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História Tinha Que Ser Você - Harry Styles Fanfic - Capítulo XXVIII


Escrita por: Barbsfanfic

Capítulo 28 - Capítulo XXVIII


Fanfic / Fanfiction Tinha Que Ser Você - Harry Styles Fanfic - Capítulo XXVIII

Sem sombra de dúvidas, Waliyha, Louis e Lottie demorariam para se recuperaram da cena que haviam presenciado, ninguém estava pronto para aquilo.

Waliyha saiu do bar acompanhada de Louis por volta das três e meia da manhã, seguindo direto para a casa da mãe dele. O clima entre eles era muito bom, como sempre fora, estavam planejando até outras coisas mais para quando chegassem no quarto de Louis, mas tudo definitivamente foi por água baixo minutos depois.

Assim que adentraram a casa, encontraram Lottie, irmã de Louis, ajudando Johannah que estava desmaiada no local. Louis não perguntou quanto tempo a mãe estava ali, nem se Lottie havia ligado para uma ambulância, apenas tentou reanimar e acordar a mãe.

Waliyha estava parada na entrada da casa e não conseguiu se mover por alguns minutos. Seus pensamentos estavam confusos com tudo aquilo e definitivamente não conseguia entender o porquê de sua sogra estar daquele jeito, afinal de contas, ela estava se recuperando, estava fazendo o tratamento e de repente, aconteceu aquilo.

Foi rápido, sem aviso prévio, só aconteceu.

Louis tentou animar a mãe, Lottie chorava desesperadamente, e Waliyha não conseguiu fazer nada nos primeiros minutos. Queria se encolher num canto e rezar mentalmente para toda aquela cena de terror ser uma horrível parte de um pesadelo, mas não era. Pegou o telefone e ligou desesperadamente pra o pronto-socorro, pedindo uma ambulância.

Se aproximou de Louis e olhou para sua sogra, Johannan havia falecido.

Seus olhos se encheram de lágrimas e então ela se sentou ao lado de Louis, o acalmando. Foi triste, foi desolador e sem sombra de dúvidas, ela nunca tinha convivido com aquilo. Mas já viu a vida saindo de alguém, e infelizmente, Johannah já não estava mais ali.

Louis demorou para cair a ficha, tentou a todo momento reanimá-la. Menos de dez minutos depois, os socorristas chegarem no local constataram que realmente havia um óbito naquela casa, foi causada por conta da Leucemia que Johannah estava lutando contra.

E depois dali tudo foi por água abaixo! 

Louis saiu de casa sem dar nenhuma explicação para ninguém, só voltou por volta de duas horas da tarde, com olheiras profundas, olhos e nariz vermelhos. Waliyha ficou o tempo todo dando atenção a Lottie, enquanto Louis não estava. Eles precisavam de apoio, ela estava ali para apoiá-los.

***

Harry havia acabado de colocar um sobretudo de cor escura e o fechou, estava derrotado fisicamente e psicologicamente. Havia chegado de madrugada com Hanna e soube da infeliz notícia do falecimento da mãe do Louis. Não pensou duas vezes em ir visitar o amigo, mas soube que o mesmo estava na casa de Liam.

Então Niall e Harry se dirigiram a casa de Liam, para fazer companhia à Louis.

Foi triste demais. Duro demais. Frio demais.

Mas a morte é isso, triste, fria e quieta.

Louis dormiu depois de alguns calmantes que Liam lhe deu e foi o único tempo que Liam, Harry e Niall conseguiram se concentrar na realidade: Louis precisava de total apoio naquele momento. Então, enquanto Louis dormia, Niall foi direto para o cartório resolver algumas papeladas sobre o velório.

Não queriam deixar Louis cuidar de tudo, ele já havia visto Johannah desfalecida no chão da sala. Cuidar dos papeis do enterro seria pesado e do jeito que conhecem Louis, aquilo seria pesado demais para ele. Eles foram amigos, fizeram a parte deles e agora seria talvez a pior hora: a hora do adeus definitivo.

***

– Mãe, tem certeza que você está descansada pra ficar com a Olívia? – Hanna perguntou, olhando Lianne segurando Olívia.

