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História Titanic - Uma outra história - Capítulo quinze


Escrita por: Maricarlota99

Notas do Autor


Voltei
Têm sido tempos difíceis infelizmente
Mas vamos pensar nas coisas positivas
Aqui está um novo capítulo
Boa leitura

Capítulo 16 - Capítulo quinze


Fanfic / Fanfiction Titanic - Uma outra história - Capítulo quinze

                 15 de Abril de 1912

                                 00 horas

     Em apenas quarenta e cinco minutos, mais de treze mil toneladas de água entravam na embarcação, o que significava que entrava quinze vezes mais do que o navio podia suportar. Com a entrada de mais de sete toneladas de água por segundo, as bombas eram praticamente inúteis na tarefa de expelir a água para fora, como consequência, o navio começava a inclinar.

      Capitão Edward Smith e Thomas Andrews foram verificar os danos e como era de esperar, já havia começado a inundação. A sala da caldeira já estava completamente inundada, havia quatro metros de água, as bombas já não podiam ser eficazes naquele momento. Encontravam-se do mesmo jeito, a sala dos correios, os depósitos de carga e a sala cinco.

    Com aquela visão, ambos perceberam que já não havia maneira de salvar o navio. Com toda aquela água, o Titanic só aguentaria mais algumas horas até que tudo estivesse completamente inundado.

    Ambos regressaram à ponte e tiveram que agir depressa para tentar reverter a situação. Thomas sabia que já não havia solução, a colisão tinha entortado as placas de aço do casco e danificado vários compartimentos. A água só crescia o que significava que não tinham muito tempo até o navio afundar.

    — Entrou muita água no navio. As bombas não serão capazes de expulsar. — Disse Andrews para os oficiais.

    — O que significa que o navio irá afundar. — Concluiu Murdoch, preocupado.

    — Temos pouco tempo. Acho melhor começar com o lançamento dos botes salva-vidas. — Thomas encarou capitão Smith.

    Era o mais certo a fazer naquele momento. Titanic já estava condenado.

    — Acordem os passageiros e preparem os botes salva-vidas! — Ordenou Smith.

    Tinham que começar a evacuação dos passageiros o quanto antes. Ao ritmo que a água entrava no navio, sabiam eles que não tinham muito tempo. A solução era pensar rápido e agir rápido para salvar todas as vidas que se encontram naquele navio.

    Foram também enviados pedidos de socorro a navios de resgate pelos operadores de rádio. Era uma situação trepidante, mas não podiam entrar em pânico. Tinham que salvar a vida de várias pessoas.

                            ****

    Os passageiros da terceira classe sentiram melhor a colisão do navio com o Iceberg, porque estavam mais próximo do local.

    Lucius despertou imediatamente, assim como a maioria dos passageiros e saiu de seu aposento assustado. Carl continuava sentado no portão à espera de Linda, mas o impacto também o assustou, retirando-o do chão imediatamente.

    — O que aconteceu? — Lucius aproximou-se dele.

    — Não sei. O navio deve ter batido em alguma coisa.

    Lucius agarrou as barras do portão, preocupado. — Minha filha. Será que ela está bem?

    — Talvez não tenha sido nada.

    — Há quanto tempo está aqui?

    — Não saí daqui em nenhum momento. Para o senhor perceber que também me preocupo com a sua filha.

    — Não é momento para isso, Carl. — Respondeu sem tirar os olhos do fundo do corredor, como se Linda fosse aparecer a qualquer momento. A preocupação de Lucius era apenas uma: Linda.

    Ele só queria saber se Linda estava bem e sentia que alguma coisa estava errada, seu coração não parava de bater a um ritmo aterrorizado e gostaria que sua filha estivesse por perto. O que poderia fazer para que ela voltasse?

    Do outro lado, Matthew já não conseguia pregar o olho, apenas admirava sua amada dormindo tranquilamente. Estava feliz por saber que ela queria ser sua esposa, não estava arrependido, apenas queria encontrar uma maneira de contar aos seus pais sem que tivessem um ataque cardíaco.

    Sua mãe queria tanto que se casasse com Dora, que ficaria furiosa com a notícia. Só que Matthew já não se importava. Ele decidiu o que era melhor para ele, mesmo que isso implicasse perder a sua herança, o que era completamente diferente de perder a pessoa que tocou o seu coração. Linda era a pessoa certa, Matthew sabia daquilo. Ela era a pessoa que ele queria proteger, cuidar e que estivesse sempre ao seu lado.

     Passou as mãos nos cabelos de Linda e sorriu ao lembrar que era o seu aniversário. Ele teria um jantar especial mais tarde e queria muito que Linda estivesse lá. Queria que seus pais soubessem de seu noivado, apesar  de temer suas reações. Seu pai disse que estava do seu lado, então tinha que confiar. Ele entenderia, porque seu avô também tinha passado pelo mesmo.

    Tentou fechar os olhos, mas não foi possível porque seu coração não permitia. Sentia que alguma coisa não estava bem. Começou a sentir aquilo, aquela sensação estranha, depois que Linda o acordou por causa de uma vibração.

