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História To write love on you - Capítulo 2


Escrita por: addisonsperson

Notas do Autor


Obrigada a todos os comentários, a todos que favoritaram e que estão acompanhando a história, vocês me deixaram imensamente feliz. Espero que gostem!

Capítulo 2 - Capítulo 2


Ignorando a mancha de café em seus pertences e também a incômoda dor pelo liquido que havia derramado em sua perna, Emma andou mais alguns metros até a porta de seu prédio. O mesmo era vermelho com uma porta marrom escuro, era definitivamente um prédio mais novo que os outros, afinal o mesmo havia passado por uma reforma há dois anos, enquanto os outros prédios passavam por reformas esporádicas que mudavam pequenas coisas ao longo do tempo. A rua estava estranhamente calma enquanto a loira abria a porta e tentava passar sem derrubar nada das coisas que segurava. O senhor que era porteiro daquele prédio a cumprimentou, sorrindo em seu terno que não era muito caro, mas que lhe emprestava um ar de porteiro de filmes. Emma sorriu de volta, dizendo um “olá” que acabou por entregar seu cansaço que não estava tão amostra assim. Após ver a porta se fechando, ela se encaminhou para as escadas uma vez que o elevador estava em reforma.

Ao chegar à porta de seu apartamento, a jornalista que ainda se considerava jovem demais para estar naquele estado ao subir três lances de escada, decidiu que precisava começar a se exercitar o quanto antes, ou do contrário morreria cedo. Depois da luta contra a chave e a tranca, Emma bateu algumas vezes contra a porta de madeira e esperou que Mary a abrisse. A mulher que era mais baixa que a loira atendeu a porta sem pressa, assim como tudo que ela fazia na vida, sorriu para amiga e a ajudou a carregar seus pertences para dentro. Swan, que ao contrário da amiga, estava sempre com pressa, entrou de forma rápida, deixando seu notebook regado a café em cima da mesa, indo para a janela que dava para a parte das escadas fora do prédio em seguida. Antes que ela chegasse ao seu destino, o cheiro forte de nicotina lhe invadiu as narinas. Ruby com toda a certeza estava ali. A loira se lembrou da conversa que tivera mais cedo com Killian e se culpou por ter se esquecido da festa. A morena, que estava sentada em um dos degraus da escada, abriu um enorme sorriso ao ver Emma chegando.

—Swan, estava com saudade dessa sua cara amassada.— Ruby se levantou e abraçou a loira.

—Você sempre está com saudade, mas nunca vem aqui, e quando vou na sua casa você nunca está, que mulher difícil de ser encontrada, e Nova York nem é tão grande assim! —Emma sorriu e se sentou no degrau.

—Quer? —Ruby lhe ofereceu o cigarro ao se sentar e Emma negou com a cabeça, em meio a um sorriso.

—Você sabe que eu parei, tem oito meses, Ruby.

—Me desculpe, não estava lembrando que já tinha isso tudo. —Ela sorriu e deu uma longa tragada em seu cigarro pela metade, cujo filtro estava machado com seu batom vermelho.

Mary permanecia na sala, longe da sacada, apreciando seu chocolate quente, ouvindo a conversa das amigas com um sorriso no rosto. Havia sentado em sua poltrona, pois estava cansada pelo fato de ter carregado peso. Emma a olhava vez por outra, possuía um instinto superprotetor em relação à Mary, pois de fato a mesma precisava ser cuidada. Ruby havia terminado de fumar seu cigarro e então o apagou na parede, voltando para dentro tendo Emma logo atrás de si. Mary a olhou e negou com a cabeça.

—Isso vai te matar, wolf. —A morena sorriu.

—Todos nós vamos morrer de um jeito ou de outro, Mary, que pelo menos eu possa escolher a causa da minha morte. —Emma sorriu e então se jogou no sofá ao lado da poltrona onde Mary estava.

—Como foi hoje no hospital, Mary? —A menor lhe olhou com um meio sorriso e segurou sua mão.

—É doloroso, Emma, mas faz com que eu me sinta melhor, só tenho medo de ter que fazer mais quimioterapias e perder novamente o meu cabelo. —Ela olhou para dois lenços em cima do balcão da cozinha e então voltou a olhar para a jornalista. —Não que eu não goste dos meus lenços, mas meu cabelo está bonito, não está?