– Hanna, eu tive gêmeos... – Lianne respondeu confirmando com a cabeça – Eu sei me virar com a minha neta!

– Eu não vou demorar, prometo! – Hanna disse enquanto se olhava pela última vez enquanto escovava os dentes.

– Não tenha pressa! Dê um beijo no seu colega, apoie ele...

– Faz um favor? – Hanna perguntou, vendo a mãe confirmar com a cabeça – Se o Zayn ligar pra cá, pede pra ele me ligar com urgência. Eu já mandei mensagem e liguei, mas ele não visualizou a mensagem, nem atendeu o telefone. 

– Tudo bem, eu aviso! – Lianna respondeu prestativa – Qualquer coisa, eu estou lá em cima com a Olívia... Vou colocar ela pra cochilar e vou dormir um pouco com ela...

– Tudo bem!– Hanna sorriu de canto, seguindo em direção à saída da casa.

Em menos de quinze minutos, Hanna estava adentrando no cemitério. Uma chuva fina caía sobre sua cabeça e o vento frio encostava no pouco de pele que tinha a mostra. Estava vestindo um sobretudo preto, calças jeans e um coturno preto.

Avistou Kate, Richard e Liam mais de longe e então se aproximou dos mesmos.

– Hey... – Hanna disse num tom baixo, se aproximando deles e apressando o passo.

– Oi amiga! – Kate disse beijando a bochecha de Hanna.

– Estão chegando agora?

– Aham... – Richard respondeu, enquanto continuavam a andar até uma pequena multidão que estava mais a frente.

– Como Louis está? – Hanna perguntou olhando para o Liam, que estava ao lado de Richard. 

– Devastado! – Liam disse, olhando para o chão enquanto andavam – Ele dormiu na minha casa com calmante, Niall que resolveu a papelada do enterro... Vou lá falar com ele.

– Eu vou com você! – Richard disse, seguindo Liam enquanto Kate e Hanna ficaram mais afastadas das demais pessoas.

Um padre fazia uma oração e Louis chorava como uma criança sentado ao lado de Waliyha, que com certeza estava abalada demais com aquilo tudo. Eles viram tudo pessoalmente, seria impossível não estarem abalados.

– O que foi que aconteceu? Eu não entendi muito bem... – Kate disse, num tom baixo.

– Ela tinha leucemia, mas estava fazendo tratamento – Hanna começou a falar, no mesmo tom baixo – Aí eles chegaram em casa de madrugada, depois da noite do bar e a encontraram em casa...

– Meu Deus!

– Waliyha tinha que estar com algum parente aqui, os pais ou o Zayn... – Hanna disse olhando para a cunhada, que parecia perdida em pensamentos.

– Ela é muito nova para lidar com isso tudo! – Kate respondeu, confirmando com a cabeça – Não conseguiu entrar em contato com o Zayn?

– Cai na caixa de mensagem, estou ficando preocupada já... – Hanna respirou fundo.

A cerimônia do velório durou por mais vinte minutos e Hanna sentia a dor nos olhares dos amigos. Não teve a oportunidade de conhece Johannah, mas pelos olhares de Niall, Liam e Harry, todos a amavam.Eles, que sempre são engraçados e carismáticos, ali estavam demonstrando o sentimento de perda. Definitivamente era uma perda lastimável.

Assim que enterraram o caixão, por debaixo da grama e tamparam, as pessoas começaram a sair dali, indo em direção à saída do local. Hanna e Kate continuavam paradas no mesmo canto, sem falar nada, apenas observar a situação.

Louis andava na direção da saída com as mãos dadas a Waliyha, e algumas pessoas os cumprimentavam. Hanna e Kate andaram na direção deles. Louis cumprimentou Kate, e trocaram algumas palavras enquanto Hanna ficou de frente com Waliyha.

A garota estava com olheiras profundas e olhos inchados de tanto ter chorado. Estava sofrendo, era explícito. E por alguns segundos, Hanna se pegou com raiva de Zayn e dos pais deles por a deixarem passar por isso sozinha.

– Eu sinto muito, Waliyha! – Hanna disse por fim, num tom baixo e a garota logo se jogou nos braços de Hanna, a abraçando e chorando compulsivamente – Tentei entrar em contato com seu irmão, mas não consegui... 