    E então, alguém bateu na porta.

    Matthew abriu os olhos e levantou com cuidado para não acordar Linda. Vestiu suas roupas imediatamente e abriu a porta, torcendo que não fossem seus pais. E não eram. Era um comissário de bordo.

    — Senhor Whitmore, poderia nos acompanhar ao convés?

    — Nesse momento?

    — É urgente, senhor.

    Matthew, então, percebeu que tudo estava errado. — Só um minuto.

    Fechou a porta e sentou ao lado da jovem irlandesa para acordá-la. Linda abriu os olhos, mas não parecia interessada em sair da cama.

    — Precisamos ir ao convés.

    — O quê? — A jovem estava confusa.

    Matthew pegou o seu vestido para ajudá-la a vestir porque Linda ainda estava sonolenta e não parecia processar o que acontecia. O inglês já estava preocupado, principalmente porque sentia que o navio começava a inclinar.

    — Seus pais não podem...

    — Isso não importa agora, querida, vamos.

    Agarrou na sua mão assim que terminaram de vestir e saíram da cabine, onde mandaram que colocassem coletes salva-vidas. Foi o sinal que Matthew precisava para perceber que definitivamente, nada estava bem.

    — O que é isso? Porquê não explicam o que está a acontecer? — Pediu.

    — Senhor, por favor. Precisamos ir ao convés.

    Linda olhou para Matthew e apertou sua mão, enquanto caminhavam até ao convés. Seu coração estava acelerado e também percebia que o navio estava inclinado. Ela sabia que aquela vibração não podia ter sido nada.

    — Matthew, isso é muito mau? — Perguntou Linda.

    Matthew viu a tripulação preparando os botes salva-vidas e então percebeu a gravidade da situação. Suas vidas estavam em risco.

    — Eu não sei. — Na verdade, não sabia o que responder a ela.

    Minutos depois, outros passageiros começaram a aparecer, muitos reclamavam e estavam relutantes a sair de suas cabines porque não sabiam ao certo o que acontecia ali.

    Lucy procurava pelo seu filho, quando o encontrou de mãos dadas com uma mulher estranha e com roupas baratas. A mesma mulher que ela expulsou da primeira classe uma vez.

    Seus passos aceleraram e parou na frente deles, seguida por Brian, que estava mais preocupado em saber o que acontecia. Não podia ser possível acordarem todos os passageiros para nada.

    — Matthew Whitmore!

    Matthew tomou um susto quando ouviu o seu nome. — Mãe!

    — O que faz com essa mulher?

    — Lucy, acha mesmo que esse é o momento para isso? — Brian perguntou.

    — Eu não quero saber. O que faz com essa mulher?

    — Ela está comigo.

    Lucy arregalou os olhos. — C-Como assim?

    — Isso não importa agora. Vamos saber o que se passa. Desconfio que seja um naufrágio. — Disse Brian.

   Linda apertou a mão de Matthew quando viu que os Whitmore iam para longe, mesmo que Lucy não parava de olhar para o filho, completamente chocada.

    — Matthew, o que é um naufrágio?

    Suspirou, o homem. — Significa que o navio vai afundar.

    — Não. Meu... meu pai!

    — Eles vão ajudar todos os passageiros a sair das cabines.

    — Preciso estar com o meu pai. — Suas lágrimas estavam prestes a cair.

    Matthew apertou sua mão também, sentindo que não poderia largá-la. Não poderia deixar que Linda fizesse aquilo sozinha.

     — Eu vou com você, querida.

     Ambos saíram correndo pelo convés, em direção à terceira classe. Matthew recusava a soltar a mão de Linda, apenas corria ao seu ritmo e queria que Lucius estivesse a salvo. Seus pais estavam a salvo, queria que todos ficassem bem.

    O navio já começava a encher com a água e inclinando-se cada vez mais. Linda não estava interessada em desistir de encontrar o seu pai, contudo estava completamente apavorada. Matthew também não estava interessado em deixar sua amada em qualquer circunstância.

                             ****

    Lucy, Dora e várias outras mulheres e crianças entraram no primeiro bote salva-vidas. Era a ordem do capitão Smith, embora foi interpretada de maneira diferente, mas foi um problema que foi imediatamente resolvido.

    Brian procurava por Matthew, preocupado, mas quando era a sua vez de subir nos botes, não havia nada que podia fazer. Só tinha que esperar que Matthew não estivesse longe e que entrasse no próximo para poderem ir para casa. Não queria que apenas ele e Lucy fossem salvos. Matthew era seu único filho.

     Muitos passageiros da primeira classe recusavam a entrar nos botes, por isso Ismay teve que pedir para as pessoas embarcarem, pois parecia que não entendiam o quão perigosa era a situação e que suas vidas estavam em risco.

    Enquanto isso alguns tripulantes tentavam impedir que o vapor das caldeiras não entrasse em contato com a água para evitar uma explosão. E outros tentavam manter as luzes e o rádio a funcionar para que o navio estivesse iluminado, facilitando no lançamento dos botes e no salvamento daquelas tantas vidas.



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