—Mary, você sempre será bonita de qualquer jeito, até do avesso. —A loira então lhe beijou a bochecha e a aconchegou em um abraço. —Sim, seu cabelo está muito bonito.

Fazia alguns meses que Mary havia descoberto que possuía câncer. Seu câncer era o mais comum, se tratando de câncer de pulmão, pois o mesmo se classificava como câncer de pulmão de não pequenas células. O mesmo no inicio, caso pudesse haver complicações na cirurgia, o que era o caso de Mary Margaret, poderia ser tratado com quimioterapia ou radioterapia. Como seus pais eram idosos e moravam em Minneapolis, Mary acabou por contar com suas amigas, mais com Emma, pois elas moravam juntas há algum tempo. Foram tempos difíceis, porém o pior já havia passado, pois o câncer estava controlado, até segunda ordem. Mesmo com acompanhamento médico e psicológico, a professora por vezes sentia um medo incontrolável de que aquilo tudo piorasse, pois ainda se lembrava de forma vivida tudo o que fizera Emma passar. As noites em claro, as idas abruptas ao hospital no meio da madrugada e os dias de trabalho perdidos.

—Emma, o que aconteceu com seu notebook? —Ruby se sentou no sofá em frente ao de Emma e cruzou as pernas.

—Longa história. —Ela suspirou.

—Aposto que nem é tão longa assim, mas de qualquer forma, conte! —Ruby sorriu.

—Vocês se lembram daquele artigo que eu vou ter que escrever, sobre o casamento? —Ambas concordaram. —Eu estava voltando do café de Zelena com um cappuccino nas mãos, e vocês bem viram como eu cheguei aqui, quase caindo com tantas coisas para segurar. —Ela estralou os dedos e continuou. —Fui trocar de música no celular, estava passando aquela música que Neal tocava no violão para mim sempre que transavamos, vocês sabem como a detesto. —Ruby soltou uma gargalhada juntamente a Mary. —É sério, eu odeio, enfim... Eu trombei com uma mulher, minhas coisas caíram no chão e o café foi quase todo para o meu notebook, salvando uma parte que caiu na minha perna.

—Meu Deus, Emma, eu já lhe disse para prestar mais atenção na rua, ainda bem que não estava atravessando a rua, já pensou. —Mary levou uma das mãos ao rosto, em negação.

—Tudo bem, mãe, vou prestar mais atenção. —A jornalista sorriu e cruzou os pés. —Acontece que a mulher que trombou comigo, além de ter um cheiro muito bom, ela também é a noiva sobre quem vou escrever.

—Você trombou com Regina Mills? —Ruby disse boquiaberta. —Ela é mais linda ainda pessoalmente, aposto.

—Não posso confirmar, nunca havia visto fotos dela. —Emma disse indiferente. —Marcamos de ir tomar um café ou algo assim, ela disse que não quer que eu pegue informações com terceiros correndo o risco de escrever algo que não fosse real, como se eu fosse uma pirralha no jornalismo para fazer isso. —Mary sorriu.

Por fim, Ruby se levantou e deu um largo sorriso, recolhendo seus pertences de cima da mesa de centro da sala e as colocando em sua bolsa.

—Estejam maravilhosas hoje à noite, preciso de pessoas bonitas perto de mim naquela boate, sabe o quanto isso é importante.

Ruby acabou por deixar Emma e Mary sorrindo no sofá, saindo de forma rápida, pois havia assuntos pendentes quanto à festa para serem resolvidos. Ruby era uma modelo famosa, porém seus problemas quanto à profissão estavam longe de serem resolvidos. A loira se levantou, abrindo seu notebook só para confirmar a perda total que viria quando o levasse ao técnico.

—Emma, um papel caiu de seu bolso. —Mary se levantou para levar sua caneca dos Beatles para a pia.

—Ah. —Emma olhou o pequeno cartão que agora estava no chão da sala. —É o cartão de Regina, ela falou para que eu ligasse e marcasse o dia. —Mary a olhou por cima do ombro.

—Está esperando o que para ligar? Quanto antes marcar isso melhor, sabe o quanto você demora a começar um artigo, não quero te ver louca como da ultima vez!

