça e o largava produzia um barulho molhado e alto de sucção. Eu queria gozar mas estava achando prematuro demais acabar com nossa diversão.

Então ele afastou sua boca e começou a me alisar com os dedos, só apertando o pequeno ponto molhado e esfregando por cima. Eu observava cada reação dele, e deixava de reparar que eu estava totalmente sem controle nas mãos dele.

Sasuke ficou em pé repentinamente e abriu o zíper da calça, já abaixando a boxer preta e deixando aquele pau gostoso livre. Extremamente duro e melado. Eu quis muito me levantar e chupá-lo, porque como eu já disse antes, parecia uma puta ferramenta pra orgasmos. Fiquei feliz por dentro e devo ter liberado mais litros de lubrificação pensando que ele quebraria sua “promessa” e me foderia ali mesmo. Ele começou a se masturbar na minha frente enquanto mordia os lábios e eu derreti por dentro e por fora com aquela cena. O cretino estava acima das definições de gostoso. O braço grosso e coberto de tatuagens estava descendo rápido no pau, a mão estava fechada com força e eu só podia ver a cabecinha rosa, brilhante e molhada saindo do aperto da sua palma.

Tentei me preparar psicologicamente pra receber aquele pau dentro de mim, e nossa, eu estava mesmo pronta! Totalmente aberta, molhada, suada e gemendo sem parar. Mas o viado abaixou de novo no chão e voltou a me chupar ainda mais gostoso do que antes, enquanto batia uma e eu conseguia ver aquilo tudo. Era erótico e sensual demais, eu certamente não conseguiria conter o orgasmo. Eu abri minhas pernas e levei uma mão até minha buceta, a abrindo pra ele. Com sua mão livre, ele enfiou dois dedos em mim de forma precisa e com força, fazendo um vai e vem demorado que não batia com sua língua rápida, minhas pernas já tremiam e meu clitóris queimava. Eu já estava quase gozando.

– Goza pra mim, putinha.

Ele parou por alguns segundos pra dizer aquela frase magnífica entre dentes e eu não resisti. O orgasmo veio forte e intenso, me retorci no sofá e contive os gritos, mas não os gemidos, o orgasmo havia sido prolongado demais e meu corpo perdeu totalmente a força. Com certeza meus vizinhos ouviram o show. Minhas coxas começaram a tremer e vibrar, o formigamento no meio das minhas pernas aumentou enquanto eu tentava manter os lábios fechados, impedir meus olhos de se revirarem por um momento ou ficar quieta pra não estapear Sasuke sem querer. Realmente aquilo tinha me deixado fora de mim de tão intenso.

Sasuke estava em pé, com um sorriso triunfante vendo eu me perdendo no que a boca dele proporcionou e ainda se masturbava tão gostoso que eu sentia prazer em ver, e dessa vez ainda mais rápido e mais sexy. Aquele mesmo braço esquerdo com o pulso agora cheio de veias e o barulho excitante estavam me deixando com a pele arrepiada e boca salivando. Ele estava perto de mim e eu não conseguia pensar em nada, apenas no quanto queria dar pra ele até perder o movimento das pernas. O lindo fechou os olhos e se aproximou mais da minha barriga no sofá, suas sobrancelhas se uniram e ele deixou a boca formar um silencioso “o”, se apressou pra se inclinar, apoiar uma mão no sofá e suspirou forte enquanto gozava na minha barriga me dando um belo banho de porra e transformando meu umbigo em uma piscina. Os gemidos e grunhidos dele pós gozo me deixaram totalmente arrepiada. O homem inspirava sexo.

– Cara, você chupa como uma lésbica. Caralho!

Ele sentou no sofá, exausto. Sorriu rapidamente com o que eu disse e empurrou o cabelo pra trás. Estávamos bem suados. E eu coberta de esperma.

– E você já transou com mulher, então? – Perguntou debaixo da respiração pesada.

– Já, sim.

Uma sobrancelha foi erguida e um sorriso safado foi solto por ele. Ok. Eu ainda queria dar, mesmo estando num estado deplorável em que nem tinha normalizado minha respiração e estava começando a ficar excitada de novo lembrando de Sasuke gozando, da expressão no seu rosto, e sentindo a porra dele escorrendo na minha barriga.

– Me conta por que não me fodeu.

– Não tenho tempo – olhou o relógio de pulso – Vou trabalhar.

– Que tipo de escravo trabalha em domingo? Você é padre?

Ele olhou pra mim com expressão de confusão e suspirou.

– Sou corretor, ridícula.

– Ah…

– Onde fica o banheiro aqui?

Apontei sem dizer nada e ele levantou lentamente do sofá, não deixando de dar um tapa no meio das minhas pernas que continuavam abertas enquanto eu continuava jogada no sofá. Minutos depois, voltou todo arrumado e deduzi que ele iria direto pro trabalho. Não parecia nem que tinha me chupado com perfeição e gozado em mim. Senti pena apenas por dois segundos, porque no seguinte ele já estava indo em direção a porta e eu, ainda jogada e com a barriga melada de porra, assistindo o pau perfeito saindo porta afora.

– Depois falamos, Sakura.

E sumiu. Pelo menos dessa vez acertou meu nome. Já era nosso segundo contato e ainda não tínhamos chegado onde eu queria/necessitava. O jeito era falar com outro maluco do tinder pra atender isso por enquanto. Daquele jeito que estava no sofá, usei meu vestido pra me limpar, tomei banho e sentei comportada na sala com o celular. Passando pelos matchs, escolhi Hidan.

Eu definitivamente transaria nessa semana.

 



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...