História Todo tipo de amor... (HashiMada - TobiIzu) - Primeiro Capítulo

- Cara... Mais que saco!

- O que foi?

- Como assim “o que foi?”? Estou com fome! O professor não vai liberar a gente nunca não?!

- Calma, daqui a pouco ele nos libera...

- Que cara é essa?

- Estou triste...

- Por?

- “Por?”... Porque você logo irá partir...

- Do que você tá falando? Eu não vou pra lugar nenhum. Você tá meio estranho hoje...

- Você vai partir deste mundo hoje às 16:07.

- Para com isso! Você sempre diz estas coisas esquisitas como se realmente fossem acontecer.

- Agora são... 16:06.

- ...

- Adeus.

18 anos depois

   Um menino de cabelos negros longos e olhos negros grandes com olheiras não muito exageradas de pele clara. – Ei! Vai me esperar não?! – Ele corria para alcançar seu acompanhante.

– Vem logo, Madara! – Disse o acompanhante; Bastante parecido com Madara, mas seus cabelos não são tão longos e não havia nenhum traço de olheiras aparecendo em seus olhos. – O filme já vai começar! Não me faça perder isto logo no dia do meu aniversário! – Gritava o menino pegando dois ingressos de cinema e saindo de um carro.

– Izuna! Me espere, agora! – Madara sai apressado do carro limpando os cantos de sua boca e pagando o homem que estava no banco do motorista. – Eu sou mais velho que você, por tanto sou seu responsável!

– Quem mandou você dormir no carro? Eu tentei te acordar por uns dez minutos... A culpa é sua por estarmos atrasados! – Izuna fez um biquinho e cruzou seus braços como se estivesse emburrado. Mas, logo ele relaxa seu corpo e abre um sorriso amarelo. – Vem! Vamos antes que comece! – Disse ele correndo e puxando Madara pela mão.

Madara não pôde deixar de sorrir também.

   Quando eles entraram naquele lugar ficaram de boca aberta. “Isto é mesmo um shopping?” Pensou Madara e Izuna olhando um para o outro. O local era lindo. Havia luzes coloridas e tapetes com números e letras em locais crianças pequenas costumam ir, plantas e flores decorando toda a parte, o piso da entrada era de tabua corrida e o resto de mármore branco ou preto, as escadas eram bem normais a não ser pelos detalhes em ouro puro... A iluminação também era ótima com lâmpadas extravagantes, cada parede era decorada de um jeito uma com círculos das cores marrom e amarelo com o fundo branco a outra com listras azuis e pretas com o fundo cinza e por ai vai...

– Qual é! Que maneiro! Parece que a família Senju é realmente muito rica! – Impressionado com a luxúria do lugar, Izuna analisava cada pedaço do lugar; o corrimão, escadas, lâmpadas, enfeites, plantas, tapetes, chão e teto também!

– Hum. – Madara não estava com inveja ou sua família não tinha nenhuma concorrência com os Senjus, ele só não conseguia simpatizar muito com eles. – Onde está seu amigo?

– Você não vai querer explorar mais um pouco não? – Ele dava pulinhos enquanto Madara soltava um longo suspiro.

– Não foi VOCÊ que disse queria vir ver o filme?! Ele já deve ter começado.

Izuna parou, com um meio sorriso em seu rosto congelado. Madara sorriu convencido e pensou: “Ah! Finalmente percebeu, é?” Mas seu sorriso logo se desfez quando ele olhou na direção em que Izuna olhava. Lá estava ele. O Senju. O Senju que olhava de um jeito nojento/superior para Izuna. Seu sangue ferveu. “Quem este merdinha de cabelo branco pensa que é pra olhar assim pro meu irmão?!” Pensou Madara já não controlando mais suas ações. Ele estava com as mãos fechadas quase arranhando a si mesmo com a mandíbula contraída ele caminhou em passos largos até aquele Senju. Até aparecer um homem alto de cabelos bem lisos castanhos, de pele parda e olhos negros; parecia ser um índio ou um descendente. Izuna percebeu que seu irmão estava tenso e pegou sua mão dando um sorriso.

– Não se preocupe com isso! Eu não o conheço de qualquer forma... – Disse Izuna com um olhar triste. – Ali! Ali está meu amigo! – Ele apontou para o homem que parecia ser um índio. “Ele é o tal Senju?!” Pensou Madara um pouco surpreso por Izuna ter um amigo tão velho! – Hashirama! – Izuna acenou dando um sorriso largo.

O homem o viu e caminhou em direção dos dois. Madara não acharia ruim se não fosse por... aquele Senju arrogante estava com o “índio”. “Mas... Que porra???”

– Olá, Izuna! Você está bem? – Disse Hashirama com um sorriso sincero.

– Estou bem! Este é meu irmão mais velho que falei! – Izuna olhou Madara sorrindo. Ele ficou um tempo o olhando parecendo que esperava algo. Madara o olhou de volta com se estivesse perguntando ‘Que foi?’. Izuna soltou um suspiro e levou sua mão a testa pensando: “Que tapado...!”. Depois de algum tempo Madara entendeu o que ele queria dizer e se apressou.

– Ah! É... Oi? – Izuna o olhou pasmo e deu uma risada nervosa. “Sério isso?!” pensou, chocado pela lerdeza de seu irmão.

– Ele se chama Madara, desculpa pela educação excelente dele! – Disse Izuna, irônico, olhando Madara com repreensão.

– HAHAHAHAHAHAHAHAHA! Vocês são muito próximos! Admiro muito isso nas pessoas, hoje em dia é difícil encontrar pessoas com caráter. – Madara não pôde deixar de olhar o Senju com desprezo “Esse ai com certeza não tem...” pensou fazendo uma careta que ele nem percebeu que fazia até Izuna pisar em seu pé.

– Ai! – Ele levantou seu pé e deu alguns mini pulinhos. – Izuna! – Izuna nem mesmo o olhou, ignorando-o completamente.

– E quem é este...? – Perguntou Izuna cautelosamente a Hashirama.

– Ah! Sim! Este é meu irmão mais novo, Tobirama. Desculpe pela indelicadeza, Tobi...

– Seu irmão mais novo é? – Madar não perdeu a oportunidade de resmungar. – Seu irmão é- – Ele estava prestes a falar algo cruel quando viu o olhar de Izuna; Foi a primeira vez que ele viu aquele olhar. Madara congelou, de boca aberta ele olhava seu irmão mais novo sem pensar em nada além daquela expressão.

– Hm... Vamos ver o filme? – Hashirama quebrou o gelo, trazendo todos de volta à realidade. Ele olhou um pouco sem graça para Madara, que não retribuiu o olhar nem por um segundo.

– Nossa! É verdade! Já deve estar quase na metade! Vamos, vamos! – Izuna puxou Madara e Hashirama enquanto Tobirama olhava sem dizer nada. – V-vamos, Tobirama! – Tobirama o olhou come se dissesse ‘Quem disse que você pode falar comigo, seu verme imundo?!’. Izuna pensou que era coisa da cabeça dele e, então pegou a mão de Tobirama para puxá-lo também. – Vem logo! Se não vamos perder tudo! – Mas, quando Tobirama viu o ato daquele Uchiha, ele se enjoou e puxou sua mão tão forte que Izuna quase caiu no chão.

– Não encoste em mim. – Disse Tobirama em um tom arrogante e como se ele não tivesse feito nada de mais, saiu em direção a uma lanchonete. Madara viu o ocorrido e se enfureceu. Ele não podia deixar isto assim! Ele caminhou até Tobirama e lhe presenteou com um puta de um soco no nariz!