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História Tira esse fone Jisung! - Regras Sociais


Escrita por: Starco

Notas do Autor


Olá sz
Tudo bom?
Eu estou muito feliz que muitas pessoas já tenham lido e amei os comentários. Vocês são uns amorzinhos viu?
Chega de enrolação certo? Vão ler o capítulo!

Capítulo 2 - Regras Sociais


Fanfic / Fanfiction Tira esse fone Jisung! - Regras Sociais

- Cara, quer ver que na próxima ela vai te levar pra diretoria? Essa mulher não tem limites bixo. – exclamou Renjun enquanto depositava a bandeja com aquele lanche de cantina sem sal e super “saudável” na mesa, sentando-se ao lado de seu melhor amigo que dava um sorriso arteiro balançando o resto de suco dentro do copo que segurava.

 

- E com que argumentos? “Eu não sei dar aula e esse aluno é mais esperto que eu, expulsa ele!” – Imitou a voz esganiçada da professora, fazendo Renjun largar a colher que ia pra sua boca no prato, gargalhando em seguida. – Eu não dou a mínima.

 

- Com uma naja dessas, pra quê inimigo. – Diz um garoto moreno sentando-se do outro lado de Chenle, colocando os pés em cima da mesa e dando uma bela mordida na maça que segurava. Riu com a reação dos amigos e jogou a mochila em cima da mesa ignorando as reclamações do loirinho ao seu lado. – Vou matar aula, querem vir?

 

Chenle levantou uma sobrancelha para o amigo que bufou em resposta.

 

Ambos sabiam que o hábito de matar aulas, se esconder pelos corredores e ser muito mal em cobrir o fato de estar perseguindo certo garoto mais velho e hétero demais pra Donghyuck não era novidade. Se quisesse procurar pelo moreno bastava achar Mark e olhar nos matos atrás, nos bancos da quadra ou até mesmo atrás da portinha de seu armário não muito longe do armário do outro.

 

Mas só um pequeno detalhe torna isso, na visão de Chenle e Renjun, perca de tempo: já fazia 3 anos que o garoto agia assim.

 

- Hyuck, quando é que você vai se tocar que você não é passiva o suficiente para parecer uma mulher? – sibilou Renjun enquanto comia o conteúdo do potinho de salada de frutas.

 

- Eu não estou fazendo isso pra ver o Mark. – desviou o olhar do ruivo para os próprios dedos cujas unhas pareciam-lhe superinteressantes.  – Não sei como esses seus dentes tortos atraem o Jae. – retrucou fazendo Renjun soltar um resmungo em protesto e tacar um pedaço de maçã nos cabelos ondulados de Hyuck.

 

Chenle deu uma risada baixa enquanto levantava e pegava a bandeja com alguns restos da refeição. Deu dois tapinhas nas costas “consolando-o”, recebendo uma tentativa de ataque na sua virilha que foi facilmente esquivada.

 

- Parem de agir como se romances no Ensino Médio fossem importantes. Tem teste de Física amanhã e vocês sabem como os professores daqui são malucos. – disse antes de caminhar até a mesa reservada para deixar as bandejas e sair do refeitório.

 

Esses três seres humanos na puberdade e cheios de hormônios são amigos desde a infância. Tudo o que imaginarem eles já passaram juntos.

 

Era como se não tivesse passado 8 anos desde a primeira detenção que passaram juntos.

 

Aquelas três crianças com carinhas de anjinhos e almas de pestinhas corriam pelo corredor depois que a monitora já cansara de avisar que não podia correr e tinha desistido de acompanhar os três, sentando-se em sua cadeira perto do depósito. Estavam apostando incansáveis corridas quando Donghyuck sugere uma nova brincadeira.

 

Dos três, Hyuck sempre foi o mais atrevido. A caixinha de ovos podres na cadeira da professora do 2º ano; os chicletes pregados no quadro com as palavras “protresto contra o sucos de uva” que, se já não bastasse o erro gramatical, custou um bom tempo de limpeza para os três; e os pedaços de cabelo cortados da diretora jogados num caldeirão cheio de água, muita terra e restos de comida da cantina que formaram a “Poção Milagrosa do Século XXI” foram algumas de suas muitas ideias estúpidas e extremamente divertidas de se fazer.

 

Renjun sempre foi o mais quieto e reservado. Porém o sorriso maquiavélico que fazia ao contemplar o estrago que o trio sempre fazia era de dar calafrios em qualquer um, mesmo quando tinha bochechas rechonchudas e irresistivelmente apertáveis. Se alguém mexia com um de seus amigos, era ele quem escrevia o nome no Death Note. Se alguém ousasse em roubar sua comida, aquele ser se arrependeria o resto de sua vida com Renjun em seu encalço.

 

E o loirinho do grupo não ficava atrás. Desde pequeno com suas manias de mostrar seu inglês tão bem pronunciado, era quem convencia e enganava suas vítimas, chegando até ser amigo por muito tempo antes de pregar uma peça no indivíduo. Claro, havia crescido e não agia da mesma forma. Mas ainda sim, sua fama ficou e ninguém ousava conversar com o garoto, comparado certa vez com “versão masculina e chinesa de Regina George”. Ignorava todos esses apelidos e somente respondia com patadas e palavras bruscas quando resolviam mexer consigo.

 

Donghyuck, correndo até a escada do corredor com poucas crianças apontou para cima num sinal mudo para seus amigos. Logo os três subiam a escada até o seu final, sem serem percebidos por ninguém.