– Obrigada por ter vindo, amiga! Obrigada! – ela dizia chorando – Quando eu te vi entrando aqui, senti um alívio ao saber que você estava aqui.

– Meu amor... - Hanna disse olhando para a garota, secando as lágrimas dela – Você é tão forte que você mesma é seu próprio alívio e nem sabe disso.

Waliyha sorriu de canto.

– Quer ir lá pra casa, cochilar um pouco? Deve estar cansada... – Hanna perguntou.

– Obrigada, mas... Não – respondeu de forma calma – Na verdade eu entendo o que aconteceu, só está sendo muita informação, sabe? Mas meu namorado precisa de mim, precisa de apoio e eu não quero deixá-lo sozinho.

– Tudo bem então – Hanna disse confirmando com a cabeça – Qualquer coisa, me liga, por favor!

Waliyha sorriu de canto e confirmou com a cabeça, indo em direção a Kate para falar com ela. Enquanto Louis se

– Sinto muito, Louis! – Hanna disse, vendo Louis sorrir de canto.

– Obrigada por ter vindo, Hanna! – ele disse de forma amigável e carinhosa – A Waliyha precisava de um apoio e ela te tem como família, você deu uma reerguida nela com a sua presença.

– Não precisa agradecer por isso!– Hanna disse confirmando com a cabeça, enquanto ele sorriu novamente e passou por ela, saindo do local com Waliyha.

Todos seguiram em direção aos seus carros e foram embora, os amigos de Louis iriam para a casa dele, apoiá-lo e tentar confortá-lo, mas Hanna não iria. Apesar de querer demonstrar seus sentimentos, ela queria estar com Olívia e definitivamente, sua filha era mais importande do que qualquer situação.

Não havia ficado durante a noite, pois havia ido ao bar. Não havia ficado muito durante o dia porque tinha que ir ao velório. Mas agora ela tinha que voltar para casa e curtir sua filha, afinal de contas, a vida é rápida.

A partida de Johannah mostrou o quão rápida nossa vida é, definitivamente estamos aqui apenas de passagem e tudo o que levamos da vida é o amor, o carinho, os sentimentos, as memórias.

Os amigos de Louis já iriam "ajudá-lo" depois dali, ela já havia feito seu papel de colega.

Seguiu em direção ao local onde seu carro estava estacionado e se despediu de Kate e Richard, ambos iriam para a casa de Louis. Voltou em direção ao carro e assim que abriu a porta, se deparou com Zayn se aproximando do carro. Ele estava abatido, olheiras nos olhos e com um sobretudo cinza. Com certeza não havia descansado nesse retiro que havia feito por conta do trabalho.

– Zayn? – Hanna perguntou ainda confusa – Por que não me ligou?

– Desculpa, amor! – ele disse se aproximando dela, lhe dando um selinho – Eu estava ocupado e acabei não vendo as mensagens, mas assim que eu soube, dei um jeito e vim o mais rápido que pude.

Hanna apenas confirmou com a cabeça, vendo Zayn olhar para todos os lados.

– Já acabou o velório?

– Já... – Hanna confirmou com a cabeça – Não tinha ninguém aqui para consolar sua irmã.

– Puta merda – ele respirou fundo – Como ela está?

– Ela é forte, você sabe disso! – Hanna disse e ele confirmou com a cabeça – Mas uma hora ela vai desabar e seria bom ela ter o irmão ou os pais do lado dela...

– Acha que eu estou errando em algo com ela?

– Acho que ela precisa da família com ela, não apenas de um namorado de alguns meses e que por sinal, perdeu a mãe hoje! – Hanna disse de forma firme – Eles estão fracos, precisam de apoio, Zayn. Seria uma boa hora dos seus pais se decidirem definitivamente sobre as discussões deles pra ela ficar um pouco com eles... 

– É... – Zayn respirou fundo, ajeitando a toca que tinha em sua cabeça –Eles as vezes estão bem, as vezes não... Só vão se separar quando sair o divórcio decisivo – explicou, fazendo Hanna entender – Como foi que aconteceu? Como ela está?