—Tudo bem, tudo bem! —Emma destravou seu celular e ligou para o número que estava no cartão. —Ela é fotografa, sabia? —Mary negou com a cabeça enquanto lavava a caneca. —Regina? É a menina do café. —Emma escutou uma risada.

—Lembrei-me de você assim que cheguei em casa, há café na barra do meu vestido. —Regina bebeu um pouco de seu vinho e se sentou em uma poltrona, enquanto olhava as damas de honra de seu casamento desfilando vestidos.

—Estou olhando meu notebook, que receio que partiu dessa para a melhor, e então seu cartão caiu do meu bolso, o que me lembrou que eu tinha que ligar para você.

—Que ele descanse em paz no mundo tecnológico, vamos fazer um enterro. —Ela deu mais uma risada e então foi parando aos poucos. —Me desculpe de novo, estava  olhando um notebook novo para você, tem alguma preferencia?

—Regina, realmente não é necessário, sério. —A loira se levantou e foi para o seu quarto, deitando em sua cama em seguida.

—Emma, me deixe pagar pelo menos a metade, foi culpa minha também! —Se lembrando da pequena pesquisa que havia feito antes de chegar a loja, Regina acabou por mencionar. —Você é bem famosa, né?

—Sou? —Emma sorriu enquanto tirava seu sapato com os próprios pés.

—Você é uma Carrie Bradshaw da vida real. —Regina escutou a risada leve do outro lado da linha. —Sou aficionada por essa serie, precisei fazer a comparação depois de tudo que li a seu respeito.

—Posso te dizer que minha vida é semelhante à dela antes de achar o amor de sua vida, mas não me considero famosa, ao contrário de você, mencionei seu nome a uma amiga e ela reconheceu de cara.

—Aposto que se eu dissesse seu nome a qualquer pessoa em Nova York, essa pessoa te reconheceria. —Regina sorriu. —Quando marcamos o café?

—Como estou vivendo para você agora, deixo a seu critério, afinal, você está fazendo minha agenda!

—Tenho todo esse poder e nem ao menos sabia? Vou verificar qual dia fica melhor e te ligo de volta. —Ela se levantou e deixou a taça em cima da mesa.

—Regina... Você vai fazer alguma coisa hoje à noite? —A loira disse em tom casual.

—Além de ficar em casa olhando os prédios da minha sacada, acho que nada. —Ambas sorriam. —Porque, moça do café?

—Porque por acaso a moça do café tem uma festa para ir e queria te convidar, juro que não haverá derramamento de café essa noite. —A loira se levantou e caminho até seu guarda-roupa.

—Considere o convite aceito, onde será e que horas devo chegar? —Ela falava enquanto passava a mão por alguns tecidos.

—Conhece uma boate chamada Roxy? Caso não conheça, posso te buscar, não seria problema, só preciso buscar meu carro no concerto.

—Acho que vou te importunar um pouco mais, pois não conheço essa boate. —Ela sorriu, colocando uma mexa de cabelo atrás da orelha.

—Esteja pronta as onze, ok? —Emma deu um largo sorriso. —Tchau, Regina.

—Tchau, Emma.

A jornalista desligou a ligação em meio a um sorriso, sem perceber a presença de Mary na porta de seu quarto.

—Então Regina vai com a gente? —A loira se assustou, virando rapidamente para a porta com a mão sobre o peito.

—Credo Mary, vai assustar outra pessoa, mulher. —Mary sorriu. —Sim, ela vai com a gente e agora eu estou preocupada.

—Posso perguntar o porquê? —A menor entrou no cômodo e se sentou na cama da amiga.

—Eu não tenho nada para vestir, nada que esteja a altura dela. —A loira acabou por prender o cabelo e se sentar ao lado de Mary.

—Emma, não é como se ela fosse seu encontro de hoje a noite, não há porque ter esse tipo de preocupação. —A mulher a olhou com uma ponta de dúvida no olhar e então sorriu. —Mas procure algo legal, tudo fica bem em você.

—Obrigada, Mary, se precisar de ajuda com algo é só chamar, ok?

—Ok, Emma.


Notas Finais


Emma sou eu quando conheço alguém e vou sair com essa pessoa, não há nada entre a gente mas já tô pensando em como agradar. Enfim, espero que tenham gostado, até quinta!


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