 

Ao ver seu destino, o moreninho abriu a porta do ponto mais alto do colégio. Correram para fora como se suas vidas dependessem disso, rodopiando com os braços pra cima, atingidos pela ventania da manhã. Com os saquinhos de pó de mico em mãos, foram até a beirada do lugar e contaram até três, compartilhando um sorriso cúmplice e jogando o pó pelo céu.

 

Pó esse que, levado pelo vento, atingia as crianças que brincavam no lado de fora do colégio. Esperaram alguns segundos antes de caírem na risada vendo todas se coçando e reclamando. Ouviam-se alguns choros de protestos lá embaixo enquanto os choros no topo daquele edifício eram de risos.

 

- Como são chorões! São apenas cócegas! – Donghyuck gritava acenando para as crianças lá embaixo, sendo seguidos por seus dois amigos que também zombavam de todos. – É muito bom que esse dia não seja esquecido, o dia que todos vocês sentem o que é- o discurso até então maravilho na cabeça do moreninho foi interrompido quando sentiu ser tirado do chão e depositado nos ombros da monitora vermelha de raiva. Debateu-se assim como seus amigos sendo levados por dois outros funcionários.

 

Naquele dia, ficaram até a caída da noite na escola, escrevendo no quadro todas as regras da escola.

 

Mesmo reclamando de dor nas mãos no final do dia, não se arrependeram. Um por todos e todos por um. Proteger-se-iam até o final de suas vidas.

 

~*~

 

Arrumando demoradamente os materiais na bolsa jeans desgastada, porém resistente, levantou-se da cadeira rumo à porta, esperando a manada de alunos desesperados saírem na sua frente. Fitou aquele ser humano desprezível com alguns fios de cabelo verde caídos timidamente na imensidão escura e alinhada de suas madeixas. O semblante levemente amedrontado atrás da postura de um popular que preze pela sua reputação ao encontrar os olhos castanhos do ruivo fez um sorriso cínico aparecer no canto dos lábios do menor.

 

Sussurrou um “tenha um bom dia” quando este passou em sua frente, sentindo-o estremecer e fingir que não escutou nada. Riu levemente após alguns segundos e saiu da sala vazia, andando calmamente pelo corredor procurando por seus amigos.

 

Renjun mantinha-se pensativo demais por aqueles dias, o que não seria estranho na época de testes. Mas não conseguia enganar seus amigos que já sentiam o menino quieto até demais.

 

Chamavam essa fase de planejamento.

 

Sempre que o cabeça de fogo, chamado assim “carinhosamente” pelas najas mais conhecidas como melhores amigos, passava muito tempo divagando nas aulas e com aquela cara de porta, era sinal de que alguém ia sofrer em suas mãos.

 

Alguém tinha mexido com Renjun e talvez Lee Jaeno aparecesse sem aqueles fios verdes insuportáveis que acabavam com a simetria de seus cabelos.

 

Pensando em como seria a tortura de tirar fio a fio da cabeça daquele cantor mequetrefe metido a Tiago Iorc, não percebeu quando trombou com um garoto loiro tão longe daquele mundo que os cerca quanto ele. Já ia pedindo desculpas quando percebeu que o garoto nem estava mais por perto.

 

Longe no horizonte, com fones nos ouvidos escondidos pelos cabelos lisinhos em forma de cuia, andava desconexo do mundo.

 

Renjun franziu o cenho quando o viu sendo acertado por um livro que lhe era familiar. Procurou o ponto de partida da trajetória percorrida pelo livro e encontrou, no chão e rodeado de livros que saiam de sua mochila, Chenle com o maxilar travado de raiva com o indicador apontado para o garoto como se dele pudesse disparar algum tipo de ataque letal.

 

- TIRA A DROGA DESSES FONES E ME PEDE DESCULPA, SURDO DO CARALHO – gritou e Renjun não deixou de soltar uma risada zombeteira, indo até o amigo e o ajudando a se levantar – Muito engraçado Renjun, uau, estou rindo tanto. – sibilou enquanto aceitava a ajuda do amigo que ainda ria.

 

- Quem era aquele? – o ruivo se pronunciou após pegar a mochila do amigo do chão, fitando-o bater os pés no chão irritado – Não reconheci e você sabe que nessa escola existem poucas pessoas que não conhecemos.

 

- Provavelmente algum novato retardado e ignorante – pegou a mochila das mãos de Renjun e foi recolher o livro que teve seu ataque totalmente ignorado – E que vai sofrer muito em minhas mãos, ah se vai. – bufando, o loirinho saiu apressado pelo portão da escola, sendo acompanhado por Renjun que sorria maquiavelicamente.

 

- Estamos voltando à ativa? – perguntou esperançoso olhando ao redor e encontrando o último integrante do trio, observando o loiro jogador de basquete, escondido atrás do baixo muro da escadaria com uma câmera em suas mãos, tirando fotos possessivamente de todas as posições possíveis de Mark.

 

- E quem te disse que nós paramos alguma vez? – sorriu da mesma forma que o ruivo – Vamos ensinar as pequenas regrinhas sociais desse colégio pra esse novato do velho e tradicional modo.

 

 


Notas Finais


Gostaram?
Deixem seus comentários! Eu fico muito feliz lendo e respondendo eles.
O que será que eles vão aprontar?
Hehehe


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