–  Ela está abatida demais. Eles pegaram a mãe de Louis falecida na sala da casa... Eu com vinte e cinco anos não estou pronta pra ver alguém morto, imagina ela com dezenove... – Hanna respirou fundo – Não sei bem como aconteceu, só que ligaram para o Harry e disseram o que havia acontecido.

– Ligaram para o Harry? – Zayn perguntou confuso, vendo Hanna confirmar com a cabeça.

– É – Hanna deu de ombros, explicando – Ele me deu uma carona depois do bar e...

– Ele te deu uma carona?

– Deu... – Hanna fraziu o cenho, não entendendo o motivo das perguntas de Zayn.

– Por que ele te deu uma carona?

– Por que ele é educado? E porque eu estava meio bêbada... – Hanna disse ainda estranhando tudo aquilo – Peraí... Te incomoda ele ter me dado carona?

– Claro, Hanna! – Zayn respondeu num tom de voz um pouco mais alto – Ele é seu ex namorado, se esqueceu disso?

– Isso só pode ser brincadeira! – Hanna falou rindo, de forma incrédula – Como é que eu vou me esquecer disso sabendo que eu tenho uma filha com ele? – perguntou ainda rindo – É sério que você está com ciumes de mim? Ele era meu melhor amigo e hoje é o pai da minha filha!

– Isso não justifica você ter aceitado a carona...

– Zayn, você acha que se fosse para eu ficar com ele, eu estaria com você? – Hanna perguntou o interrompendo – Se esqueceu que no natal eu saí da casa dele e fui atrás de você em Manchester?

– Hanna... Só sei que se fosse ao contrário você não iria gostar!

– Você está errado, amor! – Hanna disse de forma fria – Eu não iria adorar, mas também não desconfiaria de você, porque ao contrário de você, eu confio no meu namorado! – falou gesticulando com as mãos, olhando nos olhos de Zayn – Eu te amo Zayn e confio em você. Hoje você me deu motivos pra desconfiar, não atendeu telefone, não viu mensagem, tudo dando na caixa de mensagem... Mas eu confio em você de olhos fechados, por isso que eu estou com você! Não aceito que você pense menos do que isso de mim... – falou de forma calma, vendo o rapaz suspirar – Eu preciso ir embora... 

– Vai embora assim? Sem a gente ter conversado direito?

– Entra no seu carro e vamos pra minha casa... – Hanna respondeu, vendo Zayn negar com a cabeça. 

– Acho que não é uma boa hora eu ir pra sua casa, Hanna – Zayn respondeu, respirando fundo – Não estamos no nosso melhor dia e eu não quero confundir a cabecinha da Olívia.

– Zayn, sinceramente... – Hanna respondeu calma – A gente está num péssimo momento, eu acabei de sair do velório de uma mãe querida de um colega nosso... Na verdade, seu cunhado perdeu a mãe e você está criando um caso com uma situação que não existe! Eu estou triste, eu estou com frio, estou de ressaca e está chuviscando. Esse é um péssimo dia para descobrir que meu namorado não confia em mim... – respirou fundo, por fim – De qualquer forma, eu vou estar na minha casa, se você quiser ir me seguindo com o seu carro, você vai ser muito bem recebido, mas eu preciso mesmo ir pra casa, tomar um banho, colocar uma roupa de frio e ficar com a minha filha.

Zayn nada falou. Sabia que Hanna estava estressada só pelo modo calmo que ela falou. Hanna nunca era calma, ela estava remoendo algo. 

Por conta disso, Zayn apenas confirmou com a cabeça, observando todos os momentos da garota, que logo em seguida entrou no carro, ligou o aquecedor em uma alta temperatura, como sempre fazia, abriu a janela, olhando para Zayn a observando: 

– Vamos comigo? – ela perguntou por fim, de forma terna.

– Desculpa amor, vou dar um pulo na casa do Louis, vou visitar ele e a Waliyha... – respondeu, vendo Hanna sorrir de canto. 

– Tchau! – Hanna disse dando partida com o carro.

E logo seguida Zayn entrou em seu carro seguiu em direção à casa de Louis. 

***

Hanna saiu do banheiro vestindo um conjunto de moletom branco. Demorou por volta de meia hora dentro do banheiro, só sentindo a água quente percorrer seu corpo e rezar mentalmente para que toda aquela água purificasse suas energias, porque de repente, tudo pareceu mais pesado e complicado.

Se sentia até mais leve depois que saiu do banho, pode ter sido sua mente que ficou mais calma e em paz dentro de casa.

Desceu para o primeiro andar e se deparou com uma pessoa que não esperava ver nem tão cedo: Harry. 

Sentiu que estava vendo muito mais o Harry do que o acostumado, tinha que começar a colocar regras. Harry estava na sala ninando Hanna, que já estava adormecida no colo dele. Era sete horas da noite e Olívia geralmente tirava um cochilo de meia hora naquele horário.

– O que está fazendo aqui? – Hanna sussurrou, adentrando na sala de estar.

– Vim ver ela... – Harry sussurrou – Estava com saudade.

– Ah... – Hanna olhou em volta, procurando por sua mãe – Cadê minha mãe?

– Foi na cozinha esquentar alguma coisa... – Harry respondeu, fazendo Hanna confirmar com a cabeça e seguir em direção a cozinha.

Assim que chegou no cômodo, encontrou Lianne mexendo em algumas panelas no fogão.

– Mãe...– Hanna disse chamando a atenção para si, enquanto se sentava no balcão da cozinha – O que o Harry está fazendo aqui?

– Ele chegou aqui e perguntou se podia ficar com a Olívia, e eu disse que sim.

Hanna deu de ombros, respirando fundo.

– O que houve? – perguntou ao ver a filha não respondendo.

– Eu estou de ressaca – Hanna mentiu.

– Hanna, sou sua mãe! – Lianne disse se aproximando da garota – Você mal sente ressaca...

– Eu só estou cansada... – Hanna respirou fundo, desabafando – Primeiro a mãe do Louis, é triste... Saber que uma pessoa tão boa foi embora, mesmo que eu não a tenha conhecido, me deixa triste! – Hanna confessou e respirou fundo, novamente – E pra piorar, o Zayn apareceu e quis tentar começar uma discurssão comigo, sabe? Parece que eu estou exausta mentalmente... 

– Zayn? Ele estava lá?

– Apareceu no final quando todo mundo já estava indo embora.

– O que ele fez?

– Ele estava querendo começar um desentendimento quando soube que o Harry me deu uma carona de madrugada depois do bar – Hanna respirou fundo – Eu bebi um pouco além da conta e o Harry me deu carona até o hospital pra tomar glicose. E nem tempo de contar isso pro Zayn eu tive, porque só de saber que o Harry me deu carona, ele ficou com raiva.

– Minha filha... Sério que você tomou glicose?

– O ponto não é esse, mãe! – Hanna sorriu de canto – Eu só estou cansada, sabe? Pra mim isso de ciúmes já deu... Não sei, mas acho que estou velha pra isso. Ele precisa saber que eu e o Harry fomos amigos e tivemos uma filha, ou seja, eu nunca vou perder o contato com ele. Harry não é uma má pessoa...

– Mas também não é um anjo! – Lianne disse sorrindo de canto.

– O fato é que eu não tenho preciso ter esse rancor todo do Harry, e se ele me oferecer uma carona de madrugada, eu vou aceitar, entende? Ele não é um lunático comedor de mães – Hanna disse, fazendo a mãe confirmar com a cabeça.

– Conversa depois com o Zayn, ele pode ter entendido errado... – Lianne disse, por fim, voltando a mexer nas panelas.

– É... – Hanna falou descendo do balcão, seguindo em direção à sala – E eu quero sopa também!

Hanna voltou para a sala, encontrando Harry colocando Olívia dentro do mini cercadinho que tinha no canto da sala. Ele já havia pegado o jeito de ninar a filha, de segurar, de cuidar. Era bom saber disso.

– Realmente aprendeu, hein! – Hanna disse sorrindo de canto, se sentando no sofá.

– Ah, é... – Harry confirmou com a cabeça – Estou pegando jeito... 

– Odeio admitir, mas você é um bom pai! – Hanna revirou os olhos, vendo Harry se aproximar e se sentar ao seu lado.

– Odeio ter que falar isso, mas eu já sabia! – Harry respondeu, fazendo Hanna rir.

Sempre era bom ver Hanna rindo.

– Como você está? – Hanna perguntou após o sorriso – Achei que iria no Louis.

– Louis está bem, dentro do possível, né... – Harry disse – Todos nossos amigos estão lá, e seu namorado também está por lá, eles fizeram algumas comidas, estão tomando um chá... Tentando distrair ele, Lottie e Waliyha.

– E por que você não está lá?

– Eu tenho uma filha, Hanna... – Harry disse olhando para o cercadinho – Eu tenho que aproveitar meu tempo com ela.

Hanna sorriu de canto.

– Eu fiz minha parte com o Louis. Eu estive com ele desde a hora que saí daqui,  até a hora do velório. Nesse momento eu seria mais um na casa dele, entende? – Harry perguntou, voltando a olhar para Hanna que confirmou com a cabeça – Eu tenho uma filha, eu quero me apegar mais nesses momentos, poder agradecer mais por isso... – ele respirou fundo – Então, obrigado por ter me dado uma filha.

– Eu não te dei uma filha, eu só estou compartilhando desse padecer no paraíso comigo – Hanna disse sorrindo de canto, vendo Harry rir e estender a mão para ela, na qual ela segurou.

– Obrigado mesmo! Mesmo com nossos perrengues, não acho que encontraria uma mãe melhor para um filho meu... – Harry disse num tom baixo, confirmando com a cabeça.

– Obrigada você! – Hanna disse de forma calma, sorrindo de canto.

– Você é uma boa pessoa, Hanna Dunne – Harry disse, por fim, se levantando – É uma pena que não está com um pessoa tão bom quanto você.

Hanna revirou os olhos.

– Harry, não começa!

Harry riu, amava implicar com Hanna.

– É brincadeira, branquela! – ele disse dando um beijo no topo da cabeça dela, a fazendo estranhar aquele contato  – Desculpa, foi mais forte do que eu essa pequena implicância com seu namorado, e o hábito de brincar assim... 

Hanna revirou os olhos, fazendo Harry rir. 

– Vou para casa... – Harry disse por fim, se levantando.

– Pare de implicar com o Zayn, hein! Eu nunca impliquei com as suas namoradas, não é nada justo você implicar com o único namorado que eu arrumo – Hanna disse se levantando, seguindo Harry até a porta da casa.

– A questão é que seu namorado é Zayn Malik, o badboy skatista, sonho de todas as garotas... – Harry disse revirando os olhos, fingindo estar apaixonado por Zayn. 

– Você é uma pessoa horrível, Harry! – Hanna disse rindo.

– E você é mais horrível ainda por estar com ele...

– Ele é uma ótima pessoa, Harry – Hanna disse respirando fundo – Ele é ótimo pra mim, fique feliz por saber que sua ex melhor amiga está feliz. 

– É... – Harry sorriu de canto, pensando sabiamente no que iria dizer.

– Não existem pessoas boas ou pessoas ruins...– Hanna respondeu, interrompendo seus pensamentos – Todos somos bons e ruins.

A resposta de Hanna deixou Harry pensativo, por conta disso ele franziu o cenho.

– Eu vou entrar pra jantar e descansar um pouco enquanto a Olívia cochila... – ela disse, despertando os pensamentos de Harry.

– Certo... Eu vou pra casa, depois te mando mensagem pra pegar a Olívia! – Harry disse, ainda desnorteado.

– Tudo bem – Hanna sorriu de canto enquanto viu Harry passar pela porta – Tchau!

– Tchau, Hanna! – Harru disse sorrindo, seguindo em direção à calçada.

Não sabia ao certo o que tinha acabado de ouvir, mas sabia que Hanna tinha razão: todos somos bons e ruins, e talvez só caiba a nós mesmos escolhermos qual parte queremos aflorar, a boa ou a ruim?

E foi ali que ele decidiu.

– E vou ser bom, você vai ver... – pensou em voz alta, sozinho, enquanto seguia até seu carro.  

 

 



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